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Vale do Douro: vinícolas, restaurantes e dicas da rota do vinho portuguesa

Bruna Scirea
19/03/2021 às 5:02

Vale do Douro: vinícolas, restaurantes e dicas da rota do vinho portuguesa

O Vale do Douro é a região vinícola mais famosa de Portugal. Por ali, os vinhedos se esparramam encosta abaixo nas duas margens do rio, oferecendo aos seus visitantes vistas de tirar o fôlego — que combinam perfeitamente com uma taça de vinho e o sossego dos dias de férias!

O rio Douro nasce na Espanha e deságua no Atlântico, nas cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, onde estão as caves do vinho do Porto. Mas é sobretudo no trecho do rio entre Peso da Régua e Pinhão que estão algumas das principais vinícolas portuguesas, de nomes famosos em todo o mundo, como a Quinta da Pacheca e a Quinta dos Murças.

Levou a fama por produzir o vinho do Porto, sim! Mas o Douro tem muito mais a oferecer: vinhos brancos e tintos de altíssimo nível, hotéis com piscinas e vistas deslumbrantes, além de muita história e restaurantes que vão deixar qualquer um babando. Confira nosso post completo com tudo o que você precisa saber para planejar uma viagem ao Vale do Douro.

Quando ir ao Vale do Douro

O melhor período para visitar a região é durante os meses mais quentes do ano, entre maio e setembro. No verão europeu, os passeios ficam ainda mais bonitos, sobretudo entre agosto e outubro, época de colheita das uvas. Nas demais épocas do ano também é possível visitar as vinícolas, mas os dias são mais curtos e o tempo pode não ser tão convidativo para ficar ao ar livre, curtindo as belas paisagens da região. Na nossa página especial, acompanhe o preço das passagens aéreas para Portugal.

Em agosto conseguimos ver os vinhedos carregados, o Douro em sua potência máxima!

Onde ficar no Vale do Douro

O trecho mais bonito e visitado do Vale do Douro fica entre as cidades de Peso da Régua (também chamada apenas de Régua) e Pinhão. É ali que estão as vinícolas mais conhecidas, um maior número de hospedagens e restaurantes e por fim, mas não menos importante, as vistas mais bonitas, com os terraços de vinhedos se esparramando nas encostas dos morros em direção ao Douro.

Nestas duas pequenas cidades há opções de hotéis mais econômicos, geralmente sem vista para o rio, nem grandes sofisticações. Se você estiver de carro, pode ainda encontrar outras hospedagens entre as duas cidades, sejam quartos ou casas de temporada via Airbnb ou mesmo estadias em vinícolas, que podem oferecer experiências memoráveis.

Visitamos algumas quintas no Douro e pudemos ver as opções de hospedagem que oferecem. Destes hotéis, aqueles que mais nos chamaram atenção pela beleza do local e conforto das acomodações foram o The Wine House Hotel da Quinta da Pacheca e o luxuosíssimo hotel da Quinta Nova, com sua piscina com vista para o Douro. Outras opções bastante elogiadas na região são a Quinta de La Rosa, para acordar com paisagens deslumbrantes e poder contar com um dos melhores restaurantes do vale sem precisar sair do hotel, além da Quinta do Vallado e a Quinta do Tedo.

Dormir em barris gigantes é uma das experiências oferecidas na Quinta da Pacheca

O valor para se hospedar nas vinícolas costuma ser bem mais alto do que em hotéis nas cidades, mas a vista, os demorados e bem preparados cafés da manhã e toda a experiência compensam. Só esteja atento para fazer as reservas com antecedência, pois as quintas costumam ter poucos quartos  — que, sobretudo na alta temporada, costumam estar sempre ocupados.

Ao longo das margens do Douro ainda estão hotéis de grandes marcas da hotelaria, como o Vila Galé Douro Vineyards, o Vila Galé Collection Douro e o Six Senses Douro Valley.

Quantos dias ficar no Douro

Em uma bate-volta desde o Porto será possível visitar uma ou duas vinícolas e de repente fazer um passeio de barco pelo Douro — mas será um pouco corrido. É se hospedando no Vale do Douro que você poderá desfrutar das belas paisagens (que surpreendem a todo momento), curtir as quintas e suas vinícolas sem pressa e provar os excelentes vinhos da região admirando as vistas para o Douro, quem sabe até com um piquenique ou uma tábua de frios para acompanhar.

Para quem gosta de vinhos, nossa sugestão é passar pelo menos dois dias inteiros na região. Assim terá tempo para visitar as vinícolas desejadas (que podem exigir um certo tempo de deslocamento, conforme o local à margem do Douro que estejam localizadas), além de passear de barco e saborear as delícias gastronômicas da região. Mais do que três dias no Vale do Douro seria o recomendado para os verdadeiros enófilos, que pretendem visitar o maior número possível de vinícolas, ou para quem pretende curtir sem pressa os bons hotéis e vistas da região.

Vinícolas do Vale do Douro

O grande atrativo do Vale Douro são, é claro, as vinícolas! Visitamos algumas das principais delas e trazemos abaixo os pontos altos de cada uma. A maioria conta com restaurantes ou opção de fazer prova de vinhos com deliciosas tábuas de frios. Os passeios guiados costumam levar entre uma e duas horas e têm preços partindo de 15 euros por pessoa, dependendo da seleção de vinhos escolhida.

Algumas quintas, como são chamadas as propriedades, também oferecem hospedagem e passeios mais demorados, como de barco, trilhas, colheita na época da vindima e piquenique com vistas incríveis. Só vale lembrar que para qualquer programa escolhido, mesmo para uma simples visita com prova de vinhos, é preciso fazer reserva antecipadamente.

Confira o mapa do Vale do Douro com algumas vinícolas que visitamos, todas elas no trecho entre Peso da Régua e Pinhão:

Quinta da Pacheca

A Quinta da Pachecha é uma das mais conhecidas vinícolas do Vale do Douro, sendo uma das primeiras a ter engarrafado vinhos com marca própria. A propriedade fica em Lamego, não muito distante de Peso da Régua — devido a esta proximidade, é uma das vinícolas mais visitadas pelos turistas. Mas não é só por isso. A Quinta da Pacheca encanta seus visitantes com suas paisagens, construções e passeios guiados com degustação de vinho, que pode ser seguida de um almoço no restaurante The Wine House ou piquenique em meio ao verde. As visitas partem de 15 euros por pessoa, já com a prova de vinhos inclusa.

A Quinta da Pacheca ainda oferece a possibilidade de hospedagem. São duas as opções: um casarão antigo com modernas acomodações para lá de aconchegantes ou então a experiência única de dormir em enormes barris de vinho, posicionados em meio ao vinhedo. A vista é encantadora! Para saber mais, acesse o site da Quinta da Pacheca. E não se esqueça: agende tudo antecipadamente.

Quinta do Vallado

Outra vinícola de fácil acesso é a Quinta do Vallado, localizada a apenas quatro quilômetros da estação de trem de Peso da Régua — portanto, boa pedida para quem está sem carro. Construída em 1716, a vinícola é uma das mais antigas do Vale do Douro e está em uma das margens do Rio Corgo, um dos afluentes do Douro. Embora a vista seja menos surpreendente do que outras tantas propriedades do vale, a Quinta do Vallado oferece passeios bem completos, com visita à adega e caves de envelhecimento e prova de vinhos.

Para quem está buscando uma hospedagem cheia de conforto e beleza, a Quinta do Vallado está preparada para receber hóspedes em seu Wine Hotel. São duas construções, uma histórica e outras mais moderna, com uma deliciosa piscina, spa e atividades como passeio de jeep, piquenique, trilhas e canoagem. Para mais informações, acesse o site da Quinta do Vallado.

Quinta do Pôpa

Na Quinta do Pôpa tivemos uma das experiências mais autênticas do Vale do Douro. A vinícola era um sonho antigo de Francisco Ferreira, o Pôpa. O desejo do pai passou para o filho, Zeca do Pôpa, que comprou a propriedade em 2003 e com a ajuda de seus dois herdeiros, Stéphane e Vanessa, ergueu a Quinta do Pôpa. Todo este histórico familiar se reflete no acolhimento de quem visita a vinícola, que será recebido com proximidade, atenção e o cuidado dos funcionários — quando não dos proprietários. É uma vinícola jovem e criativa.

Os vinhos são excelentes e a vista para o Douro e os vinhedos é uma das mais bonitas da região. Do alto da encosta, o terraço da Quinta do Pôpa é o local perfeito para a degustação dos rótulos da casa, que pode ser acompanhada de uma farta e deliciosa tábua de pães e frios, que serve perfeitamente de almoço. Saiba mais acessando o site da vinícola.

Vista do terraço onde é feita a degustação na Quinta do Pôpa. Que tal?

Quinta do Seixo

Na margem sul do rio Douro, entre Régua e Pinhão, estão os 100 hectares da Quinta do Seixo, que é o berço do famoso vinho do Porto Sandeman, que tem sua cave em Vila Nova de Gaia, com um enorme letreiro que pode ser visto desde o Porto. Em meio a uma vinhedo centenário, os visitantes são recebidos em uma das construções mais modernas do Vale do Douro, de onde a vista é absurdamente espetacular.

A visita clássica custa 15 euros por pessoa é conduzida pela adega com explicações de como é o produzido o vinho do Porto. No final, há a degustação de dois rótulos da casa. Há ainda passeios mais longos e aprofundados, com possibilidade de almoçar por lá. Para mais informações, confira o site da Quinta do Seixo.

Vista do terraço da Quinta do Seixo: Douro e vinhedos para todos os lados

Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo

Chegar até a Quinta Nova não é das tarefas mais fáceis — não que seja tão difícil assim, mas requer carro, tempo e paciência para dirigir nas curvas do Vale do Douro. No entanto, a paisagem do caminho já dá o tom do destino final: uma quinta de cair o queixo, florida, com construções antigas e bem cuidadas, onde a sofisticação é palavra de ordem e o visitante tem vontade de se demorar.

O tour na Quinta Nova dura cerca de 45 minutos, custa 16 euros por pessoa e aborda todas a etapas de produção dos rótulos da vinícola. Depois, os turistas podem seguir o passeio pelo Wine Museum Center, que conta a história da produção de vinho na região. A prova de vinhos acontece em um terraço em meio ao vinhedo e com bela vista para o Douro, mas tem custo adicional: a partir de 16 euros por pessoa (três vinhos).

A quinta também oferece passeios de barco, caminhadas, um dia de enólogo, um restaurante elogiadíssimo e opções de provas de vinhos acompanhada de tábua de frios. É daqueles lugares onde se pode passar um dia inteiro, só curtindo as férias! Acesse o site da Quinta Nova para ver todos os passeios.

Quinta do Crasto

Também localizada em Régua e Pinhão, a Quinta do Crasto é outra das mais procuradas no Vale do Douro. A visita por lá começa no local onde as uvas chegam vindas diretamente dos vinhedos. O visitante então segue pelas adegas de vinificação, cave de barricas, laboratório de controle e termina na Casa Centenária, onde é realizada a prova comentada de cinco vinhos. A visita costuma durar uma hora e meia e custa 25 euros por pessoa.

A Quinta do Castro também oferece vistas maravilhosas do Douro e belos cantos para deixar as horas passarem sem pressa (de preferência apreciando um bom vinho!). Veja mais no site da Quinta do Castro.

Quinta dos Murças (Esporão)

Outra vinícola de acesso não tão difícil a partir de Peso da Régua é a famosa Quinta dos Murças, com um vinhedo extenso, paisagem incrível e até acomodações para quem deseja se hospedar em meio aos vinhedos. São menos de 30 minutos desde a Régua e por lá visitantes podem fazer um passeio guiado pelo campo, além de provar os vinhos da vinícola. Para mais informações, acesse o site da Quinta dos Murças.

O que fazer no Vale do Douro além das vinícolas

Passeio de barco no Vale do Douro

Para se ter uma outra vista do Vale do Douro, aquela que compreende as duas margens do rio e todos os seus vinhedos, de baixo pra cima, considere fazer um passeio de barco, o famoso rabelo. Há tours diários, com mais de um horário, saindo dos cais de Peso da Régua e de Pinhão.

Os mais buscados são as travessias rio acima entre a Régua e o Pinhão (geralmente só ida, por valores próximo a 30 euros por pessoa) e também passeios mais curtos de ida e volta saindo do cais do Pinhão em direção à Romaneira (uma hora de viagem, 11 euros por pessoa) ou ao Tua (duas horas de viagem, 20 euros por pessoa). Confira algumas opções no site da Cruzeiros Douro e na página da empresa Rota do Douro.

Museu do Douro

No centrinho da Régua, bem próximo à margem do rio, um museu moderninho conta a história da região. A estrutura do museu oferece restaurante, café, um bar de vinhos e uma esplanada com uma vista bem agradável para o rio. Os ingressos do museu custam 6 euros por pessoa. Acesse o site para mais informações.

Restaurantes no Vale do Douro

Numa região de belas paisagens e cheia de excelentes vinhos, não poderiam faltar opções de restaurantes para equilibrar o álcool (importante) e garantir bons momentos às margens do Douro. No Peso da Régua, visite o moderno e descolado Castas e Pratos, com comidas deliciosas e um boa carta de vinhos — o restaurante fica na antiga estação de trem da cidade, o que torna a experiência ainda melhor.

Na cidade, também são bastante elogiados o Cacho d’Oiro, famoso pelo cabrito assado, e o The River Restaurant, que tem um ambiente sofisticado e pratos individuais partindo de 20 euros. Para refeições mais em conta, vá ao Gato Preto e à maravilhosa Tasca da Quinta.

Nas margens do Douro, há outras excelentes opções, como o premiado DOC, do chef Rui Paula, com uma das melhores vistas para o rio. O restaurante Conceitus, da Quinta Nova, é um luxo à parte e os bons pratos e a vista incrível não decepcionam. Em Pinhão, o restaurante da Quinta de la Rosa faz interpretações modernas de pratos clássicos da cozinha portuguesa e, na Quinta da Pacheca, o restaurante The Wine House também traz requinte e sabor à mesa.

Como chegar no Vale do Douro

A melhor maneira de circular pelo Vale do Douro é de carro. Isso porque o transporte público é bem limitado por lá e somente te levará até algumas vinícolas. Há outras, mais afastadas (e com vistas mais incríveis), onde somente é possível chegar de carro. No entanto, é bom lembrar que álcool não combina com direção e que as estradas por lá são bem sinuosas. É preciso estar muito atento!

Do Porto, são pouco menos de 120 quilômetros até Peso da Régua, um percurso que leva mais ou menos uma hora e meia de carro. Desde Lisboa, são mais de 350 quilômetros, feitos em três horas e meia, passando por cidades importantes como Viseu e Coimbra. Para quem está fazendo uma super viagem de carro por Portugal, existe a opção de ir para o Vale do Douro após visitar a Serra da Estrela. São cerca de 150 km de distância entre as duas regiões, feitos em cerca de duas horas de viagem, também passando por Viseu.

Para quem vai fazer apenas um bate-volta na região, há cruzeiros saindo do Porto e também há uma linha de trem, ligando o Porto às cidades do Vale do Douro. São mais de 200 km de ferrovia, com belas paisagens. Os visitantes que optam por chegar de trem costumam desembarcar em Peso da Régua ou Pinhão, onde há algumas vinícolas não tão distantes da cidade, além de bons restaurantes.

Cruzeiros que saem do porto atracam no cais de Peso da Régua, no Vale do Douro


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