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Quando será possível viajar novamente para os Estados Unidos sem restrições?

Leonardo Cassol
29/03/2021 às 12:00

Quando será possível viajar novamente para os Estados Unidos sem restrições?

Todos os dias recebemos mensagens perguntando qual é a previsão de retomada de viagens para os Estados Unidos, sem as restrições impostas pelo governo norte-americano. Na prática, a ordem executiva que proíbe a entrada de passageiros provenientes do Brasil inviabilizou o turismo nos destinos mais procurados pelos brasileiros. Apesar de ainda não existir uma data ou informação oficial, o rápido avanço da campanha de vacinação nos dá uma ideia bem mais clara de quando isso deve ocorrer.

Quando os Estados Unidos vão permitir a entrada de turistas do Brasil sem restrições?

O cenário mais provável é que seja feita uma flexibilização das restrições de viajantes de outros países após a conclusão da vacinação de toda a população adulta, o que está previsto para acontecer em maio de 2021. Ou seja, tem boas chances de a partir de junho o cenário mudar. Afinal, com a população toda imunizada, não faria muito sentido manter o país fechado.

Mas é bom ter cautela! Como a pandemia se agravou muito aqui no Brasil, nada impede que o governo Biden libere turistas da Europa e de outras partes do mundo, mantendo as restrições que atingem os brasileiros. Ou ainda que aguarde mais algumas semanas até todos tomarem a segunda dose e terem a imunidade garantida.

Um fator que poderia levar os Estados Unidos a manterem as restrições para o Brasil seria se uma das vacinas utilizadas no país se mostrasse ineficaz contra a mutação P1 (a variante de Manaus), que se disseminou rapidamente e hoje está presente em quase todos as cidades brasileiras. Mas, felizmente, os estudos divulgados até agora mostraram que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer–BioNTech, pela Moderna e pela Johnson & Johnson se mostraram eficazes contra essa variante. Ainda existem testes em andamento, mas os resultados preliminares foram animadores.

Outro risco a se monitorar seria o surgimento no Brasil de uma nova mutação dominante do coronavírus até junho, algo possível de acontecer por conta do agravamento da pandemia por aqui. Neste caso, seria necessário realizar novos testes com as vacinas, o que levaria alguns meses. Como já temos problemas demais, só nos resta fazer a nossa parte e torcer para isso não acontecer!

Uma reportagem recente da rede de notícias norte-americana CNBC confirmou que o governo Biden estaria estudando a reabertura das fronteiras, mas destacou que o assunto não era um consenso entre a equipe técnica. Membros da força tarefa de combate ao Covid-19 expressaram preocupação com a introdução de novas cepas nos Estados Unidos e que, em qualquer cenário, os viajantes teriam que apresentar testes negativos para Covid-19 antes do embarque.

Será possível viajar para tomar vacina nos Estados Unidos caso o país retire as restrições em junho?

Sim, esse é um cenário possível. Com o avanço da campanha de vacinação nos Estados Unidos, as vacinas passaram a ser disponibilizadas inicialmente em 6.500 farmácias em todo o país, respeitando os grupos prioritários. Mas, de acordo com Jeff Zients, porta-voz da Casa Branca, esse número será expandido para 40 mil farmácias. Ou seja, após toda a população ser vacinada, há chance das doses excedentes serem comercializadas para visitantes.

Por que os Estados Unidos não liberam logo a entrada de estrangeiros que foram vacinados?

Porque, infelizmente, nenhuma vacina garante que os imunizados não vão transmitir o vírus. As vacinas asseguram que você não vai desenvolver a doença, ou uma forma grave dela. Mas, ainda assim, os vacinados podem contrair e espalhar o vírus. Por esse motivo, apenas a vacinação da própria população daria  segurança ao governo de não ter uma nova onda de pandemia.

Quais as restrições atuais para a entrada de brasileiros nos Estados Unidos?

O governo norte-americano proibiu a entrada de passageiros com origem no Brasil, ou que tenham estado no País nos últimos 14 dias antes da admissão nos Estados Unidos. A exceção é apenas para cidadãos dos Estados Unidos, residentes permanentes, cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes (no site do Departamento de Estado tem o detalhamento dessa medida, em inglês).

Na prática, para um viajante do Brasil conseguir entrar hoje nos Estados Unidos, ele teria que passar pelo menos 14 dias em um país que não tenha restrições vigentes, como o México, cuja limitação permanece apenas nas fronteiras terrestres. Ainda assim, nada garante que entre a compra da passagem e a viagem alguma nova regra seja imposta pelo governo norte-americano, aumentando assim o risco e o custo de qualquer viagem. Nem mesmo conexões nos Estados Unidos para quem tem como destino final outro país são permitidas.

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É importante destacar que o Brasil não foi o único país afetado por políticas imigratórias restritivas dos Estados Unidos. Os países da União Europeia, por exemplo, continuam com limitações para viagens de turismo e de negócios para o país, mesmo após um melhor controle da pandemia.

Devo remarcar minha viagem para os Estados Unidos?

Para quem já tem passagem comprada para até maio de 2021, vale a pena aguardar o desdobramento dos cenários (a esperança é a última que morre e eu adoraria ser surpreendido com um desbloqueio antes do esperado!), mas já prevendo o cancelamento ou adiamento da viagem. O ideal é esperar a companhia aérea cancelar o voo ou atualizar a política de remarcação sem custo para o período da sua viagem. Assim você terá mais opções para remarcar ou gerar o crédito sem precisar gastar mais dinheiro.

Quem tem planos de viajar, mas ainda não comprou a passagem, o ideal é aguardar novas atualizações do governo dos Estados Unidos. Se for reservar, fazer para a data mais a frente possível (de preferência a partir de setembro de 2021, ou para 2022), sempre consultando a política de flexibilidade oferecida pela companhia aérea, no caso de no futuro você precisar remarcar a viagem. A maioria das empresas segue oferecendo remarcação de voos sem multa, pagando somente uma eventual diferença de tarifa.

É importante destacar que o Governo Federal prorrogou até 31 de outubro as regras especiais para o cancelamento de passagens aéreas nacionais e internacionais. Nesse período, as empresas continuarão tendo 12 meses para devolver valores gastos em viagens, podendo aplicar multas nesses casos. Em contrapartida, os clientes poderão ficar isentos das penalidades caso aceitem o crédito para uma utilização futura, dentro de um prazo de 18 meses após a solicitação. Se tiver dúvidas confira o nosso post “Passagens aéreas na pandemia: guia para remarcar ou cancelar gratuitamente sua viagem“, com dicas para não ficar no prejuízo.

Naturalmente, vamos acompanhar atentamente essa questão, trazendo informações atualizadas sobre as políticas para turistas brasileiros de cada país.


E você, tem planos de viajar em 2021 para os Estados Unidos? Teve alguma viagem afetada pela pandemia? Comente e participe!

Nota: esse post foi escrito originalmente em agosto de 2020 e atualizado em 29 março de 2021. Nossa previsão original continua a mesma, mas atualizamos os dados e o contexto após o avanço expressivo da vacinação nos Estados Unidos e a divulgação de estudos sobre a eficácia das vacinas contra as novas variantes do coronavírus.

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