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Vai passar horas esperando um voo? Saiba como ter um quarto de graça no aeroporto!

Daniel Akstein Batista
09/12/2023 às 7:00

Vai passar horas esperando um voo? Saiba como ter um quarto de graça no aeroporto!

Quem já esperou longas horas por um voo nas desconfortáveis e duras cadeiras dos aeroportos sabe como é ruim aguardar tanto tempo para viajar. E se eu te contar que é possível descansar e até tirar um cochilo em alguns dos principais aeroportos do Brasil e, melhor ainda, podendo ser até de graça? Então acompanhe esse texto com a gente que vou te explicar tudinho!

O Siesta Box é uma empresa que oferece pequenas cabines para os viajantes descansarem nos aeroportos de Viracopos, Brasília e Recife. Fomos conhecer as instalações de Viracopos, em Campinas-SP, para trazer todas as informações e entender se vale a pena pagar pelo serviço (ou ter o benefício de dormir de graça).

Siesta Box

O projeto inicial teve início em 2015, com apenas quatro cabines no Aeroporto do Recife. No ano seguinte, o número de cabines subiu para 10. Em 2017, foi a vez de Campinas ganhar as acomodações e, em 2018, o projeto desembarcou em Brasília.

Quando o negócio estava engrenando, veio a pandemia e o serviço precisou parar, retomando as operações gradativamente a partir de 2021. Hoje, o Siesta Box está configurado assim:

O plano da empresa, que vai transformar o negócio em franquia, é estar em mais dois aeroportos no ano que vem – e já planejando ter uma unidade fora do país. “O Siesta Box nasceu com a ideia de levar mais conforto, privacidade e segurança aos viajantes”, afirmou Tuca Andrade, sócio fundador da empresa. “Recebemos muitos executivos em nossas cabines, mas também muitas mulheres com filhos que procuram um lugar para ficar tranquilas e com segurança enquanto aguardam o voo”.

Como funciona a cabine?

As cabines do Siesta Box nos aeroportos de Viracopos e Brasília estão dentro do embarque nacional, enquanto que no Recife elas ficam antes do portão de embarque.

Em pouco mais de uma hora que estivemos acompanhando a movimentação em Viracopos, vi ao menos seis cabines ocupadas, com diferentes perfis de pessoas: eram funcionários de companhias aéreas que queriam descansar entre um voo e outro, pessoas viajando a trabalho, mulheres solteiras e duplas de amigos.

Em Campinas e no Recife, os viajantes podem escolher entre cabines de apenas uma cama ou beliche. Em Brasília todas as unidades são duplas, algo que a empresa quer implementar em todos os aeroportos no futuro. Há ainda quarto para cadeirantes, com um espaço um pouco maior.

As cabines têm no geral cerca de 5m², com ar-condicionado, tomadas (110 e 220 V), wi-fi e televisão. Há espaço para acomodar as malas (de bordo, principalmente), mas não há banheiros nem serviço de alimentação.

Caso a pessoa esteja com fome, ela pode levar sem cobrança extra alimentos e bebidas para a cabine (se fizer muita sujeira, no entanto, pode ser cobrado depois por um serviço de limpeza). Se precisar usar o banheiro, basta sair e procurar um no próprio aeroporto.

Segundo Tuca Andrade, há a ideia de implantar um serviço de entrega de comidas, e a empresa estuda fazer parcerias com as lojas de alimentação dos aeroportos para que o viajante peça pelo app do Siesta Box e as lojas entreguem direto na cabine.

Sistema automatizado

Todo o sistema do Siesta Box é automatizado e controlado pelo smartphone, desde a reserva da cabine até o controle da TV, luz e ar-condicionado.

Como são poucas cabines em cada aeroporto, o ideal é o viajante fazer a reserva com antecedência no site ou no aplicativo, mas caso prefira ele pode conseguir o quarto na hora mesmo se tiver vaga – vale dizer que se a reserva é feita antes e o voo atrasa o passageiro pode acabar perdendo o quarto sem ter direito a reembolso.

As reservas são feitas por horário, e a média por passageiro é de permanência de três horas – o suficiente para um bom cochilo enquanto aguarda um voo.

Ao fazer a reserva, o viajante recebe uma confirmação por e-mail. Na hora marcada, é só confirmar o início da hospedagem no app e clicar para abrir a porta automaticamente. E, depois, acertar a temperatura do quarto, acender a luz, ligar a TV.

Quando custa dormir na cabine – e como descansar de graça!

Agora que você já sabe como funciona o serviço – e que ele existe (apesar de eu estar sempre indo para Viracopos, nunca tinha prestado atenção nas cabines) -, vamos falar dos preços. E, o principal, como utilizar o Siesta Box de graça.

Como já dito, os viajantes pagam pela hora do quarto reservado. A primeira hora custa R$ 79,90 e as horas seguintes (até a 5ª hora) têm um custo de mais R$ 35 por hora. Por um período de três horas então o passageiro pagaria R$ 149,90 na cabine com beliche, para duas pessoas (o quarto com uma cama só custa R$ 10 mais barato).

Como o Siesta Box tem uma parceria com os programas LoungeKey e Priority Pass, os passageiros que possuem cartão de crédito com esse benefício têm direito a usar duas horas de graça as cabines (esse uso será descontado dos acessos do programa). Se precisar de mais horas, aí será cobrado o tempo restante.

A maioria das pessoas que vi entrando nas cabines de Viracopos utilizou o Priority Pass / LoungeKey para acessar de graça. Para utilizar esse benefício gratuito do cartão, no entanto, a reserva do quarto precisa ser feita na hora com a ajuda de um dos funcionários que estão sempre no local, não funciona antecipadamente.

Vale a pena utilizar o Siesta Box?

Primeiramente, confesso que nem sabia da existência desse tipo de cabine nos aeroportos – já havia ouvido falar de algumas acomodações parecidas, mas que ficavam longe da sala de embarque.

Algumas salas vip até oferecem cabines exclusivas para um descanso mais privativo, mas elas são bastantes disputadas e difíceis de serem reservadas. E, conhecendo o Siesta Box, imaginei que ele seria uma concorrente da sala vip, que tem a vantagem de ter comidas e bebidas de graça.

Segundo Tuca Andrade, no entanto, um serviço complementa o outro. “Muitas vezes a pessoa passa na sala vip, come alguma coisa e vem dormir aqui nas nossas cabines”, explicou.

Faz sentido, principalmente para quem tem o acesso gratuito aos dois lugares. Acredito que também pode valer a pena para quem tem conexões longas e precisa descansar entre um voo e outro, mesmo pagando. Ou, como já foi explicado pelo sócio da empresa, por quem busca um local mais privativo e com segurança.

Em minha rápida passagem pelas cabines, experimentei rapidamente a cama, que vem com travesseiro e lençol, e achei até um bom espaço considerando o seu propósito. E também pouco ouvimos o barulho do lado de fora, o que é uma informação importante e algo primordial para quem está pagando por algumas horas de sono.


Você já sabia desse serviço nos aeroportos? Pagaria para poder descansar tranquilo entre um voo e outro? Deixe seu comentário!

 

 

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