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Como é voar pela Europa no novo Airbus A220 da Swiss

Como é voar pela Europa no novo Airbus A220 da Swiss

LHR Londres
GVA Genebra
349
Avião Airbus A220
Classe Econômica
Poltrona 26A
Data 12/06/2022
Partida 17:28
Chegada 20:02
Duração 1:34
Por
26/07/2022 às 15:53

Em junho de 2022, eu tive a oportunidade de voar pela primeira vez no A220-300, um recente lançamento da Airbus que foi incorporado à frota da Swiss, primeira operadora do modelo no mundo. Vejam a seguir como foi a minha experiência nesse voo de Londres à Genebra e alguns diferenciais dessa nova aeronave.

A Swiss International Air Lines é principal companhia aérea da Suíça e parte do grupo Lufthansa. Mantém centros de operação (hubs) em Zurique e em Genebra, conectando a Suíça com mais de 100 destinos, incluindo o Brasil. A empresa possui voos diretos de Zurique para o Aeroporto de Guarulhos.

Já o Airbus A220 é um projeto novo, lançado em 2018, oriundo da fusão da Airbus com a Bombardier (o projeto se chamava Bombardier CSeries e foi renomeado para Airbus A220). Graças a inovações no design da cabine, emite cerca de metade do ruído para o ouvido humano em relação aos modelos mais antigos. Também conta com tecnologias mais recentes de trens de pouso, sistemas e materiais, consumindo 25% menos combustível e reduzindo emissões de poluentes.

Compra da passagem

Eu tinha uma passagem emitida com pontos do Latam Pass para Londres e planejava passar alguns dias na cidade e depois seguir para a Suíça. Pesquisando as opções de viagem me deparei com o voo da Swiss de Heatrow para Genebra com um horário conveniente e uma tarifa bem interessante (47 francos suíços – cerca de R$ 260). Não ficava muito diferente de companhias low-cost que operavam de aeroportos mais distantes. Quando percebi que a aeronave seria o novo Airbus A220 (como amante da aviação eu curto muito conhecer aeronaves novas), eu tive a certeza que essa seria minha escolha.

Influenciou também na minha escolha o fato da Swiss fazer parte da Star Alliance e de eu ter status Gold na aliança (através de uma equivalência de status que consegui na Air Canada, após a falência da Avianca Brasil, e que foi prorrogada por dois anos durante da pandemia). Na minha cabeça eu teria direito a uma bagagem despachada gratuita na viagem… Mas isso não aconteceu! Esses benefícios não se aplicam à tarifa Light, mais barata, que foi justamente a que eu acabei comprando desavisadamente… (Ai, que raiva! hehehe)

Antes da viagem, fiz a compra da bagagem despachada por 25 euros, ou cerca de R$ 140, no site da empresa. No aeroporto custaria o dobro do preço.

Check-in, Sala VIP e Embarque

Fiz o check-in pelo aplicativo da Swiss e consegui marcar o assento gratuitamente. No entanto, como eu tinha que despachar bagagem, fui cedo para o aeroporto com receio de enfrentar longas filas. Na época, o caos aéreo ainda não estava completamente instalado, mas os noticiários já relatavam problemas em Heatrow.

As máscaras não são mais exigidas em Londres e na maioria dos aeroportos europeus. Mas essa regulamentação depende de cada país.

A Swiss opera no Terminal 2 do Aeroporto de Heatrow. Ele estava tranquilo naquele dia, com poucas filas. Deu pra fazer tudo com bastante calma. O meu status na Star Alliance me dava o direito de utilizar o guichê da primeira classe e classe executiva, então esperei apenas dois minutos para ser atendido (a fila comum não iria levar mais do que 10 minutos).

Após despachar a bagagem o atendente me alertou que eu poderia aguardar o voo na sala VIP da Lufthansa, também por conta do status na aliança. Fiquei animado, já que uma garrafinha de água no aeroporto custa cerca de R$ 20 e eu ainda não tinha almoçado…

Depois de passar pela fila preferencial da segurança (destinada para clientes em primeira classe, classe executiva e Star Alliance Gold), o que me tomou uns 10 minutos (a fila comum parceria levar o dobro do tempo), me dirigi ao lounge da Lufthansa no Terminal 2.

A sala vip é excelente, com refeições quentes e frias e dezenas de opções de bebidas. Deu pra tomar vinho, água, e ainda almoçar sopa, salada e frango com purê de batatas. De sobremesa, bolo e cookies. Foi bem legal!

Fiquei acompanhando a chegada do Airbus A220 da Swiss pelo FlightRadar24 e cerca de 45 minutos antes do horário da decolagem eu segui para o portão de embarque…

O status me permitiu embarcar no grupo 1, após as prioridades legais e junto com os passageiros da classe executiva. Deu pra pegar o avião ainda vazio e fazer algumas fotos.

Saímos sem atrasos do portão de embarque, mas pegamos uma fila enorme para decolagem.

Cabine

O Airbus A220 cheirava a novo. O primeiro diferencial é a configuração bastante incomum da cabine, no formato 2-3 (dois assentos do lado esquerdo e três do lado direito). No total, ele comporta 145 passageiros.

O avião foi configurado com poltronas ultra-finas, com acabamento bem moderno. E também conta com bagageiros de última geração, que comportam mais malas do que as versões mais antigas da Airbus.

Na configuração do avião a Swiss optou pela maior densidade, reduzindo o espaço entre as poltronas. A concorrência com as low-cost têm feito as companhias aéreas tradicionais ficarem cada vez mais parecidas com as empresas de baixo custo.

Ou seja, o espaço é apertadinho, mas não chega a ser uma lata de sardinha. E apesar do assento ser aquele mais fininho, é relativamente macio e confortável e conta com apoio para a cabeça.

No mais, a poltrona não tem o tradicional bolsão, apenas dois apoios para colocar uma garrafa de água, por exemplo, ou uma lata de refrigerante… Além da tradicional mesinha.

O voo foi completamente lotado. Não vi nenhum assento vago sequer nas proximidades.

Destaques para o bagageiro, saídas de ar, luzes de led e uma mini-tela de entretenimento, que exibia durante o voo o mapa da rota, localização e altitude, além de algumas propagandas.

O voo foi bem tranquilo, sem turbulência ou anormalidades. No meio da viagem dei um pulinho na cozinha e no banheiro para conferir e tirar as fotos. Tudo novinho em folha!

Serviço de Bordo

Alguns minutos após a decolagem os comissários passaram distribuindo água e oferecendo os itens à venda no cardápio. Isso mesmo, tirando a água, não tinha nada de graça. Uma tendência na Europa, também devido à concorrência com as low-cost.

No cardápio tinha muitas opções de lanches e bebidas quentes e frias, mas com preços “padrão Suíça”, como vocês podem conferir a seguir.

Como eu tinha comido bastante na sala VIP, resolvi não testar o serviço pago e me contentar com a água e o chocolate suíço personalizado da Swiss, gratuitamente oferecido pelos comissários ao final do serviço de bordo. É uma marca da empresa, entregue em todos os voos.

Entretenimento

Apesar de ser bem novo a Swiss não equipou o Airbus A220 com internet Wi-fi ou  com tomadas de energia. Fiquei decepcionado, já que a aeronave também não oferece nenhuma outra opção individual de entretenimento! Apenas o mapa de voo…

Eu me virei bem, já que estava com o celular carregado e cheio de séries e filmes para assistir (será que eles contam com isso?) e o voo teria duração de menos de duas horas… Mas senti falta!

Eu entendo que a concorrência com as companhias aéreas de baixo custo obriga as empresas tradicionais a serem cada vez mais espartanas, mas para uma marca premium como a Swiss eu esperava por isso.

De qualquer maneira, me pareceu mais uma escolha da empresa do que uma limitação do avião. A telinha de entretenimento exibiu o vídeo de segurança do voo e certamente poderia exibir algum conteúdo com legenda ou se houvesse conexão para fones de ouvido em outros tipos de configuração.

Achei uma evolução e tanto em relação as telas que desciam e subiam nos Airbus mais antigos, como os que são utilizados pela Latam.

Equipe de solo e comissários

Tanto a equipe de solo da Swiss em Londres, como os funcionários do embarque e os comissários foram super gentis e profissionais em todos os momentos. Eu já tinha tido experiências muito boas com os comissários da Lufthansa antes, e me parece que o grupo é bem cuidadoso na seleção, treinamento e avaliação de seus profissionais.

Chegada em Genebra

Durante a aproximação para pouso na Suíça belas paisagens mostravam um pouco do que a Suíça reservava para a minha viagem… Foi incrível mesmo!

Apesar do atraso na decolagem por conta do grande número de aviões aguardado autorização, pousamos em Genebra às 20:02, ainda com sol (no verão anoitece depois das 21h por lá).

O desembarque foi remoto e nele percebi que a aeronave que fez o meu voo, prefixo HB-JCU, foi a mesma que esteve recentemente no Aeroporto de Congonhas para uma demonstração do novo modelo. Um final animador para um entusiasta da aviação!

Programa de Fidelidade

A Swiss faz parte da Star Alliance e as milhas voadas em seus aviões podem ser creditadas em vários programas parceiros, como o TAP Miles & Go, Mileage Plus da United, ou Aeroplan da Air Canada. Eu recebi míseras 234 milhas pela minha viagem, pois adquiri uma tarifa promocional que pontuava apenas metade das milhas efetivamente voadas.

Ainda assim, consegui check-in, embarque e fila de segurança prioritários, além de acesso à sala VIP somente pelo status Gold na aliança, o que melhorou minha experiência de viagem.

Considerações finais

Eu certamente voaria novamente com a Swiss e no Airbus A220 em viagens futuras. Apesar de sentir falta de tomada num avião tão novo como esse, é algo que podemos nos adaptar. Será que os outros operadores incluíram esses “mimos” na configuração final do modelo?

E você, já viajou com a Swiss? Ou no novo Airbus A220? Como foi a sua experiência? Comente e participe!

Nota final.

Swiss

Londres - Genebra

Voo 349

8,4
Embarque 9,5
Assento 8,0
Entretenimento 6,0
Amenidades 8,0
Equipe 10
Fidelidade 9,0