Avianca Holdings consegue empréstimo de R$ 2 bilhões do governo da Colômbia
Avianca Holdings consegue empréstimo de R$ 2 bilhões do governo da Colômbia
A Avianca Holdings, que entrou em recuperação judicial em maio deste ano, respira um pouco mais aliviada. A empresa conseguiu um empréstimo de US$ 370 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) junto ao governo colombiano e espera captar novos recursos junto a fundos de investimentos.
De acordo com o Ministério da Fazenda da Colômbia, o governo se comprometeu a contribuir na estrutura de empréstimo proposta pela empresa dentro do plano de recuperação judicial, até o montante de US$ 370 milhões. Os recursos já teriam sido aprovados pelo comitê gestor do Fundo de Mitigação de Emergências.
O financiamento do governo será por meio do mecanismo DIP (Debtor-In-Possession), onde o credor participa de todos os riscos da reestruturação financeira e operacional do negócio e, em troca, tem prioridade no recebimento dos valores e garantias para trocar seu empréstimo por ações da empresa. É o mesmo instrumento que está sendo utilizado pela Latam e pela Aeroméxico, que também estão em recuperação judicial.
A Avianca Holdings espera conseguir um total de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,6 bilhões) em novos financiamentos, mais a rolagem de dívidas antigas, totalizando sendo US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões). Esse montante vai permitir que a empresa mantenha a normalidade de suas operações durante o processo de restruturação.
O negócio ainda precisa ser aprovado pela justiça dos Estados Unidos, onde corre o processo de recuperação judicial da empresa. Mas os executivos estão otimistas que a Avianca Holdings vai conseguir todos os recursos que precisa para superar a crise. A expectativa é aprovar a operação em setembro, dando como garantia ações do programa de fidelidade LifeMiles e da empresa de carga do grupo, além da marca e das contas bancárias.
Retomada de voos na Colômbia
A Avianca foi duramente prejudicada pela pandemia e pela proibição das operações aéreas na Colombia, que durou até o fim de agosto. Mas os voos domésticos foram liberados a partir de hoje no país, o que deve permitir uma recuperação do negócio, ainda que lenta e gradual. A empresa anunciou 14 rotas nacionais para a retomada das operações. Os voos internacionais ainda devem levar algumas semanas para serem reiniciados.
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