Como é voar com a Copa Airlines para os EUA fazendo conexão no Panamá
Como é voar com a Copa Airlines para os EUA fazendo conexão no Panamá
Se você pretende viajar para a América do Norte, América Central ou região do Caribe são grandes as chances de que seu voo seja com a Copa Airlines. Inclusive, muitos pacotes de viagem para Orlando, Miami e Cancún incluem passagens da companhia panamenha.
Ela é uma das principais empresas da América Latina e possui voos para praticamente todos os países do continente americano a partir de seu centro de operações (hub) na Cidade do Panamá. No Brasil, atualmente ela voa para Manaus, Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Para saber como é a experiência de viajar com a empresa embarcamos em um voo de São Paulo para Miami com conexão no Panamá. Confira o relato a seguir em texto ou vídeo:
Sobre a Copa Airlines
A Compañía Panameña de Aviación (ou COPA Airlines) voa atualmente para mais de 70 destinos em mais de 30 países. Seu hub na Cidade do Panamá é estratégico e permite fácil ligação com toda a América.
Um fato curioso é que sua frota da companhia é composta exclusivamente por aeronaves Boeing 737, de corredor único. Mesmo modelo usado pela Gol no Brasil.
Check-in e Embarque
Minha viagem teve início no Aeroporto de Curitiba. Comprei a passagem de Curitiba até Miami pelo site da companhia, mas como a Copa Airlines não voa para a capital paranaense, o primeiro trecho até Guarulhos foi com a Azul – que tem parceria para compartilhamento de voos com a Copa.
Não consegui fazer o check-in eletrônico pelo app da Azul, nem pelo app da Copa. Então, precisei ir até o balcão da Azul, mesmo não tendo bagagem para despachar. Foi feita a conferência dos documentos e entregue o cartão de embarque já com os três trechos da viagem.
Para os dois voos que seriam realizados pela Copa, eu consegui marcar os assentos já no momento da compra. Os lugares regulares – no fundo da aeronave – ficam disponíveis para marcação gratuita, mas também há lugares pagos para quem busca mais espaço para as pernas (Economy Extra e saídas de emergência) ou quer ficar mais na frente (Favorável). Já para o voo da Azul, a marcação só pode ser feita no momento do check-in presencial.
Algo interessante na Copa é que é possível visualizar os lugares ocupados nos aviões antes mesmo de finalizar a compra.
O embarque da Azul no Aeroporto de Curitiba foi bem rápido e organizado, com ajuda do tapete Azul. O voo foi um pouco turbulento, pois havia uma tempestade na rota.
O desembarque da Azul no Aeroporto de Guarulhos foi no terminal 1, que voltou a ser usado após um período inativo. Precisei pegar o ônibus gratuito do aeroporto para seguir até o terminal 3, de onde partiria o voo da Copa rumo ao Panamá.
Passei pelo Check-in da Copa que ainda não estava aberto, mesmo assim já havia uma fila de passageiros aguardando. O atendimento começa sempre 4 horas antes do primeiro voo da companhia. Ao todo são 4 voos saindo de Guarulhos durante a madrugada.
Próximo ao horário de embarque, fui chamado pelo sistema de som para nova conferência de documentos e recebi outros cartões para embarcar. Um detalhe, é que após o primeiro check-in em Curitiba, os cartões de embarque eletrônicos também ficaram disponíveis no app Copa.
O embarque foi bastante rápido. Primeiro entraram as prioridades por lei, depois os passageiros da classe executiva, seguidos pelos passageiros do fundo do avião (entre os quais eu me incluía).
Foram 6 horas e meia de voo até a Cidade do Panamá.
Conexão na cidade do Panamá
Apesar do tempo de conexão na Cidade do Panamá ser curto (apenas 50 minutos) foi tudo tranquilo e sem correria. O portão de embarque para Miami, felizmente, não era muito distante do portão onde desembarquei.
O aeroporto é bem sinalizado e basta conferir o número do portão de embarque nos monitores e depois seguir as placas até ele.
Quem embarca do Panamá para os EUA precisa passar por uma inspeção extra de segurança no acesso ao portão de embarque, com direito a detector de metais e raio-x para a bagagem de mão. Mesmo já estando dentro da área segura do aeroporto precisei descartar uma garrafa de água que estava na mochila.
Mais uma vez o embarque foi bastante organizado, seguindo a mesma sequência de prioridades do voo anterior.
Até Miami seriam mais 2 horas e meia de voo.
Assento
Os dois trechos com a Copa foram realizados em aeronaves Boeing 737 Max 9 com capacidade para 174 passageiros. Na parte da frente fica a classe executiva, logo depois a Economy Extra, seguida dos assentos chamados “Favoráveis” por serem mais na frente. Os assentos regulares com marcação gratuita são os do fundo, a partir da fileira 21.
O revestimento das poltronas era diferente nos dois aviões, mas o restante seguia o mesmo padrão nas duas aeronaves.
Havia tomada USB, suporte para tablet ou celular, e a mesinha.
A reclinação até que era boa, e havia encosto de cabeça ajustável, o que é sempre bem-vindo. Consegui descansar bem.
Mas nada de tela de entretenimento, nem travesseiro ou manta na classe econômica.
O espaço para as pernas não era dos piores para alguém com 1,70 de altura como eu, mas se você for alto, lamento informar que os lugares na saída de emergência também são cobrados à parte.
Entretenimento
A Copa oferece entretenimento de bordo gratuito via wi-fi, que pode ser acessado pelo smartphone, tablet ou laptop. Há uma boa variedade de filmes, mas nem todos estão disponíveis em Português.
Também é possível acompanhar as informações do voo, acessar a revista de bordo Panorama (em inglês e espanhol) e ouvir música.
Serviço de bordo da Copa Airlines
Meia hora após a decolagem em Guarulhos foi iniciado o serviço de bordo. Recebi uma caixa com iogurte de morango, um sanduíche gelado, barra de cereal, lenço umedecido e talheres de plástico.
Achei fraco para um voo de 6 horas e meia. E o pão do sanduíche estava bem seco.
Para beber havia suco, água, refrigerante, café ou chá. Pedi suco de laranja e chá, que era de camomila. Não havia nenhuma opção alcoólica.
Na meio do trajeto ofereceram mais bebidas. Eu peguei água para manter a hidratação em dia.
Já no voo para Miami, o serviço foi iniciado assim que avião decolou. Dessa vez, a caixa continha um sanduíche frio de peru, bolo de laranja, maionese e mostarda.
A aparência não estava muito boa, mas esse sanduíche estava mais gostoso que o do voo anterior. O bolo também não era ruim.
As opções de bebidas eram as mesmas e dessa vez pedi refrigerante.
De uma forma geral, o serviço de bordo da Copa foi claramente inferior ao que costumamos encontrar em outras companhias aéreas em viagens com essa duração. Talvez, por conta da pandemia as refeições estejam limitadas, mas ainda assim eu fiquei desapontado com a comida.
Equipe
No contato que tive com a equipe de solo, quando chamaram para conferir a documentação em Guarulhos fui atendido com cordialidade e simpatia.
Os comissários também foram gentis e solícitos nos dois voos e embora não falassem português se esforçavam para atender a todos.
Fidelidade
O programa de fidelidade da Copa é o Connectmiles, mas quem não voa com tanta frequência com a companhia pode creditar os pontos no Tudo Azul ou na Smiles.
A Copa também faz parte da Star Alliance, o que possibilita creditar milhas dos voos em programas de outras companhias da aliança, como a TAP, United e Turkish, entre outras.
Conclusão
Apesar de não haver tela de entretenimento, amenidades como travesseiro e manta na classe econômica e do serviço de bordo ser bem simples, a experiência de voar com a Copa foi melhor do que eu esperava.
Claro que um voo direto acaba sendo sempre menos cansativo. Mas a conexão no Panamá foi bem rápida e sem complicações e a chegada em Miami ocorreu 15 minutos antes do esperado. Embora ainda prefira fazer viagens internacionais em aeronaves maiores, gostei de voar no 737 MAX 9.
Se surgirem passagens aéreas baratas ou uma super promoção promoção de passagens, certamente vale considerar viajar com a Copa.
E você, já voou com a companhia? Tinha curiosidade em saber como era o serviço da Copa? Conta pra gente nos comentários.
Nota final.
Copa Airlines
São Paulo - MiamiVoo 724