Como é voar na Air Seychelles


Como é voar na Air Seychelles
Hoje o Melhores Destinos publica uma avaliação de voo inédita, enviada pelo leitor Cláudio Machado Junior, sobre como é voar com a Air Seychelles – a principal companhia aérea do arquipélago africano.
Para quem não conhece, as Ilhas Seychelles são um dos paraísos turísticos do mundo, com cenários paradisíacos e mares de cor azul turquesa. As ilhas localizadas ao nordeste da ilha de Madagascar, atraem cada vez mais turistas e casais em lua-de-mel.
No entanto, como é voar com a companhia aérea que nos leva até lá? Embora existam outras companhias aéreas que operam até o destino, hoje publicamos a avaliação da Air Seychelles, como dissemos, a principal companhia aérea da região.
Confira todo o relato e fotos e boa leitura!
Não se esqueça, caso já tenha voado também com a Air Seychelles, deixe suas impressões nos comentários para que outros leitores possam conferir as diferentes experiências.
Tive a oportunidade de voar com a Air Seychelles em uma viagem de férias (será que alguém vai para Seychelles a negócios?), no final de outubro de 2015. Fundada na década de 70, a empresa é membro da EAP – Parceiros da Etihad Airways. É uma opção mais prática e barata de se chegar ao arquipélago de Seychelles.
Como poderão conferir a seguir, embora a expectativa fosse grande, ficou no ar uma leve sensação de decepção.
Compra
Como o meu roteiro de férias incluía a África do Sul, a minha tentativa inicial foi comprar separado o trecho Joanesburgo x Mahé (a ilha principal de Seychelles e onde fica o aeroporto principal do país, Aéroport de la pointe Larue). No entanto, por incrível que pareça, o valor da tarifa era mais alto do que o trecho São Paulo x Joanesburgo.
Foi aí que eu descobri que a empresa possuía codeshare com a South African Airways, o que tornou tudo mais simples e barato. Na realidade, comprar todas as passagens diretamente no site da South African foi o que possibilitou que eu viajasse, já que os valores estratosféricos das cotações já estavam me fazendo desistir da viagem.
Check-in e embarque
Os dois embarques, tanto no voo de ida quanto no da volta, foram bastante bagunçados e problemáticos. Embora eu tivesse que fazer um novo check-in no aeroporto de Joanesburgo, minha mala saiu de São Paulo etiquetada e despachada direto para Seychelles, o que me deixou bastante desconfiado (sem necessidade, conforme eu descobriria mais tarde).
O embarque começou cerca de 20 minutos depois do previsto, com as pessoas se aglomerando na frente do portão. Somente cadeirantes tiveram algum tipo de privilégio. Com isso, o voo acabou decolando com um atraso de 40 minutos aproximadamente.
Aeronave
O avião era um Airbus A330-200, na configuração 2-4-2. Estava bastante limpo e conservado, porém, quando eu entrei na aeronave, estava extremamente lotado e com os bagageiros totalmente tomados, minha sorte é que sempre costumo levar pouca bagagem de mão quando viajo.
Ao meu ver, um dos pontos negativos da companhia aérea é o espaço entre as poltronas. Para um voo de 5 horas de duração a configuração é extremamente apertada.
Tripulação
A tripulação é educada e cordial, mas um pouco confusa. Ao entrar no avião, me mandaram para a fileira errada. E aí, com o voo lotado, tive que me desdobrar para conseguir encontrar o meu lugar correto.
Todos os comissários de bordo falam fluentemente inglês, francês e creole, a língua mais falada do arquipélago.
Voo
A duração do voo entre Johanesburgo e Seychelles é de cerca de 5 horas. Embora tenhamos saído com 40 minutos de atraso, a chegada ocorreu no horário previsto. Aliás, o pouso teve um pouco de emoção devido à forte chuva que caía no aeroporto durante nossa chegada, o que causou alguns gritos desesperados de passageiros espanhóis que sentavam na minha frente.
Serviço de bordo
Uma sensação “agridoce”. Antes de começar o serviço de bordo, a tripulação passa distribuindo o menu com as opções disponíveis. A comida estava muito boa, experimentei um Chicken Biryani e estava excelente.
Falando sobre o sistema de entretenimento de bordo, infelizmente os monitores da minha fileira só começaram a funcionar depois de 4 horas de voo.
Retorno
O retorno para Johanesburgo na África do Sul foi basicamente uma repetição do voo de ida, com a diferença de que o voo estava um pouco mais vazio. Entretanto, o atraso e a aglomeração no embarque foram absolutamente os mesmos.
Conclusão
Em termos de preço e praticidade, a Air Seychelles é a melhor opção para quem sai do Brasil. Os aviões eram limpos, bem conservados e os voos ocorreram sem nenhum incidente, o que é o mais importante. No entanto, embora tenha ganho o prêmio de melhor companhia aérea do Oceano índico nos últimos dois anos e pertença à conceituadíssima Etihad Airways, a empresa peca em diversos aspectos importantes como conforto e pontualidade.