Turismo pela China: Roteiro, dicas e as melhores atrações além da Muralha
Turismo pela China: Roteiro, dicas e as melhores atrações além da Muralha
O turismo na China está crescendo. Pesquisas indicam que o país será o lugar mais visitado do mundo em 2030. Com mais de 60 milhões de visitantes por ano, a China já é o quarto destino mais popular entre os turistas.
Muito além da Grande Muralha, a Cidade Proibida de Pequim ou os arranha-céus de Xangai, a China é um destino turístico completo e surpreendente! Que tal desbravar o gigante asiático e descobrir guerreiros de terracota em Xi’an, pandas salvos da extinção em Chengdu; navegar pelos rios cênicos de Guilin e ver as montanhas que inspiraram o filme Avatar?
Se o “Dragão Asiático” ainda parece um grande mistério, viaje conosco nessa aventura e repense seus conceitos: a China está te esperando de braços abertos!
Como ir à China
Não existem voos diretos do Brasil para a China e será necessário fazer ao menos uma escala ou conexão. As maiores cidades chinesas são bem conectadas aos principais hubs internacionais, como Dubai, Adis Abeba, Istambul e algumas capitais europeias, favorecendo trajetos frequentes. Saindo do Brasil, a opção mais simples e barata costuma ser voar com a Air China, que faz escala em Madri e onde segue para Pequim. Cada vez mais surgem promoções para a China, com passagens que chegam abaixo dos R$ 2.500!
Vale lembrar que brasileiros precisam de visto para a China. No entanto, passageiros em trânsito para outros destinos podem aproveitar a isenção de visto para a China por até 144h (6 dias). Algumas companhias oferecem até mesmo hotel grátis para longas conexões, fique atento!
Roteiro de viagem pela China
A China é do tamanho da Europa, mas tem o dobro da população. Com um território tão grande e repleto de atrações, é natural que um roteiro pelo país demande tempo e planejamento. A boa notícia é que cerca de 20% da China é formada por desertos, enquanto a região mais a Oeste possui menos atrativos. Ou seja, dá para cortar o mapa pela metade e reduzir significativamente os trajetos!
Quanto tempo ficar na China vai depender dos seus interesses e estilo de viagem. Para as grandes metrópoles, como Pequim e Xangai, três dias podem ser o suficiente. Outras cidades do interior podem exigir ainda menos tempo, embora a duração dos deslocamentos deva ser levada em conta.
Confira nossa sugestão de roteiro, com dicas das principais cidades chinesas:
Pequim
A capital da China reserva algumas das principais atrações da China, como a Cidade Proibida, Praça da Paz Celestial e uma seção da Muralha da China acessível por transporte público! Embora seja uma cidade grande, Pequim (ou Beijing) é acolhedora e pode ser perfeitamente explorada em poucos dias, mesmo durante uma longa conexão. Vale a pena visitar a rua Qianmen (前门) e visitar as lojinhas e shoppings locais, enquanto se perde pelos hutongs da vizinhança, como são chamados os becos estreitos onipresentes na capital chinesa, onde a vida acontece.
Pequim também possui várias feirinhas de comida de rua e um passeio pela cidade não está completo sem passar por uma delas. A mais famosa é a da rua Wangfujing (王府井), com uma infinidade de iguarias que podem até não ser as mais deliciosas, mas garantem boas fotos!
Saiba mais: Dicas de Pequim: O que fazer na capital da China em 24 horas.
Xangai
Xangai (ou Shanghai) é a maior cidade da China. Possui uma infraestrutura moderna, com atrações turísticas de qualidade e bons preços. Quem vai à Xangai esperando encontrar uma “China tradicional” pode tomar um choque de realidade logo na chegada. Xangai parece muito mais com Nova York ou Londres do que, de fato, com o imaginário popular que temos sobre a China. Nada de bicicletas velhas, cortiços ou campos de arroz: Xangai é feita de edifícios modernos, ruas largas e shoppings luxuosos, dignos da maior e mais rica cidade chinesa.
Xangai também abriga a Disneyland chinesa, um programa perfeito para crianças, mas ainda desconhecido dos turistas ocidentais. Quem tem mais tempo na cidade pode também visitar Zhujiajiao (朱家角), uma cidade com 1.700 anos de história. O local é cortado por diversos canais, que fazem valer o apelido de “Veneza da China”, com direito a gôndolas inspiradas nas originais italianas.
Leia também: O que fazer em Xangai – Dicas e atrações da maior cidade da China
Xi’an
“Se você não visitou Xi’an, então você não foi à China“. O ditado famoso entre os viajantes tem seu fundo de verdade. Xi’an é uma cidade com mais de 3.000 anos de história, capital das antigas dinastias e berço da civilização chinesa. Foi entre seus muros que os imperadores recebiam comerciantes de todo o mundo, trazendo mercadorias para o destino final da Rota da Seda.
Embora muitas das glórias do passado não tenham durado com o passar dos séculos, uma ainda resiste: o Exército de Terracota (秦始皇兵马俑, ou Guerreiros de Xi’an). Descoberto acidentalmente por agricultores locais, as escavações do sítio arqueológico revelaram cerca de duas mil estátuas realistas de soldados feitos em terracota (uma espécie de argila), com armas, cavalos e carrocerias. A riqueza de detalhes impressiona, com rostos e até penteados diferentes!
As esculturas datam do final do século III a.C, e serviriam para proteger o Imperador Qin em sua vida após a morte. Estima-se que ainda existam pelo menos 8.000 soldados, a maioria ainda enterrados nas proximidades do Mausoléu de Qin Shihuang. A tumba ainda não foi escavada, e a julgar pelo que acontece no filme A Múmia 3 – A Maldição do Dragão, é melhor que continue assim. Sem spoilers 🙂
A atração fica a 20 km do centro de Xi’an e é aberta ao público (de 8h30 às 17h, ticket ¥150). Além de táxi, também é possível ir de ônibus: as linhas 306, 914 e 915 custam 8¥, possuem letreiros em inglês e partem em intervalos regulares da principal estação de trem da cidade, numa viagem de aproximadamente uma hora.
Outro destaque de Xi’an é o Quarteirão Muçulmano, na rua Huimin (回民街). Lojas, restaurantes e barraquinhas operadas por chineses muçulmanos e da minoria étnica Hui se espalham, vendendo lembrancinhas e comidas deliciosas, difíceis de encontrar em outra parte da China. Experimente os diversos tipos de pães locais e espetinhos, e não esqueça de garantir seu soldadinho de terracota!
Guilin (Yangshuo)
Pacata, limpa e arborizada, a cidade de Guilin tem pouco mais de 4,5 milhões de habitantes — quase uma “cidade pequena”, para os padrões chineses. Nos arredores é possível encontrar charmosos campos de arroz, montanhas cênicas e o inconfundível rio Li, que forma uma das paisagens mais conhecidas da China, presente na nota de ¥20. Cruzeiros pelo rio podem ser reservados diretamente no hotel e agências espalhadas pela cidade (dica: passeios em chinês custam bem menos). A viagem de Guilin para Yangshuo leva em torno de quatro horas, com paradas para almoço e rafting de bambu.
De volta ao centrinho de Guilin, não deixe de explorar tudo a pé. É a melhor maneira de conhecer os parques e calçadões que formam a cidade, com uma arquitetura e paisagismo bem diferentes do restante do país. Para quem empreende uma longa viagem pela China, Guilin é um destino perfeito para desacelerar.
Chengdu (Jiuzhaigou & Zhangjiajie)
Chengdu é a capital da Província de Sichuan, popular entre os chineses por ter a culinária mais apimentada do país. Mas Chengdu também é famosa por ser “a cidade dos pandas”. Os pandas gigantes já tomaram conta da paisagem e estão presentes nos prédios e lojas, como ursinhos de souvenir e até em formato de bolinhos.
A espécie, que já esteve ameaçada de extinção, teve sua existência salva graças aos esforços da Base de Pesquisa e Reprodução de Pandas Gigantes de Chengdu. O maior centro de preservação de pandas do mundo não é um zoológico, mas sim um santuário, onde a continuidade da espécie está garantida com cuidados e carinho desde o nascimento. Por ¥58, é possível visitar o lugar e ver os animais bem de perto. Mas é bom chegar cedo: os pandas ficam acordados por poucas horas durante a manhã e depois dormem o dia todo!
O centro de Chengdu gira em torno da Chunxi Road (春熙路), uma região comercial repleta de shoppings, lojas de grife e muitos restaurantes. Vá de estômago vazio e volte com sacolas cheias!
Ao Norte de Chengdu, o Vale Jiuzhaigou (九寨沟) também é uma atração imperdível. Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1992, a área de preservação é uma região cênica com lindas montanhas, cachoeiras e lagos coloridos. Destes, o mais famoso é o Lago das Cinco Flores (五花海), considerado o cartão-postal do parque. Embora Chengdu esteja a apenas 460 km de distância, o trajeto pode levar de 8 a 11 horas entre estradas cheias de curvas com vistas espetaculares. Definitivamente não é um passeio bate-volta.
Igualmente afastada e interessante, o Parque Florestal Zhangjiajie (湖南张家界国家森林公园) impressiona com seus mais de três mil pilares de arenito de 200 metros, formando picos, cavernas e desfiladeiros que serviram de inspiração para os cenários do filme Avatar. A recentemente inaugurada Ponte de Vidro de Zhangjiajie (张家界大峡谷玻璃桥) faz sucesso na internet e é o pesadelo de quem tem medo de altura, com seu piso transparente a 360 metros do chão! Para chegar a Zhangjiajie, a opção com o melhor custo-benefício é a partir da cidade de Changsha.
Kunming
Conhecida na China como “A Cidade da Eterna Primavera”, Kunming faz jus à fama e tem uma temperatura muito agradável durante a maior parte do ano, com poucas chuvas. Até mesmo a qualidade do ar é boa, comparada com as principais cidades chinesas, que costumam sofrer com a poluição. Além disso, Kunming tem lindos templos com a típica arquitetura oriental e parques bem conservados, sempre repletos de idosos fazendo apostas no Mahjong, um tradicional jogo de tabuleiro chinês que lembra a canastra (buraco).
Uma atração imperdível a 120 km de Kunming é a Floresta de Pedra de Shilin (石林), formada naturalmente pela erosão há cerca de 270 milhões de anos. Uma das paisagens mais impressionantes da China, cercada de lendas e mistérios. Kunming é muito bem conectada às cidades vizinhas e à Tailândia (Bangkok), de onde partem voos com companhias low cost a partir de US$ 100 ida e volta.
Outros destinos na China
Tibet
Ao Norte das Cordilheiras do Himalaia, o Tibet exibe todo o seu esplendor com a combinação perfeita de montanhas, neve e templos. De lá partem expedições para escalar os maiores picos do mundo, incluindo o próprio Everest, fronteira natural entre Nepal e China. Embora seja um território disputado, a região é aberta aos turistas, que precisam de uma autorização especial do governo (Tibet Permit) para a visitação, além do visto chinês.
É possível ir de trem desde Pequim até Lhasa, capital do Tibet, em uma viagem de aproximadamente 40h de duração (3.757 km), cruzando desertos e paisagens deslumbrantes. A viagem de trem até Lhasa percorre a ferrovia mais alta do mundo, com cerca de 80% do trajeto acima dos 4.000 metros de altura — chegando ao ápice de 5.072m. Máscaras de oxigênio estão disponíveis na cabine!
Urumqi
Se você achava que Minas Gerais era longe da praia, espere até conhecer Urumqi. A cidade está presente no Guinness Book como a mais afastada do litoral no mundo! A orla mais próxima fica a 2.500 km de distância, e o aparente isolamento colaborou para uma cultura e costumes únicos. A população local — os uigures — possui um idioma próprio, e está mais próxima dos árabes do que dos chineses, tanto na aparência quanto na religião.
Guangzhou e Shenzhen
Terceira maior cidade da China, Guangzhou (ou Cantão) é um destino de negócios, sede de algumas das maiores empresas do país. Espere por um sistema de transporte público amplo e abrangente, embora haja pouco para se ver além de construções de arquitetura tradicional, parques e templos religiosos. Próximo dali, fazendo fronteira com Hong Kong, a cidade de Shenzhen é uma das que mais crescem na China, completamente planejada e famosa por seu alto grau de acessibilidade nas ruas e edifícios. A recente prosperidade local trouxe o que há de melhor em oportunidades de compra e lazer, com parques de diversão populares entre os turistas chineses.
Hong Kong e Macau
Consideradas regiões administrativas especiais da China, Hong Kong e Macau também valem a visita, com influências britânicas e portuguesas que moldaram completamente a paisagem e a cultura local. De shoppings a cassinos, confira nosso Guia de Hong Kong e o post especial sobre o que fazer em Macau.
Taiwan
Taiwan também é um destino imperdível! Os imbróglios diplomáticos podem confundir a definição desta parte do mundo como “China” de fato. A ilha rebelou-se contra o governo de Pequim e declarou sua independência — ainda que não totalmente reconhecida — , tornando-se um país democrático, moderno e desenvolvido. Mas por trás de suas cidades lotadas e arranha-céus, há praias, montanhas e paisagens naturais exuberantes.
Confira: O que fazer em Taiwan – Dicas para viajar pela “Ilha Formosa” e rebelde da China
Melhor época para visitar a China
A China é um destino que pode ser visitado durante todo o ano, dependendo da região. Em geral, a melhor época é na primavera (abril a maio) e outono (setembro a outubro), quando o clima está mais agradável e sem extremos.
Na primavera as temperaturas variam entre 10 a 23°C, com a região Norte mais seca e o Sul mais chuvoso. No outono os termômetros marcam entre 15 a 27°C, com bem menos chuvas e dias mais claros. O verão chinês (junho a agosto) é quente e úmido, com temperaturas na casa dos 25 a 33°C, embora algumas cidades possam registrar picos de até 40°C. Prepare-se para suar! Apesar do calor, é uma boa época para visitar o Tibet, Zhangjiajie e Guilin, quando a visibilidade das montanhas está perfeita.
Já o inverno (novembro a março) registra médias de 8°C, com mínimas abaixo de zero ao Norte do país. A baixa temporada garante excelentes preços e menos multidões. Cidades como Pequim ficam lindas cobertas de neve, oferecendo oportunidades únicas de fotos na Muralha e Cidade Proibida. Mas se não puder suportar o frio, Hong Kong e Macau estarão com uma clima bem mais ameno.
Se possível, tente evitar o período do Ano Novo Chinês (geralmente entre janeiro a fevereiro, com datas que variam anualmente de acordo com o calendário lunar). Nesta época os preços das passagens e hotéis costumam aumentar, e as atrações ficam lotadas.
Transportes na China
Devido às longas distâncias, a melhor maneira de se deslocar pela China é de trem (de alta velocidade ou regular) e avião. Embora existam várias companhias aéreas no país, comprar as passagens pode ser uma experiência pouco prática, com sites em chinês e frequentemente exigindo cartões de crédito locais. O ideal é comprar via agências online — recomendamos a Ctrip e eLong, que cobram os preços oficiais acrescidos de uma pequena comissão, tanto para passagens aéreas quanto de trem.
Note que há uma diferença significativa na duração dos trajetos de trens regulares e trens-bala. Por exemplo, a rota ferroviária entre Pequim e Xi’an (1.216 km), uma das mais populares da China, leva de 4 a 6 horas nos trens de alta velocidade — e entre 11 a 20 horas nos trens normais!
Compre a passagem para os trens-bala com antecedência, pois elas costumam esgotar rápido. Caso não haja disponibilidade, nossa recomendação é apelar para as viagens noturnas nos trens mais lentos. Dependendo da classe, é possível dormir confortavelmente nos beliches instalados nas cabines, ou em poltronas acolchoadas. Evite viagens longas na classe “Hard Seat“. Embora tenha os tickets mais baratos, o conforto, limpeza e até mesmo a garantia do seu assento podem ser comprometidos.
É recomendável ficar atento à localização das estações e confirmar sempre o nome e endereço, já que muitas cidades possuem mais de uma estação.
Em relação ao transporte interno nas grandes cidades, redes de metrô abrangentes costumam suprir a demanda. Ônibus públicos existem, mas possuem pouca ou nenhuma sinalização em inglês, sujeitos a imprevistos causados pela barreira linguística. Táxis são abundantes e relativamente baratos, mas a comunicação também pode ser um problema. Sua melhor aposta serão os aplicativos — use o DiDi, alternativa chinesa ao Uber, que não funciona no país.
Comida na China
Esqueça a fama de “comidas exóticas demais”. Sim, elas existem, mas há muitas outras opções. As chances de comer carne de cachorro por engano são nulas, a maioria dos chineses ficaria horrorizada só de pensar nessa hipótese. O país é um dos maiores produtores de arroz do mundo, então é comum que os grãos sejam consumidos em todas as refeições. Quem vai à China também deve estar preparado para fugir da dieta: carboidratos e frituras reinam por aqui.
Nada mais tipicamente chinês do que reunir família e amigos ao redor da mesa para um hot pot (火锅), como é chamada a panela fumegante onde cozinha-se frutos do mar, carnes e legumes com muita pimenta ao maior estilo fondue. Espere por um sabor marcante, caprichado na pimenta! Na capital, o pato de Pequim (北京烤鸭) é a preferência absoluta, com uma carne suculenta e casquinha crocante.
Lanches práticos como o xiaolongbao (小笼包) e o tradicional dim sum (点心) consistem em bolinhos/pastéis recheados preparados ao vapor, com apelo saudável e fáceis de ser encontrado em qualquer lugar. Nas praças de alimentação dos shoppings, é fácil encontrar espetinhos dos mais variados tipos.
Uma visita à China não está completa sem visitar ao menos uma feirinha de rua. As feiras noturnas oferecem de tudo um pouco, para turistas estrangeiros e chineses. Não se deixe enganar pelos espetinhos de insetos, escorpiões e outros menus exóticos. Também há opções de lanches “normais”, como rolinhos-primavera (春卷), arroz frito (炒飯) e noodles (面条). Experimente também o hambúrguer chinês (肉夹馍, leia-se “Rou Jia Mo”), um apetitoso sanduíche de carne picada e temperada em um pão pita, receita de 221 a.C. e considerado “o primeiro hambúrguer do mundo”. Bom apetite! Visitar os mercados locais também é uma boa oportunidade para garantir frutas frescas a preços acessíveis.
Comer de palitinho não chega a ser um problema, já que todos os restaurantes possuem talheres convencionais à disposição dos clientes. Prefere não se aventurar muito pela gastronomia chinesa? Fique tranquilo! As principais redes mundiais de fast food estão presentes em todo o país.
Dicas de viagem para a China
– Uma viagem para a China cruza diversos fusos horários e pode causar sintomas de jet lag. Confira nossas dicas de como minimizar os desconfortos de voos longos e viaje tranquilo!
– Sim, comunicação pode ser um problema. A fluência em inglês e até mesmo a leitura do alfabeto latino são habilidades dominadas por poucos chineses. Contorne a situação com aplicativos de tradução no smartphone e tenha sempre nomes e endereços anotados em caracteres chineses.
– Diversos sites e aplicativos são bloqueados na China: Google (bem como Gmail, Maps, Youtube…), Facebook, WhatsApp, Instagram e outras ferramentas de comunicação. É possível utilizar softwares de VPN para furar os bloqueios dos firewalls, embora essa seja uma alternativa irregular, lenta e pouco prática. O melhor a fazer é se adaptar. Avise aos outros sobre sua ausência temporária das redes sociais!
– A China é um ótimo destino para compras, mas não espere encontrar preços “super baratos”. É comum encontrar eletrônicos com preços mais vantajosos em Nova York do que em Xangai, mesmo se tratando de marcas chinesas. Os custo de vida nas maiores cidades chinesas é o equivalente aos de outras cidades globais, e isso se reflete nos valores. Algumas cidades do interior podem oferecer custos mais baixos na alimentação e hospedagem, mas nada fora do normal. Confira uma tabela com os preços médios na China.
– Não subestime as distâncias internas. Alguns voos domésticos na China podem chegar facilmente às 6h de duração (ex: Harbin x Sanya e Shenzhen x Urumqi). A diferença de tempo entre os trens-bala e os trens convencionais também podem ser consideráveis. Atente-se aos horários e planeje bem seus trajetos.
– Muitas cidades chinesas são famosas pela poluição do ar. O fenômeno pode provocar névoas que dificultam a visão e irritam o sistema respiratório. Antes de viajar, pesquise se a cidade a ser visitada não está passando por um período crítico. Máscaras ajudam a prevenir eventuais problemas de saúde.
– Explore a China de mente aberta. Vá sem preconceitos e surpreenda-se. Tenha em mente que essa é uma das civilizações mais antigas do mundo, do outro lado do hemisfério, com idioma, cultura e costumes completamente distintos. Não se trata de ser “pior” ou “melhor”. Abrace a diferença e boa viagem!
E você, já foi ou tem vontade de ir à China? Deixe seu comentário!