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Mochilão na Argentina! Um relato de viagem de Buenos Aires ao Monte Roraima

Monique Renne
08/11/2020 às 5:42

Mochilão na Argentina! Um relato de viagem de Buenos Aires ao Monte Roraima

Um mochilão pela América do Sul está na lista de muito mochileiro mais aventureiro. E para começar a percorrê-la, nem é preciso investir em roteiros mais difíceis ou lugares inóspitos. Vale começar do basicão, que também é maravilhoso! Mas é claro que quanto mais você explora a América do Sul, mais a fundo você vai neste destino sensacional. Depois de conhecer clássicos mais comuns, como Buenos Aires e Santiago, é normal começar a buscar por rotas alternativas e paisagens menos exploradas. E a América do Sul é ótima tanto para quem busca uma viagem tranquila, quanto para os viajantes adeptos dos maiores perrengues de viagem.

E foi exatamente assim que aconteceu a jornada do leitor do Melhores Destinos Felipe Campbell pela América do Sul! Saindo das viagens mais básicas e chegando aos roteiros mais difíceis – com direito a subir ao topo do Monte Roraima e conhecer a cachoeira mais alta do mundo – ele se encantou pela América do Sul. Jornalista, Felipe Campbell é um apaixonado por natureza, ecoturismo, vida selvagem, grandes travessias, contemplação e destinos alternativos. Ele não mede esforços para encarar uma nova empreitada. E não falta experiência no mochilão que ele carrega pra todo lado! Convidamos então o Felipe para dividir as dicas e relatos dos melhores momentos que ele passou enquanto percorreu a América do Sul em diversos mochilões. Vamos lá!

Viagem américa do sul

Huaraz, no Peru, e a Laguna 69. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo pessoal

E tenho dito: na América do Sul estão alguns dos lugares mais lindos do mundo

Relato do jornalista, e leitor do Melhores Destinos, Felipe Campbell

Os perrengues para quem mochila na região aparecem com mais frequência, mas na pior hipótese rendem histórias maravilhosas que você vai guardar para sempre na memória

Em tempos de relativização de tudo, eu vou bater o pé e defender uma verdade inegociável: a América do Sul tem alguns dos lugares mais lindos do mundo. Não estamos falando apenas de Cataratas do Iguaçu, Machu Picchu, Galápagos ou da Geleira de Perito Moreno, para citar apenas os mais óbvios. Com a internet ao alcance das mãos 24 horas por dia, não tem mais sentido um mochileiro brasileiro que gosta de desbravar belezas naturais mundo afora não olhar com mais carinho para lugares incríveis que, se ainda não são os campeões de audiência, já são mencionados com alguma frequência nas boas prosas sobre desventuras continentais.

Laguna 69, Peru. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo pessoal

Desde a minha infância, sempre tive o sonho de percorrer toda a Rodovia Pan Americana, saindo láááá de Ushuaia e seguindo por terra até o Alasca. Quando estive na Patagônia, passei pelo marco inicial (ou seria final?) dessa estrada, porém nunca tive um fôlego logístico maior que 30 dias para realizar esse projeto. Isso não impediu que eu pusesse em prática, ainda que em várias parcelas ao longo de quase 44 anos de vida, meus planos de conhecer alguns dos rincões mais remotos da América do Sul, em diferentes momentos.

Minha primeira incursão “solo” pelo continente foi no estilo basicão urbano mesmo, em 2006, quando passei sete dias num albergue em Buenos Aires e outros três numa hospedagem do mesmo tipo em Montevidéu. À época, a internet ainda não era uma grande fonte de consulta sobre opções de hospedagem, mas consegui vaga – reservando por telefone – num albergue perto do Cemitério da Recoletta, na capital argentina. Já havia ficado várias vezes em albergue ao redor do mundo, mas na América do Sul era a primeira vez.

Em que pese nossa necessidade de ficarmos ligados o tempo todo com nossos pertences num espaço coletivo, me chamou muito a atenção positivamente na ocasião o fato de ter esquecido por várias vezes câmera, passaporte e carteira escancarados em cima da cama num quarto cheio de gente desconhecida, depois de uma noitada daquelas, e ter reparado que nada de grave ocorrera horas depois. Como quase nunca ocorre mesmo nos albergues, onde reina um espírito bacana de camaradagem e confiança. E em Buenos Aires não foi diferente.

Parque Nacional Tierra del Fuego

Parque Nacional Tierra del Fuego, Argentina. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo pessoal

Já na capital uruguaia tenho uma lembrança também bem marcante – e tenho certeza que se você é um(a) mochileiro(a) contumaz, já rolou contigo alguma vez – de um cidadão alemão que estava no mesmo quarto que eu e roncava a decibéis que inviabilizavam qualquer tipo de conversa ou descanso. O que mais me intrigava era como, com aquele barulho de britadeira e terremoto de sete graus na Escala Richter, o sujeito dormia que nem um anjinho, enquanto todos à volta estavam à beira de um ataque de nervos. É o tipo de coisa que é uma loteria em albergue. Não tem como prever. E pode, sim, acontecer. Uma noite muito mal dormida detona o seu dia seguinte. E em viagem, a gente tá sempre com tempo contado, né?

Avaliações são a melhor referência em um mochilão pela América do Sul

No mesmo ano, algumas semanas depois, fui à Colômbia e também achei um único albergue disponível para hospedagem pela internet. Meu voo chegara em Bogotá às 2h da manhã e chovia muito. Era dezembro e peguei um táxi no aeroporto. Mostrei o endereço ao motorista e como ele não falou nada, achei que sabia para onde estava me levando.

Depois de uma meia hora dirigindo no escuro e debaixo de tempestade épica, eis que o camarada encosta o carro numa esquina, abre o vidro e chama um policial que portava uma metralhadora (ou algo mais belicoso que isso – não entendo nada de armas!!!). O sujeito entra correndo no carro, no banco da frente, eles desembestam a falar um espanhol que ficou difícil de entender olhando em minha direção. Eu gelei e pensei: “me ferrei”.

Peru

Huaraz e a Laguna Shallap. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Para encurtar a história, o policial estava apenas querendo ajudar – e provavelmente se livrar da chuva também. Os dois me deixaram no albergue, que àquela hora estava fechado. Bati na porta (não rolava celular nem coisa parecida naquele tempo) e ouvi uma voz baixa por meio de uma fresta parecida com aquelas janelinhas miúdas de casas mal-assombradas. A pessoa falou que não havia nenhuma reserva em meu nome e que o lugar era um abrigo exclusivo para deficientes auditivos. Antes que eu entrasse em pânico, porém, disse que eu poderia ficar por lá naquela noite. E assim foi e fui muito bem tratado.

No dia seguinte, mudei para outro hotel, perto do centro histórico de Bogotá, e ficou uma lição para a época – não existia Booking ou TripAdvisor ou Expedia – que hoje é praticamente um conselho desnecessário para quem tem o mínimo de cuidado antes de viajar: pesquise direito a localização, os detalhes da hospedagem, características e, sobretudo, as avaliações. Elas são o definidor, o mecanismo de regulagem que praticamente elimina o fator surpresa (negativa) numa viagem.

Monte Roraima

Monte Roraima. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Perdidos na selva

América do Sul é também sinônimo de natureza. E uma das coisas que mais gosto de fazer em viagens – que praticamente ocupa 100% dos meus projetos de viagem atualmente – são trilhas e grandes travessias. Os famosos trekkings, como os gringos gostam de falar. E, claro, explorar mato, ter contato com a natureza e com a vida selvagem.

Em 2012, fiz com um amigo em oito dias a trilha que sobe o Monte Roraima, na Venezuela – brasileiros não gostam de saber disso, mas apenas 10% do morro é no Brasil, enquanto 20% são da Guiana e 70% dos venezuelanos. Alerta de dica: ter contratado uma agência venezuelana, em Santa Elena de Uaíren, custou três vezes menos do que a média cobrada pelas renomadas agências brasileiras. E para lembrar: só se faz o Monte Roraima com guia, então ir sozinho não é opção.

Terminada a trilha, pegamos um ônibus noturno para Ciudad Bolivar, no interior da Venezuela, de onde partem os passeios para visitar o Salto Angél, a dita maior cachoeira permanente do mundo, com 979 metros de altura. Além da epopeia de doze horas à noite ter sido interrompida várias vezes para “baculejos”, enfrentamos uma série de perrengues para chegar à cachoeira. Da simpática Ciudad Bolivar precisamos pegar um avião teco-teco até Canayma, uma vila cercada por dezenas de cachoeiras paradisíacas. Ficamos só uma tarde lá antes de pegar o passeio de voadora – previsto para durar quatro horas no meio da selva amazônica.

Os perrengues ali eram estruturais. Pelo que entendemos, o governo federal (na época, ainda comandado pelo Hugo Chávez) havia transferido a exclusividade das licenças que permitiam a exploração de todas a atividade turística para habitantes locais, a maioria índios da região. Isso havia sido feito de uma forma tão repentina que, de um dia para o outro, pessoas sem nenhuma experiência em turismo assumiram a gestão de pousadas e de todos os roteiros tradicionais.

Monte Roraima

Monte Roraima. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Em Canayma, além de um quarto com aranhas e cobra no banheiro, nos deparamos com um guia que teve as manhas de quebrar dois motores do barco no meio do percurso até o ponto no meio da selva onde dormiríamos para alcançar o Salto Angel na manhã do dia seguinte.

A canoa motorizada saíra no começo da tarde comigo, meu amigo e mais uma dezena de turistas estrangeiros. O motor quebrou uma vez e o piloto instalou o reserva. Que quebrou de novo. Depois disso, o “guia”, sem falar nada, encostou o barco na margem do rio, saltou e se desembestou para o meio do mato sem dar nenhuma satisfação ou mesmo deixar alguém para cuidar da gente.

O cara sumiu por umas três ou quatro horas. Acabou o dia, o céu escureceu totalmente e o barco já estava com água até o joelho, ainda que encostado na margem. Esfriou, ninguém conseguia ver nada além de sombras e foi realmente uma situação estressante, para dizer pouco. O cidadão foi aparecer lá pelas 22h com um ajudante que nos resgatou e assim chegamos ao tal acampamento já perto de meia noite. Acordamos poucas horas depois para subir por uma trilha íngreme de onde poderíamos ver – e vimos – a maior cachoeira do mundo.

Salto Angél

Salto Angél. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Novamente, planejamento de viagem é tudo: em 2020, não dá pra cometer esse tipo de erro. Vai mochilar? Pesquise bastante, confie nas avaliações de hospedagens que têm uma quantidade grande de opiniões registradas. Não estamos no melhor momento para fazer turismo dentro da Venezuela, mas, de novo, informe-se bastante para evitar esse tipo de fria que pode terminar muito mal.

Na mesma “vibe” da natureza, um lugar encantador para conhecer uma Floresta Amazônica pouco explorada é a região de Tena, no Equador. Estive lá em 2009 com um amigo, após termos passado uns dias em Quito e nas Ilhas Galápagos. A ideia era fazer um rafting em um dos rios que formam o Amazonas logo em suas origens e a experiência foi bem incrível.

Tena não está nos roteiros turísticos mais cotados do país. O acesso não é fácil: são cinco horas de ônibus de Quito, daqueles em que circulam galinhas, bodes, cachorros e tudo quanto é tipo de vendedor de bugiganga. Nas telas, “filmes” de quinta categoria no último volume. Para piorar, no nosso caso o trajeto levou o dobro do tempo porque uma ponte havia desabado no meio da estrada. É realmente algo muito próximo do que você pode ter de uma visão de inferno.

Tena, no Equador. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Tena também não é uma cidade exatamente bonita. Mas se você quer explorar esses lugares mais inóspitos, vale calibrar a expectativa, abrir a cabeça para conhecer o mundo como ele é sem os padrões exigidos pelos forasteiros e abrir mão de um pouco de conforto. Fundamental também ter jogo de cintura pra lidar com pequenos imprevistos. Certeza que você vai ser bem mais feliz com essa atitude!

Curvas e enjoos

Transtornos pequenos praticamente fazem parte do cotidiano de toda cidade sul-americana que se preze, mesmo as que estão na moda. A queridinha do momento no Peru é Huaraz, uma espécie de epicentro de tudo quanto é tipo de caminhadas, trilhas e longas travessias pela região da Cordilheira Blanca. Estive lá com um amigo no começo deste ano (2020), poucas semanas antes de a pandemia chegar com força na América do Sul.

Huaraz, no Peru. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

A despeito de a cidade ter excelentes restaurantes e boas opções de hospedagem e agências de turismo, uma observação se faz imperativa em Huaraz: quem tiver aflição de ficar muito tempo em vans, ônibus ou qualquer outro tipo de transporte ou se sentir enjoado com estrada não vai se divertir muito ali. Praticamente todos os deslocamentos para pontos iniciais ou finais de trilhas ocupam, somando ida e volta, pelo menos quatro ou cinco horas do seu dia em curvas que colocam à prova sua resistência física, muitas vezes mais até do que as próprias caminhadas, feitas no meio de paisagens cinematográficas em altitudes que superam fácil os 4 mil metros.

Huaraz e a Laguna Llaca. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Dito isso, Huaraz é realmente uma coisa de outro mundo. Os lagos azul turquesa, como o Parón e o 69, parecem teleportados das montanhas rochosas canadenses. E a vista quase constante do Huascarán, a maior montanha do Peru (6.768m), dá um gás para você se inspirar e escolher qual tipo de atividade se encaixa nas suas ambições e limites. Alerta de dica: leve já do Brasil comprimidos de Diamox, para mitigar os efeitos da altitude

A dica aqui é conversar bastante com as agências locais – são milhares – e negociar os preços dos passeios. Dar uma boa pesquisada na internet antes da viagem ajuda a ter uma ideia dos custos, mas em muitos casos decidir na hora te trará grandes economias. Alguns dos trekkings na Cordilheira Branca são feitos com guias, mas muitos também são autoguiados – e você só paga o transporte – , uma ótima opção para quem, como eu, gosta de buscar isolamento e contemplação, sem aglomeração, mesmo que seja num grupo pequeno de colegas/ amigos trilheiros.

Laguna Llaca, em Huaraz. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Albergue ou hotel viajando de mochila pela América do Sul?

Como tudo na vida, ficar em albergue tem desvantagens e muitas vantagens. Se você está no espírito de encontrar pessoas, fazer amizades, buscar parceiros para a sequência da viagem, mesmo que tenha condições de ficar em um hotel mais simples e manter sua privacidade, o albergue ainda é a melhor opção. Agora, se você viaja com um amigo (a), dividir o custo de um quarto duplo, com banheiro privativo, vale muito a pena na América do Sul.

Salar de Uyuni

Salar de Uyuni, na Bolívia. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal.

Já optei por esse tipo de viagem algumas vezes e não me arrependo, pois nem sempre a busca por novas amizades estava entre os objetivos principais do momento. Ter o seu próprio quarto, onde você pode esparramar seus pertences, dormir e acordar sem preocupação em incomodar um desconhecido e ir ao banheiro a hora que quiser são pontos que, dependendo do perfil do viajante, podem fazer toda a diferença.

Na Bolívia, um dos países mais baratos da América do Sul para se viajar, essa máxima é ainda mais forte. Em 2010, dei uma boa volta pelo país com um grande amigo. Fomos a Santa Cruz de La Sierra, Sucre, Potosí, Uyuni, La Paz e Copacabana. Com custos divididos, ficamos em hotéis de boa qualidade, principalmente em Sucre, onde o quarto tinha ares de palácio imperial.

Desarranjos são mais comuns do que você pensa

Agora, falando de Bolívia, uma das tragédias – para não dizer tragicomédias – mais comuns quando se vai a lugares que não prezam muito pelo saneamento básico é o fantasma do desarranjo intestinal. A bisteca de lhama que eu devorei em um restaurante caseiro no meio do Salar de Uyuni me fez tão mal que eu perdi 7kg em sete dias de diarreia imparável. Ainda consegui fazer todos os passeios (Titicaca, Tiajuanaco, Vale de La Luna e até mesmo o Chacaltaya) acometido, mas te juro que não é o tipo de coisa que desejo para ninguém. Curiosamente, um antibiótico fez o problema acabar em 24 horas. E esse é um cuidado que a vida me ensinou: se for viajar pra lugar “diferentão”, tenha em mãos o maior arsenal possível de remédios na sua farmacinha – até mesmo antibióticos. Na hora do aperto, é isso o que vai te acalmar.

Bolívia

Sucre, na Bolívia. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo Pessoal

Outra questão muito importante na América do Sul é a época do ano em que você vai viajar. Se for fazer atividades ao ar livre, por exemplo, é prudente evitar os meses de dezembro, janeiro ou fevereiro, quando normalmente chove a cântaros em todo o continente.

Estive com um amigo fazendo o trekking do circuito W do Parque Nacional de Torres del Paine, no Chile, em fevereiro de 2013 e, em um dos dias, caminhamos nove horas seguidas – cerca de 28 km, se não me engano – debaixo de chuva torrencial e vento gelado.

Torres del Paine

Torres del Paine, no Chile. Foto: Felipe Campbell/ Arquivo pessoal

Não deu nem tempo de secar a roupa pro dia seguinte, quando tivemos de caminhar mais 20 e tantos km com saco de lixo em volta do pé pra dar mais uma “impermeabilizada”. Foi tudo maravilhoso, claro, mas ir na época certa te ajuda a evitar esse tipo de contratempo.

Por essas e outras, a América do Sul é um continente muito fascinante, que exige um pouco de paciência e cuidado para compreender todas as suas peculiaridades e imprevistos. Nenhum desses perrengues, porém, foi capaz de estragar qualquer uma das minhas experiências. Pelo contrário, na adversidade você identifica sua criatividade e capacidade de resolver um problema e ainda carrega muita história pra contar. O tamanho desse texto já fala por si só.

Agradecemos imensamente ao Felipe Campbell por compartilhar tantos momentos e experiências maravilhosas pela América do Sul! Vale dizer que ele já esteve em 69 países (e contando) e tem um carinho especial pelo Nepal, onde esteve duas vezes e fez os trekkings para os acampamentos-base do Annapurna e do Everest. E o Felipe tem uma dica final: “quando as pessoas me perguntam como eu fui a 69 países, eu sempre digo: é simples, pare de ir pro mesmo lugar em todas as férias e busque na internet informações sobre um desejo secreto ou alguma atividade que é seu sonho. E vá”. A primeira viagem sozinho dele foi em 2001, para a América do Norte. Hoje com 44 anos, claro, ele nem pensa em parar por aí: “ainda quero explorar os ´quistões´ da Ásia Central e a África Ocidental, fora do circuito convencional”. Se quiser ver mais das aventuras do Felipe, acesse o Instagram @felipecampbell.

E você? Já esteve em um mochilão pela América do Sul? Que tal relembrar sua última viagem compartilhando o roteiro com a gente? Aqui no MD sempre abrimos espaço para os relatos dos leitores e será um prazer publicar suas aventuras. Para colaborar é bem fácil: é só enviar seu texto e fotos para o e-mail convidado@melhoresdestinos.com.br.

O próximo roteiro de viagem publicado no Melhores Destinos pode ser o seu!

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