Como é voar na South African Airways
Como é voar na South African Airways
Continuando a série de avaliações das Companhias Aéreas, publicamos o ótimo relato do leitor Vitor Borges, que detalhou para o Melhores Destinos sua experiência com a South African Airways. Acompanhe:
Em Janeiro, viajei com a família de férias para a África do Sul. Os vôos diretos de São Paulo (GRU) à Johannesburgo (JNB) são operados pela companhia sul-africana South African Airways (SAA) com os modernos aviões Airbus A340-200 e Airbus A340-300.
Reservas
Foram utilizados pontos do Fidelidade TAM e Mileage Plus da United. Apenas uma passagem precisou ser comprada. Normalmente, prefiro comprar diretamente com a companhia, mas a SAA é um pouco burocrática quando da emissão de passagens com cartão de crédito pelo telefone, pois pela internet não é possível comprar com o parcelamento de três vezes sem juros. Optei por fazer a emissão com meu agente de viagens, pois o preço era o mesmo e as condições de parcelamento também.
Check-in
Nota 08. O Check-in localiza-se no Terminal 2 Asa D, próximo a outras companhias da Star Alliance como Lufthansa, Swiss, e TAP Portugal. O voo parte diariamente de São Paulo às 18h30. O check-in abriu com quatro horas de antecedência. A fila era grande, principalmente pelo tamanho do avião, mas o atendimento foi rápido e objetivo. Foram preservados os assentos marcados no momento da reserva. A África do Sul não exige visto de cidadãos brasileiros, mas exige o comprovante de imunização contra a Febre Amarela. A vacina pode ser tomada nos principais postos de saúde do país e a carteira de vacinação internacional é emitida pela Anvisa no Aeroporto de Guarulhos no dia do embarque. Se possível, antes de fazer o check-in vá ao posto da Anvisa e emita a sua carteira gratuitamente, porque os cartões de embarque só são entregues aos passageiros que apresentarem a carteira válida.
Embarque
Nota 09 – O embarque ocorreu com atraso de 20 minutos, apesar disso, foi bastante organizado e rápido.
Voo
Nota 08 – O voo decolou com atraso de 45 minutos, embora todos os passageiros, exceto um, estivessem a bordo. A justificativa foi o atraso daquele passageiro e a mudança na pista de decolagem. Aos que entendem de aviação, a 27R foi substituída pela 9L. Sobre cada assento havia um travesseiro, cobertor (muito útil) e um kit de amenidades contendo tapa-olhos, meia e escova de dentes. O vídeo de segurança e os avisos da tripulação são feitos em inglês, embora algumas vezes haja legendas ou gravações em português. A configuração da cabine em classe econômica é 2-4-2 e a aeronave na ida foi um A340-200.
Alimentação
As refeições foram bastantes fartas. Foram servidos jantar e café da manhã, além do serviço de bebidas. O destaque fica para os talheres de metal mesmo em classe econômica. Quanto ao serviço de bebidas, sobre os trolleys – carrinhos usados no serviço – apenas ficam sucos e garrafas de água. Não deixe de perguntar pelas opções ocultas. Há refrigerantes, vinhos sul-africanos e até a famosa Amarula em garrafas pequenas, especialmente preparadas para o serviço de bordo. Essas opções são gratuitas, basta apenas pedir aos comissários de bordo.
Diversão
O entretenimento a bordo foi bastante limitado para um Airbus A340-200. Não havia televisões individuais na classe econômica e as opções de filmes coletivos eram fracas. Resta apenas a revista de bordo Sawubona que é bastante completa. Após o jantar, as luzes são apagadas para maior conforto dos passageiros. Durante a madrugada o uso do cobertor é indispensável, pois a temperatura a bordo fica bastante baixa e os comissários não atendem aos pedidos dos passageiros para que se aumente a temperatura. O voo dura entre 9 e 10 horas e a chegada em JNB ocorreu as 08h15 horário local. O desembarque, imigração e entrega de bagagens foram rápidos.
Curiosidades
Duas peculiaridades da SAA. A primeira, num dos avisos da tripulação, os passageiros são informados de que é proibido deitar-se nos corredores do avião. A segunda, a tripulação é bastante enfática sobre o uso de cobertores durante pousos e decolagens. Os passageiros devem deixá-los sob os assentos ou nos compartimentos superiores. O problema, é que este aviso é dado apenas em inglês, então muitos passageiros ficam perdidos. Os comissários andam pelos corredores diversas vezes falando individualmente, em inglês, mesmo que a pessoa não entenda.
Mais voos
Fizemos três vôos internos nos trechos Johannesburgo- Cape Town – Durban – Johannesburgo. O padrão de atendimento é o mesmo do internacional. As aeronaves são Boeing 737-800. As refeições são fartas, exceto pelos talheres de metal. Um dos trechos foi operado pela parceira da South African Airways, a Mango Airlines, que é uma companhia low-cost. Neste voo, o serviço de bordo é pago. Porém, como emiti os bilhetes dos vôos internos no site da South African Airways, os comissários pediram os cartões de embarque e imediatamente nos deram o que pedimos, gratuitamente, porque a SAA tem, naturalmente, um acordo com a Mango.
O voo de retorno a São Paulo foi o SAA 224 do dia 04/02 e não foi diferente do padrão de qualidade do voo da ida. Embora a aeronave fosse um A340-300, não havia, novamente, telas individuas na classe econômica. A SAA possui dez voos semanais entre São Paulo e Johannesburgo e nosso retorno foi num dos quatro voos extras que a companhia tem operado desde julho. A decolagem de Johannesburg foi às 18h30 no horário local e a chegada a Guarulhos à 00h30, horário de Brasília, sem maiores atrasos. Os vôos diários da África do Sul para o Brasil partem às 10h30 e pousam em Guarulhos às 16 horas.