Credores se opõem ao empréstimo de R$ 7 bilhões obtido pela Latam para ajudar na recuperação judicial
Credores se opõem ao empréstimo de R$ 7 bilhões obtido pela Latam para ajudar na recuperação judicial
A Agência Reuters divulgou que os credores da Latam encaminharam ontem ao tribunal que supervisiona a recuperação judicial do grupo, em Nova York, uma objeção ao empréstimo do equivalente a R$ 7 bilhões obtido junto ao fundo de investimentos Oaktree Capital Management. A alegação é que o financiamento é muito caro.
“É uma proposta muito grande, muito cara e não é suportada por um processo de divulgação justo e adequado”, teria afirmado um comitê que representa credores sem garantia da companhia aérea nos autos do processo.
De acordo com a Reuters, os credores afirmam que a Latam deveria explorar empréstimos mais baratos e questionaram se a empresa precisaria mesmo de todo o montante. A empresa tinha anunciado o financiamento de 1,3 bilhão de dólares junto à Oaktree em neste mês, junto com um potencial adicional de 250 milhões de dólares de outros acionistas.
Os credores também afirmaram que a Oaktree e outros participantes do financiamento proposto terão direito a converter a dívida que possuem junto à Latam em participação na empresa com um desconto implícito de 32% quando a companhia aérea deixar o processo de recuperação.
O acordo agora será apreciado pela justiça, que poderá aprovar ou não a operação.
Latam Brasil pode ser vendida para a Azul, avalia banco de investimentos
Vale lembrar que essa semana o Bradesco BBI divulgou um relatório indicando que a venda da operação da Latam do Brasil para a Azul seria a melhor saída para o grupo viabilizar quase US$ 1,9 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões) no curto prazo, evitando assim se endividar ainda mais com empréstimos de terceiros. Será que essa decisão dos acionistas poderá influenciar nessa decisão? Vamos aguardar!
A Reuters destacou na reportagem que a Latam tem 18 bilhões de dólares em dívidas para reestruturar. A empresa é a maior companhia aérea do mundo até agora a buscar proteção contra credores na justiça como consequência das medidas de isolamento social contra a Covid-19.
As informações são da Agência Reuters
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