Como é voar na Air Tahiti
Como é voar na Air Tahiti
O Tahiti é certamente um dos destinos mais desejados do mundo. A visão daquelas cabanas sobre as águas do mar cristalino são mesmo um sonho para qualquer viajante. Pois nosso leitor Alan Marra embarcou com a família para conhecer este paraíso após uma dica de promoção aqui do Melhores Destinos e de quebra preparou uma avaliação esperta sobre a companhia aérea Air Tahiti, a companhia doméstica que voa entre as ilhas. Vale a pena acompanhar o relato, que está imperdível!
Depois de muito viajar com as dicas do Melhores Destinos, surgiu uma oportunidade única através das promoções do site: Taiti, Polinésia Francesa. Tínhamos 15 dias de férias para tirar. Perfeito!
No fim de julho de 2012, recebemos a dica do MD para viajar para lá através da LAN (https://www.melhoresdestinos.com.br/taiti.html) e depois de avaliarmos nosso “caixa” decidimos: comemoraremos os 40 anos da Marieta (maio de 2013) nessas ilhas paradisíacas… Compramos em 8 vezes sem juros!
Nossa viagem começou… Para nós, a viagem começa quando compramos a passagem. Nunca decidimos o lugar antes de viajar, pois montamos a viagem em cima das promoções que aparecem. Foi assim com Sydney, Lima, Sul da Paraíba, Amsterdã, Curitiba, entre outras. Tudo via MD!
Somos do Rio de Janeiro, mas nas datas que precisávamos não encontramos as passagens partindo do Galeão. O jeito foi comprar partindo de Guarulhos. Paciência…
Viajamos no fim de abril de 2013, ou seja, nove meses depois da compra. Devido à compra com tanta antecipação, houve duas mudanças de horários de por parte da LAN e acabamos perdendo uma passagem GRU-GIG, comprada separada do bilhete original. Porém, tivemos o lado bom… Diante dessas mudanças no voo original, conseguimos dois stopovers gratuitos: Ilha de Páscoa e Santiago! Ou seja, até o momento três destinos sensacionais!
Iniciou-se a pesquisa sobre o que fazer no Taiti, pois não é do nosso gosto ficar somente num “over water” (bangalôs sobre o mar cristalino) dos grandes hotéis que se espalham pelas principais ilhas: o próprio Taiti, Bora-bora, Moorea, Ragiroa, etc… Sem contar a fortuna que é uma diária nesses locais. Gostamos mais de coisas menores, mais simples, e claro, mais baratas! Decidimos conhecer algum Tuamotu, as pequenas crateras vulcânicas parcialmente submersas.
Aí veio a parte mais difícil: qual Tuamotu escolher? São muitos e cada um mais bonito que o outro. Avaliamos os custos, os horários e o tempo de voo para viajar para cada um deles e nossa escolha foi por Mataiva. Menos tempo de voo e com melhor horário. Um tuamotu com apenas 300 habitantes (dados Lonely Planet 2011), sem acesso à internet e com apenas três pensões familiares, que estão ligadas ao mundo por telefone. A energia elétrica é fornecida através de geradores e/ou placas solares.
A companhia
O Taiti tem duas companhias aéreas: a Air Tahiti (voos “domésticos” entre as ilhas) e a Air Tahiti Nui (voos internacionais). O objetivo dessa avaliação é descrever como foi nossa experiência ao viajar entre Papeete, capital do Taiti, e Mataiva pela Air Tahiti.
A pesquisa pelo site é simples, descomplicada (em francês – idioma oficial das ilhas – ou inglês) e aceita cartões de crédito internacionais emitidos no Brasil. Não tivemos nenhum problema na compra. Um detalhe importante, para a finalização da compra é obrigatório o fornecimento dos telefones dos locais de hospedagem, tanto no Taiti (origem) quanto em Mataiva (destino).
Descobrimos depois que essa solicitação é obrigatória nos voos para qualquer Tuamotu e é para comunicar aos passageiros e aos locais de hospedagens as possíveis e frequentes mudanças de data e dos horários dos voos, muito comum por lá em função das condições climáticas (furacões, tempestades, etc). Por causa dessas mesmas instabilidades atmosféricas, somente se tem voos diurnos!
Continuando… Ainda não tínhamos fechado a hospedagem (sempre compramos as passagens primeiro) e ficamos impossibilitados de finalizar a compra na 1ª tentativa. Como o custo de uma ligação telefônica para a Polinésia é um “roubo”, compramos créditos Skype e iniciamos as tentativas de comunicação… Não falamos francês, no Tuamotu raros são os que têm noção de inglês, nosso inglês é macarrônico e o português é uma língua que quase ninguém sabe… Lindo, não? Mas viajante que se preza, se vira!
De posse dos telefones das três pensões do Tuamotu (ajuda primordial do Lonely Planet), iniciamos nossas tentativas pelo Skype até que finalmente conseguimos contato com uma delas! Através de uma comunicação básica, para não dizer tosca, fizemos nossa reserva.
Abrimos novamente o site da Air Tahiti, fornecemos os telefones de nossos locais de hospedagem e realizamos a compra do trecho PPT-MTV-PPT (Papeete-Mataiva-Papeete). Não foi possível o parcelamento e custou aproximadamente R$ 885,00 para um voo de duas horas, com uma escala em Rangiroa. Caro, mas não há outra opção para quem tem pouco tempo. A outra forma de ir para os Tuamotus é através dos barcos de carga que abastecem as populações, porém não são frequentes e só se consegue informações nas empresas que se localizam na região portuária.
Recebemos por e-mail o e-ticket e tudo dentro da normalidade. Franquia de bagagem: 1 peça de 20kg no máximo e outra de mão até 5kg, e só! Como somos mochileiros, não tivemos problema, mas existirá para pessoas que carregam muitas malas.
A logística de peso, número de passageiros e capacidade das aeronaves é bem complexa em função das distâncias que esses aviões têm que voar sem abastecimento. Muitas vezes não se encontra mais passagens no site, mas o voo segue vazio. Isso era bem explicado na revista de bordo e por motivos de segurança.
Nosso quase isolamento na Polinésia estava ganhando forma!
Quatro meses depois, recebemos por e-mail a mudança nos horários dos voos. Não houve modificação de data. Observe a escrita da língua deles: indecifrável!
No dia de partirmos para Mataiva, chegamos ao aeroporto internacional de Fa’a com pouco mais de uma hora de antecedência e estava tranquilo. O aeroporto, apesar de internacional, tem uma estrutura bem básica, inferior aos de algumas capitais brasileiras. Nosso voo estava dentro do horário previsto.
Totens para check-in funcionando perfeitamente. Detalhe para os ventiladores no teto, pois não há ar condicionado neste aeroporto, e é quente!
Sem filas para o despacho da bagagem. Observe as funcionárias da companhia aérea: TODOS os funcionários de solo e comissários de bordo se vestem com roupas tradicionais da Polinésia (sempre tecidos floridos) e as mulheres com flores naturais nos cabelos.
Esteira de raio-X
Painel na sala de embarque e a sala propriamente dita (também sem ar condicionado):
Os voos são em aeronaves Air-craft ATR72 de aproximadamente 50 passageiros e o embarque é na pista (ao fundo os cumes de Moorea).
O espaço à bordo é bom, um pouco maior que os dos voos nacionais nas principais companhias aéreas (temos 1,78m e 1,53m).
O entretenimento de bordo no voo que fizemos era apenas uma revista, que era bem redigida em inglês, francês e na língua nativa. Dica: pegue no aeroporto os pequenos guias fornecidos pelo órgão de turismo oficial que contem muita informação interessante. Vale a pena pegar!
Interior do avião no momento do embarque.
No pátio do aeroporto: uma aeronave igual a que voamos ATR-72 e duas da Air Tahiti Nui
Vista da decolagem de Papeete
Serviço de bordo: Gratuito apenas suco de frutas tropicais (no nosso caso, abacaxi). Porém tem algumas poucas opções pagas. Tripulação extremamente solícita e atenciosa.
Escala em Rangiroa:
Aproximação em Mataiva:
Imagens do aeroporto de Mataiva:
Quadro de partida e chegada de voos:
“Esteira” de entrega de bagagens:
No dia do retorno, tivemos que ir ao aeroporto 3h antes da partida do voo para a entrega e pesagem da bagagem. Não era o check-in. Ficamos meio receosos, mas esse é o procedimento, visto que eles precisam checar o peso de tudo antes de partir (como dito logo no início do relato, problemas com peso da aeronave). Normalmente o pessoal da pousada já conhece esses tramites da Air Tahiti e conduz os passageiros no horário certo. O voo estava no horário programado e embarcamos tranquilos e com nossas bagagens.
Nessa região os ventos são constantes e esses turbo-hélices sofrem muito com as turbulências. Pegamos na ida e na volta, mas nada assustador.
Passamos 4 dias e 3 noites nesse local paradisíaco, comemos absurdamente bem, nos divertimos muito, remamos por horas lagoa adentro, praticamos snorkel em vários pontos, conhecemos diversas praias sem pegadas… Sensacional!!
Obrigado MD!!!
Alan Marra e Marieta Andrade
PS1> Quem não come peixe e/ou frutos do mar poderá ter problemas com alimentação, visto que a base é peixe e coco.
PS2> Em Mataiva existe apenas duas vendas pequenas, com artigos de necessidade básica. Em um deles, já não havia cerveja no 2º dia que estávamos por lá.
PS3> Nosso local de hospedagem foi o Mataiva Super Cool, mas existem também o Maitaiva Village e o Ariiheevai Chez Alphonsine. Todos são pensões familiares.
Agradecemos ao Alan por esta avaliação fascinante e essas imagens que com certeza deixarão muita gente com vontade de pegar o próximo avião para o Taiti! E você, já voou com a companhia? Deixe seu comentário e participe! Veja todas as avaliações de companhias aéreas neste post!
Algumas fotos da viagem: