Os Estados Unidos reabriram nessa semana para os brasileiros e claro que já tem leitor do Melhores Destinos aproveitando para matar a saudade! O Eduardo Moreira viajou para Miami com a American Airlines acompanhado da mãe e da filha e preparou uma avaliação excelente de como está sendo viajar para o país nesse momento! Confira como foi a experiência dele da reserva dos voos à passagem pela imigração em Miami, incluindo a viagem no Boeing 787 da companhia!

Após remarcar três vezes minha viagem a Miami que deveria ter acontecido em 2020 devido à pandemia, finalmente as fronteiras dos Estados Unidos reabriram e consegui emitir os bilhetes.

Aqui uma ressalva, estou viajando com uma criança de 5 anos e uma idosa de 71 anos, então acredito que esse relato seja útil para quase todos os tipos de passageiros.

1. Reserva

Minha reserva foi feita pelo Smiles, aproveitando as milhas e as taxas ainda “reduzidas” para viagens para os EUA.

Na viagem fui acompanhado da minha filha de 5 anos e da minha mãe de 71 anos e nossas passagens de ida/volta tiveram os seguintes custos:

Bilhete: GIG > MIA > GIG (voos diretos de ida/volta)
Custo em milhas: 108.200 (por passageiro)
Taxa de embarque: R$423,08 (por passageiro)
Bagagem incluída: 1 mala de 23kg despachada (por passageiro)

Após a reserva realizada, a marcação de assentos deve ser feita diretamente no site ou no aplicativo da American Airlines e aqui tive uma surpresa: o voo de ida estava bem cheio e não tinha nenhuma opção de assento disponível para 3 pessoas se sentarem juntas, mesmo viajando em um Boeing 787 onde a configuração é 3-3-3, na maioria das fileiras.

Conforme regras da American Airlines, menores não podem viajar separados de um dos adultos, estando na mesma reserva, então liguei para American Airlines para tentar reservar os 3 assentos juntos. Porém, como havia opções de dois assentos juntos, não foi possível, mesmo o outro passageiro sendo idoso.

Então precisei comprar dois assentos preferenciais na fileira 17, sendo que o assento do meio dessa fileira era gratuito, isso gerou um custo extra de US$ 92,62 (por assento), achei bem alto, ainda mais com nossa cotação atual do dólar, mas preferi pagar, para que a nossa viagem fosse mais tranquila e nós três conseguíssemos viajar juntos.

O voo de volta, apesar de também estar cheio, consegui reservar assentos para os três juntos, e com isso não foi preciso mais gastos extras. Minha dica é, assim que o bilhete for emitido já reserve seus assentos junto à American Airlines.

2. Requisitos de Viagem

Como já sabemos, devido à covid, existem algumas regras para o embarque que são exigidas pelo governo dos EUA. Uma delas é o exame negativo de covid. Como sou do Rio de Janeiro, encontrei o Labi Exames, agendei a coleta domiciliar do teste de Antígeno para viajantes, e por garantia, peguei o que sai o resultado em inglês e português. O exame foi feito na minha casa e o resultado saiu bem rápido no site deles, mais um custo extra de R$98,00 (por pessoa) + R$28,00 pela coleta domiciliar, lembrando que esse teste deve ser feito em crianças, respeitando o limite de idade.

Além disso, como estou viajando com minha filha menor e sem a companhia da mãe, precisei fazer a Autorização de Viagem Internacional para menores que estão viajando com apenas um dos responsáveis, a cartilha e o formulário com essas informações pode ser visualizada no site do Conselho Nacional de Justiça. Esse documento, deve ter firma reconhecida do responsável que não está viajando e em 2 vias, mais um custo extra de cerca de R$20.

Após baixar os PDFs do Certificado de Vacinação no site do ConecteSUS, mais uma vez, por garantia, em inglês e português, é hora de usar o aplicativo VeriFly, que a American Airlines tem parceria, para incluir a viagem e adicionar todos os documentos necessários, quando todos os passos do check-list no aplicativo são realizados, aparece um selo verde e você está com tudo OK para a viagem.

3. Check-in

Aqui mais uma surpresa. Dois dias antes do embarque, recebi um e-mail da American Airlines solicitando voluntários para troca de voo, pois tinha mais passageiros que assentos e para piorar não consegui fazer o check-in online que abre 24 horas antes do embarque, no site e aplicativo diziam para fazer check-in no aeroporto.

Entrei em contato com a American Airlines e nem o pessoal de reservas nem o suporte ao site souberam me informar o que realmente ocorreu, talvez por eu estar viajando com minha filha menor e a mãe dela não estar no voo e ser necessário apresentar a autorização. O fato é que tive que chegar ainda mais cedo ao aeroporto para tentar garantir o embarque.

Se acontecer isso ligue e se informe do horário de abertura do check-in no aeroporto, no meu caso, que o voo era à 00:05, fui informado que o check-in ficaria aberto das 19:15 às 23:05, porém, só abriu às 19:45.

No aeroporto, foi muito simples, como já havia feito todo o processo no aplicativo VeriFly, para os 3 passageiros, só precisei apresentar os passaportes e a autorização de viagem para minha filha, todos os documentos exigidos por causa da covid, já tinham sido anexados no VeriFly e com isso o processo foi automático e rápido e não foi necessário apresentar novamente nenhum documento.

4. Embarque

Antes do embarque eu estava um pouco tenso. Muito tempo sem entrar num avião, mas o meu pensamento sempre foi: todos que estão aqui comigo estão com teste negativo para Covid e a maioria, totalmente vacinada, então acho que os voos internacionais são até mais “seguros” do que os nacionais, que não têm essas exigências.

O embarque foi tranquilo, estando com uma criança e uma idosa, tive prioridade. A chamada começou às 23:15 e as portas do avião foram fechadas às 23:55, iniciando o procedimento para decolagem que aconteceu às 00:30.

5. Voo

Por causa do final do horário de verão nos EUA, que ocorreu em 7 de novembro, o voo da American Airlines passa a sair do GIG à 00:05. O passageiro deve ficar atento, pois muitos se confundem com o dia do embarque, particularmente, como viajo com uma criança, acho esse horário bem ruim, mas para a maioria dos passageiros pode ser que seja um bom horário.

Após a decolagem, o jantar começou a ser servido à 00:55, e concluído o serviço às 02:00, as luzes da cabine foram mantidas em tom agradável durante todo o serviço. Já no café da manhã foi servido um kit com sanduíche e barrinha de cereal e bebidas uma hora antes do pouso, que ocorreu às 06:45 (horário de Miami)

O avião é bem moderno, mas não é confortável na classe econômica, a disposição dos assentos é 3-3-3, porém, no final do corredor tem algumas fileiras 2-3-2.

Tenho 1,79 m de altura e fiquei com os joelhos quase encostando no assento da frente. Nessa fileira, a janela não tem uma boa vista, já que está localizada bem em cima da asa, e as “cortinas” são eletrônicas, escurecendo o vidro ao toque do botão.

A parte de entretenimento é bem completa, tendo diversas opções, inclusive filmes novos. Na área infantil também tem algumas opções legais, como lançamentos da Disney.

Durante todo o voo o uso de máscara é obrigatório e os comissários ficam circulando, exigindo que as pessoas permaneçam com as máscaras mesmo se estiverem dormindo. A única exceção é no momento da refeição.

Na refeição tinham opções de pasta ou beef, e aqui eu realmente não gostei. A carne, na verdade, era uma tentativa de estrogonofe que não estava muito legal. A massa estava boa. Além disso, tinham bebidas normais e alcoólicas.

6. Desembarque

O desembarque foi bem tranquilo, nessa hora os Assentos Preferenciais fizeram diferença, já que eu estava bem mais perto da porta de saída. Consegui desembarcar antes da maioria, podendo seguir mais rápido para a área de Controle de Passaporte no aeroporto, como estávamos no Terminal D, foi necessário pegar um monorail para chegar à Imigração

7. Imigração nos Estados Unidos

A imigração em Miami foi até rápida, mesmo com o saguão bem cheio, o atendimento esta sendo rápido, perguntas de praxe, foto sem máscara e verificação de digitais, e nenhuma pergunta ou exigência de nada relacionado à covid.

8. Conclusão

Mesmo com novas regras, a tensão era por ser algo novo, mas a verdade é que, cumprindo as exigências e fazendo o passo a passo no aplicativo VeriFly, a viagem ocorreu da mesma forma que sempre foi – tirando o estresse de ficar horas e horas de máscara.

Se é isso que você quer, não desista! Se prepare, escolha seu destino, cumpra os requisitos e aproveite, viajar ainda é umas das melhores coisas da vida!!