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Vacina contra Covid-19 deve impulsionar viagens internacionais! O que esperar?

Leonardo Cassol
18/01/2021 às 8:55

Vacina contra Covid-19 deve impulsionar viagens internacionais! O que esperar?

Depois de muita especulação e incertezas, o Brasil se juntou a dezenas de países no mundo e iniciou a vacinação para imunização contra o vírus da Covid-19. A iniciativa será fundamental não apenas para controlar e superar a pandemia, poupando milhares de vidas, mas também para ajudar na recuperação do turismo e da economia mundial.

Mas isso significa que haverá uma rápida retirada das atuais restrições para viagens internacionais? Haverá uma reabertura imediata das fronteiras ou permissão para a entrada de vacinados? Teremos um certificado internacional de vacinação, como acontece com a febre amarela? Qual postura podemos esperar dos governos dos Estados Unidos, Europa e dos países da América do Sul que limitaram a entrada de brasileiros ou de viajantes com origem no Brasil? É o que você confere neste post.

Fechamento de fronteiras e restrições de viagens limitaram viagens internacionais

Por mais que existam mais de 100 países que estão abertos ao turismo de brasileiros, os Estados Unidos e os principais países da União Europeia ainda impõem severas restrições para os viajantes com origem no Brasil. Além disso, destinos turísticos importantes como Argentina, Chile e Peru estão mudando constantemente as regras imigratórias, proibindo a entrada de turistas ou exigindo quarentena e testes de Covid-19, trazendo incertezas e despesas adicionais para quem planejou uma viagem.

Vacina contra Covid-19 deve viabilizar a reabertura das fronteiras

A boa notícia é que, conforme a campanha de vacinação avançar aqui e nos países que mais recebem turistas no mundo, maiores serão as chances dos governos reduzirem as restrições e reabrirem suas fronteiras. Ou, por exemplo, daquelas nações que já aceitam receber turistas hoje reduzirem exigências, como os testes prévios para Covid-19, que acabam onerando o bolso dos viajantes.

É provável que seja criado um certificado internacional de vacinação contra Covid-19, nos moldes do que já existe para o vírus da febre amarela. Também se fala num novo passaporte de saúde digital, chamado de Travel Pass, que já está sendo testado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Mas ainda não está claro em que prazo isso vai acontecer.

Entre as possibilidades de retomada do fluxo global de viagens, as posturas mais  prováveis dos países que hoje limitam a entrada de turistas são:

  • Liberação da entrada somente de vacinados (mais restritiva);
  • Liberação da entrada de vacinados sem testagem e de não vacinados mediante testagem prévia ao embarque ou na chegada ao destino (menos restritiva);
  • Liberação da entrada de todas as nacionalidades mediante testagem prévia ao embarque ou na chegada ao destino (menos restritiva).

Vale destacar que já existe uma nova geração de testes rápidos com antígenos, que são mais eficientes e baratos do que o exame RT-PCR. Eles podem permitir a testagem dos viajantes em aeroportos com grande movimentação de passageiros, sem causar aglomerações, ou seguindo o modelo adotado com sucesso pelos Emirados Árabes Unidos em Dubai, onde o passageiro chega, realiza o teste, baixa um aplicativo e fica hospedado até receber o resultado, que costuma sair em menos de 12 horas.

Quando será possível voltar a viajar para o exterior com menos restrições?

Tudo vai depender de como a situação da pandemia vai evoluir no Brasil e no mundo, bem como da velocidade e dos resultados das campanhas de vacinação. O mais provável é que a retirada das restrições nos países ocorra apenas quando a situação da pandemia estiver mais controlada, o que ainda deve demandar alguns meses. Quantos? Não sabemos. Talvez ocorram até em momentos distintos.

Analisando friamente, Estados Unidos, Portugal, Reino Unido e outros países estão vivendo agora o pior momento da pandemia desde o seu início, com recordes de casos e de mortes. Isso indica que o caminho até uma normalização pode não ser tão rápido quanto imaginávamos inicialmente, mesmo com a vacinação.

Outras duas questões fundamentais ainda não foram respondidas. Quanto tempo de imunidade cada vacina vai garantir, e em que medida após ser vacinada uma pessoa será capaz de contrair uma versão menos grave da Covid-19 e transmiti-la para outras pessoas. Será preciso aguardar mais alguns meses para ter essas respostas seguramente respondidas. E elas certamente vão ser consideradas na decisão dos governantes de reduzir ou não as restrições de viagem.

Para quem planeja viajar neste ano, devem surgir boas promoções de passagens aéreas, já que a demanda por viagens internacionais ainda está em lenta recuperação. A dica é verificar a política de flexibilidade da companhia aérea (a maioria das empresas está oferecendo a remarcação sem multa, pagando a diferença de tarifa se houver) e utilizar a legislação vigente a seu favor. A Medida Provisória 1024 garante o cancelamento sem custo com crédito para uma nova viagem de viagens programadas até 31/10. Mas lembre-se, caso queira o seu dinheiro de volta, você pode ter que pagar as penalidades se o seu voo não tiver sido cancelado e ainda ter que aguardar os 12 meses previstos em lei.

Por exemplo, recentemente tivemos passagens para Nova York por apenas R$ 600 para voar até novembro. Durante a pandemia também rolou passagens para Miami por menos de R$ 1.253 com bagagem incluída, Cancún por R$ 980 e até passagens para a América do Sul por R$ 1 mais taxas (infelizmente todas essas promoções já terminaram). As oportunidades vão surgindo e quem aproveitar e se planejar certamente vai economizar. Quem tiver interesse pode acompanhar as oportunidades através do aplicativo para celular do Melhores Destinos. É gratuito.

Também é possível que ao longo de 2021 o governo brasileiro reavalie a exigência de testagem nas viagens de retorno ao país, desobrigando a apresentação de teste RT-PCR negativo para Covid-19 de todos os passageiros, ou pelo menos de quem for vacinado.

Teremos vacina na rede privada no Brasil?

A grande questão para quem tem condições de pagar pela vacina e tem interesse em se imunizar para se proteger e também viajar é quando a vacina para a Covid-19 estará disponível nos laboratórios privados no Brasil. A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que mantém negociações com o laboratório Bharat Biotech para a aquisição de cinco milhões de doses da vacina indiana Covaxin. No entanto, ainda não foram divulgados os resultados de eficácia do produto, que não está sendo testado no Brasil. Caso o negócio seja fechado, ficará pendente da apresentação dos dados dos estudos clínicos e posterior aprovação da Anvisa. O laboratório da Índia afirma ter capacidade de produzir 300 milhões de doses anuais, das quais 100 milhões já foram negociadas com o governo indiano.

A expectativa inicial do setor era de que as doses estivessem disponíveis no mercado nacional em março. Mas o negócio ainda não foi confirmado e também não foi informado qual será o custo de cada dose da vacina.

O governo brasileiro sinalizou inicialmente que não criaria barreiras para que a vacina fosse disponibilizada na rede privada, desde que houvesse aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a medida não interferisse no cronograma de imunização dos grupos de risco da Covid-19, como idosos, indígenas, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. No entanto, numa reunião recente entre ministros e alguns empresários houve a sinalização de que o governo não permitirá que empresas privadas comprassem vacina para seus funcionários antes do atendimento pleno pela rede pública. E que o governo teria vacina para todos. Ou seja, não dá para saber ao certo como será esse desfecho. Há o risco de quem não for prioridade da campanha pública ter que esperar até o fim do ano para ser vacinado… Vamos aguardar!

Azul, Gol, Latam e VoePass vão transportar gratuitamente as vacinas no Brasil

As companhias aéreas nacionais ofereceram ao Governo Federal o transporte gratuito da vacina para Covid-19, para ajudar numa rápida distribuição para as principais cidades brasileiras. A partir de hoje já devem começar os primeiros voos transportando os imunizantes que vão salvar vidas. As empresas disponibilizaram suas frotas, malhas e tripulações, numa contribuição essencial dada extensão territorial do Brasil.

A Latam já realizou 45 voos solidários para a China e para outros países para trazer máscaras e outros equipamentos essenciais de saúde ao longo da pandemia. Recentemente, transportou gratuitamente oxigênio e respiradores para Manaus, para ajudar na recente crise. Já a Azul transportou ontem sete usinas de produção de oxigênio para a capital do Amazonas, com mais de 15 toneladas de carga, entre outros voos transportando cilindros e insumos essenciais. A GOL informou que os seus primeiros voos com as vacinas partirão hoje do Aeroporto de Guarulhos com destino a Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe e que mais voos serão realizados ao longo das próximas semanas, à medida que as cargas forem disponibilizadas. É a aviação fazendo a sua parte para ajudar no combate à pandemia.

“O setor vem mostrando o seu compromisso com o Brasil desde o início dessa crise. Mantivemos as capitais e principais cidades conectadas no começo da pandemia. Depois, atuamos ativamente na repatriação de quem viajou para fora e não tinha conseguido voltar porque a sua companhia aérea internacional parou. Transportamos gratuitamente profissionais de saúde em todo o país para combater o vírus, implantamos protocolos de segurança sanitária para retomar as atividades da maneira mais segura e rápida possível”, afirmou o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz.

E você, viajou ou planeja viajar em 2021? Está otimista com o início da vacinação? Comente e participe!


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