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Como é assistir a um jogo da Seleção Brasileira na Copa em um voo da Azul

Monique Renne
22/06/2018 às 16:38

Como é assistir a um jogo da Seleção Brasileira na Copa em um voo da Azul

O voo partindo de Lençóis, na Chapada Diamantina, seria ontem, na véspera do jogo do Brasil contra a Costa Rica pela Copa do Mundo da Rússia. A programação era chegar tranquilamente em Brasília, dormir e assistir ao jogo inteiro de frente para a televisão. Não tinha erro! Mas o tempo fechou na Chapada e o voo foi cancelado. De Lençóis, os passageiros seguiram de van rumo a Salvador, o que me fez perder todas as conexões. O novo voo, no dia seguinte, seria exatamente no horário do jogo do Brasil.

Três segundos de raiva (eu já tinha perdido o maravilhoso 3 x 0 da Argentina) e o alívio na sequência: tem TV ao vivo na aeronave da Azul! Dos males, o menor. Era a primeira vez que eu valorizava tanto a TV ao vivo no avião. Só o que me restava era torcer junto a dezenas de desconhecidos diante de telas pequeninas. Seguuuuuura coração!


O esquenta foi na sala de embarque do Aeroporto de Salvador, onde algumas TVs instaladas ajudavam a passar o tempo antes do jogo começar. O voo estava marcado para decolar às 9h30 e eu já previa algumas interrupções na transmissão para que fossem passados os procedimentos de segurança. Só me restava torcer (e muito) por vários gols. Assim eu poderia contar com a sorte de ver ao menos um.

Entrei na aeronave logo no começo do embarque e corri para mudar o canal da TV. O jogo já havia começado e, para o meu azar, a minha TV estava sem sinal. O jeito foi acompanhar o início da partida pela tela do coleguinha ao lado, que ainda não havia chegado. Foram quinze minutos de jogo assistindo no vizinho e torcendo para que ninguém sentasse ao lado, tanto quanto torcia pela seleção. Não funcionou em nenhum dos dois casos. Nada de gol e ainda tive o azar da minha companheira de poltrona chegar.

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O avião estava tranquilo e até silencioso. Nem parecia jogo do Brasil. Aos dezesseis minutos do primeiro tempo, a comissária de bordo anunciou que todos os televisores seriam desligados para reinicialização do sistema pois muitos aparelhos estavam fora do ar. Foram longos dez minutos de apagão. Ao voltarem a funcionar, os televisores logo começaram a transmitir os alertas de segurança de voo. Parecia pegadinha do Malandro. Perdemos praticamente todo o primeiro tempo e aquelas imagens de máscara de oxigênio me lembravam apenas da agonia por não saber o resultado! A imagem voltou e no fim não perdemos muita coisa. Primeiro tempo sem gols e vida que segue em silêncio no avião.

Biscoito de polvilho, balinha e goiabinha para atacar a ansiedade e vamos para o segundo tempo! O jogo recomeçou com ataques perigosos e foi possível até ouvir que alguns passageiros estavam vivos. Provável que os meus sustos com os gols perdidos estivessem entre as mais exaltadas reações. Eu, inocente, achava que haveria uma grande e animada torcida, no padrão Praia de Copacabana durante a Copa do Mundo de 2014. No entanto, havia até passageiros assistindo a filmes durante o jogo.

A tela de entretenimento seguiu funcionando bem durante o segundo tempo. Era possível até escolher entre canais com diferentes locutores (ufa… rs). Já a tela da passageira ao lado saiu do ar diversas vezes. Como ela disse que não gostava de futebol, nem me preocupei. O final do segundo tempo foi ficando tenso e o pênalti anulado foi a gota d’água pra que houvesse um grito mais animado entre os passageiros. Eu, segurando a vontade de ir ao banheiro, fiquei com medo de levantar e perder o gol. Acreditei até o último minuto (literalmente) e acertei! Soltei um grito contido e os passageiros comemoraram com palmas, sorriso coletivo e um respiro de alívio. Com o segundo gol logo em seguida, passei a acreditar que o silêncio coletivo na aeronave era mais um sinal de tensão.

O final do jogo foi junto com o pouso. O comandante falou sobre o tempo, mas nem comentou a vitória do Brasil. A primeira passageira a descer – uma garotinha de uns 7 anos – sabia o nome dos jogadores que fizeram os gols, caprichou na análise do jogo e mostrou que a paixão pelo futebol está presente, mesmo que algumas vezes em silêncio e sob o ritmo das turbinas do avião. E, só para constar, meu segundo voo foi durante o jogo da Nigéria contra a Islândia e a tela funcionou o tempo todo. Coisas do futebol e da tecnologia. Nem sempre os jogadores e aparelhos eletrônicos agem como esperamos ou gostaríamos, mas o importante é a vitória no final!

O sistema de entretenimento de bordo da Azul conta com telas individuais e diversos canais ao vivo disponíveis. Não foi 100% eficiente, mas salvou! E vocês? Assistiram onde à vitória do Brasil?

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