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Vale a pena? Como é o voo da Azul de São Paulo para aeroporto inédito no Rio

Daniel Akstein Batista
01/11/2022 às 15:31

Vale a pena? Como é o voo da Azul de São Paulo para aeroporto inédito no Rio

A nova ponte aérea da Azul entre São Paulo e Rio de Janeiro já está em pleno funcionamento desde ontem. A novidade está na rota escolhida pela companhia aérea, entre os aeroportos de Congonhas e Jacarepaguá, para onde a companhia ainda não tinha voos e se tornou uma nova opção para os passageiros rumo à Cidade Maravilhosa.

A rota é operada pela Azul Conecta na nova aeronave Cessna Grand Caravan EX de apenas 9 lugares. Fomos convidados pela Azul para fazer o voo inaugural entre Congonhas e Jacarepaguá, e a seguir conto como foi a experiência e se vale a pena fazer essa rota.

A nova rota Congonhas – Jacarepaguá

A Azul já tem voos que saem de São Paulo para os dois principais aeroportos do Rio de Janeiro. Para Santos Dumont, a opção é ir de Congonhas, Guarulhos ou Viracopos (Campinas). Já para o Galeão, as saídas são apenas de Viracopos.

O aeroporto de Jacarepaguá foi estrategicamente escolhido pela Azul por um simples motivo: para atingir uma população que precisa pegar o voo (ou desembarcar) na zona oeste do Rio de Janeiro.

Jacarepaguá acaba se tornando uma ótima opção para quem mora ou trabalha na Barra da Tijuca e procura fugir do trânsito até Santos Dumont, por exemplo – esse deslocamento pode demorar até duas horas dependendo do congestionamento.

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Horários da nova ponte aérea Rio – São Paulo

De segunda a sexta-feira, a Azul Conecta disponibiliza 14 voos, sete em cada sentido. No fim de semana a opção de viagens diminui. As passagens podem ser encontradas nos canais de atendimento da companhia aérea.

Origem Saída Destino Chegada Frequência
Congonhas 6h40 Jacarepaguá 8h Segunda a sábado
Congonhas 9h25 Jacarepaguá 10h45 Segunda a sábado
Congonhas 11h10 Jacarepaguá 12h30 Segunda a sábado
Congonhas 13h45 Jacarepaguá 15h05 Segunda a sexta
Congonhas 15h25 Jacarepaguá 16h45 Segunda a sexta
Congonhas 17h55 Jacarepaguá 19h15 Domingo a sexta
Congonhas 19h35 Jacarepaguá 20h55 Domingo a sexta
Origem Saída Destino Chegada Frequência
Jacarepaguá 6h40 Congonhas 8h05 Segunda a sábado
Jacarepaguá 8h30 Congonhas 9h55 Segunda a sábado
Jacarepaguá 11h20 Congonhas 12h45 Segunda a sábado
Jacarepaguá 13h Congonhas 14h25 Segunda a sexta
Jacarepaguá 15h35 Congonhas 17h Segunda a sexta
Jacarepaguá 17h15 Congonhas 18h40 Domingo a sexta
Jacarepaguá 19h45 Congonhas 21h10 Domingo a sexta

Check-in e embarque em São Paulo

O voo inaugural para Jacarepaguá saindo de Congonhas estava marcado para 9h25. Como eu era um convidado da Azul, quando cheguei minha passagem aérea já estava emitida – e, como não tinha nenhuma bagagem para despachar, também não precisei passar por nenhum outro processo.

A Azul Conecta tem um guichê específico para o check-in e estava vazio o tempo todo – não apenas por ter sido o voo inaugural, mas também por ter pouca procura; afinal, no avião cabem apenas nove passageiros.

O embarque demorou um pouco, cerca de 20 minutos, mas um tempo até ok considerando a forte chuva que caía em São Paulo. De van, eu e os outros sete passageiros (a maioria imprensa e funcionários da própria companhia aérea) fomos até o avião debaixo de muita água.

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Hora de voar no Cessna Grand Caravan

A minha expectativa era mesmo voar no pequeno avião turboélice monomotor e confesso que, diante de tanta chuva, estava até preocupado. Mas a preocupação foi à toa, pois mesmo com o temporal que pegamos durante o voo a aeronave se comportou muito bem, sem nenhum balanço ou turbulência.

Devido à chuva, saímos correndo da van para o avião, que é um pouco incômodo para entrar – é preciso se curvar para não bater a cabeça. Já sentado, o espaço interno surpreende. Dá para esticar bem as pernas, dobrar e até tirar um cochilo na cerca de 1h20 de viagem – só cuidado ao querer se espreguiçar, pois não há espaço para cima ao esticar os braços.

Bom espaço interno dentro do avião, mas não dá para levantar totalmente os braços

Apesar de não haver funcionários, o serviço a bordo é individual: há um cooler com refrigerante e água para cada um pegar o que deseja. Os passageiros também podem se servir das famosas balinhas da Azul e de biscoito de polvilho (que acabou sendo meu café da manhã).

O voo partiu com uns 40 minutos de atraso e, já no alto, a vista durante todo o trajeto é linda – desde os arranha-céus de São Paulo, passando pelo litoral norte paulista e Paraty até chegar ao Rio de Janeiro. Demos azar de pegar muitas nuvens e chuvas, mas nada que atrapalhasse a viagem.

O Aeroporto de Jacarepaguá

O pouso em Jacarepaguá foi tranquilo, já sem chuva e com bastante sol. Como o aeroporto não comporta aviões maiores, a Azul nem planeja fazer voos com suas outras aeronaves. Aliás, o local é reconhecido por seu grande fluxo de helicópteros e nos 30 minutos que lá ficamos já deu para perceber o vai e vem deles.

O Aeroporto de Jacarepaguá é bem pequeno e nos próximos anos deve receber investimentos para melhorar sua infraestrutura. Em agosto, ele foi a leilão pela Infraero e quem levou a concessão foi o fundo XP Infra IV, que vai administrar o terminal por 30 anos.

Assim que o avião pousou, não demorou muito para desembarcarmos. Com poucos passageiros, e nenhuma outra aeronave saindo ou chegando no aeroporto, foram menos de cinco minutos para descer do avião e ir a pé até o saguão.

Lembrando que não há banheiro no Cessna, agora era o momento de fazer um pit stop antes de pegar o voo de volta. Para quem quisesse, também dava tempo de tomar um cafezinho ou comer um salgado na lanchonete do aeroporto.

Já com o bilhete de volta em mãos, passamos pela pequena área de embarque e, a pé, voltamos para a mesma aeronave que nos levou até o Rio – no total são dois aviões que diariamente fazem essa nova rota da Azul.

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Desta vez o avião foi lotado, com nove passageiros – e alguns deles despacharam as malas, que vão para um bagageiro na parte de baixo da aeronave.  No desembarque, as malas nem vão para a esteira e sim direto para o passageiro. Quem sobe com bagagem de mão pode colocá-la em seus pés na poltrona ou em um compartimento no fundo do avião.

A bagagem despachada vai no compartimento na parte de baixo do avião

O voo de volta teve pouca chuva e pudemos apreciar melhor a vista de cima. O Cessna tem um teto operacional de 7 mil metros (mas voa em uma altitude de cerca de 3 mil metros), então é possível sempre ver tudo o que tem lá embaixo. E, na minha opinião, vale a pena ficar acordado para acompanhar as diferentes paisagens.

Conclusão: a nova rota vale a pena?

Os voos para Jacarepaguá costumam ser um pouco mais caros do que para Santos Dumont, por ter menos opções de horários e menos lugares no avião. Mas, se der sorte, o passageiro consegue encontrar até valores melhores.

Em uma pesquisa rápida no site da Azul, para o dia 27 de novembro, por exemplo, a passagem de ida mais barata entre Congonhas e Santos Dumont estava R$ 749, com 12 opções de voo. Já para Jacarepaguá partia de R$ 605.

Conversei com alguns passageiros no voo inaugural da nova rota e todos eles afirmaram que valia a pena sair de Jacarepaguá para São Paulo (ou o inverso) devido ao deslocamento que eles precisariam fazer caso o aeroporto escolhido fosse Santos Dumont. Como eles moram na região da Barra da Tijuca, seriam duas economias: do valor de transporte e de tempo. E, mesmo com um preço um pouco mais caro na passagem aérea, ainda valeria a pena.


E você, já considera pegar um voo nesta nova rota na próxima viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro? Diz pra gente nos comentários!

 

 

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