Roteiro na África do Sul: 28 dias entre safáris, praias e vinícolas – primeira parte
Roteiro na África do Sul: 28 dias entre safáris, praias e vinícolas – primeira parte
As passagens baratas para a África do Sul já tornaram o país um dos destinos favoritos dos turistas brasileiros, que está na lista de desejos de muita gente! Belas paisagens e preços convidativos são um incentivo para visitar Cidade do Cabo e Joanesburgo, os safáris do Kruger Park, e a natureza selvagem do The Crags e Oudtshoorn. Nosso leitor André Araújo viajou por quase um mês pela África do Sul e compilou todas as dicas e informações em um roteiro completo! Confira a primeira parte dessa super viagem! Confira a segunda parte aqui
Roteiro de 28 dias na África do Sul
*Por André Araújo
A ideia de visitar a África do Sul persistia há tempos, ou diria há anos. Eu já havia estado antes na Tunísia e no Quênia, porém em terras sul-africanas seria a minha primeira vez. A internet foi fundamental na hora de planejar o roteiro, ver as rotas, as acomodações, as cidades que valem a pena visitar e os melhores passeios, tendo em vista a variedade de atrações que o país oferece.
Tentei mesclar um pouco de tudo nesta jornada: praias, áreas rurais, safaris, vinícolas, cidades pequenas e desconhecidas e grandes metrópoles conhecidas. Um familiar próximo embarcou nessa aventura também, até por que ele iria dirigir, tendo em vista que sou péssimo na direção, a rota seria a Garden Route (Rota Jardim) mas não ela toda, no decorrer do trajeto seguiríamos em direção ao norte, para as regiões mais desconhecidas.
Essa aventura rendeu muitas fotos, muitas histórias, muitas experiências marcantes e muito aprendizado também. De Port Elizabeth a Cidade do Cabo, seguindo e (às vezes) desviando da Rota Jardim, foram quase 2.034 km rodados de muita aventura.
Dia 1 – Partida e chegada a Port Elizabeth
A viagem foi longa até o nosso destino final, saindo do Rio de Janeiro – São Paulo – Johannesburg – Port Elizabeth, foram aproximadamente 12 horas em um avião velho da Latam.
Felizmente a viagem de “Joburg” para Port Elizabeth seria na classe executiva da South Africa Airways, mas novamente um avião velho. A maioria dos brasileiros optam por ficar em Johannesburgo alguns dias e seguir para o Kruger park para fazer safari, mas eu tinha decidido ir direto para Port Elizabeth, pois o nosso safari seria mais perto da cidade, além dela ser o início da Garden Route.
Após desembarcar cansado em Port Elizabeth, fomos à Hertz para pegar o carro que eu havia alugado meses antes, um Renault Kwid semi novo. Na chegada a guesthouse Onse Khaya lodge, estávamos exaustos e eu dormi feito um bebê.
Dia 2 – Addo
Acordamos cedo e fomos a pé até um mini shopping para tomar café da manhã e também comprar um chip de celular.
O inglês dos sul-africanos é bem difícil de compreender, ou talvez o meu inglês precise melhorar muito ainda, mas eles falam com um forte sotaque (uma influência da língua Africâner, talvez). Não queríamos demorar muito na cidade, pois ainda tinhamos que seguir viagem em direção ao Addo.
E assim fizemos, 1 hora depois chegamos no Addo, uma região rural localizada na direção oposta a Garden Route e que possui um famoso parque de elefantes. Nosso lodge (alojamento) foi o confortável Chrislin African Lodge, localizado a 12 km da entrada do parque de vida selvagem, o quarto era fantástico, espaçoso e todos os chalés eram feitos de argila e o teto revestido com um material semelhante a palha, não preciso dizer que a temperatura no interior era sempre agradável.
O local ainda tinha uma piscina e um salão onde era servido o café da manhã (a maioria das acomodações na África do Sul são self-catering ou seja sem refeições incluídas).
Dia 3 – Addo Elephant Park
E por falar em café da manhã, devido à colonização inglesa, era de praxe ovos mexidos ou omelete, bacon, queijo, tomate (grelhado) e champignon, tudo feito na hora. Logo pela manhã fomos para o Addo Elephant Park que possui mais de 600 elefantes e muitos outros animais, sendo possível fazer o safari tanto no jeep do parque ou na modalidade self-drive, isto é, no nosso próprio carro e foi o que fizemos.
Atravessar o parque de uma extremidade a outra dura aproximadamente 2 horas, ao longo do caminho pudemos observar de pertinho grandes e pequenos animais. Em um dado momento havia uma manada de aproximadamente 70 elefantes juntos se banhando e alguns deles caminhando próximo aos carros, um deles parou ao lado do nosso veículo, a poucos centímetros de distância, nos observou por alguns segundos e seguiu caminhando.
Embora o Kruger seja muito mais famoso do que o Addo, o primeiro requer um deslocamento maior, enquanto que o Addo acaba sendo a melhor opção de safari para aqueles que farão a Garden Route/Rota Jardim, além disso, no Addo existe a possibilidade de percorrer praticamente o parque todo, algo que no Kruger é mais complicado devido ao seu vasto tamanho.
O ingresso no Addo Elephant Park custa 275 Rand por pessoa por dia (consulte o site, pois às vezes pode haver alteração no valor) e ao longo do nosso dia lá, vimos elefantes, javalis, búfalos, suricatos, antílopes, zebras e vários outros animais.
Dia 4 – Addo Elefante Park
No segundo dia na região do Addo, voltamos ao Addo Elephant Park, as estradas são bem sinalizadas e preferimos não descer do carro em nenhum momento devido ao risco de leões (existem placas alertando quanto a isso).
Os melhores locais para ver os animais são sem sombra de dúvida os lagos, principalmente nos dias quentes, quando os animais se reúnem para beber água e se banhar (neste caso os elefantes que são os reis do parque).
De lá, seguimos para o Daniell Cheetah Project, apesar do nome, há vários outros felinos e outros animais, como leopardo, hienas, leões, servais, suricatos e claro as cheetahs (meu animal favorito).
O local é interessante, apenas isso, alguns animais poderiam estar em recintos melhores e mais amplos.
Dia 5 – Kragga Kamma Game Reserve
Dia de check-out no lodge, deixamos o Addo e dirigimos 54 km até o Kragga Kamma Game Reserve, que é uma reserva de animais selvagens bem menor do que o Addo Elephant Park e embora não possua leões e elefantes, há uma boa variedade de animais e o fato de não ser extensa, faz com que avistamos eles mais facilmente.
Os chalés ficam dentro da reserva selvagem, ou seja, pôr os pés do lado de fora do alojamento significa estar no terreno dos animais, logo recomenda-se não se afastar muito principalmente pelo Kragga Kamma ter rinocerontes e búfalos. É um local para relaxar e claro fazer safari, podendo fazer no próprio automóvel ou no jeep do parque.
No primeiro dia no Kragga optei por somente fazer alguns safaris ao longo do dia e foi uma experiência interessante. Sendo self-catering (sem refeições), havia a possibilidade de cozinhar algo na cozinha do chalé ou mesmo ter as refeições no The Bush Café que está localizado próximo dos chalés e os preços eram realmente bons e a qualidade excelente.
As cheetahs ficam em uma área cercada, onde os carros podem entrar através de um portão eletrônico, e tem também uma cheetah domesticada que vive sozinha em um recinto, é uma pena ela não estar junto do outro grupo.
Logo na primeira noite, ouvi um barulho de galhos sendo quebrados e quando fui na varanda havia um rinoceronte e seu filhote caminhando tranquilamente. É incrível ver a vida selvagem ali diante dos seus olhos.
Dia 6 – Kragga Kamma Game Reserve
O dia amanhece e eu explorei um pouco a região a pé tendo cuidado pra não me deparar com um búfalo, pois fugir de um rinoceronte que é quase cego é bem mais fácil, mas na minha caminhada eu só vi girafas, zebras, antílopes e macacos, ah sim, nunca deixe portas e janelas abertas, por que eles podem entrar e roubar tudo, além da bagunça que farão, mas felizmente isso não aconteceu.
Neste segundo dia no Kragga Kamma, decidimos visitar o Sea View Predator park que está a poucos quilômetro do Kragga, o Sea View é uma reserva particular onde diversos animais vivem soltos na entrada da reserva, dessa forma o visitante faz um safari até chegar a área dos felinos que ficam em largos e arborizados recintos cercados. O local é bonito e como está numa região alta é possível ver o mar.
Voltamos ao Kragga Kamma e fizemos mais um safari, por que no dia seguinte já teríamos que partir rumo a outra cidade, tivemos sorte neste safari pois vimos um rinoceronte e seu filhote há menos de 1 metro de distância de nós, separados apenas pela janela do carro, os animais parecem estar acostumados com a presença humana.
Dia 7 – Storms River – Tsitsikamma National park
Os dias eram sempre ensolarados mas sempre frio pela manhã e ao entardecer, após o check out no Kragga Kamma, nosso próximo destino seria a vila de Storms River, que recebe muitos brasileiros interessados em saltar de Bungee Jumping. Pé na estrada, 164 km adiante e chegamos à charmosa vila de Storms River que mais parecia uma cidade cenográfica americana, duas ruas principais, muitas guesthouses e restaurantes devido ao Turismo na região.
Storms River faz parte do Tsitsitkamma National Park, uma área verde enorme onde as pessoas praticam várias atividades radicais como descer um rio em bóias, quadriciclo, trilhas, arvorismo etc.
Dessa vez a nossa “casa” seria o At The Woods, uma pousada super charmosa e confortável situada na entrada da vila. Além do ótimo preço, ela estava ao lado do Tsitrus Café que servia café da manhã e refeições e tinha uma decoração super estilosa com sofás coloridos, telhados e paredes de diferentes materiais, algo bem criativo.
No primeiro dia na vila, decidi caminhar e conhecer a pequena região, havia inclusive um café ambientado nas tradicionais lanchonetes americanas dos anos 1960’s.
Dia 8 – Storms River – Tsitsikamma National Park
Acordamos de manhã cedo, tomamos o café da manhã na At the Woods (excelente) e fomos tentar visitar a ponte suspensa, tentar, por que o GPS nos passou uma localização errada e fomos parar no meio do nada, no mato em uma área deserta, acabamos desistindo de visitar a famosa ponte e suas trilhas.
À tarde, fizemos um dos passeios mais divertidos da região (na minha opinião) – andamos de quadriciclo na floresta, ou como eles dizem Quadbike, mesmo quem nunca tenha pilotado um, é super fácil e muito legal, ao longo do passeio que dura quase 2 horas, passamos por uma floresta de árvores altíssimas, riachos, onde se é possível também avistar alguns animais como macacos, mas o interessante é ter esse contato com a natureza e a sensação de liberdade pilotando o quadriciclo, um passeio bacana e que não custa caro.
Dia 9 – The Crags
Dia ensolarado, acordamos cedo para o check-out, até por que as acomodações na África do Sul o check-in inicia às 14h e o check-out às 10h, um pouco diferente do Brasil.
Nosso próximo destino seria o The Crags, uma região rural pequena e com muitas fazendas e lodges, mas a razão da minha escolha seria em função do The Crags possuir a maior concentração de santuários de animais selvagens da África do Sul, um lugar onde a natureza é ainda mais abundante.
Dessa vez, a nossa casa seria o Four Fields Farm uma casa espaçosa e confortável, com muito verde ao redor e uma vista incrível da janela do quarto, a natureza foi privilegiada no The Crags pois em todos os lugares há muitas árvores, riachos e animais ao redor. Ilze, a proprietária do local, é muito gentil e ela ainda cuida de alguns cavalos que já estão “aposentados”. Gostaria de ter ficado mais dias ali.
Havia muitos lugares atraentes para se visitar no The Crags e como só passamos 3 noites na região, no mesmo dia que chegamos fomos conhecer os três principais santuários da cidade. Monkeyland é o verdadeiro paraíso dos macacos, acolhe mais de 700 primatas de 11 espécies, todos eles vivendo livremente na floresta, convivendo em harmonia.
A visita guiada nos conduz pelas trilhas do local, tendo a oportunidade de vê-los de pertinho a poucos centímetros de distância (mas não podemos tocá-los, afinal são animais selvagens).
É um passeio que agrada todas as idades, tem uma ponte suspensa onde os visitantes passam e no decorrer da visita aprendemos muitas coisas interessantes sobre os primatas. Vale a pena!
De lá, seguimos para outro incrível santuário: o Birds of Eden, que abriga mais de 3.500 aves de 220 diferentes espécies, a visita não é guiada, o visitante caminha por passarelas de madeira suspensa em meio a uma grande floresta, as aves “transitam” tranquilamente entre os visitantes assim como ocorre no Monkeyland .
São tanto pássaros diferentes, que eu desconhecia a existência de vários, um local muito bonito e arborizado. Em seguida, deixamos o Birds of Eden e dirigimos alguns km até o santuário Jukani, especializado em felinos que acolhe dezenas de feras desde leões, tigres brancos, cheetahs, hienas, leopardos, pumas e até a nossa onça brasileira está lá.
O local impressiona, pois os animais vivem em grandes recintos com vegetação inserida que reproduz o seu habitat natural.
Um dado importante, todos os 3 santuários são organizações sem fins lucrativos, que se baseiam no eco-turismo sustentável, portanto a nossa visita é de extrema importância pois ajuda a manter estes locais, pois todos os animais acolhidos no Monkeyland, Birds of Eden e Jukani foram resgatados de zoos, criadouros ilegais (como pet) e até mesmo de laboratórios.
O visitante pode comprar um ingresso combo que dá direito a visitar os 3 santuários por um bom preço. Terminamos o agitado dia indo para a nossa aconchegante casa onde dormimos cedo, pois no dia seguinte eu faria mais alguns passeios nessa bela região rural da África do Sul.
Dia 10 – The Crags
Amanhece o dia, arrumamos nossas malas(tarefa comum arrumar/desarrumar em cada destino), fizemos o check out e fomos tomar café da manhã no Nature’s Way Farm Stall, um coffee shop rural onde tudo que eles vendem é produzido na própria fazenda ali perto, um lugar muito charmoso onde podíamos sentar na varanda e admirar os animais da propriedade desde cabras, coelhos e porcos. Além disso a limonada era deliciosa.
Não resisti e fui escovar os cabritos, já que podíamos fazer isso. De lá, fui para o próximo passeio, dessa vez uma fantástica cavalgada na floresta. Eu e o guia entramos em uma floresta onde pude observar melhor a natureza, vi até um grupo de babuínos ao longo do caminho, em alguns momentos era possível galopar também.
O Hog Hollow Horse trail possui passeios a cavalo de 1h, 2h, meio dia(minha escolha) e dia inteiro, nestes dois últimos a uma pausa para almoço e fiz um piquenique espetacular no luxuoso hotel kurland servido nos jardins do local, onde tinha opções de doces e salgados, na verdade foi a primeira vez que participei de um piquenique como aquele.
De barriga cheia, andei pelas redondezas do belo Kurland e voltei para pegar o cavalo onde o guia já me esperava para retornarmos para o Hog Hollow Horse, nesse trajeto de volta levamos um pouco mais de uma hora, passando por paisagens bonitas e diferentes, além de vilarejos. Um passeio formidável, principalmente para aqueles que adoram cavalgar em áreas rurais.
Após o passeio, fomos dar uma volta no Nature´s Valley, uma região de casas onde há uma lagoa e uma bela praia deserta.
Em seguida partimos para a nossa acomodação do dia, desta vez no Moonshine on Whiskey Creek que possui um conjunto de chalés de madeira super confortáveis todos com lareira e vista para uma floresta, escolhi um com dois andares que tinha mais espaço até mesmo para poder acomodar melhor as malas.
O chalé era uma casa completa, no primeiro andar a sala, cozinha, wc e quarto com colchão aquecido e no segundo andar havia mais 3 camas de solteiro, um chalé ideal para família. A noite, acendia a lareira pois a temperatura sempre cai bastante mas era muito aconchegante após um dia de passeios, curtir o chalé.
Aliás, isso é um ponto a se considerar, na África do Sul os passeios, as acomodações e as refeições possuem preços excelentes em comparação aos do Brasil,e quando me refiro a bons preços estou me referindo a lodges/guest-houses confortáveis, passeios divertidos e refeições em bons restaurantes, os vinhos na África do Sul são excelentes e baratos também.
Dia 11 – The Crags
No nosso último dia na região rural do The Crags acordamos cedo para dar tempo de fazer tudo e eu já estava com saudades do local, percebi que as áreas rurais ou mesmo as cidades menores são mais interessantes do que os grandes centros urbanos como a Cidade do Cabo.
Fizemos o check-out no nosso confortável chalé e seguimos para visitar o Tenikwa Wildlife Centre, um centro que cuida e reabilita animais selvagens tendo como foco os felinos; Eles possuem um tour educativo muito interessante chamado “Wildcat Experience Tour”, que consiste em visita guiada onde o guia explica sobre cada animal, a importância da conservação deles, e o impacto causado pelo homem em relação a perda do seu habitat natural.
Ao longo da caminhada por passarelas de madeira suspensa, podemos observar os felinos logo abaixo de nós em recintos espaçosos e com bastante vegetação também.
O Tenikwa possui além de leões, cheetahs, gatos selvagens, leopardos, serval etc, aves de diferentes espécies, além disso, no local funciona um hospital especializado em vida selvagem que recebe animais feridos encontrados na natureza e após a sua recuperação dependendo do caso, é devolvido a vida selvagem. O local é muito interessante e vale a pena a visita.
Mudança de ares, do Tenikwa, seguimos para a vinícola Kay & Monty onde partiria o nosso próximo tour, um passeio de carruagem à vinícola que foi sensacional, principalmente pela originalidade. A carruagem vintage reproduz um transporte do século XVII e acomoda aproximadamente 15 pessoas.
O tour dura um pouco mais de uma hora e no trajeto a carruagem trafega por estradas de terra, plantações e casinhas simples numa paisagem tipicamente rural, seguindo até a vinícola Lodestone onde ocorre uma degustação diferente, não somente de vinho, mas também de azeitona, azeite e chá gelado.
Na maioria das vezes as degustações são apenas de vinho e gostei muito desse passeio, pois ele soube ser original em todos os aspectos, até mesmo os cavalos que puxam a carruagem obedecem sob comando de voz, não sendo usado nenhuma medida punitiva.
O The Crags foi uma das regiões que mais me surpreenderam, pois a vida selvagem é farta, há muitas fazendas, muitos lodges agradáveis, as pessoas consomem produtos naturais que elas mesmo produzem, os passeios são ótimos, inéditos e sempre envolvendo a bela natureza da região que foi privilegiada em sua abundância, foi um local que eu gostaria de ter ficado mais dias.
Durante nossas andanças pela região, resolvi parar em um hostel localizado no meio do mato que tem um estilo/vibe hippie. O local é bastante interessante, uma galera jovem, uma cozinha aberta com uma árvore brotando no meio dela, uma piscina feita na pedra, um chuveiro ao ar livre e um velho caminhão que servia como palco.
Entretanto em termos de limpeza o local deixava a desejar, e só fomos pra tomar um café da manhã natureba apenas, ainda assim, a título de curiosidade vale a pena visitar o Wild Spirit Backpacker lodge.
Dia 12 – Plettenberg Bay
Acordamos cedo e partimos rumo à Plettenberg Bay, nossa casa por uma noite seria o hostel African Array Lodge, uma casa grande em uma área montanhosa que tinha um deck incrível para um imenso lago. Um lugar realmente bonito e barato, o hostel estava praticamente vazio se não fosse a presença de mais dois brasileiros, pai e filho viajando juntos.
A noite ficamos no deck bebendo com a fogueira acesa até sermos expulsos pelo frio que se tornava mais e mais rigoroso com o cair da noite. Por sorte pegamos o melhor quarto porque nosso quarto original estava em obras, neste upgrade, o quarto tinha uma varanda espaçosa com uma bela vista e o WC envidraçado permitindo ver a paisagem enquanto se banha. Hostel nota 10, pena que só foi por uma noite.
Não deixe de conferir o resto dessa super viagem na segunda parte, além das dicas do André para quem vai visitar o país! E você, fez uma viagem inesquecível e quer compartilhar com a gente? Envie seu texto e fotos para convidado@melhoresdestinos.com.br!