MSC Seashore – Confira todos os detalhes do navio que chega ao Brasil em dezembro

Viajamos por 7 dias no MSC Seashore, o maior navio de cruzeiros da MSC Cruzeiros que vai navegar em mares brasileiros – ele chega ao país dia 11 de dezembro para a temporada 2022/2023. Nossa viagem saiu de Miami e passou por 4 paraísos no Caribe: Jamaica, Ilhas Cayman, México e Bahamas. A seguir, mostraremos tudo que os brasileiros encontrarão a bordo do MSC Seashore.

Se me perguntassem, há um mês, o que eu imaginava encontrar em uma viagem de cruzeiro, confesso que diria que não esperaria muita coisa: não sou desses viajantes que gostam de ficar em um mesmo lugar. Mas se a pergunta se repetisse agora a reposta já seria outra. E com muitos superlativos para explicar o que é viajar no MSC Seashore, o navio da MSC Cruzeiros que fez sua viagem inaugural há pouco mais de um ano e que está programado para encantar os brasileiros a partir de 11 de dezembro, com partida em Santos e paradas em Ilha Grande, Búzios, Maceió e Salvador.

Antes de chegar ao Brasil, o Seashore está fazendo sua temporada no Caribe, onde tiver o prazer de navegar. De Miami, passando por Ocho Rios (Jamaica), George Town (Ilhas Cayman), Cozumel (México) e a Ocean Cay MSC Marine Reserve (a ilha privativa da MSC nas Bahamas), pude conhecer toda a grandiosidade desse novo cruzeiro da MSC. E, lembre-se o que disse há pouco: esse texto estará cheio de superlativos. E não será um exagero.

Para conferir os preços dos cruzeiros acesse o site oficial da empresa.

O MSC Seashore

A primeira pergunta que me fizeram quando cheguei ao Brasil foi o que eu achei do navio. E a resposta veio na hora: ‘é muito tudo’. Sim, foi assim mesmo. Pois é até difícil achar uma definição melhor: o navio é muito grande, tem muita comida, tem muita bebida, tem muitas atrações, tem muito lugar para andar, tem muita animação, tem muita gente em todo lugar, tem muitos funcionários… Enfim, é muito tudo.

Antes de o cruzeiro começar, ainda na chegada ao Porto de Miami, já temos a noção da grandiosidade do MSC Seashore, primeiro navio da classe Seaside EVO e ‘irmão’ dos MSC Seaview e do MSC Seaside. É enorme, com seus 20 andares, 339 metros de comprimento, 41 metros de largura e 74 metros de altura, com capacidade para mais de 5.600 passageiros. E lá dentro a sensação de imensidão é a mesma.

O Seashore foi projetado mais voltado para o mercado americano, e também por isso seu design foi inspirado em Nova York: restaurantes ganharam o nome de Central Park ou Brooklyn, por exemplo, tem uma réplica da Estátua da Liberdade de 3 metros acima do bar do cassino e o visual onde há apresentações de piano (e compras, claro) é inspirado na Times Square.

São mais de 13 mil m² de áreas externas e, como a ideia é conectar os viajantes com o mar, não faltam espaços para dar uma mergulho nas seis piscinas espalhadas pelo navio ou nas várias jacuzzis que valem para um breve descanso ou para curtir a vista – uma das novidades do Seashore, aliás, é a piscina com borda infinita. E, vai por mim, esteja neste lugar na hora do pôr do sol para garantir as melhores fotos!

Hora de começar!

Acredite quando alguém te disser que é preciso ter calma para conhecer tudo o que tem em um cruzeiro. Saí da minha viagem de 7 dias com a impressão que não conheci tudo do Seashore e que poderia ter feito muito mais fotos. E com certeza você vai querer registrar todos os momentos!

Após passar pelo processo de embarque (bem parecido com o de aeroportos), recebi meu cruise card, o cartão que será a sua vida dentro do navio – é com ele que se abre a porta do quarto, é com ele que você adquiri pacotes e passeios, entra e sai do navio nas paradas para os passeios e também pega as bebidas nos restaurantes e bares, por exemplo. Com o cruise card em mãos, e já dentro do navio, aqui já podemos dizer que a viagem realmente começa. Com a vontade de correr para ver tudo!

Dependendo da hora que você chega, o quarto ainda não estará pronto – como o navio acabou de chegar de outra viagem, ele precisa passar pelo processo de limpeza antes de receber os novos viajantes. A mala também pode demorar um pouquinho para chegar ao quarto (para quem ‘despachou’ a bagagem) e, neste tempo, você já pode começar a conhecer o navio, ao menos as áreas logo da entrada que já vão valer alguns cliques e poses – o átrio todo brilhante e grandioso logo chama a atenção, e duvido você resistir em tirar uma foto nas escadas que levam milhares de cristais Swarovski nos degraus. Aproveite para pegar um drink no Seashore Bar (recomendo o leve e gostoso Espresso Martini, que leva café expresso e vodca) e comece sua viagem!

Os quartos do navio

Após uns 30 minutos tirando fotos, resolvi ver se meu quarto estava pronto. Não só estava como a mala já estava me esperando. Ao entrar, a primeira surpresa: o tamanho era muito maior do que eu esperava! Uma cama gigante (olha o superlativo aí de novo!), sofá, varanda com vista para o mar (obviamente), frigobar lotado (estava liberado para a imprensa, mas não é incluso no pacote geral), guarda-roupas com bom tamanho e um banheiro um pouquinho apertado, mas nada que atrapalhasse.

Minha suíte era a da categoria ‘deluxe balcony’, com 17 m² e varanda. Há outras opções, maiores e menores, com banheira de hidromassagem na varanda ou quarto interno sem vista nenhuma. Mesmo a menor suíte tem um espaço bom, principalmente se você lembrar que provavelmente o lugar que vai menos ficar durante a viagem é dentro do quarto.

Ah, e antes que me perguntem: sim, o navio balança e onde mais senti foi justamente no quarto – dava para perceber as toalhas do banheiro se mexendo. Mas não era nada que incomodava e, para falar a verdade, dormi igual a um nenê sendo ninado.

Yacht Club

Para quem quiser ter uma experiência ainda melhor, o pacote do MSC Yacht Club é a estrela do cruzeiro – além de um quarto maior, os hóspedes têm mordomias e regalias, como piscina e restaurante privativos. São 24 horas de serviços especiais e exclusivos.

O Seashore é o navio da MSC com o maior Yacht Club de sua frota, com quase 3 mil m² de espaço. São 131 cabines que podem receber até 300 hóspedes. Um cruzeiro de 7 noites saindo de Salvador no dia 20 de dezembro está custando, por exemplo, cerca de R$ 22 mil o pacote para 2 pessoas (com bebida incluída) no Yatch Club. Como comparação, um quarto com varanda na experiência Bella (a mesma que eu fiquei) sai por metade do preço, mas sem bebidas.

Entrei rapidamente no Yacht Club para fazer fotos, apenas fotos (quem sabe um dia eu aproveite todos os seus serviços). Se dinheiro não é o seu problema, vai na fé e feche essa experiência que com certeza vai aproveitar muito melhor alguns ambientes. Não deixe de lembrar, afinal, que são mais de 5 mil pessoas em um navio – e ter uma piscina com menos gente é garantia de poder pegar um sol e nadar sem incômodo nenhum, só para ficar em um exemplo.

Atrações o dia todo para todas as idades

Uma dúvida que sempre tive era sobre quem frequentava um cruzeiro. Sempre imaginei um pessoal mais velho, mas me surpreendi com diferentes níveis de idade. É claro que cada viagem vai atrair um tipo diferente de perfil, mas no cruzeiro de Seashore no Caribe vi idosos, casais com filhos pequenos (bebês ou crianças) ou mais velhos (adolescentes), casais sem filhos e jovens solteiros curtindo uma viagem entre amigos.

E fica claro saber por que há tantas pessoas diferentes no navio: há atrações para todo mundo. Quem quer relaxar, relaxa! Quer busca aventuras no cassino vai atrás de ganhar (e perder) dinheiro. Quer fazer compras? O duty free está lá para isso (as lojinhas e cassinos, porém, só ficam abertos quando o navio está em alto mar), assim como a galeria de arte para quem pretende levar um quadro para casa. E é assim o dia inteiro: cada um em um lugar diferente fazendo o que mais gosta!

Festas, shows e baladas

Reserve pelo menos um dia da semana para ver um dos espetáculos que acontecem diariamente no Madison Theatre, o teatro no deck 7 com capacidade para 1200 lugares. Os shows que acontecem às 19h precisam ser agendados (pode ser pelo aplicativo) e valem a pena. Vi no primeiro dia o espetáculo Gravity, uma mistura de musical com malabarismo. Tentei ainda ver outros shows, mas preferi conhecer mais do navio nos outros dias (acredite, sempre há o que ver no navio, e você vai sempre se perder pelos corredores procurando o seu destino).

Uma rotina que acabei tendo no cruzeiro foi a seguinte: após o jantar, dar uma passada no Brooklyn Café para assistir a um show de jazz (com um cantor brasileiro que arrasava nas canções!) e depois ir para o Le Cabaret Rouge (uma das novidades do MSC Seashore), onde rolavam as baladinhas até cerca de 2h da madrugada – o pessoal do cruzeiro que eu estava, no entanto, não tinha o mesmo pique de nós brasileiros e a festa já começava a esvaziar logo após a 1h. Imagino que as festas no cruzeiro do Brasil serão um pouco mais animadas =).

E há também algumas festas temáticas durante a viagem, como a Noite do Capitão, onde o comandante do navio se apresenta e o traje de gala entra em ação (eu vesti meu terno, vi gente de smoking e vestidos longos, mas a maioria vai ‘normal’ mesmo) e a Noite do Branco – aí sim a galera leva a série e tira o traje branco do armário em peso.

Piscinas (e mais piscinas!)

Meu quarto ficava no 14ª andar, na popa (o fundo do navio). Saindo dele, já dava de cara para um elevador, que me levava de frente para alguns dos lugares mais bonitos de toda a embarcação: as piscinas.

O elevador panorâmico já dava todo o spoiler do que viria pela frente quando ainda estava desbravando o navio, e não me cansei de curtir a paisagem durante toda a viagem: para cima, via a passarela suspensa com uma vista linda; para baixo, a piscina com borda infinita. E ao horizonte, claro, a imensidão do mar e seus tons de azul.

A piscina de borda infinita fica no 8º andar e, se já falei antes, preciso ser redundante: espere o pôr do sol para fazer uma foto neste momento. Vale a pena aguardar o horário para se vislumbrar com a paisagem.

A piscina principal, no entanto, está mais acima, no 17º andar. Dependendo do horário e do dia vai ser bem difícil conseguir uma espreguiçadeira, pois muitos já acordam cedo para pegar sol e reservam espaço com suas toalhas, mas é só andar um pouco pelo lugar que logo encontra uma cadeira vazia para garantir o bronze.

Como já falamos, o Seashore foi projetado para conectar o passageiro com o mar, e é realmente isso que encontramos a bordo. São no total 6 piscinas e várias jacuzzis espalhadas pelo navio, e mesmo seu café da manhã pode ser feito na varanda olhando o mar do Caribe (e do Brasil a partir de dezembro). Nada mal, não?

E aposto que você deve estar se perguntando: ‘mas e se chover?’. Bom, sempre tem uma piscina coberta para quando isso acontecer ou para quem prefere fugir um pouco do sol forte (haja protetor solar para aguentar o sol caribenho e, em dezembro, o brasileiro). E há também um parque aquático voltado para as crianças.

Para quem gosta de aventura, há três toboáguas, um deles descendo com óculos de realidade virtual. Sinceramente achei que não valia a espera de quase meia hora para ele, mas vi muita gente que gostou.

Lazer para os pequenos (e adultos)

Se fiquei surpreso quando vi muitos pais com filhos pequenos no navio, logo entendi o motivo. Quem quiser, pode deixar as crianças com os monitores que trabalham no cruzeiro. E não vão faltar atividades para eles.

O Baby Club é um espaço exclusivo para os pequeninos de até 3 anos, com o serviço de baby care que está incluído no pacote do cruzeiro. O Mini Club é para crianças de até 12 anos, o Young Club vai até o 14 anos e também há atividades específicas no Teen Club, para os jovens de 15 a 17 anos.

A área de games é pago à parte, com destaque para o Formula Racer (que simula uma corrida de F1 e onde passei vergonha, batendo no primeiro muro e mal conseguindo sair da brita, por 12 dólares) e o cinema 3D, onde entramos em uma cidade repleta de zumbi e precisamos eliminá-los (11 dólares adultos e 9 dólares para crianças). Há também muitos outros jogos e uma simulação de rafting com óculos de VR.

Academia, spa e bem-estar

Confesso: andei, e muito, nesta viagem. Teve dia que dei 9 mil passos apenas no navio. Achei que ficaria mais de boa, que me jogaria algumas horas na espreguiçadeira para tomar sol, mas diante da grandiosidade do navio era preciso andar. E muito. De um lado para outro. Se perdendo tentando achar um restaurante, indo da popa para a proa dependendo das atrações do dia. E chega uma hora que realmente os pés sentem.

Respirei aliviando então quando descobri que tinha uma sessão de massagem no spa me esperando. E, claro, aproveitei os 45 minutos para relaxar antes de pular na banheira de hidromassagem e depois na sauna. Esse é um dos serviço que precisam ser pagos à parte no cruzeiro, e custou cerca de US$ 100.

Agora, para quem quer manter a forma e continuar se exercitando a academia conta com aparelhos modernos que só vi de longe – realmente essa não é minha praia, mas o espaço estava sempre cheio de turistas que precisavam queimar as calorias que ganharam nos vários restaurantes do navio durante uma semana.

Comidas e bebidas

Cheguei ao Brasil e fiquei longe da balança. Pois uma coisa é certa: além das lembrancinhas do navio, trouxe comigo da viagem alguns quilinhos extras. E como não engordar indo cada dia em um restaurante diferente e provando novos pratos?

Qualquer pacote que você compra do cruzeiro já inclui as refeições básicas que podem ser feitas no Marketplace Buffet ou em algum dos quatro restaurantes principais: Central Park Restaurant, Tribeca Restaurant, 5th Avenue Restaurant e Manhattan Restaurant. É sempre bom conferir os horários de todos, pois eles podem mudar durante a semana – e no seu cruise card estará escrito qual o restaurante onde deve jantar.

O buffet do Marketplace é repleto e variado de opções durante todo o dia. Assim como as piscinas costumam lotar, nem sempre vai ser fácil achar uma mesa livre rapidamente aqui no restaurante – mas o entra e sai de gente é tão intenso que logo vaza um espacinho. Espaço, no entanto, é o que menos vai sobrar no seu estômago diante de tanta comida. E como resistir ao x-salada deles? Não esperava nada e comi só um (por dia!).

Além dos restaurantes já incluídos nos pacotes, quem quiser também pode (e deve!) escolher um dos 5 restaurantes de especialidades disponíveis, com pagamento à parte. Conheci 3 deles. O ‘Holas! Tacos&Catina’ é um mexicano que entrega o que promete e para quem gosta de comida um pouco apimentada vale a pena conhecer. O Butcher’s Cut tem como especialidade a carne, mas confesso que esperava mais, ainda mais pelo preço de US$ 59. Já o Kaito Tepannyaki me surpreendeu com pratos saborosos e uma atmosfera atraente – o malabarismo do chef com as facas é uma atração à parte.

E, diante de 18 bares e lounges, o que dizer do cardápio de bebidas? De novo, que tem para todos os gostos, literalmente.

Ao contrário da alimentação, as bebidas são pagas à parte. No cruzeiro do caribe, os pacotes de bebidas alcoólicas iam de 38 a 69 dólares por dia (o que muda em cada pacote é o tipo de bebida – no mais caro, pode consumir drinks e cervejas de até 15 dólares, quantas vezes quiser). Há também pacotes para bebidas sem álcool, por exemplo.

Para se ter uma ideia, uma cerveja custava em torno de US$ 6,50 e um aperol ou martini ficava nos US$ 8 – já um refrigerante ou uma água estava cerca de US$ 3. Para quem bebe bastante, vale a pena comprar o pacote. Como sou do ‘team cerveja’, me concentrei nas diferentes opções do ‘Sports Bar’ – entretanto nem todas as torneiras tinham o chope descrito, mas diante de tantas alternativas foi até bom não ter tudo aquilo que prometia.

MSC Seashore no Brasil

Mesmo no Caribe, era fácil se comunicar no navio: há muitos funcionários brasileiros ou de outras nacionalidades que arranham o ‘portunhol’. E a comunicação oficial do navio também leva o português como idioma – a internet paga à parte, no entanto, era bastante instável.

Assim, ficará ainda mais fácil a comunicação entre tripulação e passageiros quando o MSC Seashore chegar ao Brasil dia 11 de dezembro. Quem quiser saber mais sobre o itinerário do cruzeiro ou está interessado em fazer a viagem já pode reservar a sua cabine aqui.

Os pacotes vão de 6 a 8 noites, saindo de Santos e visitando Ilha Grande, Búzios, Maceió e Salvador – também será possível embarcar nas duas cidades nordestinas.

Valores e pacotes

Alguns valores e pacotes vão ser um pouco diferentes dos que tivemos no Caribe – no Brasil, por exemplo, o buffet deve mudar e oferecer feijoada e pão de queijo. E as festas devem ganhar um repertório diferente e mais animado para os nossos padrões. Você pode conferir tudo clicando aqui.

Já o pacote de bebidas já tem o seu valor, comprando antecipadamente:

• Pacote de bebidas não alcóolicas a partir de R$ 900,00 (para o cruzeiro
  de 6 noites);
• Pacote de bebidas alcóolicas a partir de R$ 1.254,00 no pacote easy, de bebidas até 5 dólares (para o cruzeiro de 6 noites).

Para conferir os preços dos cruzeiros acesse o site oficial da empresa.

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Ficou com vontade de conhecer o MSC Seashore ou já realizou algum outro cruzeiro? Deixe seu comentário contando a sua experiência.

*O repórter viajou a convite da MSC Cruzeiros.