Como é voar com a Frontier Airlines
Como é voar com a Frontier Airlines
Hoje o Melhores Destinos publica mais uma avaliação de companhia aérea inédita, da Frontier Airlines, companhia low cost americana. Os leitores mais assíduos do MD já estão acostumados a ver o nome da Frontier em nossos posts, isso por que a companhia sempre faz excelentes promoções de passagens aéreas para trechos internos nos Estados Unidos, inclusive com tarifas por US$ 1.
Com sede em Denver, a companhia se destaca pelos voos domésticos de baixo custo, porém também voa para a República Dominicana, Jamaica e México com sua frota de 57 aeronaves da família Airbus A320. Mas será que vale a pena voar na companhia que oferece tarifas tão baratas aos seus clientes? O nosso leitor Davi Almeida voou com a companhia no trecho entre Orlando e Chicago e nos conta, em detalhes, como é voar com a Frontier Airlines.
Confira o relato abaixo, na íntegra, e caso também já tenha voado com a companhia aérea, não esqueça de deixar suas opiniões nos comentários, ok?
Boa leitura!
Minha viagem com a Frontier começou apenas com uma ideia de conhecer alguma metrópole americana fora do eixo Miami – New York, muito frequentado pelos brasileiros. Então escolhi Chicago. Estava em Orlando por duas semanas e escolhi o segundo final de semana pra visitar a “Windy City” com uma amiga. Sou Davi Almeida e faço esse review aqui no Melhores Destinos para mostrar uma alternativa de companhia aérea mais barata aos viajantes brasileiros nos Estados Unidos.
Compra dos Tickets
Achei uma promoção incrível em um fim de semana onde as passagens saíram por 64 dólares (ida e volta). Realizei a compra diretamente por uma agência online porque, apesar do site da Frontier ser muito fluido e eficiente, a empresa só aceita como pagamento o cartão Mastercard da própria Frontier e cartões Discover e American Express.
A compra foi feita tranquilamente e dentro de poucos minutos eu recebi a confirmação da passagem e o localizador. Vale lembrar que por se tratar de uma ultra low-cost, a Frontier não reserva assentos sem pagamento prévio, e como estava tentando economizar, relevei a escolha.
Check-in
Um dia antes da partida, comprei pelo site da Frontier a bagagem a ser despachada, porque eles também não disponibilizam esse serviço gratuitamente (paguei mais 20 dólares por esse serviço). Caso for passar poucos dias no destino, fica uma importante dica: faça uma mochila de tamanho intermediário, leve como bagagem de mão e acomode embaixo do assento a sua frente.
Fiz o check-in pelo aplicativo do celular (muito bom, por sinal, além de disponibilizar o cartão para o passbook). Como eu e minha amiga compramos passagens em reservas diferentes, fizemos o check-in na mesma hora para que ficássemos, pelo menos, perto, mas acabamos ficando um do lado do outro.
Chegamos com cerca de três horas de antecedência no aeroporto de Orlando e despachamos a bagagem tranquilamente, além disso, não pegamos fila alguma. Após deixarmos a bagagem, a atendente fez questão de nos dar os cartões de embarque físicos (em papel), apesar de eu insistir no meu cartão no passbook, via aplicativo.
Uma coisa muito boa sobre a Frontier é que eles operam nos principais aeroportos dos Estados Unidos, diferente de outras low-cost, que operam em aeroportos secundários e muitas vezes com menos infraestrutura de apoio ao viajante e acessos mais complicados às cidades.
Embarque
O embarque foi feito no portão 14 do terminal A. Os agentes estavam preparados, o embarque foi feito rigorosamente no horário e de maneira rápida e eficaz.
Aeronave
O novíssimo Airbus A321, carinhosamente chamado de “Virginia, The Wolf”, com cerca de 2 meses de uso, tinha cheiro de carro novo e o melhor, estava vazio! Dos 230 assentos do avião, na clássica configuração 3-3, contei 41 pessoas sentadas, fora a tripulação.
Os assentos, assim como o avião, eram novos, porém, numa estratégia de economia de espaço da companhia, não possuíam reclinação e nenhum tipo de entretenimento de bordo. Na minha opinião, a companhia peca pela falta de reclínio dos assentos e do entretenimento a bordo, fora isso o avião estava impecável.
Serviço de bordo
Este é um diferencial da Frontier: o atendimento! Todos os comissários de bordo, além de estarem bem apresentados, são muito simpáticos e engraçados, fazem diversas brincadeiras e piadas durante o voo. Uma experiência muito agradável. Nota 10 com louvor!
No voo há apenas compra de snacks (por um preço, que ao meu julgamento, era justo) e bebidas, inclusive alcoólicas. Apenas a água era possível solicitar sem custo,
O Voo
O voo foi super tranquilo, apesar da tempestade de neve que ocorria no nordeste dos Estados Unidos e que fechou a maioria dos aeroportos da zona.
O comandante sempre comunicava a situação do voo e eventuais desvios que faríamos.
Chegada
Pouso tranquilo no Aeroporto de O’Hare. Cerca de 15 minutos de taxiamento até o portão, sendo que passamos uns 5 minutos esperando a liberação do portão. O desembarque foi feito de maneira rápida, com efusivos agradecimentos da tripulação aos passageiros.
A bagagem chegou rapidamente em uma esteira compartilhada por outras companhias aéreas. Mais tarde, naquele dia, vi que ela tinha sido aberta e revistada pela TSA, a agência de segurança dos transportes dos Estados Unidos (através da notificação em papel), mas tudo estava dentro da normalidade.
Incidentes
Aqui começa a explicação do porquê de dois voos na volta: eu fiz a reserva para o voo F9 1296, que partia de Chicago às 10:20 da manhã. Realizei tudo da mesma maneira que fiz na ida (compra de bagagem, check-in e chegada ao aeroporto), porém, a fila para passar no raio-x estava imensa e pensávamos que íamos conseguir chegar a tempo. Não ia. Então expliquei para um agente da TSA que estávamos com pressa e ele nos mandou passar a fila e ir direto para o raio-x. Tudo certo, mas minha mochila foi parada para inspeção individual (o aeroporto de Chicago é o quarto maior do mundo em número de passageiros, então imagine a quantidade de mochilas e bolsas que estavam na frente da minha).
Minha amiga passou tranquilamente no raio-x e ficou me esperando, até a agente de inspeção da TSA achar na minha mochila um globo de neve com um pedaço de metal (que eles consideraram estranho) por dentro, porém o portão iria fechar em menos de 10 segundos. Conclusão: perdemos o voo. Assim, a única solução foi pagar 100 dólares para pegar o próximo voo daquele dia (F9 1298), que partiria às 19:20.
O voo de volta, diferente da ida, foi feito num Airbus A319 (“Sherman, the Seal”), um pouco mais velho e completamente lotado. Os bancos tinham sido trocados recentemente (mesmo modelo do A321), ou seja, sem entretenimento de bordo e sem ser reclinável, mas novos. O atendimento, como sempre, cordial e bem-humorado.
Chegamos no aeroporto de Orlando e fomos na área de restituição de bagagem da Frontier e minha mala estava lá me aguardando num canto, em perfeito estado.
Dicas
Existe um opção da Frontier chamada “The Works”, que inclui: marcação de assento, uma bagagem despachada no porão do avião e um volume de mão por um preço por volta de US$ 50 dólares. É um “pacote promocional” pra quem não dispensa esses itens que citei. Pode valer a pena, dependendo da sua viagem.
CONCLUSÃO
Com certeza voltaria e pretendo voltar a voar com a Frontier. Claro, nessa viagem, o custo total foi bem mais alto do que o normal, mas com cautela na hora de fazer as malas e antecedência no aeroporto. Na minha opinião a empresa apresenta um custo-benefício muito bom!