Em recuperação judicial, Viva Air suspende temporariamente todos os voos

A companhia aérea Viva Air da Colômbia anunciou a suspensão de todos seus voos de forma temporária. Em nota no site oficial, a empresa de baixo custo alegou que se viu obrigada a tomar esta decisão pela suposta demora das autoridades colombianas em não aprovar a fusão com a Avianca.

A Viva vem passando por dificuldades financeiras e entrou em um processo de recuperação judicial no mês passado. Ainda na nota, a empresa diz que continuará negociando com seus credores e que está se esforçando para manter sua capacidade de retomar suas operações, esperando ainda que a fusão seja aprovada.

A demora no processo de fusão com a Avianca se dá por decisões das autoridades econômicas e aéreas colombianas que alegam principalmente que a união das duas empresas poderia haver concentração de mercado, o que prejudicaria a concorrência.

No Brasil, a low cost operava voos diretos ligando São Paulo a Medelin, além de oferecer passagens aéreas baratas para o mercado brasileiro com destino ao México, Caribe e Estados Unidos, fazendo conexão na Colômbia.

Tenho voo com a Viva Air, o que fazer?

Para os passageiros que têm voos marcados com a Viva, a empresa solicita que verifiquem no site para obter mais informações ou simplesmente aguardem “instruções por parte da Aeronáutica Civil, que declarou publicamente que irá embarcar aviões para ajudar os passageiros afetados”.

Muitos clientes brasileiros emitiram passagens através do programa Smiles ou através de agências virtuais. Neste caso, o recomendado por enquanto é entrar em contato com a empresa onde o ticket foi emitido para verificar a possibilidade de cancelamento, reembolso ou remarcação de passagem.

Quem vai comprar a Viva Air?

Além da Avianca, outras cinco empresas manifestaram interesse em comprar a Viva Air. A primeira foi a ultra low cost chilena JetSmart, que não tem quase nenhuma sobreposição de rotas com a colombiana e também não opera voos domésticos na Colômbia.

Mais recentemente, a Latam também anunciou a intenção. Em um comunicado ao mercado, a empresa informou que a operação seria feita por sua subsidiária na Colômbia e estaria sujeita a uma análise financeira, podendo ser realizada rapidamente.

A novidade na última semana foi a entrada na disputa de três outras empresas: Ultra Air, Wingo (low cost da Copa Airlines) e até a Aerolíneas Argentinas. Resta saber agora quem ficará com a Viva (e torcer para que o processo seja rápido e afete o mínimo possível os passageiros).

Mas vale lembrar que a fusão com a Avianca ainda não está descartada. A Aerocivil (órgão semelhante à Anac) determinou que sua Superintendência de Transportes aprove ou rejeite a operação até o início de março. Caso não seja aprovada, a Viva deverá responder às ofertas recebidas pelas demais empresas ou renunciar aos direitos de operação no país.

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