Mochilão na América do Sul: um guia com dicas e relatos para inspirar a sua viagem!
Mochilão na América do Sul: um guia com dicas e relatos para inspirar a sua viagem!
Fazer um mochilão pela América do Sul é o sonho de muitos viajantes, tanto entre os iniciantes quanto os que já percorreram diversos países. Desbravar as paisagens dos nossos vizinho, conhecer as culturas próximas e percorrer países incríveis do continente faz parte da lista de desejos dos mais aventureiros. E a boa notícia é que viajar pela América do Sul costuma ser bem mais barato se comparado a destinos mais distantes ou até mesmo do Brasil. Um roteiro de mochilão pela América do Sul certamente entrará na lista de melhores viagens da sua vida.
Se você sonha em fazer um mochilão pela América do Sul e não sabe muito bem por onde começar, aproveite as dicas e relatos de outros viajantes experientes que compartilhamos neste por para organizar a sua viagem. Confira qual a melhor época para um mochilão pela América do Sul, o que fazer em cada um dos países, os melhores meios de transporte e dicas de onde ficar em um mochilão. Quanto mais você estiver preparado, melhor!
Mochilão pela América do Sul: melhores países
Escolher quais países visitar durante um mochilão pela América do Sul não é tarefa fácil. Há diversos destinos interessantes e cada país é capaz de rendem um mochilão sem precisar cruzar fronteiras internacionais. Ainda que haja muitos países, alguns de destacam na preferência dos viajantes que buscam um mochilão pela América do Sul. A escolha é muitas vezes motivada pela facilidade de locomoção, preço mais baixo e maior variedade de atrações e paisagens em um mesmo país.
Fazem parte da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Apesar de estar localizada no continente americano, a Guiana Francesa é considerada um território ultramarino da França. Está na dúvida sobre quais países visitar? Veja as principais atrações de cada um dos principais destinos para um mochilão pela América do Sul.
Argentina
- Capital: Buenos Aires
- Principais aeroportos: Aeroporto de Ezeiza (EZE), Aeroporto Aeroparque Jorge Newbery (AEP), Aeroporto El Palomar (EPA), Aeroporto de Mendoza (MDZ), Aeroporto de Córdoba (COR), Aeroporto de Bariloche (BRC), Aeroporto Internacional de Ushuaia (USH)
- Fuso: GMT -3
- Código de área: +54
- Língua: Castelhano
- População: 44,49 milhões (2018)
- Moeda: Peso argentino
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: argentina.tur.ar
A Argentina é a porta de entrada de muitos brasileiros que embarcam rumo ao exterior pela primeira vez e a história não muda quando a intenção é fazer um mochilão pela América do Sul. A Argentina oferece de tudo um pouco e pode ser percorrida por várias semanas em um mochilão incrível!
Vale começar pela encantadora e cosmopolita capital Buenos Aires, um destino apaixonante e que vale muitas visitas durante a cidade. Se essa for a sua primeira vez por lá, confira nosso Guia de Buenos Aires e 25 passeios grátis em Buenos Aires, afinal, mochilão preza quase sempre pela economia! Se estiver programando a chegada pela Argentina de avião, veja como escolher entre os aeroportos de Buenos Aires.
Depois que matar a vontade de percorrer a capital argentina, aproveite para conhecer as belezas naturais do país. Um dos destinos favoritos dos brasileiros é Bariloche, localizada na região dos lagos andinos e lindamente desenhada por montanhas nevadas no inverno e paisagem verdejante no verão. Bariloche é especialmente interessante para os aventureiros das pistas de esqui e snowboard, mas vale também pela paisagem e lindos lagos em toda a região. Se estiver na dúvida sobre incluir ou não o destino na viagem, veja um roteiro de cinco dias em Bariloche!
Outro destino da Argentina que atrai muitos visitantes é Mendoza, região famosa pela produção de vinhos, mas onde também é possível se aventurar em corredeiras com a prática de rafting e percorrer trilhas pela Cordilheira dos Andes, onde está a “sentinela de pedra” – como é conhecido o monte Aconcágua, ponto mais alto das Américas
Se quiser ir um pouco mais ao sul, siga até o fim do mundo! Lá você encontrará o Ushuaia, região onde está o Parque Nacional Tierra del Fuego e lugar ideal para que procura por trilhas desafiadoras em meio a lindas paisagem. Vale ainda percorrer a região de El Calafate, onde está o Parque Nacional Los Glaciares e o famoso Glaciar Perito Moreno, declarado pela Unesco Patrimônio Natural da Humanidade; e os arredores de El Chalten, onde está uma das cadeias de montanha mais espetaculares de toda a América do Sul, com o Fitzroy e o Cerro Torre marcando a paisagem.
Bolívia
- Capital: La Paz (sede do Governo) e Sucre (capital constitucional)
- Principais aeroportos: Aeroporto de La Paz El Alto (LPB), Aeroporto Internacional de Santa Cruz de la Sierra Viru Viru (VVI) e Aeroporto Internacional de Cochabamba Jorge Wilstermann (CBB)
- Fuso: GMT -4
- Código de área: +591
- Língua: Castelhano e outras mais de 30 línguas
- População: 11,35 milhões (2018)
- Moeda: Boliviano
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Obrigatória vacina da febre amarela
- Site oficial: boltur.gob.bo
A Bolívia é um dos destinos mais baratos para viajar em um mochilão pela América do Sul, mas, em grande parte, o país ainda é pouco explorado pelos mochileiros brasileiros. Quase sempre quem se aventura por terras bolivianas chega ao país focado em conhecer o Salar de Uyuni, grande deserto de sal que proporciona paisagens incríveis.
Se quiser investir em alguns dias a mais pela Bolívia, confira também as cidades de La Paz, onde está a sede do governo; Santa Cruz de La Sierra e a charmosa cidade de Sucre, capital constitucional do país; as paisagens e ruínas de Tiwanaku, às margens do Lago Titicaca, em Copacabana; os surreais cenários naturais de Sud Lípez, que vão muito além do Salar de Uyuni; se aventurar em esportes radicais na Estrada da Morte; e, com um pouco mais de energia e tempo, vale até encarar alguns trekkings pelos andes bolivianos por destinos como El Choro e Laguna Glaciar.
Chile
- Capital: Santiago do Chile
- Principais aeroportos: Aeroporto Internacional de Santiago (SCL), Aeroporto de Punta Arenas (PUQ), Aeroporto Deserto do Atacama (CPO), Aeroporto de La Serena (LSC), Aeroporto da Ilha de Páscoa (IPC)
- Fuso: GMT -4 (Santiago)
- Código de área: +56
- Língua: Castelhano
- População: 18,73 milhões (2018)
- Moeda: Peso Chileno
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: chile.travel
O Chile oferece uma variedade incrível de paisagens e atrações e o país inteiro merece um mochilão. Se quiser conhecê-lo a fundo, vale ficar por lá durante toda a viagem! Para começar, passe pela capital Santiago e aproveite o lado mais moderno do Chile, assim como as regiões próximas repletas de vinícolas, como Santa Cruz. Vale também uma voltinha por Valparaíso.
De lá, siga rumo a outros destinos do país. A começar pelas estações de esqui próximas à cidade, como o Valle Nevado, região montanhosa especialmente interessante no inverno, quando a neve torna tudo ainda mais lindo!
Seguindo rumo ao extremo norte do Chile, você encontrará o Deserto do Atacama. Considerado o deserto mais seco do mundo, o Atacama tem cerca de 105.000 km, e está, predominantemente, localizado no Chile. A região tem paisagens que vão muito além das tradicionais dunas de areia e reserva cenários surpreendentes, justamente por ir muito além do que nos remete à mente quando pensamos em um “deserto”.
Lagos a 4.000 metros de altitude, formações rochosas esculpidas pelo vento, vida selvagem, superfícies que se assemelham com a da lua, curiosos vilarejos, sítios arqueológicos, deserto de sal e um céu espetacular! E como San Pedro de Atacama está perto da fronteira do Chile com a Bolívia, inclua no roteiro o passeio que leva ao Salar de Uyuni. Uma viagem ao deserto de Atacama pode ser ainda mais completa se você dividir a viagem com um roteiro pela Bolívia! Veja algumas dicas de roteiro entre Chile e Bolívia.
Ao sul do país, fica a região dos Lagos, com destinos pequenos e graciosos, como Puerto Varas, aos pés do Vulcão Osorno, e que vira uma estação de esqui no inverno. Mais ao sul, você encontrará destinos como Pucón, onde está o vulcão Villarica, e o Parque Nacional Torres del Paine, passagem obrigatória para quem gosta de trilhas. Para conhecer um dos destinos mais exóticos do mundo, ir à Ilha de Páscoa é uma viagem única. A ilha dos moai tem vulcões, lindas praias e é cercada por mistérios.
Para fugir do convencional, vá ao Valle del Elqui. A região é conhecida como um dos melhores pontos de observação astronômica do hemisfério sul. Não só isso! O local, à beira da Cordilheira dos Andes e do Rio Elqui é repleto de misticismos que vão desde a alta concentração de energia naquele ponto da terra até o elevado número de objetos voadores não identificados avistados na região.
Colômbia
- Capital: Bogotá
- Principais aeroportos: Aeroporto Internacional de Bogotá El Dorado (BOG), Aeroporto Internacional de Medellin José María Córdova (MDE), Aeroporto Internacional de Cartagena (CTG), Aeroporto Internacional de San Andrés Gustavo Rojas Pinilla (ADZ), Aeroporto Internacional de Santa Marta Símon Bolivar (SMR)
- Fuso: GMT -5
- Código de área: +57
- Língua: Castelhano
- População: 49,6 milhões (2018)
- Moeda: Peso Colombiano
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: colombia.travel
A Colômbia reserva belas paisagens para os mochileiros que buscam o país, além de maravilhosas comidas para os dias de viagem. Entre os principais destinos no país estão a capital Bogotá, Medellín, Cartagena e o belo arquipélago de San Andrés, Providência e Santa Catalina, além de destinos pouco explorados, como o Parque Nacional Tayrona e Villa de Leyva.
Maior cidade da Colômbia, Bogotá é uma das capitais mais modernas e vibrantes da América do Sul e oferece diversas atrações, incluindo o charmoso centro histórico, conhecido como La Candelaria. Já Medellín, segunda maior cidade da Colômbia, mudou de cara nos últimos anos, deixou a má fama para trás e hoje oferece um excelente polo turístico para quem deseja uma grande cidade além de Bogotá. Escolhida a cidade mais inovadora do mundo no “City of the Year” do Wall Street Journal, Medellín recebe os turistas que desejam descobrir as sua história e beleza.
Seguindo rumo às belezas naturais, visite San Andrés. Famoso pelo mar de sete cores, San Andrés é uma autêntica ilha caribenha e um dos destinos do Caribe mais acessíveis para se visitar, tanto pela proximidade quanto pelo preço. San Na ilha não faltam praias espetaculares! É comum entre os turistas que visitam San Andrés esticar a viagem até Providência e Santa Catalina, que oferecem uma experiência completamente diferente da vizinha mais famosa. As lindas praias da Colômbia não se restringem a San Andrés. Nos arredores de Santa Marta há uma lindo paraíso preservado, cercado de verde e mar colorido: o Parque Nacional Tayrona. Baratinho e maravilhoso!
Já Cartagena das Índias é uma charmosa e colorida cidade histórica em meio ao Caribe colombiano. A Cidade Amuralhada é o coração de Cartagena, onde está grande parte dos pontos turísticos da região, com ruelas charmosas, igrejas, praças, restaurantes, museus, bares e lindos edifícios de arquitetura colonial com varandas floridas.
Para fechar o roteiro pela Colômbia, a histórica Villa de Leyva é cercada por casarões coloniais e ruas de pedra, tudo emoldurado por grandes montanhas. É o que poderíamos comparar ao nosso lindo cenário das cidades históricas de Minas Gerais. O passeio é para o deleite sem pressa, apenas percorrendo as vielas e cenários do encantador povoado distante 3 horas de Bogotá. Um bom respiro em meio a um mochilão.
Equador
- Capital: Quito
- Principais aeroportos: Aeroporto Internacional de Quito Mariscal Sucre (UIO), Aeroporto Internacional de Guaiaquil José Joaquín de Olmedo (GYE), Aeroporto Internacional de Cuenca Mariscal Lamar (CUE), Aeroporto de San Cristóbal Galápagos (SCY)
- Fuso: GMT -5 (Quito)
- Código de área: +593
- Língua: Castelhano
- População: 17,08 milhões (2018)
- Moeda: Dólar dos Estados Unidos
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: ecuador.travel
O Equador não está entre as lista dos países mais procurados pelos brasileiros, mas certamente vale a visita em um mochilão pela América do Sul, especialmente porque é lá que está as fantásticas Ilhas Galápagos! Conhecida por sua imensa biodiversidade e única no mundo, Galápagos atrai turistas do mundo inteiro. O grande cuidado com a natureza mantém esta parte do planeta quase que intocável e cheia de encantos. Uma visita que irá te surpreender. São três grandes ilhas Santa Cruz, San Cristóbal e Isabela.
Além de Galápagos, vale também conhecer a capital Quito. Localizada a quase 3 mil metros de altitude e incrustada em um vale, Quito é cercada por altas montanhas e vulcões e rende bons passeios. A cerca de 40 minutos de voo de Quito está Cuenca, terceira maior cidade do país e patrimônio da humanidade declarado pela Unesco, Cuenca é a capital cultural do Equador. Se a sua pegada é natureza e trekking, não deixe de ir ao Cotopaxi, um dos mais belos vulcões da América do Sul. E para uma imersão no verde, visite a Amazônia equatoriana. Veja mais dicas de viagem pelo Equador.
Peru
- Capital: Lima
- Principais aeroportos: Aeroporto Internacional de Lima Jorge Chavez (LIM), Aeroporto Internacional de Cusco Teniente Alejandro Velasco Astete (CUZ), Aeroporto Internacional de Arequipa Alfredo Rodríguez Ballón (AQP)
- Fuso: GMT -5 (Lima)
- Código de área: +51
- Língua: Castelhano e língua aimará
- População: 31,99 milhões (2018)
- Moeda: Novo Sol
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: peru.travel
O Peru é um dos países que mais rendem mochilões na América do Sul. E falamos no plural porque é tanta coisa pra ver no Peru que uma viagem não será suficiente para ver tudo. A começar por Machu Picchu, um dos destinos mais desejados por mochileiros de todo o mundo. É um país de belezas naturais exóticas, lindas montanhas da Cordilheira dos Andes, gastronomia de excelente qualidade e sítios arqueológicos incríveis, sem falar em toda cultura do povo Inca, que deixou um legado inestimável para o país.
Comece a visita ao Peru pela capital Lima. A cidade é bastante movimentada, restaurantes incríveis e uma vida moderna onde edifícios novos compartilham o espaço com sítios arqueológicos. Com um curto voo você poderá desembarcar em Cusco, importante por suas raízes Incas e pela herança da colonização espanhola. Cusco serve como ponto inicial não só para explorar os sítios arqueológicos da própria cidade, como os sítios localizados no Vale Sagrado e também Machu Picchu, a cidade sagrada dos Incas. Você poderá escolher entre o caminho mais rápido ou as longas e recompensadoras trilhas do lugar. De qualquer maneira será maravilhoso.
O Peru tem ainda outros belíssimos destinos, como Puno, onde pode-se conhecer as ilhas flutuantes do Lago Titicaca, e Nazca, onde estão as misteriosas Linhas de Nazca. Huacachina, um oásis no meio do deserto, também é um destino cada vez mais frequentado por turistas, assim como Arequipa, com construções coloniais como Arequipa e Huaraz, onde fica o Parque Nacional Huascarán, com suas trilhas, montanhas e lagoas que oferecem algumas das mais belas paisagens do país, entre elas a Laguna 69. Sem falar na incrível Montanha Vinicunca, ou Montanha das 7 cores, uma das mais famosas imagens do Peru. Confira aqui um roteiro de 16 dias pelo Peru e dicas do Peru além de Machu Picchu.
Leia também: 7 maravilhas do mundo: veja como colocá-las em seu roteiro de viagem!
Uruguai
- Capital: Montevidéu
- Principais aeroportos: Aeroporto Internacional de Montevidéu Carrasco (MVD) e Aeroporto Internacional de Punta del Este Laguna del Sauce (PDP)
- Fuso: GMT -3
- Código de área: +598
- Língua: Castelhano
- População: 3,44 milhões (2018)
- Moeda: Peso Uruguaio
- Documento necessário: RG ou passaporte (não é necessário visto)
- Vacina: Nenhuma vacina é obrigatória
- Site oficial: turismo.gub.uy
O Uruguai é um país pequeno em tamanho, mas com grande potencial e que oferece um dos melhores índices de qualidade de vida na América do Sul. Ideal para um mochilão pela América do Sul sem muito perrengue. Localizado às margens do Rio da Prata, o país encanta por sua tranquilidade, paisagens naturais e, claro, excelentes carnes!
Um mochilão pelo Uruguai não pode deixar de passar por Montevidéu, capital e maior cidade do Uruguai, que conta com atrações históricas e finais de tarde inesquecíveis. E a localização de Montevideu facilita bastante a vida do mochileiro. A capital fica entre dois importantes destinos turísticos uruguaios. O primeiro deles é a Colônia do Sacramento, uma cidade com construções coloniais e ruas de pedra, que são ótimas para um passeio pacato. A região também é boa pedida para os amantes dos vinhos. Do lado oposto, está Punta del Este, onde acontece o encontro do oceano com o Rio da Prata.
Atém dos destinos mais famosos do Uruguai, La Paloma e La Pedrera também são indicados para quem busca roteiros de praia. Cabo Polônio, um parque nacional na costa oriental do país, é outra boa parada para quem quer ver bonitas paisagens naturais, assim como Punta del Diablo, um destino mais rústico para aproveitar as praias uruguaias.
Melhor época para fazer um mochilão pela América do Sul
Um mochilão vai muito além de uma simples viagem de férias. É preciso estar com a cabeça, bolso e espírito preparados para encarar esse tipo de viagem e assim curtir cada momento. Além do seu momento pessoal, é preciso estar atento à melhor época para realizar o mochilão, especialmente se a ideia é percorrer diversos países, onde muitas vezes o clima é bastante variado. Apesar de tantas variações, alguns detalhes são comuns a quase todos os destinos da América do Sul e por isso vale se atentar a eles.
Ao pensar na época para fazer uma viagem de mochilão pela América do Sul, fique atento ao período de férias escolares e feriados prolongados. Quanto mais gente tiver no destino, mais cara será a viagem e mais difícil será de fazer alterações ou escolhas de última hora. Prefira sempre um mochilão durante a baixa temporada para economizar e ter mais facilidade na troca do roteiro.
Outra questão fundamental é o clima, que tem muita disparidade entre os países da América do Sul e principais rotas. Durante o verão, por exemplo, o clima é ótimo para embarcar rumo à Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela. Já destinos como Bolívia e Peru terão muitas chuvas, o que dificulta a viagem. Para acertar o máximo possível, dê preferência para viagens durante os meses de primavera e outono, quando as temperaturas são mais amenas e o clima mais estável em quase todas as regiões. Os meses de abril, maio, setembro e outubro são boas pedidas para um mochilão pela América do Sul!
Por quantos dias fazer o mochilão pela América do Sul?
Essa é uma questão bastante pessoal e que depende da disponibilidade, verba e disposição de cada um. Um mochilão pode ter apenas uma semana ou durar um ano inteiro. Certo é que, quanto mais tempo durar o seu mochilão, mais imerso você ficará na experiência. Ainda que a decisão seja bem pessoal, vale levar em consideração que trinta dias (ou o tempo das férias de grande parte dos viajantes) é excelente para uma boa viagem.
Em trinta dias é possível fazer um roteiro por diversas cidades e ainda ter tempo para investir em atrações que apareçam na última hora. É um bom período para não precisar viajar na correria e entrar no clima do mochilão. Com 15 dias será tranquilo montar um roteiro curto, preferencialmente entre cidades vizinhas de um mesmo país.
Como se deslocar entre os destinos da América do Sul
Um mochilão pela América do Sul pode envolver todo tipo de transporte. E quando falamos em todo tipo, pense mesmo em diversas opções. Os mochilões mais econômicos envolvem quase sempre transportes terrestres e, raramente, trechos aéreos. No geral, o avião é usado para chegar à primeira cidade do roteiro da viagem e depois para voltar ao Brasil. Vale ainda fazer trechos aéreos entre cidades mais distantes se o mochilão incluir países e destinos que não sejam tão próximos.
Caso pretenda fazer trechos aéreos durante a viagem, você precisará ter um roteiro mais bem definido para garantir as passagens com antecedência e não correr o risco de pagar caro demais na última hora.
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Se a ideia é viajar prioritariamente por parte terrestre, com ônibus e até mesmo algumas caronas, você terá mais liberdade para tomar decisões de última hora e também irá economizar bem mais. Ao optar por transporte terrestre, vale ficar atento à segurança e qualidade dos veículos e estradas. No geral, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Colômbia têm estradas de boa qualidade; já Bolívia e Peru têm muitos ônibus de má qualidade (especialmente os mais baratos) e rodovias (algumas à beira de precipícios) em péssimo estado. Não economize comprando a passagem mais barata nos ônibus. Isso pode ser um grande – e desnecessário – perrengue (com direito a poltrona que não reclina e falta de banheiro por toda a viagem).
Além da questão da qualidade e segurança, fique ligado à oferta de rotas e, claro, ao tempo de deslocamento entre as cidades. Para quem pretende economizar mesmo, vale pegar preferencialmente trechos de viagem noturnos, assim você irá substituir uma hospedagem e não perderá um dia de passeio em deslocamento. O ponto negativo de viajar à noite é perder a paisagem das estradas, o que em alguns casos vale como atração turística, de tão lindos que são os trajetos.
Câmbio e dinheiro na América do Sul
Se você pretende viajar por diversos países da América do Sul o ideal é levar apenas uma moeda que seja fácil de fazer câmbio, como o dólar ou euro. Assim você não terá dificuldade em nenhum destino para trocar o dinheiro. Comprar as moedas de cada país ainda no Brasil é quase impossível, especialmente se você pretende se aventurar por destinos menos conhecidos, como Suriname. Lembre-se também de levar outras maneiras de pagamento, como cartão de crédito. Em uma emergência ele pode ser fundamental.
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Documentos e vacinas exigidos pelos países da América do Sul
Ao embarcar rumo a um mochilão pela América do Sul é preciso estar atento à documentação necessária para viajar, já que a exigência é diferente entre os países. Para quem pretende explorar destinos da Argentina, Chile, Colombia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, carteira de identidade brasileira – RG é aceito para entrada, assim como o passaporte. Aproveite que há diversos países que não exigem passaporte para brasileiro, o que já é uma boa economia!
Já para embarcar rumo à Guiana e Suriname o passaporte será obrigatório. Em nenhum dos casos é preciso visto de entrada para brasileiros. Vale dizer que, no caso de viajar com o RG, o documento deve estar em bom estado de conservação e com uma foto que permita o seu reconhecimento físico. E fique ligado que apenas o RG é válido! Carteira de motorista, Carteira profissional ou carteira de trabalho, apesar de valerem no Brasil, não são aceitos por outros países como documentos válidos.
No caso das vacinas, entre os países da América do Sul, a Bolívia, Colômbia, Guina, Paraguai, Venezuela e Suriname exigem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia-CIVP para Febre Amarela. Os demais países não exigem vacinas de cidadãos brasileiros.
Língua
Grande parte dos países da América do Sul tem como idioma oficial o espanhol, à exceção do Brasil, Suriname (onde se fala o neerlandês e outras línguas crioulas), Guiana (inglês e diversas línguas crioulas) e a Guiana Francesa (francês e crioulo). Para viajar pela América do Sul não é preciso ser um grande expert em línguas estrangeiras. O português muitas vezes é entendido e, quando não, a boa e velha mímica ou o moderno Google Tradutor serão bem úteis.
No caso de povoados mais isolados, onde línguas nativas são mais comuns, use a lei da simpatia. Sempre funciona! E sempre vale dizer que é possível para viajar sem falar inglês e espanhol. Basta perder a vergonha e ter uma certa dose de cara de pau.
Comida durante um mochilão pela América do Sul
A culinária típica dos países da América do Sul varia bastante e as surpresa serão muitas durante o roteiro. Não deixe de experimentar novos pratos. Faz parte da vivência e do dia a dia de todo bom mochileiro se aventurar por novos sabores. Cuidado apenas para não exagerar nos novos temperos e ingredientes, já que se sentir mal durante uma viagem de mochilão não é uma boa pedida.
Uma viagem de mochilão costuma ser bem econômica e cada centavo não gasto pode valer ouro ao final. E a economia vai além de compras e passeios. Para quem não pode gastar muito, a refeição certamente é um ponto a ser considerado. Os gastos com alimentação em uma viagem podem variar muito e até pesar no orçamento, a depender das escolhas pessoais.
Se o que você busca é gastar pouco, uma boa solução é recorrer a restaurantes mais populares e frequentados por locais, além de ir aos mercados públicos, onde sempre há comida boa e tradicional. Se você é bom de cozinha, vale também investir em fazer as próprias refeições. Nesse caso, priorize a hospedagem em locais onde há cozinha coletiva. O momento pode render boas amizades e novas experimentações gastronômicas com a ajuda de outros viajantes de todo o mundo.
Ainda que a economia seja fundamental, em algum momento de cansaço você pode desejar um bom restaurante para relaxar. Tenha uma reserva para fazer uma refeição mais caprichada em alguns destinos, especialmente os que se dedicam à boa gastronomia.
Para manter a saúde em dia durante a viagem, lembre-se de fazer refeições saudáveis e que dêem energia para o dia todo, especialmente se você for ficar na correria. Capriche no café da manhã e tenha sempre um bom lanche na mochila para emergências.
Evite ficar sem comida à disposição, já que o dia pode ser imprevisível e você pode não ter a chance de encontrar um lugar para comer. Seja precavido para não passar aperto. Em alguns momentos do mochilão, a comida pode ser bastante precária e de origem, qualidade e gosto muito duvidosos. Tenha cuidado e seja sempre precavido, nem que seja com um bom e velho miojo na mochila.
Qual mochila escolher para um mochilão na América do Sul?
O mochilão, literalmente, que você levará para a viagem é uma decisão muito pessoal e depende do tipo de roteiro, tempo de duração e até mesmo do peso que você é capaz de carregar. Aliás, essa é a regra mais importante: o mochilão é responsabilidade sua e você deve ser capaz de dar conta dele durante toda a viagem. Sendo assim, escolha algo que seja compatível com você!
Uma boa mochila é essencial para ter conforto, segurança e boa mobilidade, o que ajuda no transporte público, voos e até mesmo na hora de guardar nos lockers que encontrar pelo caminho. Uma boa mochila, quase sempre, não custa barato. Tenha em mente que ela servirá por muitos anos, especialmente for bem cuidada. É um investimento que você fará uma vez apenas, mas que renderá muitas viagens.
Ao escolher o material da mochila, prefira os tecidos mais resistentes e, preferencialmente, impermeáveis. Se não for o caso, invista em uma boa capa de chuva para o seu mochilão. Vale ainda uma bolsa para o mochilão, que ajuda na hora de despachar a bagagem nos voos e ônibus, assim como a mantém protegida e segura nos hostels. Com um cadeado apenas você manterá todos os bolsos e compartimentos protegidos de possíveis furtos.
Na hora de decidir o tamanho do mochilão, avalie se será possível lavar roupas durante o trajeto; se você precisará levá-lo como bagagem de mão ou despachada; se fará longos percursos a pé, em transporte público ou terá que carregar a mochila por muito tempo em alguns dias de passeio. Uma boa medida para um mochilão é entre 40L e 60L.
Lembre-se de considerar o seu tamanho e peso. Pessoas menores devem levar mochilas mais compactas. Ah! E prefira sempre as mochilas que são ajustáveis na altura do ombro, peito e cintura e até as mochilas que tem design específico para corpo masculino e feminino. O ajuste é fundamental para o conforto e alegria na viagem.
O que levar para um mochilão?
A ideia de economia ao fazer um mochilão vai além da grana. Ao fazer um mochilão, você precisará ser econômico também no peso da bagagem. E como estamos falando de um mochilão, você já sabe qual o modelo ideal de mala para você, né? Lembre-se que a mochila será sua maior companheira por todo o trajeto. Quase inseparável! Você irá carregá-la por muitos dias e o peso deve ser compatível com o que você é capaz de aguentar (sem sofrer).
Um mochilão leve e compacto também garante que você possa levá-lo como bagagem de mão, o que torna os trâmites de aeroportos e rodoviárias mais baratos e rápidos. Uma boa mochila leve e compacta ajuda também na hora de pegar transportes públicos e caminhar pelas cidades. Sem falar que uma bagagem compacta entrará com muito mais facilidade nos armários dos hostels.
Ao organizar o seu mochilão (literalmente), dê preferência a peças versáteis e fáceis de lavar. Se puder, invista em roupas e meias com tecidos tecnológicos e que não deixam cheiro, não amarrotam e secam muito rápido. Quanto menos roupa você puder levar, melhor! Sobre os calçados, leve um tênis ou bota que sirva para todas as situações e não se esqueça de um chinelo para descansar e relaxar.
Ah! Nada de esquecer o casaco! Mas esqueça os casacos pesados e volumosos. Prefira casacos leves, mas com alta capacidade de reter o calor. Um bom casaco impermeável e corta vento também será bem útil! Lembre-se que você estará fazendo um mochilão e que a última coisa que importa é estar na moda com mil peças diferentes todos os dias. Prefira os básicos e leve peças que combinem entre si.
Quanto aos produtos de higiene pessoal, lembre-se que você poderá comprar o necessário durante a viagem. Leve o mínimo possível e em potes pequenos. Certamente será mais barato comprar o que for preciso no destino do que pagar para despachar uma mala por causa de um pote de shampoo. Se você acha que não dá conta arrumar uma mochila compacta, veja mais dicas para viajar só com uma bagagem de mão com até 10 quilos.
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Onde se hospedar em um mochilão na América do Sul
Quase sempre quem se predispõe a encarar um mochilão está disposto (e muitas vezes precisa) economizar. E a economia passa pela hospedagem, claro! No geral, quem faz um mochilão acaba escolhendo pernoites mais baratos, o que muitas vezes envolve um hostel, mas nem sempre! O hostel conta com diversas vantagens além da economia: tem o clima, as pessoas, as conversas e tudo mais que envolve o espírito mochileiro.
Em um hostel você terá a oportunidade de trocar ideia com outros viajantes, juntar um grupo para economizar em passeios, fazer amigos que levará para sempre (ou por dois dias) e até mesmo mudar o seu itinerário ao receber dicas inesperadas e imperdíveis. Porém há quem já esteja viajando com um grupo ou companhia, não precise ou não queira economizar cada centavo, e procure um pouco mais de conforto. E a boa notícia é que para quem não está viajando sozinho, pode ser bem em conta uma hospedagem em hotéis mais simples.
As reservas de hospedagem podem ser feitas por sites como o Booking, mas também vale buscar bons hostels em sites mais específicos, como o Hostel World, ou mesmo escolher um quarto em casa compartilhada pelo Airbnb. Se o orçamento estiver muito apertado, mas mesmo assim você quiser viajar, vale tentar as experiências de troca de trabalho por hospedagem em sites como o Workaway, Worldpackers ou Wwoof, sem falar no Couch Surfing, que tem uma enorme comunidade que recebe viajantes de todo o mundo gratuitamente.
Segurança em um mochilão pela América do Sul
Fazer um mochilão é uma das melhores experiências para viajantes, mas é preciso estar atento a questões de segurança que são importantes no dia a dia, especialmente se a viagem é para outros países. E os cuidados começam ainda antes de embarcar! Se essa for a sua primeira viagem internacional, redobre os cuidados e a atenção. O mesmo conselho vale para mulheres que viajam sozinhas. Isso irá ajudar a reduzir os perrengues de viagem.
Ao organizar a viagem, vale seguir um passo a passo básico para diminuir os riscos de um problema mais grave: tenha cópias de todos os documentos importantes, como passaporte, identidade, passagens aéreas e reservas em hostels ou hotéis; anote os seus contatos bancários e do cartão de crédito para, em caso de furto ou perda, conseguir resolver tudo com mais agilidade; tenha os dados de contato dos consulados brasileiros por onde irá viajar e também de pessoas que possam servir de apoio no seu destino.
Pode parecer estranho, mas uma medida importante no quesito segurança é a escolha de alguém de confiança para deixar com ela cópias de todos os documentos e detalhes do seu roteiro, assim, caso seja necessário, ela saberá como te localizar. A depender do destino, vale até combinar de quanto em quanto tempo você entrará em contato para garantir que tudo está bem ou mesmo usar um app de localização para que uma pessoa de confiança acompanhe os seus passos.
Durante a viagem, atente-se aos seus documentos e dinheiro e mantenha-os com você sempre que não puder guardá-los em local seguro. Lembre-se de levar um cadeado para usar nos armários dos hostels e pense na possibilidade de levar uma bolsa de proteção para o seu mochilão, assim você poderá despachá-lo trancado com cadeado sem problemas. Ao partir rumo a uma viagem ou passeio que pareça arriscado, envie uma mensagem para alguém e combine o horário para entrar novamente em contato. Nunca é demais também ficar ligado aos golpes comuns em viagens. Evite caronas com desconhecidos e, claro, mantenha os olhos abertos. Os cuidados do dia a dia de qualquer viagem valem para um mochilão.
Faça um seguro de viagem internacional
Nunca embarque para o exterior sem um seguro de viagem internacional. É impossível prever o que pode acontecer durante uma viagem, então é importantíssimo se previnir. Os seguros têm preços bem acessíveis e serão fundamentais no caso de uma doença repentina ou mesmo um acidente grave. Para quem quer economizar, vale consultar a operadora do cartão de crédito e verificar se ela oferece algum tipo de seguro como parte dos benefícios. Se estiver na dúvida sobre qual seguro de viagem contratar, veja a pesquisa sobre os melhores seguros de viagem segundo os leitores do Melhores Destinos. E se quiser economizar, fique ligado nas promoções do Melhores Destinos que oferecem excelentes cupons de desconto para a contratação do serviço.
Mochilão na América do Sul: relatos e dicas de mochileiros
Uma das melhores coisas de se fazer um mochilão é a troca de dicas e experiências com outros viajantes mochileiros. E essa troca começa muito antes da viagem. Com infinitas possibilidade de roteiros, é normal ficar perdido ao montar uma viagem. Sendo assim, quanto mais dicas com outros mochileiros você pegar, melhor! As experiências são únicas e cada um vivenciou o mochilão pela América do Sul de maneira bem particular.
Para te ajudar a dar a partida no sonho de fazer um mochilão pela América do Sul, convidamos 5 leitores do Melhores Destinos para compartilharem as experiências de viagem de cada um deles. São relatos de viajantes experientes e que, como todo mochileiro que se preze, passaram por muitas alegrias e perrengues no caminho, tudo o que torna o mochilão pela América do Sul inesquecível e tão especial! Aqui no post está só o comecinho de cada relato, mas vale clicar em cada um deles para ler, na íntegra, a experiência de cada um deles!
Mochilão e a descoberta de um caminho a seguir para sempre
Mestre em Economia Política Internacional e pousadeiro na Chapada Diamantina, Jonatan Muller mudou o rumo da vida depois de um ano mochilando pela América do Sul. Ele segue viajando, mas agora também recebe viajantes de todo o mundo.
Voltemos ao verão de 2006. Eu tinha 19 anos e havia recém deixado a casa dos meus pais no interior do Rio Grande do Sul para ingressar na universidade em Florianópolis\SC. Cursava Relações Internacionais e um ideal me motivava constantemente: desbravar o mundo e colecionar minhas próprias aventuras. Como sempre fui avesso às convenções e ansiava por escrever minha história autenticamente, decidi que minha primeira viagem já deveria ser por si um divisor de águas, uma revolução pessoal capaz de expandir meus horizontes até onde eu sequer imaginava. Para tanto, viajaria sozinho, sem roteiro preestabelecido, sem datas rígidas para me preocupar e exploraria ao máximo as oportunidades que fossem surgindo ao decorrer da viagem. Para onde iria? Como faria?
Continue lendo o relato da experiência de Jonatan Muller durante o mochilão pela América do Sul.
Mochilão: uma “bagagem” que se carrega para a vida toda
Jornalista, e apaixonado por viagens, Leandro Galvão acumula experiência de quatro mochilões pela América do Sul. A primeira viagem internacional aconteceu aos 29 anos, com destino a Buenos Aires. Desde então ele não parou e já acumula 24 países visitados, sem intenção alguma de parar.
“Isso não é caro. Isso é trocar dinheiro por experiências”. A frase direcionada ao nosso grupo que se formou no meu primeiro mochilão pela América do Sul, lá em 2011, nunca saiu da minha memória. Ela foi dita a nós, brasileiros, italianos e portugueses, despretensiosamente, por uma chola – mulheres campesinas de traços indígenas que são um verdadeiro símbolo nacional da Bolívia com suas típicas vestimentas com saia longa, chapéu-coco e tranças.
A devolutiva em forma de sabedoria aconteceu, em Uyuni, na Bolívia, quando nós comentávamos ao seu lado sobre o valor oferecido por um tour de três dias pelo deserto boliviano até o Atacama, no Chile, com muito perrengue, mas que acabou carimbando grandes momentos em nossas memórias. E olha que a senhorinha nem fazia parte do negócio. Estava ali, despercebida, apenas vendendo seu artesanato na calçada, sem imaginar que deixaria uma reflexão que até hoje ficou marcada para mim.
Continue lendo o relato da experiência do Leandro durante os mochilões pela América do Sul.
E tenho dito: na América do Sul estão alguns dos lugares mais lindos do mundo
Viajante mais que experiente, o jornalista Felipe Campbell já se aventurou por 69 países e não pretende parar! Apesar de ter um carinho especial pelo Nepal (onde esteve duas vezes e fez os trekkings para os acampamentos-base do Annapurna e do Everest), Felipe assegura que a América do Sul tem alguns dos lugares mais lindos do mundo.
Em tempos de relativização de tudo, eu vou bater o pé e defender uma verdade inegociável: a América do Sul tem alguns dos lugares mais lindos do mundo. Não estamos falando apenas de Cataratas do Iguaçu, Macchu Picchu, Galápagos ou da Geleira de Perito Moreno, para citar apenas os mais óbvios. Com a internet ao alcance das mãos 24 horas por dia, não tem mais sentido um mochileiro brasileiro que gosta de desbravar belezas naturais mundo afora não olhar com mais carinho para lugares incríveis que, se ainda não são os campeões de audiência, já são mencionados com alguma frequência nas boas prosas sobre desventuras continentais.
Continue lendo o relato da experiência do Felipe durante os mochilões pela América do Sul.
Pandemia e um sonho de viagem pelo Peru adiado
Relato de Dora Nardy, 25, publicitária e leitora do Melhores Destinos
Para mim, mochilão é uma experiência única que traz uma sensação de liberdade e independência, em que o mundo parece estar em suas mãos. Adoro viajar e acho que o estilo de mochilão é o que mais me representa e mais me traz felicidade e realizações.
Já fiz alguns mochilões. Um para Europa e outro para o nordeste do Brasil. Sempre quis conhecer mais da América do Sul, que é cheia de lugares incríveis e encantadores. Tinha conhecido alguns lugares na Europa e Estados Unidos, então estava mais do que na hora de conhecer mais do nosso continente maravilhoso.
Continue lendo o relato da experiência da Dora Nardy durante o mochilão pela América do Sul.
Leve na bagagem as pessoas que encontrou pelo caminho em um mochilão
Relato da engenheira Natália Santiago
A definição de mochilão é meio vaga né, pra uns pode ser só ter uma mochila nas costas e viajar, pra outros já é um estilo de vida, no qual ficam uma boa parte de sua vida mochilando. Pra mim, é um estilo de viagem, mas não relacionado ao tempo – longo – e sim de estar aberto a conhecer pessoas pelo caminho. Não estar ligado tanto a pontos turísticos e roteiros fechados, mas sim a querer conhecer pessoas e ter experiências locais. E um dos facilitadores desse estilo de viagem são os hostels. Por terem preço acessíveis e quartos compartilhados, os hostels atraem muitos viajantes e permitem conhecer gente de todo canto do mundo, além de descobrir experiências “fora da caixa”.
Continue lendo o relato da experiência da Natália Santiago durante o mochilão pela América do Sul.
Leia também:
Como fazer um mochilão: guia para iniciantes
Mochilão na Europa: 20 dias pela Alemanha, Luxemburgo, Polônia e Suíça
Fazer um mochilão pela América do Sul é mesmo uma experiência incrível e, certamente, inesquecível! Se você já fez um mochilão pela América do Sul, conte pra gente detalhes da sua viagem e compartilhe a sua experiência com outros viajantes! Quanto mais dicas e mochileiros, melhor!