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Governo estuda permitir operação conjunta de voos de Azul, Gol e Latam durante pandemia

Leonardo Cassol
21/04/2020 às 20:50

Governo estuda permitir operação conjunta de voos de Azul, Gol e Latam durante pandemia

A agência Reuters divulgou agora há pouco que o Governo Federal avalia uma alternativa para as companhias aéreas brasileiras impactadas pela pandemia de Covid-19, enquanto a ajuda financeira do BNDES está em negociação. A ideia é permitir que as empresas operem voos conjuntamente, aproveitando a queda na demanda, o que permitiria reduzir ainda mais o número de aviões em operação.

Mesmo com adoção de malhas mínimas pelas três principais companhias aéreas em operação no Brasil – Azul, Gol e Latam – ainda haveria muitos aviões voando vazios, de acordo com as fontes ouvidas.

Segundo a Reuters, a proposta está em discussão pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelo Ministério de Infraestrutura.

“O que se estuda é: em vez das três voarem uma mesma rota com voos vazios, elas poderiam se juntar, oferecer um voo só”, disse uma das fontes. “É um forma de você otimizar as rotas mínimas para continuar operando. A maioria das capitais já está com um voo só. E isso é uma alternativa temporária enquanto durar o tempo de crise. A demanda continua baixa e hoje não tem competição no Brasil”, acrescentou a fonte.

Uma segunda fonte disse que a proposta não vai prejudicar a concorrência. “Não é cartel, nem code share. É otimização. As três (Gol, Azul e Latam) vão vender bilhetes iguais, mas vão operar um voo só. Cada uma vai vender o seu.”

Procurada pela Reuters, a Abear, associação que reúne Latam e Gol, informou que não comenta negociações entre as empresas e as autoridades competentes.

As fontes não deram um prazo para uma possível implementação do plano, mas as companhias aéreas têm pressa diante das consequências econômicas da pandemia sobre o setor.

Fonte: Reuters

Nossa avaliação

O número de voos nacionais já foi reduzido em mais de 90% em abril e em maio. Portanto, a proposta em questão pode oferecer um apoio muito pontual no curto prazo, mas significativo no médio e longo prazos.

As fontes não esclareceram por quanto tempo essa operação conjunta de voos seria permitida. Num período curto, de 2 a 3 meses, pode ampliar a conectividade dos voos entre os diferentes destinos e terá pouco impacto no preço das passagens aéreas, já que a demanda atual é quase zero. Mas, se for por um período prolongado, pode representar uma ajuda mais efetiva ao setor, mas com grande ônus para os passageiros, que vão ser prejudicados pela falta de competição.

A ação não seria uma medida inédita no mercado nacional. Quem aí se lembra do compartilhamento de voos (codeshare) da TAM com a Varig, que ocorreu em 2003 e 2004? A justificativa era evitar a quebra das empresas, mas teve efeitos colaterais nos preços das passagens aéreas.

Vamos aguardar e acompanhar os desdobramentos desse projeto.

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