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Governo da Colômbia veta fusão entre Avianca e Viva Air. Entenda o caso

Daniel Akstein Batista
09/11/2022 às 15:23

Governo da Colômbia veta fusão entre Avianca e Viva Air. Entenda o caso

Anunciada em abril, a fusão entre Avianca e Viva Air não vai mais acontecer. Pelo menos por enquanto. A Aerocivil, autoridade de aviação civil da Colômbia, deu um parecer contrário à união das duas companhias aéreas, que têm voos para o Brasil.

Há cerca de 7 meses, o grupo Avianca Holdings afirmou que assumiria o controle operacional e financeiro da low cost Viva Air, mas que as duas companhias continuariam operando como marcas separadas. No entanto, em agosto, as companhias fizeram um novo pedido de integração à Aerocivil, pedindo uma resposta urgente devido à má situação financeira da Viva Air.

O regulador colombiano afirmou que a fusão entre as empresas criaria um monopólio de 16 rotas domésticas e que afetaria a concorrência do mercado. “A Autoridade Aeronáutica Colombiana concluiu que a integração representa riscos para a concorrência no setor e para o bem-estar dos consumidores”, diz o comunicado.

Segundo a Aerocivil, Avianca, Viva Air e Viva Peru oferecem 59 rotas domésticas, que mobilizam 93,7% do tráfego colombiano. Com a fusão, o negócio resultaria em um monopólio de 16 dessas rotas. “Em termos de livre concorrência, significaria um retrocesso e um retorno a patamares não vistos no país há mais de 7 anos”, continua o comunicado.

Sobre a situação financeira da companhia aérea low cost, a Aerocivil diz que “a Avianca e a Viva não provaram que a crise econômica da Viva é de tal magnitude que afete sua viabilidade no mercado e, portanto, esteja condenada a sair do mercado de maneira iminente e inevitável.” Ainda segundo o órgão regulador, a Viva Air não comprovou ter explorado todas as alternativas para sair da crise financeira, a não ser a venda para a Avianca. As companhias têm até 10 dias para recorrer da decisão.

O que diz a Avianca

Assim que saiu a decisão da autoridade de aviação civil da Colômbia, a Avianca soltou uma nota em seu site afirmado que “está preocupada com a recente decisão negativa tomada pela Aeronáutica Civil em relação à solicitação conjunta da Avianca e da Viva para fazer parte do mesmo grupo empresarial.”

Segundo o presidente e CEO da Avianca, Adrian Neuhauser, “estamos preocupados com a decisão, pois ela vai contra as necessidades do país e ignora o efeito potencial que o desaparecimento da Viva teria sobre os usuários e o mercado.”

Parceria entre Gol e Avianca

Em maio, a Gol e a Avianca anunciaram que iriam unir seus negócios para criar uma nova empresa, o Grupo Abra, que teria participação na Viva Air – e cada empresa continuaria operando de forma independente. Resta agora saber se a decisão atual da Autoridade Aeronáutica Colombiana pode afetar o negócio.

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