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5 fatores que impedem a retomada dos voos internacionais no Brasil

Leonardo Cassol
08/06/2020 às 4:59

5 fatores que impedem a retomada dos voos internacionais no Brasil

Com a pandemia de coronavírus sendo gradativamente controlada em muitas cidades do mundo, alguns viajantes começam a se perguntar quando os voos serão retomados no Brasil. De acordo com executivos de diferentes companhias aéreas nacionais e internacionais, cinco fatores serão determinantes para a volta das operações de voos regulares, cuja oferta representa hoje apenas uma pequena fração de antes da crise.

Veja o que precisa acontecer para a retomada da aviação e em que momento isso deve ocorrer.

1) Fim das restrições para entrada de turistas impostas pelos governos

As viagens internacionais estão fortemente prejudicadas por conta de diferentes restrições impostas pelos governos de diferentes países para a entrada de turistas vindos do exterior. Na Europa as fronteiras ainda não reabriram para viajantes de outros continentes. Nos Estados Unidos não serão admitidos pessoas que venham do Brasil ou tenham estado no país nos últimos 14 dias… Na Argentina e na Colombia os voos estão proibidos até o fim de agosto. O Brasil também proibiu temporariamente a entrada de estrangeiros no país, o que elimina qualquer chance de passageiros de outros países virem para cá. Esses são os principais limitadores para a retomada dos voos, já que as companhia aéreas precisam de uma demanda mínima para operar uma rota com regularidade.

Não há previsão para o fim da restrição imposta pelo governo dos Estados Unidos. O que se sabe é que enquanto o Brasil tiver um grande número de casos de coronavírus, essa restrição será mantida. Já na Europa, nas próximas semanas cada país vai poder decidir se aceita ou não turistas vindos do Brasil e de outros países. Tudo ainda é muito incerto. Para completar, alguns governos estudam impor uma quarentena obrigatória de 14 dias para quem vier de países com grande disseminação do vírus, o que na prática inviabilizaria o turismo.

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2) Reabertura do comércio e das atrações turísticas

Ninguém quer visitar um destino em quarentena, com tudo fechado. Por isso, uma pré-condição para o retorno da demanda por viagens é a reabertura do comércio e das atrações turísticas. Por sua vez, isso depende do controle da pandemia e da disponibilidade da rede de saúde local para atender os doentes. Conforme a situação for se normalizando a demanda vai surgir, ainda que num patamar inferior ao período anterior à pandemia. Esse fator interfere não só nos voos internacionais. É também hoje o principal limitador para a retomada dos voos domésticos no Brasil.

A decisão de reabrir comércios e atrações compete à prefeitura de cada cidade, na maioria dos casos. Por isso, é provável que num mesmo país diferentes destinos tenham comportamentos diferentes, como ocorre no Brasil. Além disso, vale destacar que as decisões de reabertura podem ser revistas se houver um aumento expressivo no número de casos de coronavírus.

3) Decisões governamentais que restringem as operações aéreas

A decisão do governo do Panamá de proibir viagens aéreas impediu a Copa Airlines de retomar seus voos para o Brasil e para outros destinos. A Avianca Holdings também teve que deixar de voar por exigência do governo colombiano. É o mesmo caso da Aerolíneas Argentinas, Air Canada, Qatar Airways e de algumas outras empresas. Enquanto esses governos restringirem a retomada dos voos lá, ficaremos sem as rotas dessas companhias aéreas aqui!

O mais complicado, nesses casos, é que os governos não podem estipular uma data certa para o fim das restrições, que ficam sempre sujeitas a serem prorrogadas. Por isso, tem sido muito comum a companhia aérea vender livremente passagens com base num determinado planejamento, tendo que cancelar o voo após uma restrição ser postergada.

4) Pessoas dispostas a viajar

Os três primeiros fatores serão determinantes para que a oferta de voos comece a ser retomada. Mas o que vai ditar a velocidade com que as rotas e destinos vão voltar ao normal é a demanda por passagens aéreas. A disposição das pessoas retomarem viagens a trabalho, a passeio ou por outros motivos, no contexto do pós-quarentena, vai dizer muito do que vamos observar no setor aéreo até que uma vacina ou tratamento eficaz seja disponibilizado. As empresas dão como certo que pelo menos até 2021 a demanda vai ficar razoavelmente abaixo do que foi visto em 2019, em qualquer cenário.

5) A saúde financeira das companhias aéreas

Quanto mais tempo durar essa crise, maior será a fragilidade das companhias aéreas na retomada dos voos. Com menos dinheiro em caixa as empresas podem se ver obrigadas a devolver mais aviões e a cortar rotas, frequências e pessoal. É certo que a oferta de voos será consideravelmente reduzida nos próximos 18 meses, mas se muitas aéreas quebrarem a situação pode ficar complicada para os passageiros.

Até o momento, os fatos mais marcantes foram a recuperação judicial da Latam, da Avianca Holdings e da Thai Airways, além da desistência da Virgin de iniciar a rota ligando Londres a São Paulo. Mas todas as companhias aéreas estão sendo duramente impactadas nessa pandemia e certamente essa lista vai crescer.

O mais provável é que as empresas reduzam o número de destinos atendidos e a frequência de voos nas suas rotas, para ajustar a oferta ao novo patamar de demanda.

Quando cada companhia aérea planeja retomar os voos para o Brasil?

Além dos fatores citados acima, a retomada dos voos também não deixa de ser uma decisão comercial das empresas. Veja a previsão atualizada das principais companhias aéreas internacionais para a retomada dos voos para o Brasil.


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