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O que fazer em Xangai: Dicas e atrações da maior cidade da China

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10/01/2020 às 9:39

O que fazer em Xangai: Dicas e atrações da maior cidade da China

Com mais de 24 milhões de habitantes, Xangai (ou Shanghai) é um destino que vem atraindo a atenção dos viajantes brasileiros. A maior cidade da China possui infraestrutura moderna, atrações turísticas de qualidade, bons preços e fama de ser uma metrópole cosmopolita e fácil de ser explorada — mesmo com as enormes diferenças culturais de um país localizado do outro lado do mundo.

Visitar Xangai ficou ainda mais fácil: brasileiros em conexão não precisam de visto para a China em viagens de até 6 dias. Com promoções de passagens aéreas para a China cada vez mais baratas, está na hora de começar a planejar sua viagem à Ásia e reservar alguns dias para Xangai. A cidade é uma excelente porta de entrada para a China, confira nossas dicas e saiba o que fazer!

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O que fazer em Xangai

Como chegar a Xangai

Devido à distância, não há voos diretos do Brasil para a China. Companhias que voam ao país farão ao menos uma conexão na Europa, África ou Oriente Médio (ex: Air China, Lufthansa, Ethiopian Airlines e Qatar Airways).

O que fazer em Xangai

Aeroporto de Xangai: Filas para passageiros em conexão, isentos de visto por até 144h

Brasileiros precisam de visto de turismo para a China, que pode ser obtido na representação consular mais próxima. No entanto, somos isentos de visto para conexões por até 144 horas (equivalente a 6 dias) em algumas cidades, como Xangai e Pequim.

A saída do Aeroporto Internacional de Xangai Pudong (PVG) é uma atração à parte. Embarque no moderníssimo Maglev, o trem comercial mais rápido do mundo, em uma viagem que pode chegar até os 431 km/h. A essa velocidade, o trajeto de 30 km até o centro da cidade dura pouco mais de 7 minutos.

O que fazer em Xangai

O visitante que vai a Xangai esperando encontrar uma “China tradicional” pode tomar um choque de realidade logo na chegada. Xangai parece muito mais com Nova York, Londres ou qualquer outra cidade global do que, de fato, com o imaginário popular que temos sobre a China. Nada de bicicletas velhas, cortiços ou campos de arroz: Xangai é feita de edifícios modernos, ruas largas e shoppings luxuosos, dignos da maior e mais rica cidade chinesa.

The Bund, a cara da China moderna

De dia um imponente caminho à beira-rio, à noite um show futurístico de luzes e cores. O The Bund (外滩) não só é a principal atração de Xangai, mas também um dos maiores símbolos do crescimento econômico da China. De lá é possível admirar toda a grandeza dos arranha-céus do outro lado do rio, como o Oriental Pearl Tower, Shanghai World Financial Center e a Shanghai Tower — todos dotados com observatórios nos andares mais altos, para aqueles em busca de uma vista panorâmica e privilegiada.

Mais do que apenas uma divisa natural entre o centro da cidade e o distrito empresarial de Pudong, o rio Huangpu também serve de via para os coloridos barcos que oferecem cruzeiros com jantar e música ao vivo — um programa imperdível na noite de Xangai. Não se esqueça de levar a câmera e esteja preparado para a aglomeração de turistas.

Como chegar: Estação de metrô East Nanjing Road (Linhas 2 e 10).

Rua Nanjing, o paraíso do consumo

A Rua Nanjing (南京路) é a Times Square de Xangai. Não se deixe enganar pela aparente calmaria das primeiras horas do dia: o principal calçadão de Xangai fica lotado ao entardecer, com lojas de grife, eletrônicos, hotéis, restaurantes e até uma gigantesca Apple Store, tudo devidamente iluminado com letreiros chamativos de neon. São ao todo 5,5 km de extensão, ligando o The Bund ao Templo Jing’an, embora a parte restrita a pedestres tenha pouco mais de um quilômetro e seja perfeita para uma caminhada sem compromisso. Melhor levar a carteira, você não vai voltar para o hotel de mãos vazias.

Como chegar: Estação de metrô People’s Square (Linhas 1, 2 e 8) ou East Nanjing Road (Linhas 2 e 10, mas próximas ao The Bund).

Cidade Velha, onde Xangai nasceu

Vá antes que acabe! A Cidade Velha de Xangai (上海老城厢) é o que sobrou dos tempos antigos, onde templos, becos e casebres dividiam espaço com postes de bambu e muros erguidos para proteger contra a invasão de piratas japoneses. Deixe-se perder pelo ambiente caótico, com inúmeras lojinhas de souvenir vendendo imãs de geladeira, brinquedos, penduricalhos de Mao e todo tipo de lembrancinha Made in China. Quem chega cedo ainda tem a oportunidade de presenciar uma das cenas mais tradicionais das manhãs chinesas: dezenas de vovós e vovôs praticando os movimentos do Tai Chi Chuan.

Saiba como tirar o visto japonês clicando aqui!

Como chegar: Estação de metrô Laoximen (Linha 8, saída 6 e 7).

Jardim Yuyuan, o espaço verde da selva de pedra

A ideia de que a China é um país que não se preocupa com paisagismo e espaços verdes é equivocada por si só, e se ainda resta alguma dúvida, o Jardim de Yuyuan (豫園) está em Xangai para servir de prova. O complexo separado por seis pavilhões foi construído no ano de 1559, rodeado de muros em forma de dragões postos pelas diversas dinastias que por ali passaram. Elevado ao status de monumento nacional em 1982, o jardim sobreviveu a diversas invasões, tendo partes de suas estruturas reformadas e atualmente abertas ao público. Sem dúvida uma das partes mais ricas em história e beleza de Xangai.

Como chegar: Estação de metrô Yuyuan (Linha 10, saída 3).

Tianzifang, um labirinto de arte e cultura

Tianzifang (田子坊) não é um bairro cult, tampouco um shopping ou uma galeria, mas poderia ser tudo isso e muito mais. O labirinto de becos estreitos no coração de Xangai é repleto de restaurantes, cafés, ateliês e lojas de artesanato. Destino preferido dos moradores descolados, Tianzifang oferece experiências gastronômicas e lembrancinhas bem mais autênticas e elaboradas do que as encontradas em outras áreas. Das tradicionais casas de chá às lojas de roupas vintage, há de tudo um pouco por aqui — para locais e turistas.

Como chegar: Estação de metrô Dapuqiao (Linha 9, saída 1).

Parque do Povo

A poucos minutos andando do Museu de Xangai, o Parque de Povo (人民公园) é uma das regiões mais centrais da cidade. Seus 30 acres de canteiros de flores, lagoas e árvores servem como quintal para milhões de moradores que vivem nos arredores. É ideal para caminhadas ou relaxar após passear pela Rua Nanjing. Mas é aos finais de semana que o parque vira palco de uma das atrações mais bizarras de Xangai: a “Feira do casamento”. Do meio-dia às cinco da tarde, pais desesperados de filhos solteirões se reúnem em busca de parceiros para seus rebentos. Vale de tudo: cartazes com fotos, peso, altura, currículo e até signos do horóscopo chinês para atrair pretendentes em busca de um match. Imperdível.

Como chegar: Estação de metrô People’s Square (Linhas 1, 2 e 8)

Zhujiajiao, a Veneza chinesa

Xangai é enorme, agitada, em ritmo acelerado e… às vezes cansa. Quem tem tempo de sobra na cidade e busca uma atividade alternativa, pode visitar Zhujiajiao (朱家角), uma cidade com 1.700 anos de história localizada a 50 quilômetros do centro de Xangai — perfeita para um bate e volta. O local é cortado por canais, que fazem valer o apelido de “Veneza da China”, com direito a gôndolas inspiradas nas originais italianas.

Dentre as diversas atrações, destacam-se a Ponte Fangsheng (放生桥), a rua de compras Bei Dajie (北大街) e o Monastério Yunjin (圆津禅院). Os passeios de barco para até seis pessoas podem ser reservados na hora, variando entre ¥65 a ¥125 (~R$35/70) dependendo da duração e trajeto escolhido.

Como chegar: Estação de metrô Zhujiajiao (朱家角站), Linha 17.

Disneyland Park, um pedaço da Disney na China

Já faz tempo que a Terra da Magia não se restringe mais aos Estados Unidos e está presente em diversos outros países. Na Ásia, além do Japão e Hong Kong, a China também possui a sua própria Disneylândia, localizada na cidade de Xangai. O parque, inaugurado em 2016, conta com restaurantes, hotéis e sete áreas temáticas, que vão desde a Avenida do Mickey até a Terra do Toy Story, que fazem a alegria da criançada e dos papais.

Embora desconhecida para o público ocidental, a Disneyland de Xangai é muito procurada e o ideal é tomar as mesmas precauções que você tomaria para visitar outros parques da Disney: Compre os ingressos com antecedência, chegue cedo e baixe o app oficial para melhor se orientar.

Os tickets de um dia para a Disneylândia de Xangai variam conforme a temporada, entre ¥399/665 para adultos (~R$230/R$380) e ¥299/498 para crianças (~R$170/R$280). Sites como o Klook podem oferecer bons descontos para tickets de 2 dias. Consulte os preços no site oficial.

Como chegar: Estação de metrô Shanghai Disney Resort (Linha 11).

Outras atrações em Xangai

Xangai é uma cidade que vale a pena ser explorada, e quem sair do roteiro básico pode encontrar boas surpresas. O bairro da Concessão Francesa (上海法租界), cedido em 1849 a diplomatas franceses, tornou-se um exemplo de urbanismo, bem arborizado e com arquitetura ocidental, pouco alterada no último século e até hoje lar de muitos expatriados. Já Xintiandi (新天地) é um bairro moderninho, com bares e cafés abertos dia e noite sempre cheios. O Templo Jing’an (静安寺), assim como outros templos budistas na cidade, é um espaço de paz e tranquilidade para aqueles que desejam fugir do caos da metrópole.

Como se locomover em Xangai

Xangai possui um sistema de metrô amplo e abrangente. Apesar dos nomes das estações em chinês assustarem à primeira vista, sempre há sinalização em inglês. Obtenha um mapa do metrô de Xangai e familiarize-se com as linhas. O preço dos tickets é barato e varia de 2 a 6 yuan (R$ 1 a 3), dependendo da distância.

Os tickets podem ser comprados em bilheterias ou máquinas disponíveis nas estações

Táxis são abundantes e relativamente baratos, no entanto a comunicação com os motoristas pode ser inviável devido a barreira linguística. Sua melhor aposta serão os aplicativos — use o DiDi, alternativa chinesa ao Uber, que não funciona no país. Ônibus também são frequentes e cobrem toda a cidade, mas podem ser confusos para quem não domina o idioma. O mesmo pode ser dito do sistema de aluguel de bicicletas. Embora haja estações espalhadas por toda a cidade, são necessários aplicativos específicos (MoBike ou Ofo), cartão de crédito e chip de celular local para alugá-las, o que dificulta as coisas.

O que comer em Xangai

Engana-se quem pensa que não é possível comer bem na China. Especialmente em Xangai, uma megalópole global cujo cenário gastronômico possui diversas influências internacionais, com restaurantes de todo o mundo!

Wei Xiang Zhai (味香斋), restaurante com estrela Michelin e pratos a partir de ¥10 (+- R$5)

Quem não quiser se restringir somente aos restaurantes pode explorar as praças de alimentação para experimentar o melhor da culinária chinesa. Elas não só estão presentes nos shoppings, mas também próximas às principais atrações, como nos arredores da Cidade Velha. Sopas, frituras, pães e os famosos espetinhos estão à disposição geralmente a preços módicos.

Diversas barracas oferecem o caranguejo de Xangai, o prato mais típico da cidade. O xiaolongbao e o tradicional dim sum são opções de bolinhos/pastéis recheados preparados ao vapor, com apelo saudável. O shengjian mantou é parecido, mas servido frito. Há ainda diversas variedades de arroz glutinoso, noodles, tofu fermentado (com um cheiro forte bem característico) e outros lanches de rua. Tanto a higiene quanto a quantidade de pimenta devem ser observados a fim de evitar problemas de saúde.

Outros pratos chineses de diferentes regiões do país, como o hot pot (carnes e vegetais cozidos em um caldo quente servidos na mesa) e o pato de Pequim também podem ser encontradas com facilidade.

Para aqueles que não se adaptarem à culinária local, vale lembrar que as principais redes de fast food estão presentes em toda a cidade.

Você pode até não entender o que está escrito, mas sabe do que se trata 😉

Melhor época para visitar Xangai

Verifique a época de sua viagem e certifique-se de levar roupas adequadas. Xangai possui temperaturas extremas, com verões úmidos acima dos 35°C e invernos que podem chegar aos 0°C!

A melhor época para visitar Xangai é de setembro a outubro, quando o clima está perfeito, nem tão quente e nem tão frio. No entanto, esse também é um período popular para eventos corporativos, o que pode elevar os preços dos hotéis. Março e meados de outubro/novembro podem ser alternativas mais baratas, embora o clima possa estar um pouco mais extremo — mas sem chuvas.

Fique atento aos feriados chineses, especialmente a comemoração do Ano Novo Chinês (em 2019 será celebrado no dia 05 de fevereiro), que pode afetar a frequência de voos e a disponibilidade de acomodações na cidade.

Onde ficar em Xangai

Hospedar-se próximo ao metrô em Xangai é a garantia de facilidade nos deslocamentos. Mas como toda cidade grande, algumas estações podem ser mais afastadas do centro e distantes das principais atrações. Ao escolher onde ficar em Xangai, tenha em mente que cada região possui características próprias, algumas são mais recomendadas para compras, outras com hotéis mais baratos ou luxuosos, entre outras variáveis.

>> Veja diárias promocionais nos hotéis de Xangai.

Praça do Povo (People’s Square)
É a região mais central de Xangai. A localização é muito conveniente, próximo ao transporte público e das principais atrações, como a Rua Nanjing e o Bund. Recomendado para quem não quer perder tempo e está disposto a pagar um pouco mais pela conveniência.

Cidade Velha (Old Town)
O Centro Histórico de Xangai é o bairro mais tradicional da cidade. A arquitetura antiga, autêntica e bem preservada dá a sensação de que o visitante está na “China de verdade”. Templos e jardins estão por perto, em uma região com bons hotéis, movimentada durante o dia e pacata à noite.

Pudong
Centro financeiro de Xangai, é a região mais indicada para viajantes a negócios pela cidade que precisam ter fácil acesso ao aeroporto e às sedes de grandes empresas.

Concessão Francesa (French Concession)
Uma das regiões mais animadas da cidade, com grande variedade de bares e cafés, próximo ao mercado de artesanato de Tianzifang. O urbanismo é bem diferente do restante da cidade, com mais espaços verdes, arquitetura colonial e ruas arborizadas.

Outras regiões:
Jing’an é uma boa opção para quem quer ficar em uma região com influência internacional, mas sem os altos preços da Concessão Francesa. A parte Sul de Xangai concentra as melhores oportunidades para compras, enquanto as partes Norte Oeste da cidade tendem a ser mais residenciais.

Mais dicas de Xangai

– Apesar de ser uma cidade cosmopolita, nem sempre é fácil encontrar alguém que fale inglês, mesmo nos hotéis e pontos turísticos. Anote nomes e endereços em caracteres chineses, isso será útil ao pedir informação ou pegar um táxi.

Diversos sites e aplicativos são bloqueados na China: Google (bem como Gmail, Maps, Youtube…), Facebook, WhatsApp e outras ferramentas de comunicação. Não deixe ninguém preocupado com sua ausência, avise antes!

– Muitas cidades chinesas são famosas pela poluição do ar, e em Xangai não é diferente. O fenômeno pode provocar névoas que dificultam a visão e irritam o sistema respiratório. Antes de viajar, pesquise se a cidade não está passando por um período crítico. Máscaras ajudam a prevenir eventuais problemas de saúde.


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