Latam vai encerrar compartilhamento de voos com a Azul
Latam vai encerrar compartilhamento de voos com a Azul
A Latam anunciou hoje o encerramento do polêmico acordo de compartilhamento de voos (code-share) com a rival Azul. O acordo terá fim a partir de 22 de agosto deste ano. De acordo com a empresa, a decisão foi impulsionada pela tendência de melhora do mercado de aviação no Brasil.
A companhia aérea ressaltou que a procura por viagens dentro do Brasil vem aumentando gradualmente com a expectativa da celeridade no processo de vacinação. “Frente a este cenário, o acordo passa a ter menos relevância, uma vez que as malhas aéreas se recompõem e alcançam níveis próximos do período pré-pandemia, possibilitando assim que as empresas tenham melhores condições para voltarem a vender seus próprios voos”, informou a empresa em um comunicado para a imprensa.
“A dissolução deste acordo está alinhada entre ambas as empresas e não trará qualquer impacto aos passageiros”, informou a Latam. O acordo também inclui acúmulo recíproco de pontos nos programas Latam Pass e TudoAzul.
Retomada dos voos domésticos no Brasil
A previsão da Latam é operar em torno de 90% da malha doméstica de antes da pandemia até dezembro de 2021. Atualmente, a empresa está operando 49% do que operava no mesmo mês em 2019. Essa projeção é superior à de abril deste ano, quando a companhia operou 38%.
A empresa prevê ainda a contratação de 750 pilotos e comissários de bordo até o final do ano. Adicionalmente, estão chegando ao Brasil sete aeronaves modelo Airbus A320 para fortalecer a malha doméstica.
“Já estamos operando todos os destinos que operávamos na pré-pandemia a partir do aeroporto internacional de Guarulhos e estamos voltando com algumas rotas a partir de Congonhas. Adicionalmente, temos programado novos destinos que lançaremos em breve. Em maio, iremos operar 250 voos diários e para julho programamos operar em torno de 400 voos diários”, comentou Jerome Cadier, CEO da Latam. “No mercado internacional, seguimos confiantes na abertura das fronteiras com o processo avançado de imunização tanto nos EUA quanto na Europa”, complementa Cadier.
Paralelamente, o grupo anunciou um plano agressivo de crescimento da frota de cargueiros na região como um todo, passando de 11 a 21 aeronaves 767 dedicadas à carga.