Latam adia para o ano que vem a escolha entre Fortaleza, Natal e Recife para sede de seu hub no Nordeste
Latam adia para o ano que vem a escolha entre Fortaleza, Natal e Recife para sede de seu hub no Nordeste
E a disputa continua! A TAM adiou para o ano que vem o anúncio da cidade que sediará seu hub na região Nordeste. Segundo a companhia, a decisão foi necessária devido à necessidade de desenvolvimento da estrutura dos aeroportos de Fortaleza, Natal e Recife. Uma das três capitais será escolhida pelas companhias TAM e LAN (que no ano que vem devem se fundir como Latam) para concentrar seus voos internacionais da Região Nordeste, especialmente para a Europa.
“Assegurar a eficiência da infraestrutura aeroportuária, atrelada à experiência do cliente e à competitividade em custos é essencial para o projeto. Esses critérios precisam estar muito bem definidos e neste momento o cenário não oferece ainda as condições necessárias para esta tomada de decisão. Continuaremos a avaliar todos os requisitos essenciais da infraestrutura aeroportuária e da competitividade de custos”, comentou a presidente da TAM, Claudia Sender.
O adiamento é um balde de água fria para quem imaginava que alguma das cidades já havia conquistado o hub. Desde que a TAM anunciou a competição entre as capitais, não faltou quem garantisse que a escolha já estava definida por esta ou aquela cidade – de políticos a órgãos de imprensa regionais.
Além da infraestrutura aeroportuária, que é o entrave para a tomada de decisão neste momento, a Latam vai avaliar a experiência do cliente e a competitividade em custos. “Os aeroportos das três capitais envolvidas no processo estão discutindo adaptações técnicas para sediar o hub. O encaminhamento dessas discussões dependerá de um conjunto de avaliações, que envolverá várias esferas governamentais e concessionários, para o aprofundamento dos requisitos que foram apresentados nos estudos técnicos realizados pelas consultorias Arup e Oxford Economics para a implementação de um hub no Nordeste”, informou a Latam.
O grupo informou que em outubro a consultoria Arup apresentou as principais conclusões do estudo de infraestrutura aeroportuária. Uma das conclusões iniciais do estudo foi que os terminais atuais foram concebidos para operações ponto a ponto, sem características de um hub e, portanto, precisariam de adaptações para receber um centro de conexões de voos com as características de um hub com relevância internacional.
De acordo com os dados do estudo, foi estimado que o hub movimente 2 milhões de passageiros adicionais em 24 aeronaves simultaneamente em 2018 (entre 2.500 – 3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões, em 36 aeronaves simultaneamente (mais de 4.000 passageiros na hora-pico).
Uma boa notícia para as cidades concorrentes é que a avaliação técnica demonstrou que as pistas existentes são capazes de atender à demanda prevista até 2038. “No entanto, é necessário desenvolver soluções de backup, como pistas auxiliares, para que a operação do hub não seja comprometida por eventuais impedimentos ocasionais da pista principal. Tais impedimentos dificultam a operação de qualquer aeroporto, mas, no caso de um hub, podem ter efeitos em cadeia em toda a malha da companhia aérea”, explicou o grupo.
Com as adaptações e os investimentos recomendados pelo estudo, a Arup acredita que os três aeroportos poderiam acomodar os voos e os passageiros estimados, com bom nível de serviço e eficiência, prazo de execução razoável e potencial de expansão de longo prazo.
Em setembro, a Oxford Economics apresentou os resultados da avaliação de impactos econômicos e sociais do hub Nordeste. O estudo aponta que cada dólar investido para a implantação do centro e conexões deve gerar entre 5,2 e 5,8 dólares em novas atividades econômicas, na média dos cinco primeiros anos de operações. Esta previsão inclui a geração de valor tanto para a cidade que for escolhida quanto para as outras que participaram do estudo.
A consultoria também estima um crescimento adicional do PIB das três cidades envolvidas no hub da ordem de 5% a 7%, considerando a média de cinco anos de operação. Nesse período, o hub deve gerar de 34 mil a 42 mil novos empregos no Nordeste.
Não é à toa que a disputa está acirrada, e com as três capitais ainda no páreo. Para você, qual deve ser o hub a Latam? Fortaleza, Natal ou Recife? Deixe sua opinião nos comentários e participe!