Novo equipamento permite avião dar marcha à ré com motores desligados
Novo equipamento permite avião dar marcha à ré com motores desligados
Você sabia que os aviões não têm marcha à ré? É por isso que eles precisam ser rebocados na hora de deixar a ponte de embarque e seguir para a pista de decolagem – o chamado pushback. Mas isso pode estar com os dias contados!
Um novo equipamento chamado WheelTug promete facilitar as manobras das aeronaves nos aeroportos e por fim aos pushbacks. Desenvolvido por uma empresa norte-americana, o mecanismo se baseia em um motor acoplado à roda que permite que as aeronaves possam dar marcha à ré no momento de deixar os fingers nos aeroportos ou para parar no hangar e mesmo taxiar pelo aeroporto sem usar os motores.
Economia
Reduzindo o tempo em solo, custo de pessoal e de equipamentos, o novo processo com o WheelTug pode gerar uma economia de US$ 300 a US$ 2.500 por voo, segundo estudo da consultoria Deloitte. Esta cifra pode chegar até US$ 6 milhões anuais por aeronave.
O WheelTug é acoplado à roda dianteira da aeronave. Na cabine é instalado um equipamento simples com monitores de video, onde o piloto poderá controlar o movimento para frente ou para trás e observar a manobra. O próprio manche do avião dá a direção a ser seguida, direita ou esquerda. Todo o processo é feito com os motores desligados, economizando combustível. A saída do finger poderá ser feita em apenas 1 minuto.
Segundo a fabricante, a instalação do equipamento é simples e não provoca alterações na configuração da aeronave, pois só pesa 130 kg e tem menos de 8 centímetros de espessura.
Pedidos
O WheelTug tem potência para empurrar um avião com até 84 toneladas e já foi testado num Boeing 737 (veja no primeiro vídeo). Pode também ser utilizado no Airbus 320. De acordo o fabricante, o WheelTug já conta com 2.200 encomendas de 26 companhias aéreas, entre elas estão a KLM, IndiGo, Malaysian Airlines, Ethiopian e FlyDubai.
A empresa aguarda agora a liberação e certificação do WheelTug pela a FAA, Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos. A expectativa é que todo o processo legal termine no fim de 2021.
Apesar de todos os benefícios e facilidades, a utilização do WheelTug não é bem visto pelas fabricantes Boeing e Airbus e principalmente pelos sindicatos. Com o novo equipamento, alguns empregos deixarão de existir e os pilotos terão que agregar novas funções que não estão no contrato. Por isso, as companhias norte-americanas já declararam que não instalarão o WheelTug devido à burocracia jurídica de alterar todos os acordos com os pilotos efetivos.
Agora vamos esperar para esta nova tecnologia estar em uso e nossas partidas serem mais rápidas e com menos atrasos.