Vale a pena? Como é o voo da Azul de São Paulo para aeroporto inédito no Rio
Vale a pena? Como é o voo da Azul de São Paulo para aeroporto inédito no Rio
A nova ponte aérea da Azul entre São Paulo e Rio de Janeiro já está em pleno funcionamento desde ontem. A novidade está na rota escolhida pela companhia aérea, entre os aeroportos de Congonhas e Jacarepaguá, para onde a companhia ainda não tinha voos e se tornou uma nova opção para os passageiros rumo à Cidade Maravilhosa.
A rota é operada pela Azul Conecta na nova aeronave Cessna Grand Caravan EX de apenas 9 lugares. Fomos convidados pela Azul para fazer o voo inaugural entre Congonhas e Jacarepaguá, e a seguir conto como foi a experiência e se vale a pena fazer essa rota.
A nova rota Congonhas – Jacarepaguá
A Azul já tem voos que saem de São Paulo para os dois principais aeroportos do Rio de Janeiro. Para Santos Dumont, a opção é ir de Congonhas, Guarulhos ou Viracopos (Campinas). Já para o Galeão, as saídas são apenas de Viracopos.
O aeroporto de Jacarepaguá foi estrategicamente escolhido pela Azul por um simples motivo: para atingir uma população que precisa pegar o voo (ou desembarcar) na zona oeste do Rio de Janeiro.
Jacarepaguá acaba se tornando uma ótima opção para quem mora ou trabalha na Barra da Tijuca e procura fugir do trânsito até Santos Dumont, por exemplo – esse deslocamento pode demorar até duas horas dependendo do congestionamento.
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Horários da nova ponte aérea Rio – São Paulo
De segunda a sexta-feira, a Azul Conecta disponibiliza 14 voos, sete em cada sentido. No fim de semana a opção de viagens diminui. As passagens podem ser encontradas nos canais de atendimento da companhia aérea.
Origem | Saída | Destino | Chegada | Frequência |
Congonhas | 6h40 | Jacarepaguá | 8h | Segunda a sábado |
Congonhas | 9h25 | Jacarepaguá | 10h45 | Segunda a sábado |
Congonhas | 11h10 | Jacarepaguá | 12h30 | Segunda a sábado |
Congonhas | 13h45 | Jacarepaguá | 15h05 | Segunda a sexta |
Congonhas | 15h25 | Jacarepaguá | 16h45 | Segunda a sexta |
Congonhas | 17h55 | Jacarepaguá | 19h15 | Domingo a sexta |
Congonhas | 19h35 | Jacarepaguá | 20h55 | Domingo a sexta |
Origem | Saída | Destino | Chegada | Frequência |
Jacarepaguá | 6h40 | Congonhas | 8h05 | Segunda a sábado |
Jacarepaguá | 8h30 | Congonhas | 9h55 | Segunda a sábado |
Jacarepaguá | 11h20 | Congonhas | 12h45 | Segunda a sábado |
Jacarepaguá | 13h | Congonhas | 14h25 | Segunda a sexta |
Jacarepaguá | 15h35 | Congonhas | 17h | Segunda a sexta |
Jacarepaguá | 17h15 | Congonhas | 18h40 | Domingo a sexta |
Jacarepaguá | 19h45 | Congonhas | 21h10 | Domingo a sexta |
Check-in e embarque em São Paulo
O voo inaugural para Jacarepaguá saindo de Congonhas estava marcado para 9h25. Como eu era um convidado da Azul, quando cheguei minha passagem aérea já estava emitida – e, como não tinha nenhuma bagagem para despachar, também não precisei passar por nenhum outro processo.
A Azul Conecta tem um guichê específico para o check-in e estava vazio o tempo todo – não apenas por ter sido o voo inaugural, mas também por ter pouca procura; afinal, no avião cabem apenas nove passageiros.
O embarque demorou um pouco, cerca de 20 minutos, mas um tempo até ok considerando a forte chuva que caía em São Paulo. De van, eu e os outros sete passageiros (a maioria imprensa e funcionários da própria companhia aérea) fomos até o avião debaixo de muita água.
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Hora de voar no Cessna Grand Caravan
A minha expectativa era mesmo voar no pequeno avião turboélice monomotor e confesso que, diante de tanta chuva, estava até preocupado. Mas a preocupação foi à toa, pois mesmo com o temporal que pegamos durante o voo a aeronave se comportou muito bem, sem nenhum balanço ou turbulência.
Devido à chuva, saímos correndo da van para o avião, que é um pouco incômodo para entrar – é preciso se curvar para não bater a cabeça. Já sentado, o espaço interno surpreende. Dá para esticar bem as pernas, dobrar e até tirar um cochilo na cerca de 1h20 de viagem – só cuidado ao querer se espreguiçar, pois não há espaço para cima ao esticar os braços.
Apesar de não haver funcionários, o serviço a bordo é individual: há um cooler com refrigerante e água para cada um pegar o que deseja. Os passageiros também podem se servir das famosas balinhas da Azul e de biscoito de polvilho (que acabou sendo meu café da manhã).
O voo partiu com uns 40 minutos de atraso e, já no alto, a vista durante todo o trajeto é linda – desde os arranha-céus de São Paulo, passando pelo litoral norte paulista e Paraty até chegar ao Rio de Janeiro. Demos azar de pegar muitas nuvens e chuvas, mas nada que atrapalhasse a viagem.
O Aeroporto de Jacarepaguá
O pouso em Jacarepaguá foi tranquilo, já sem chuva e com bastante sol. Como o aeroporto não comporta aviões maiores, a Azul nem planeja fazer voos com suas outras aeronaves. Aliás, o local é reconhecido por seu grande fluxo de helicópteros e nos 30 minutos que lá ficamos já deu para perceber o vai e vem deles.
O Aeroporto de Jacarepaguá é bem pequeno e nos próximos anos deve receber investimentos para melhorar sua infraestrutura. Em agosto, ele foi a leilão pela Infraero e quem levou a concessão foi o fundo XP Infra IV, que vai administrar o terminal por 30 anos.
Assim que o avião pousou, não demorou muito para desembarcarmos. Com poucos passageiros, e nenhuma outra aeronave saindo ou chegando no aeroporto, foram menos de cinco minutos para descer do avião e ir a pé até o saguão.
Lembrando que não há banheiro no Cessna, agora era o momento de fazer um pit stop antes de pegar o voo de volta. Para quem quisesse, também dava tempo de tomar um cafezinho ou comer um salgado na lanchonete do aeroporto.
Já com o bilhete de volta em mãos, passamos pela pequena área de embarque e, a pé, voltamos para a mesma aeronave que nos levou até o Rio – no total são dois aviões que diariamente fazem essa nova rota da Azul.
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Desta vez o avião foi lotado, com nove passageiros – e alguns deles despacharam as malas, que vão para um bagageiro na parte de baixo da aeronave. No desembarque, as malas nem vão para a esteira e sim direto para o passageiro. Quem sobe com bagagem de mão pode colocá-la em seus pés na poltrona ou em um compartimento no fundo do avião.
O voo de volta teve pouca chuva e pudemos apreciar melhor a vista de cima. O Cessna tem um teto operacional de 7 mil metros (mas voa em uma altitude de cerca de 3 mil metros), então é possível sempre ver tudo o que tem lá embaixo. E, na minha opinião, vale a pena ficar acordado para acompanhar as diferentes paisagens.
Conclusão: a nova rota vale a pena?
Os voos para Jacarepaguá costumam ser um pouco mais caros do que para Santos Dumont, por ter menos opções de horários e menos lugares no avião. Mas, se der sorte, o passageiro consegue encontrar até valores melhores.
Em uma pesquisa rápida no site da Azul, para o dia 27 de novembro, por exemplo, a passagem de ida mais barata entre Congonhas e Santos Dumont estava R$ 749, com 12 opções de voo. Já para Jacarepaguá partia de R$ 605.
Conversei com alguns passageiros no voo inaugural da nova rota e todos eles afirmaram que valia a pena sair de Jacarepaguá para São Paulo (ou o inverso) devido ao deslocamento que eles precisariam fazer caso o aeroporto escolhido fosse Santos Dumont. Como eles moram na região da Barra da Tijuca, seriam duas economias: do valor de transporte e de tempo. E, mesmo com um preço um pouco mais caro na passagem aérea, ainda valeria a pena.
E você, já considera pegar um voo nesta nova rota na próxima viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro? Diz pra gente nos comentários!