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Três acontecimentos que podem acelerar a recuperação do turismo e da economia mundial

Leonardo Cassol
24/04/2020 às 5:09

Três acontecimentos que podem acelerar a recuperação do turismo e da economia mundial

A pandemia do coronavírus atingiu em cheio companhias aéreas, hotéis e demais setores ligados a viagens e ao entretenimento. E, com uma velocidade impressionante, se alastra contaminando rapidamente outros setores da economia mundial. Mas, apesar do estrago que já foi feito e da imprevisibilidade de quando a crise será superada, três acontecimentos plausíveis e relevantes podem acelerar a recuperação do turismo e a recuperação econômica dos países afetados, possibilitando que as pessoas viajem e se desloquem com mais segurança. Confira quais são eles:

1. A descoberta de uma vacina para o COVID-19

Sem dúvida, seria o evento com maior impacto e que decretaria o fim da pandemia de coronavírus, já que evitaria a contaminação de novas pessoas. Cientistas do mundo inteiro travam uma luta contra o tempo para desenvolver uma vacina eficaz para o COVID-19, da mesma forma como foi feito para o H1N1 e outros vírus que causaram problemas de saúde em milhões de pessoas. Testes já estão sendo feitos em voluntários na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos. E devem começar em junho em Israel.

Apesar do cenário promissor, ainda é cedo para comemorar. Os cientistas estimam que a vacina levaria pelo menos mais um ano para chegar à população. Isso porque são necessários muitos testes (e tempo) para comprovar sua segurança e eficácia, antes de uma produção em massa. No entanto, a Universidade de Oxford, responsável pelos estudos no Reino Unido, chegou a afirmar que tem 80% de certeza de que sua vacina será funcional e, por isso, já planeja uma produção em larga escala no mês de setembro. Se isso acontecer, poderá ser a vacina mais rápida a ser desenvolvida na história da humanidade.

Com uma vacina segura, as pessoas poderão voltar a trabalhar, a viajar e a viver uma vida normal sem se preocupar com o coronavírus. Seria a tão sonhada volta à normalidade!

2. O surgimento de um tratamento eficaz para o coronavírus

Pensando em resultados no curto e médio prazos, o mais provável é que se encontre algum tratamento eficaz para o COVID-19. Existem pelo menos 30 substâncias e procedimentos sendo testados nesse exato momento. A principal aposta de médicos é no Remdesivir, utilizado para o tratamento do ebola. Mas, há também testes sendo feitos com antirretrovirais (usados no tratamento do HIV), derivados da cloroquina e com outras substâncias. Por trás de cada remédio ou combinação de medicamentos, há dezenas de cientistas tentando descobrir sua eficácia e seus efeitos colaterais.

Outra frente de batalha aposta na utilização de plasma do sangue de pessoas já curadas do COVID-19 para ajudar pacientes contaminados a desenvolver anticorpos e imunidade contra a doença. Esses procedimento já foi feito com sucesso em outros tipos de epidemias. Testes já estão sendo feitos em pacientes internados com auxílio ventilação mecânica em hospitais no Brasil e em outros países e os primeiros resultados devem sair em algumas semanas.

Anticoagulantes de uso hospitalar, utilizados para afinar o sangue em pacientes com trombose, por exemplo, também estão sendo testados no Brasil para melhorar o fluxo de sangue e de ar nos pulmões de pacientes em estado grave. Se o tratamento se mostrar eficaz, pode reduzir o tempo de internação e a necessidade de respiradores, um dos principais gargalos em hospitais do mundo inteiro. Mas, como todo medicamento, sua utilização oferece riscos e pode não ser indicada para todos os casos.

O fato é que a existência de um ou mais tratamentos acessíveis e com eficácia comprovada contra o COVID-19 reduziria drasticamente a pressão sobre os sistemas de saúde e a taxa de mortalidade provocada pelo coronavírus. Isso contribuiria para atenuar a situação, até que uma vacina seja disponibilizada. E, esse é o desfecho mais provável no curto prazo. No entanto, a hipótese de nenhuma medicação se mostrar muito vantajosa contra o vírus existe e não pode ser descartada.

3. A ampliação da rede de atendimento e dos mecanismos de prevenção/proteção à saúde

O maior entrave ao fim da quarentena nas diferentes cidades e países é a limitada capacidade da rede de saúde para atender, ao mesmo tempo, uma grande quantidade de pacientes com síndrome respiratória aguda, necessitando de cuidados intensivos e de respiração mecânica. Nesse sentido, as autoridades públicas têm feito esforços para ampliar a quantidade de leitos, respiradores e equipes capacitadas disponíveis, para comportar o aumento da demanda provocada pela pandemia de coronavírus. Mas, essa estratégia requer tempo para ser implantada.

Como a quarentena e o distanciamento social contribuem para uma redução da velocidade de propagação do vírus, em algum momento, se espera que a quantidade de leitos disponíveis seja superior ao número de doentes demandando internação hospitalar. E esse um importante indicador para se flexibilizar as restrições impostas à população.

Alguns países, como Estados Unidos, Alemanha, Itália e Suíça, já definiram planos para a reabertura gradual da economia, que dependem basicamente de uma capacidade mínima de testagem para monitorar a população, da oferta de leitos e da redução do número de casos. Conforme as metas são atingidas, mais atividades vão voltando ao normal, mantidos os cuidados básicos de distanciamento social. Havendo uma mudança negativa no panorama, as cidades podem voltar ao estágio de confinamento.

No Brasil, alguns Estados adotaram estratégia semelhante. O Governo de São Paulo, por exemplo, anunciou uma reabertura gradual do comércio e de outras atividades a partir de 10 de maio. No Distrito Federal, a partir de 3 de maio. Dependendo da evolução dos indicadores essa flexibilização tende, gradualmente, a viabilizar deslocamentos e viagens, ainda que com algumas restrições.

Quando voltaremos a viajar livremente, com segurança?

Ainda é cedo para prever. O mais provável é que países, estados e cidades caminhem em direção à normalidade em velocidades diferentes, da mesma forma que foram atingidos pelo vírus em proporções desiguais. É o chamado “novo normal”. Isso, pelo menos, até que uma vacina ou tratamento mude esse cenário definitivamente.

Se você tem viagem marcada ou planejada nos próximos meses, veja nossa recomendação do que fazer:

Viagens em abril ou maio –  O mais recomendado a fazer é remarcar ou cancelar a viagem, se possível. Não apenas pela ameaça de contrair e transmitir o vírus, mas também de ter os voos cancelados, encontrar atrações fechadas, ou enfrentar restrições durante a sua jornada. No caso das viagens internacionais, o cuidado deve ser maior ainda. Dezenas de países fecharam suas fronteiras para turistas, sem data definida para reabertura. Além disso, as companhias aéreas ainda estão cortando muitos voos nesse período. Claro, a decisão é pessoal e algumas circunstâncias podem nos obrigar a ir de qualquer jeito. Mas, se não precisa viajar e não quer ter dor de cabeça, mude seus planos!

Viagens em junho, julho ou agosto – Nossa recomendação é aguardar. Ainda não dá para saber com clareza como vai estar o cenário dessa crise do coronavírus no Brasil e no mundo. E algumas empresas ainda não liberaram a remarcação ou o cancelamento gratuito nessas datas. Nesse caso, mexer na passagem agora é ter prejuízo. Acompanhar o noticiário e controlar a ansiedade é o melhor a se fazer nesses casos. Vale destacar que as áreas mais afetadas, como os Estados Unidos, Itália ou Espanha, certamente precisarão de mais tempo para voltar à normalidade. Caso o cenário mude, certamente as empresas aéreas vão flexibilizar suas políticas de remarcação ou cancelamento para esse período.

Viagens a partir de setembro – Quem tem viagem de setembro em diante tem mais chances de encontrar um cenário mais próximo da normalidade. Claro, nada é garantido, vai depender de como vão evoluir os esforços dos países no combate a essa pandemia. Caso o cenário mude, as empresas aéreas devem flexibilizar suas políticas de remarcação ou cancelamento para esse período.


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