Emirates está pronta para trazer o maior avião do mundo para o Brasil
Emirates está pronta para trazer o maior avião do mundo para o Brasil
A Emirates está pronta para usar o Airbus A380, o maior avião comercial do mundo, em sua rota de São Paulo a Dubai. Segundo a companhia, há demanda na rota para usar a aeronave, mas a data de operação depende das obras de adaptação no aeroporto de Guarulhos, além de adaptações em Campinas e no Rio de Janeiro, que funcionarão como alternativas caso haja algum problema no maior terminal brasileiro. Em entrevista ao Melhores Destinos durante a feira WTM, o diretor geral da Emirates no Brasil, Ralf Aasmann, deu informações sobre os trâmites para trazer o gigante ao país, além de abordar outros assuntos como o voo do Rio de Janeiro a Buenos Aires e a chegada das concorrentes Etihad e Ethiopian.
“A rota de São Paulo comporta o A380. Inicialmente tínhamos apenas um voo para Dubai, saindo de São Paulo, que recebia passageiros de todo o Brasil. No ano passado, lançamos o segundo voo partindo do Rio de Janeiro e em pouco mais de seis meses conseguimos compensar a perda de passageiros no voo de São Paulo, que se aqueceu novamente”, avaliou Aasmann.
Ele contou que representantes da concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto, foram a Dubai a convite da Emirates, conhecer o novo terminal construído exclusivamente para o A380. “Temos uma relação muito estreita com eles e estou certo de que no máximo até maio do ano que vem teremos duas posições prontas para o avião em São Paulo, pois sem as licitações estão seguindo um cronograma bem preciso. A demanda nos boos está aumentando e com certeza logo teremos o A380 no Brasil”.
O diretor explicou que as pistas de Guarulhos comportam os pousos e decolagens do avião gigante, tanto que a Airbus já o trouxe ao Brasil para demonstrações. O grande entrave é a falta da infraestrutura necessária para o check-in, embarque e desembarque dos passageiros, já que o A380 comporta 525 pessoas na divisão em três classes e mais de 850 em uma improvável configuração apenas como classe doméstica. “Guarulhos tem as mesmas dimensões que Manchester, onde já operamos com o A380 diariamente. Com as obras de ampliação e a construção do Terminal 3 a capacidade de operação vai aumentar bastante. Além disso, é preciso que haja aeroportos preparados para receber o avião caso haja algum imprevisto em São Paulo e acreditamos que o Galeão e Viracopos são as melhores opções”.
Voos do Rio
Aasmann falou ainda ao MD sobre os voos da Emirates do Rio a Buenos Aires, que receberá um incremento de capacidade com a substituição do Boeing 777-200 por 777-300. Segundo ele, promoções como as que a Qatar e Turkish têm feito em seus voos de São Paulo à Argentina estão descartadas: “Já fizemos algumas promoções, mas não acredito que ofertas relâmpago com valores tão baixo sejam benéficas para a empresa. Podem até chamar a atenção, mas nosso produto tem um valor, investimos muito e oferecemos muita coisa para o passageiro. Não temos como operar a preços tão reduzidos e essas promoções não são interessantes até para a a imagem da empresa”.
Na visão do diretor, a demanda de brasileiros para Buenos Aires está em queda, principalmente pela oferta de mais destinos internacionais por bons preços: “Nosso voo, na verdade, tem o objetivo de atender a Argentina. Acho que a demanda do Brasil para lá caiu um pouco por diversos motivos. O brasileiro hoje está acostumado a viajar e quer conhecer outros lugares, pois Buenos Aires sempre foi o primeiro destino internacional. Com as ofertas relâmpago com voos muito baratos é possível visitar outros lugares”.
Com relação à chegada da Etihad e da Ethiopian, que respectivamente voarão para o Brasil a partir de junho e julho, Aasmann atribui os novos voos ao crecimento do interesse mundial pelo país: “Cada vez mais as empresas aéreas têm demonstrado interesse pelo Brasil e eu acredito sinceramente que a concorrência vai tornar nossa vida mais interessante, pois há espaço para todos. Esse interesse, porém, pelo Brasil precisa mais ser explorado. Digo isso porque a Emirates vende passagens daqui para Dubai, mas também promove o Brasil nos países estrangeiros e falta muita coisa ainda para atrair mais pessoas para cá”.
O executivo acredita que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos são a grande chance para que o Brasil passe a ter destaque no turismo mundial, desde que o país faça sua parte: “Acreditamos que o número de 5 milhões de visitantes por ano para o Brasil seja um número muito muito pequeno. O país quer atrair mais estrangeiros, mas ainda precisa fazer muita coisa para aumentar esse número. Agora com esses grandes eventos com certeza os olhos do mundo ficarão voltados para nosso país e realmente espero que o Brasil se mostre bem, que tudo ocorra tranquilamente, sem incidentes para que a imagem lá fora fique cada vez melhor, e cada vez mais pessoas venham para cá”.
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