Sempre ouvi falar muito bem da KLM, mas nunca tinha voado com a companhia aérea holandesa até ter a oportunidade de subir em seu avião agora em novembro, em um voo de Toulouse, na França, até Amsterdã, na Holanda.

Minha viagem era muito mais longa, até Orlando. Mas, antes de chegar à terra da Disney, teria uma conexão de mais de cinco horas em Amsterdã e pegaria depois um voo de longas 10 horas com a Delta até os Estados Unidos. Mas, aqui, vamos nos concentrar no primeiro braço da viagem com a KLM.

Check-in confuso no aeroporto de Toulouse

Meu embarque estava marcado para às 5h35 da manhã, bem cedinho, e o ônibus que nos levaria até o aeroporto de Toulouse foi nos buscar duas horas antes no hotel – ou seja, praticamente não dormi durante a noite.

Ao chegar ao aeroporto, a primeira surpresa desagradável: onde estava o atendimento da KLM? Apesar de eu já ter feito o check-in pelo aplicativo da companhia no smartphone algumas horas antes, o aviso recebido mandava finalizar o processo no guichê da KLM no aeroporto – além de, claro, eu precisava despachar a bagagem.

Se não perguntasse para um funcionário do aeroporto, demoraria para perceber que o guichê da KLM era o mesmo da Air France – as duas companhias se fundiram em 2003, mas operam com suas marcas originais separadas. Mas, convenhamos, não custava nada ter alguma placa da KLM no local – só havia da empresa francesa, o que deve confundir muita gente.

A fila para o check-in estava grande quando cheguei, pois os funcionários ainda não haviam começado a trabalhar – além disso, tinha outro voo da Air France saindo logo cedo. Apenas às 4h30 a fila começou a andar.

Passava das 5h quando, ainda parado no meio da fila, um funcionário perguntou quem iria viajar com a KLM – finalmente alguém percebeu que não daria tempo de embarcar caso esperasse a ordem normal da fila e nos colocaram na frente de outras pessoas. O processo então correu rápido, nos entregaram o cartão de embarque e chegamos ao portão já com muita gente já entrando no avião.

Poltrona confortável, mas…

As duas horas de voo seriam em um Embraer 190, na configuração 2 – 2. A aeronave tem bom espaço no geral, tanto nos bagageiros como nas poltronas, mas pensa em alguém azarado? Costumo escolher o lugar com antecedência, mas desta vez não fiz isso e minha poltrona foi justamente uma que não inclinava, por estar na frente da saída de emergência. Menos mal que estava em uma viagem curta e o espaço para as pernas era consideravelmente bom.

Após a confusão do check-in, até que o embarque foi rápido e o avião decolou com apenas 17 minutos de atraso. A aeronave conta com 20 lugares na classe executiva e outros 100 na categoria econômica, onde eu estava. Todas as poltronas contam com uma tomada USB, que sempre dá aquela salvada para quem precisa carregar o celular ou outro dispositivo eletrônico.

Serviço de bordo

Como esperado, não há nenhuma tela ou entretenimento durante o voo, a não ser uma revista no bolsão da poltrona (que, confesso, só peguei para dar uma rápida folheada e tirar uma foto).

Já o serviço de bordo foi bem eficiente, com os comissários de bordo esbanjando simpatia logo cedo. Com meia hora de voo, iniciou-se o serviço com bebidas (escolhi suco de laranja) e um lanche, que estava bem saboroso e salvou meu café da manhã.

Um detalhe que faz a diferença é que na poltrona há um suporte específico para bebidas sem precisar abrir a bandeja, o que facilita caso o passageiro queira pegar apenas um suco ou refrigerante, por exemplo, ou mesmo para ganhar espaço na mesinha de refeição.

E, vamos lembrar, não é toda companhia que oferece um serviço de bordo em um voo de curta duração, o que já vale pontos para a KLM.

Programa de fidelidade

O Flying Blue é o programa de recompensas da KLM e da Air France onde é possível acumular e resgatar pontos. Além disso, a companhia faz parte da aliança SkyTeam, uma rede que conta com 18 companhias aéreas, e por isso, é possível creditar os pontos em programas parceiros, como o SkyMiles da Delta Air Lines, o Club Premier da Aeromexico ou o Aerolíneas Plus da Aerolíneas Argentinas.

E, melhor ainda, clientes Smiles podem acumular ou resgatar milhas em voos da KLM – e quem é cliente Smiles Diamante conta com benefícios extras, como despachar uma mala nos voos da companhia holandesa sem custo.

Considerações finais

Apesar do (pequeno) atraso, chegamos a Amsterdã no horário marcado, dentre as duas horas previstas. Para ser mais exato, o voo durou cerca de 1h30 e até consegui tirar um cochilo, apesar de estar provavelmente na pior poltrona do avião do voo KL1300 da KLM.

Não fosse a falta de organização no processo de check-in e meu azar de sentar em uma poltrona que não reclinava, eu diria que a experiência em voar com a KLM em um trecho da Europa teria sido 100%. Mas isso não significa que o voo tenha sido ruim, pelo contrário. Em uma próxima oportunidade, se tiver, já saberei qual poltrona devo ficar longe, ao menos na aeronave da Embraer 190. A verdade é que valeu sim a experiência e eu voaria com eles novamente sem nenhum problema.

Nota final.