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Fundador da Azul quer sua nova companhia americana voando para o Brasil

Thayana Alvarenga
12/09/2019 às 12:45

Fundador da Azul quer sua nova companhia americana voando para o Brasil

O empresário brasileiro-americano David Neeleman segue colocando o Brasil nos planos de seus negócios. O fundador da Azul disse em entrevista ao Estadão que sua nova companhia aérea americana, a Moxy Airways, futuramente deve voar para o Brasil. Por enquanto, a empresa está projetando rotas internas pelos Estados Unidos, com a primeira aeronave prevista para 2021.

Segundo o executivo, o modelo de negócio adotado pela Moxy nos Estados Unidos será o mesmo adotado pela Azul no Brasil, com foco em rotas rentáveis que ninguém operava e aeronaves eficientes. “Nos Estados Unidos já foi dito que vamos voar em rotas que não terão concorrentes, como a Azul. Isso aprendemos aqui no Brasil: 70% de nossas rotas não têm concorrência”, disse.

Frota da Moxy Airways

O mercado aéreo americano é bastante competitivo, pois há muitas aéreas ofertando serviços e também muitas low costs, modelo que será seguido pela novata Moxy Airways.

A companhia vai começar com aeronaves Airbus A220, que compete diretamente com modelos da Embraer. “Estudamos o E2 e é uma aeronave muito boa, mas o A220 dá algumas vantagens. Uma delas é podermos colocar um tanque de combustível auxiliar para ter alcance de quase nove horas. Então podemos voar mais de 6 mil km. Podemos ter primeira classe com assentos que reclinam 180 graus e trocar essa configuração, com flexibilidade para voar para Europa, para mercados no Brasil onde a Azul não tem voos”, ressaltou.

Como (não) fazer

Na ocasião, Neeleman aproveitou para comentar o setor aéreo e citou a Avianca Brasil. “Muita gente já perdeu muito dinheiro fazendo isso, mas temos a receita: achar uma oportunidade. No Brasil, por exemplo, não dá para ser só mais uma, como a Avianca Brasil foi. Eles fizeram a mesma coisa e morreram. Quando começamos no Brasil, tinha muita coisa que eles (concorrentes) não estavam fazendo, foi uma oportunidade. O A220 é uma aeronave de custo baixo e pode voar até nove horas. Imagina um voo de Cuiabá a Orlando todo dia e com tarifa barata, será que mais gente viajaria? Não estou dizendo que vamos voar para Cuiabá, mas oportunidade existe com um avião de baixo custo”.

Slots da Avianca Brasil em Congonhas

O executivo também falou sobre os slots da Avianca Brasil em Congonhas, que a Azul tentou mas não conseguiu. Questionado sobre o impacto disso na empresa, a resposta foi bem objetiva. “Zero. Até o fim do ano teremos mil voos por dia. Temos sete slots (em Congonhas), 14 a menos. O que é 14 em mil? Temos outros rotas mais importantes. A gente queria, não estou minimizando isso, mas acho que o impacto vai ser mínimo”.

Participação na Aigle Azur

Além da Azul, Neeleman fundou também a canadense WestJet e as americanas Morris Air e JetBlue, bem como possui participação na portuguesa TAP e na francesa Aigle Azur, esta última em recuperação judicial.

Segundo ele, o HNA (um grupo chinês que tinha participação na Azul) pediu para que ele investisse uma parte para ajudá-los. “Eu não estava envolvido, mas por causa da minha cidadania europeia, ajudei. Mas não estava envolvido na empresa, e ela quebrou”, disse.


Com a expectativa lá no alto, vamos aguardar por mais novidades, torcendo para que realmente o Brasil seja lembrado nos voos para os Estados Unidos. Seria ótimo ter mais uma opção entre os países, principalmente considerando o modelo low cost que será adotado pela empresa, geralmente acompanhado de serviços básicos, porém tarifas mais atrativas.

Com informações do Estadão

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