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Como foi o voo inaugural da Azul entre Campinas e Paris, na classe econômica do Airbus A350

Como foi o voo inaugural da Azul entre Campinas e Paris, na classe econômica do Airbus A350

VCP Campinas
ORY Paris
8700
Avião Airbus A350
Classe Econômica
Poltrona 42H
Data 26/04/2023
Partida 22:59
Chegada 15:00
Duração 10h
Por
13/05/2023 às 7:00

A Azul chegou à cidade-luz! Paris é o novo destino da companhia, com voos saindo de Campinas (VCP) seis vezes por semana em direção ao Aeroporto de Orly (ORY). Este é o segundo destino na Europa, depois de Lisboa, e também o voo mais longo da Azul. Nós estivemos a bordo do voo inaugural, para contar para vocês como foi. Confira:

Resumo do review

Azul Voo AD-8700
Campinas (VCP) – Paris (ORY)
Quarta, 26 de abril de 2023
Partida: 22h59
Chegada: 15h00+1
Duração: 10h
Milhas: 5.806
Aeronave: Airbus A350-900
Assento: 42H (econômica)
Destaque positivo: refeições saborosas
Destaques negativos: frio na cabine e ausência de internet a bordo

Check-in

A Azul abre o seu check-in dos voos internacionais com 72h de antecedência ao horário da decolagem. Foi possível fazer o check-in no aplicativo da companhia e já receber os cartões de embarque dos dois voos no celular.

Como eu saí de Floripa, ao chegar no aeroporto perguntei se a bagagem despachada seguiria para o destino final, ou se teria que fazer o redespacho em Campinas. Fui informado que a bagagem seguia até o destino final. Isso é ótimo, pois a Azul tem uma conectividade enorme pelo Brasil, com mais de 100 destinos atendidos e poder viajar sem essa preocupação é um ponto positivo.

Minha jornada começou em Floripa, onde já despachei a bagagem até o destino final

Na chegada a Campinas poderia seguir direto para a imigração sem sair da área de embarque, mas acabei saindo para poder ver como estava o movimento no check-in e também para fazer algumas imagens. Às 19h, cerca de 4 horas antes do voo, estava bem tranquilo, quase sem filas.

Check-in internacional em Campinas estava bem tranquilo às 19h

A passagem pelo raio-x e controle de passaportes não levou mais que 10 minutos, outro ponto positivo para Campinas quando comparado a Guarulhos.

Sala VIP

Antes de seguir para o Azul Lounge, que é a única opção de sala VIP internacional no Aeroporto de Viracopos, decidi dar uma passadinha no Duty Free para dar uma olhada. Apesar de pequeno, há os itens suspeitos de todo free shop: bebidas, perfumes, cosméticos, etc.

Feita a visita, hora de seguir para a sala VIP, que fica no mezanino em frente ao Duty. Quem vem do controle de passaporte, é só virar à esquerda e vai encontrar a escada rolante que leva ao espaço.

Além das festividades pelo novo voo, no dia foi inaugurado também um novo espaço em parceria com a Nespresso, onde serão servidos cafés especiais e drinques.

Espaço Nespresso foi inaugurado na sala VIP da Azul

No bufê, além de opções quentes e frias, havia docinhos e macarons, nas cores da bandeira da França. Bebidas geladas como refrigerantes, cerveja, sucos e também bebidas quentes como vodca, gin e uísque.

Cabine

Antes da cerimônia de inauguração, conseguimos um acesso antecipado à aeronave que ia fazer a rota, o Airbus A350-900, prefixo PR-AOY, de nome 50 também é azul (em alusão justamente ao modelo do avião).

O A350 é um show à parte, e a Azul optou por ter a seguinte configuração interna:

  • 33 assentos na classe executiva, alinhados em 1-2-1;
  • 301 assentos na classe econômica (sendo 102 na Economy Xtra), todos na configuração 3-3-3. A exceção é a fileira 29, onde por conta da saída de emergência há um assento a menos em cada extremidade (2-3-2).

No detalhe abaixo os assentos da economy xtra, equivalente à econômica premium. Além de maior distância entre as fileiras, os passageiros ganham um pequeno kit de amenidades. No resto o assento é igualzinho aos demais da econômica. Originalmente eu estava marcado para voar aqui, no assento 15G, então caprichei nas fotos:

Mas acabei no assento 42H, bem no fundo da aeronave (já conto sobre isso). Dê uma olhada na cabine econômica, que tem um revestimento escuro, super bonito:

Embarque

Feito o reconhecimento do avião, hora de desembarcar para acompanhar a cerimônia de inauguração do novo voo, realizada no portão de embarque, que estava “vestido” a caráter.

Após os discursos comuns a este tipo de evento, e realizada uma bela homenagem aos comandantes do voo, veteranos da aviação, era hora de embarcar pra valer. Antes teve uma distribuição de macarons com as cores da bandeira da França, gesto super simpático da Azul.

O embarque iniciou com as prioridades legais e seguiu com os passageiros da classe executiva, clientes diamante e depois pelos grupos de embarque. Achei um pouco desorganizado, já que não havia divisórias e as filas eram improvisadas pelos próprios passageiros.

Já a bordo, me acomodei no assento da minha reserva, o 15G, que fica na Economy Xtra e estava bem contente com o espaço. Mas a minha alegria durou pouco. Por razões que eu ainda desconheço, apareceu uma outra passageira com um cartão de embarque indicando o mesmo assento. Achei que iriam acomodá-la em outra poltrona, mas o reacomodado fui eu 😂. Mesmo com cartão de embarque válido, fui parar lá no fundão, no assento 42H, antepenúltima fileira do avião.

O espaço entre o meu joelho e a fileira da frente diminuiu um dedo, mas não dá pra dizer que tava apertado. Porém, é preciso dizer que eu estava num assento de corredor na fileira do meio e lá, ao meu lado, havia um casal. Ou seja, se o passageiro do assento do meio quisesse ir ao banheiro durante o voo, o faria pelo lado da esposa.

Lá no fundo o meu assento era de corredor perto da janela, ou seja, qualquer ida ao banheiro dos dois passageiros ao meu lado eu teria que acordar/levantar (o que aconteceu em três ocasiões durante o voo).

Antes da decolagem houve o tradicional batismo de água (com água de reuso, é bom que se diga), uma tradição da aviação que sempre emociona quem está a bordo.

Entretenimento

Todos os assentos contam com tela individual de entretenimento touchscreen  tem um bom tamanho e resolução. A seleção de filmes poderia ser melhor, mas há opções para todos os gostos. O que faz falta mesmo é o wi-fi, mesmo que pago, já que se trata de um avião novo que faz rotas bem longas.

Amenidades

Os passageiros da Economy Xtra recebem um pequeno kit de amenidades, porém os que voam na classe econômica não recebem nada.

Serviço de Bordo

O jantar foi servido logo que o voo atingiu a altitude de cruzeiro, começando pela frente da cabine e vindo para o final. Por conta da mudança do assento, fui um dos últimos a comer. Foram mais de 30 minutos esperando pelo prato do chef Claude Troisgrois, que estreou neste voo, mas que já está disponível em todos os voos internacionais de longo curso saindo de Viracopos.

O prato era uma sobrecoxa de frango antiboise, acompanhada de brócolis ao vapor e arroz com salsa. Achei o prato principal bem saboroso. Além dele, uma salada bem sem graça, um pãozinho e um bolinho de sobremesa (que estava gostoso). Pedi um vinho tinto francês para acompanhar, que foi servido em copo plástico.

Foram duas passagens das bebidas, uma durante o jantar e outra logo após, onde também foi oferecido café e chá. Findado o serviço do jantar, hora de tentar dormir um pouco.

Faltando cerca de 1h30 para a chegada, teve início o serviço de café da manhã, novamente começando pelas primeiras fileiras e vindo para o final do avião. Biscoito cream craker, polenguinho, um bolinho, iogurte de morango e um folheado de calabresa que veio quentinho e tava uma delícia!

Comissários e equipe de solo

Sou muito fã da maneira que os comissários de bordo da Azul interagem com os passageiros, sempre de forma descontraída, porém atenta. Ela é baseada no conceito “OPA”, criação do Panda Betting, quando ainda era Diretor de Marketing da Azul. Ela quer dizer “observe, perceba e atenda”. Ou seja, observe quem é a pessoa, perceba quais são as suas necessidades e a atenda da melhor maneira possível. Ele não foi muito bem aplicado neste voo, infelizmente.

Eu estava de calça comprida, camiseta e casaco, com a manta fornecida pela Azul aos passageiros e ainda assim estava morrendo de frio (e não sou friorento). Literalmente acordei de frio! A cabine parecia uma filial da Era do Gelo. Falei com uma comissária sobre o problema, que era visível, pois tinha gente que tinha se tapado até a cabeça. Mesmo assim, nada foi feito. Depois de algum tempo eu falei com uma segunda comissária e só então a temperatura começou a esquentar. Fiquei sabendo de outros passageiros que a parte da frente da cabine estava o contrário: muito quente. Ou seja, faltou atenção com esse detalhe importante.

Programa de Fidelidade

O TudoAzul é o programa de fidelidade da Azul. O acúmulo de pontos depende da classe tarifária e também do status que o passageiro possui na companhia, variando de 1 até 10 pontos por real gasto. Os passageiros também podem escolher pontuar no Miles & Go da TAP ou no Mileage Plus da United, mas nestes casos é bom olhar as regras da tarifa para ver se vale a pena.

Apesar de ter poucos parceiros internacionais, o TudoAzul tem emissões interline com outros parceiros aéreos (Air Canada, Copa Airlines, TAP, Turkish e United). Mas o forte mesmo são as emissões para voar com a Azul, onde com frequência temos visto bons preços.

Conclusão

Pousamos em Paris às 15h do horário local (5h à frente de Brasília), 30 minutos antes do horário previsto para a chegada, totalizando 10h de voo. A escolha por Orly se deve ao menor custo de operação. Se por um lado prejudica a possibilidade de conexão para outros destinos da Europa, através de parcerias com outras companhias aéreas, o processo de imigração é muito mais rápido e o aeroporto fica mais próximo à área central de Paris.

É sempre uma ocasião especial participar de um voo inaugural, mas fora os macarons distribuídos no embarque, e o batismo d’água em Campinas, não houve nada mais que lembrasse a ocasião. Um simples certificado do voo inaugural já seria suficiente.

Ter uma nova opção de voo direto do Brasil para Paris é obviamente uma boa notícia, já que agora temos três companhias operando voos diretos para França (além da Azul, temos Latam e Air France). Os voos das concorrentes tem como ponto positivo a alta conectividade de Charles de Gaulle, que te leva a praticamente qualquer lugar do mundo. Porém, o aeroporto é grande, confuso e costuma ter muitas filas nos raio-x e imigração.

A Azul aposta em Orly, pois entende que Paris é o destino final de muita gente, o que não deixa de ser verdade. O custo de operação lá, também é bem menor. A minha experiência lá foi muito boa: um aeroporto menor, fácil de se localizar e quase sem filas. Embora ele fique mais próximo da cidade (20km x 32km), a diferença entre o tempo de deslocamento em transporte público de ambos para o centro de Paris é muito semelhante. Na minha simulação saindo de Orly seriam 43 minutos e de Charles de Gaulle 47 minutos até o centro de Paris.

Outra diferença da Azul para as demais é a origem em Campinas, o que faz muitos moradores da capital São Paulo torcerem o nariz. Mas considere que em dia de trânsito pode ser mais rápido chegar a Campinas que a Guarulhos, além do primeiro também ser um aeroporto muito mais tranquilo e sem filas.

Torço para que a Azul tenha muito sucesso com a nova rota e que o novo voo tenha vida longa. E que venham muitas promoções, claro, afinal, Paris nunca é demais!

O Melhores Destinos viajou a convite da Azul.

Nota final.

Azul

Campinas - Paris

Voo 8700

7,3
Embarque 7
Assento 8
Entretenimento 7
Amenidades 7
Equipe 7
Fidelidade 8