Quanto custa alugar uma ilha particular? Acredite, é mais barato do que você imagina!

Não precisa ser rico nem famoso para curtir as férias em uma ilha particular, ter um pedacinho do paraíso para chamar de seu – ainda que por alguns dias – é bem mais acessível do que você imagina! Alugamos uma ilha em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, para contar em detalhes como é a experiência de se hospedar em um lugar assim, como funciona e o principal: quanto custa!

Encontramos essa hospedagem incrível no Airbnb por um preço bem atrativo, e se você ficou empolgado para ir correndo fazer sua reserva, é bom segurar um pouco a ansiedade e ler o post até o fim. Ficar hospedado em uma ilha é realmente maravilhoso, mas traz alguns desafios extras que precisam ser levados em consideração. Enfim, não é uma experiência para todos os perfis de viajante.

Veja outras opções de hospedagem em Ubatuba.

Você também pode conferir os detalhes dessa experiência no vídeo que fizemos para o canal do Melhores Destinos no Youtube:

Onde fica a ilha?

A Ilha Comprida fica no município de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo e faz parte do Arquipélago das Couves. Ela está pouco menos de 1km da costa e o acesso de barco é pela praia de Picinguaba, de onde também partem passeios para sua vizinha famosa: a Ilha das Couves.

A ilha é uma propriedade particular, toda rodeada de pedras e não tem praias, mas com alguns excelentes pontos para mergulho. Ela conta com uma casa principal e mais uma casa de hóspede com suíte, além da casa do caseiro.

Como chegar até a Ilha Comprida?

Para chegar à ilha é preciso ir até a praia de Picinguaba, que fica a cerca de uma hora do centro de Ubatuba. Ao sair da rodovia há um trecho de estrada bastante esburacada, com trechos de terra.

Não há muitas vagas para estacionar o carro na rua em Picinguaba, mas há estacionamentos particulares com diárias a partir de R$ 30. O valor do estacionamento não está incluso na hospedagem.

Da praia, a travessia é feita de barco – esse sim já incluso no valor das diárias. A travessia leva em torno de 15 minutos.

Quantas pessoas podem se hospedar na ilha?

As casas da ilha acomodam até sete pessoas, sendo cinco na casa principal e duas na casa auxiliar. São duas camas de casal e três camas de solteiro.

É permitido levar pets para a ilha?

Sim, mas nesse caso há uma taxa extra de R$ 150 por pet, para toda a estadia. Vale mencionar que na ilha moram três cachorrinhas: Cookie, Candy e Linda. Então se o seu pet não for muito sociável, é mais indicado deixar ele no continente.

Quanto custa alugar uma ilha particular?

Se você está procurando Airbnb em Ubatuba ou outra hospedagem no litoral norte de São Paulo, a Ilha Comprida pode ser uma ótima opção, com um excelente custo-benefício, e ainda uma experiência fora do convencional para quem quer passar uma temporada em Ubatuba.

Em nossas pesquisas no Airbnb encontramos diárias a partir de R$ 999 para até sete pessoas. A reserva mínima, porém, é de duas diárias. Alugamos a ilha para um final de semana e pagamos R$ 3.001,00 (sendo R$ 2.620,00 da hospedagem e R$ 381,00 em taxas da plataforma).

Dividindo o valor da hospedagem por sete, que é o número máximo de hóspedes, curtir o fim de semana nessa ilha particular fica R$ 428,70 por pessoa! Mais em conta do que muito hotel em Ubatuba.

Ao reservar três noites ou mais, a diária reduz para R$ 999,00. Somando as taxas, três noites na ilha saem por R$ 490,00 por pessoa! Clique aqui para fazer sua reserva na ilha.

O que está incluso na hospedagem?

Além do transporte de barco, a hospedagem inclui café da manhã básico, com café, leite, torradas, pão francês, geleia e alguma fruta. Caso queira, você pode levar outros itens para complementar o café da manhã, como ovos, por exemplo. O café é preparado pela funcionária da ilha, que vem do continente pela manhã.

Caso a cozinha não seja seu forte ou você queira férias das panelas, ela também prepara outras refeições, mas nesse caso o serviço é pago à parte e custa a partir de R$ 250.

Também estão inclusas roupas de cama, material de limpeza e toalhas de banho (só é necessário levar toalhas de praia). Há filtro com água potável, então não precisa levar água mineral para a ilha, o que já economiza espaço na bagagem.

Os hóspedes também contam com cozinha bem equipada e uma área de churrasqueira com forno de pizza a lenha.

O check-in na Ilha Comprida é a partir das 13h e o check-out até às 11h.

O que fazer numa Ilha Particular?

Tédio é a última coisa com a qual você vai precisar se preocupar durante sua estadia. Além confraternizar com os amigos ou familiares e curtir a natureza, você poderá fazer trilha e conhecer outras partes da ilha, jogar vôlei, relaxar em uma das duas jacuzzis, aproveitar a piscina salgada que enche na maré alta, se aventurar no caiaque ou mesmo mergulhar do píer se o mar estiver favorável.

Também é possível aproveitar alguma das praias de Ubatuba nos arredores, basta combinar com o barqueiro da ilha. Durante nossa estadia fizemos um passeio de barco até a Ilha das Couves, que fica bem pertinho.

Considerações antes de reservar

Eletricidade – a energia na ilha é solar, nos dias nublados ou chuvosos a produção é menor, então é preciso usar com moderação, não deixar luzes acesas ou ventiladores ligados sem necessidade. Devido à restrição de potência, não é possível usar secador de cabelo na ilha.

Ar-condicionado – também não há ar-condicionado nas casas, apenas ventiladores de teto ou convencionais. As casas são bem ventiladas, possuem grandes portas com tela, então isso não chega a ser um grande problema.

Segurança – A ilha é bem segura, as casas possuem alarme e o caseiro também faz às vezes de vigia. É muito menos perigoso do que uma casa no continente, não precisa se preocupar em trancar tudo o tempo todo.

Transporte de barco – o transporte da ilha para a praia leva cerca de 15 minutos, caso ocorra alguma emergência basta acionar o barqueiro, mas é importante ter em mente que o transporte fica comprometido durante a noite, em dias de chuva forte ou mar agitado. Nesses casos, se houver alguma emergência séria, será necessário chamar os bombeiros.

O barco que faz a travessia é pequeno e balança. Se você tem medo ou enjoa com facilidade, leve isso em consideração antes de decidir se hospedar na ilha.

Wi-fi e sinal de celular – há sinal de celular na ilha, então você não vai ficar totalmente desconectado. Conseguimos usar dados da Tim, Vivo e Claro durante a estadia. A casa conta com roteador wi-fi com sinal da claro, mas a internet por lá costuma ser instável. Não conte muito com ela para assistir filmes ou fazer chamadas de vídeo, por exemplo.

Alimentação – você precisa levar todos os mantimentos para sua estadia, não é tão simples ir no mercadinho buscar alguma coisa e também não tem delivery na ilha. Planeje bem as refeições antes de fazer as compras.

Animais silvestres na ilha – as casas estão em meio a natureza, então é normal haver mosquitos e outros insetos. Leve repelente e inseticida. Na ilha não existem grandes animais, mas é comum encontrar lagartos, lagartixas e até cobras por lá. Se for fazer trilha, fique atento!

Nossa experiência como hóspedes em uma ilha particular

Reservamos a ilha por um final de semana (duas diárias) com entrada na sexta-feira e saída no domingo. Saímos do Aeroporto de Guarulhos pela manhã e levamos cerca de 7 horas para chegar até a praia de Picinguaba devido interdições nas rodovias causadas por deslizamentos.

No verão costuma chover bastante na região de Ubatuba e é comum que algumas estradas de acesso fechem. Com isso perdemos boa parte do primeiro dia de estadia, o que foi uma pena.

Chegamos à Ilha no fim do dia, por volta de 17:30h, pouco antes de escurecer. O mar estava um tanto agitado durante a travessia e uma onda chegou a molhar um pouco nossa bagagem, nada muito sério.

Antes de escurecer ainda deu tempo de reconhecer o local e se ambientar. Como a eletricidade na ilha é solar, nos dias nublados ou com chuva a produção é menor, por isso o uso precisa ser controlado. Não dá para deixar luzes e ventiladores ligados sem necessidade, caso a energia acabe a geladeira deixa de funcionar, isso pode comprometer a conservação de alguns alimentos mais sensíveis; embora haja gerador a diesel para emergências.

Vale dizer que na ilha não ficamos completamente sozinhos, o caseiro e o barqueiro moram em outra casa bem próxima das casas alugadas e é possível se comunicar com eles pelo whatsapp ou por um interfone na casa principal. Também há a presença das cachorrinhas Cookie, Linda e Candy, que vivem por lá.

A estrutura das casas é ótima, a cozinha é super bem equipada com forno, panelas e demais utensílios. Só notamos a ausência de eletrodomésticos como liquidificador ou batedeira, se for cozinhar na ilha, escolha receitas que não precisem deles.

A ilha conta com uma casa principal com acomodação para cinco pessoas, sendo uma suíte de casal e uma suíte com três camas de solteiro. Há também uma casa auxiliar com suíte de casal. Os quartos e banheiros são espaçosos e aconchegantes, bem estilo casa de praia.

Há ainda uma área de churrasqueira, com forno de pizza a lenha. Não chegamos a usar, mas é um ótimo espaço para organizar um churrasco ou um jantar mais descontraído.

Na manhã seguinte a Ninha, que cuida da casa, chegou cedo para preparar o café. Já sabíamos de antemão que o café da manhã era bem básico, com pão francês, torradas, manteiga, geleia, café com leite e alguma fruta. Poderíamos ter levado ovos para complementar com omelete ou um mexido, mas fora isso foi suficiente.

A Ninha ainda levou um bolo caseiro que estava bem gostoso! As demais refeições nós mesmos preparamos, mas também há opção de contratar a Ninha para cozinhar, com custo extra de R$ 250 por refeição. (Como ela mora no continente, só consegue preparar o almoço ou deixar coisas prontas para o jantar, pois fica difícil voltar para a costa durante a noite).

Durante a estadia fizemos a trilha que atravessa a ilha, é uma caminhada curta pela mata, com nível leve de dificuldade. As cachorrinhas da ilha foram nossas guias, elas adoram acompanhar os hóspedes e basta dizer “trilha” que elas já ficam prontas para mostrar o caminho.

Na volta, aproveitamos a piscina que enche com água do mar na maré alta. Na ilha não há praia, ela é toda cercada de pedras, mesmo assim há bons pontos de mergulho quando o mar está calmo. Também há caiaques à disposição dos hóspedes.

Caso queira visitar alguma praia na região basta combinar com o barqueiro da ilha. Aproveitamos para fazer um passeio curto de barco, sem custo adicional, até a vizinha Ilha das Couves. A visitação na Ilha das Couves é controlada e por isso não é permitido descer lá, para curtir as praias ali é necessário retornar ao continente e contratar um passeio autorizado.

Vale a pena se hospedar em uma ilha particular?

Nossa estadia foi muito tranquila. Recebemos orientações bem claras logo após a reserva, o que foi essencial já que éramos “marinheiros de primeira viagem”, assim já fomos preparados para as dificuldades logísticas.

A Ilha Comprida é realmente um pedacinho do paraíso e o aluguel para o fim de semana valeu super a pena!

Além de proporcionar uma experiência diferenciada, achamos o custo benefício de se hospedar em uma ilha excelente!

E você, acha que vale a pena? Ficou com vontade de se hospedar nessa ilha? Conta pra gente nos comentários.