Como é voar na boliviana Amaszonas Línea Aérea
Como é voar na boliviana Amaszonas Línea Aérea
A Amaszonas Línea Aérea é uma companhia aérea boliviana, com base em La Paz. Com uma frota de quatro jatos Bombardier CRJ-200, ela voa para oito destinos na Bolívia e para Cusco, no Peru. A companhia, que acaba de renovar a frota, planeja expandir suas operações a outros países da América do Sul. Comenta-se em um voo para Cuiabá ou até São Paulo, na rota deixada pela Aerosur. Uma curiosidade é que o nome Amaszonas é uma junção entre o nome do maior rio do mundo e a frase em espanhol “a mas zonas”, indicando que a companhia pretende levar o passageiro a mais lugares. Nossa leitora Louise Elali, autora do blog SOS Viagem, voo com a pequena companhia de La Paz a Cusco e fez uma avaliação caprichada para o Melhores Destinos. Acompanhe:
Em abril eu fiz uma viagem por Bolívia e Peru. O roteiro inicial incluía um trajeto de ônibus, de La Paz até Cuzco, parando alguns dias na área do lago Titicaca. Só que alguns dias antes da viagem fiquei sabendo que estavam havendo greves na Bolívia e o trajeto de La Paz até Copacabana estava interrompido. Como a viagem não era muito longa, não quis arriscar e comecei a procurar maneiras alternativas de percorrer esse trecho. No final, acabei optando por “pular” o Lago Titicaca e pegar um voo direto de La Paz para Cuzco. E foi assim que eu descobri a companhia aérea Amaszonas, a única que faz voos diretos nesse trajeto.
Compra
Eu não sabia bem o que esperar, já que nunca tinha ouvido falar dessa companhia, e comecei a ter uma má impressão desde a hora da compra. Pesquisei o preço da passagem na internet, inclusive diretamente no site da empresa, e só encontrava valores que eu considerei altíssimos. Liguei para uma agência de viagens de confiança, de quem sou cliente há algum tempo, e eles conseguiram um valor 100 dólares mais barato, e com a vantagem que a compra seria dentro do Brasil e não teria a taxa do IOF. Achei uma diferença muito grande e fechei com a agência. Depois, eles começaram a ter problemas para emitir a passagem… Segundo a vendedora, simplesmente o sistema da Amaszonas não funcionava. Uns dois dias depois, quando eu estava quase desistindo, ela conseguiu emitir a passagem via uma outra operadora e no final eu tive que pagar uma taxa extra de 60 dólares. Ainda ficou mais em conta do que comprar direto do site, mas achei tudo meio confuso e ligeiramente estranho.
Check-in
Cheguei ao aeroporto de La Paz quase três horas antes do voo. O check-in estava vazio, completamente sem filas e com duas atendentes a postos. Não tinha check-in nas maquininhas, era tudo direto no balcão mesmo. Não levei nada impresso, só o número da reserva e não tive nenhum tipo de problema. Fui tudo super rápido e a atendente foi bem simpática.
Já a espera no portão de embarque foi meio confusa. A telinha do portão começou a piscar com a mensagem de “embarcando”, mas não aparecia nenhum funcionário da empresa. Foi pelo menos uns vinte minutos assim. Cheguei a perguntar a funcionários do próprio aeroporto se estava acontecendo alguma coisa, mas todos me confirmaram que era assim mesmo. Eventualmente apareceu alguém e embarcamos.
Voo
Eu entendi melhor a falta de preocupação com o embarque quando entrei no avião. Era bem pequenininho! Era um CRJ200, que só tem onze fileiras, com duas cadeiras de cada lado. Pra completar, estava super vazio. Tinha cerca de dez passageiros. E mais um ponto pro item confusão: apesar de não ter nem um passageiro por fileira, conseguiram dar o mesmo assento para duas pessoas. Como estava vazio, não houve grandes problemas.
Mas voltando para o avião mesmo, achei muito bem conservado e limpinho. Apesar de a cadeira oferecer pouca inclinação, gostei bastante do espaço para as pernas. O ponto negativo foi o barulho do motor, que achei um pouquinho mais alto que o normal.
O voo era curto, o avião era pequeno e a quantidade de comissários de bordo era mínimo: só uma! Mas ela era super simpática, e falava inglês e espanhol. Nada de português. Não foi servida nenhuma refeição (o voo durou menos de uma hora), só água e refrigerantes. Além disso, uma das coisas que faltaram foi entretenimento a bordo, que foi inexistente. Não tinha telas, nem rádio, nem uma revista! Só tinha um jornalzinho da empresa, mas muito curtinho e bem sem graça.
O melhor entretenimento do voo, na verdade, foram as janelinhas, já que o trajeto percorre uma área bem alta, então dava para ver paisagens relativamente próximas durante todo o voo. Fiquei com a sensação que tive vistas melhores do Lago Titicaca do que se eu tivesse passado por lá de ônibus!
Vale mencionar que a decolagem e a aterrisagem foram muito boas, apesar da dificuldade da altura (me contaram que é bem mais difícil decolar e aterrissar em lugares mais altos).
Chegada
A chegada aconteceu no aeroporto de Cuzco, que apesar de ser um “aeroporto internacional”, é bem pequeno. A retirada de bagagem foi rápida, mas talvez tenha sido só porque tivemos que passar pelo controle de passaportes antes de chegar às esteiras das malas. Não sei.
Conclusão
Vale a pena voar pela empresa? Pergunta difícil. Sinceramente, não achei que o preço tenha sido compatível com o serviço, mas como é a única empresa que faz o trajeto direto, vale a pena pela economia de tempo… e pela paisagem na janelinha do avião.
Agradecemos à Louise por esta excelente avaliação, que certamente será muito útil para os leitores que estão planejando uma viagem pela Bolívia. E você? Já voou com a Amaszonas? Deixe suas impressões nos comentários! Se você fez ou vai fazer uma viagem com alguma empresa aérea que ainda não foi avaliada aqui no Melhores Destinos ficaremos felizes em publicar sua avaliação: entre em contato pelo e-mail dicas@melhoresdestinos.com.br Você pode conferir todas as avaliações publicadas pelo MD neste post.