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Como é voar do Brasil à Austrália com a LAN

Denis Carvalho
24/07/2012 às 15:01

Como é voar do Brasil à Austrália com a LAN

A LAN é uma velha conhecida dos leitores do Melhores Destinos e goza de uma ótima reputação entre os membros da comunidade. Basta ver os comentários na primeira avaliação que postamos da companhia ou nos posts de promoções da LAN que publicamos. Foi justamente um destes posts que chamou a atenção de nosso leitor Felipe Boff para uma ótima promoção para Sydney. Resultado: alguns meses depois ele embarcava com a esposa em um voo com a LAN para o outro lado do mundo, experiência que ele relata a seguir com detalhes para os demais leitores. Embarque com ele nessa longa jornada e confira os prós e contras de voar para a Oceania com a companhia chilena:

Essa viagem começou aqui mesmo pelo Melhores Destinos, em novembro do ano passado. Durante um sábado à tarde, verifiquei através do site que a LAN estava com promoções de passagens para vários lugares saindo de São Paulo. Dentre esses lugares estava Sydney e após conversar com minha esposa resolvemos reservar o mês de junho para essa viagem. Como a Austrália é quase tão grande quanto o Brasil e quase tão longe quanto a lua (para nós, que somos de Porto Alegre, a viagem de volta demorou 31h30  desde de o momento que saímos do hotel em Sydney até nossa casa em Porto Alegre),reservamos quase 30 dias para ficarmos por lá.

Compra

Bom, mas vamos ao que interessa. Comprei as passagens diretamente no site da LAN, foi fácil e sem grandes problemas para a compra em si, tive problemas apenas com o stopover na Nova Zelândia que era permitido por mais USD 75. Não consegui reservar pelo site durante a compra, assim, liguei para a central de atendimento um minuto após ter o código da reserva. A atendente me falou que o stopover era permitido pelo valor que estava no site desde que houvesse assentos na mesma classe tarifária, o que em meu caso não havia.

Outra situação que não chega a ser um problema mas é chata: a LAN mudou três vezes o meu voo que saía de São Paulo para Santiago. Na última mudança o horário de conexão ficou tão apertado que liguei para a LAN e pedi para mudarem mais uma vez o voo, o que foi feito sem custo adicional e nos proporcionou um dia muito prazeroso em Santiago. Esse é um dos problemas quando se compra passagem com muita antecedência, vai saber se até a data do voo não haverão alterações nas malhas aéreas das companhias.

Realizei quatro voos com a LAN (o trecho Porto Alegre-São Paulo foi com a TAM): São Paulo-Santiago (ida e volta) nos dias 05/06/2012 e 03/07/2012 e Santiago-Auckland-Sydney nos dias 05/06/2012 e 03/07/2012 (ida e volta).

Check-in

O check-in em São Paulo foi tranquilo, tentei fazer nos totens de auto atendimento mas não consegui, sendo assim fui para a fila. Como o nosso voo era o primeiro da LAN naquele dia, a fila estava tranquila – também pudera nosso voo era às 07h10min e chegamos ao aeroporto às 4h30. Chegamos cedo pois nossos lugares não estavam marcados, a classe de nossa tarifa não permitia, queríamos garantir que pudéssemos fazer todos os voos juntos e que, principalmente no voo para a Austrália, pudéssemos sentar no corredor do canto onde há somente dois assentos, como chegamos cedo conseguimos ficar bem posicionados em todos os voos de ida.

São Paulo a Santiago

O voo para Santiago foi com um Airbus 319 relativamente novo. Poltronas revestidas em couro e um bom espaço entre as poltronas (tenho 1,80 de altura), mas sem entretenimento individual. Havia as telas coletivas anexas aos bagageiros superiores. Já na entrada do avião você pode pegar jornais chilenos para dar uma lida durante o trajeto. O voo saiu sem atraso sendo bem tranquilo e o atendimento foi muito bom. Nos serviram um ótimo café da manhã, com talheres de metal e copo de vidro, algo que me impressionou, assim como a toalha que vem junto, na realidade é apenas um guardanapo que vem junto com a refeição, mas que mais parece uma toalha (tirei uma foto para mostrar o tamanho).

Chegando a Santiago foi distribuído um tipo de pasta bem legal com o que era preciso para entrar no Chile, assim como informações sobre Santiago, achei muito bacana isso. Como teríamos o dia todo livre – nosso voo para Austrália seria apenas às 23h3 –  já estava decidido que iriamos a Santiago dar uma volta. Ai enfrentamos mais alguns problemas, pedimos informações para o pessoal de terra da LAN se o nosso check-in feito no Brasil já valeria para o Chile, já que tínhamos os cartões de embarque impressos. O pessoal não sabia dizer, falaram que teríamos que pagar a taxa de embarque novamente para poder entrar na sala de embarque.

Mesmo sem as informações, fomos passear e voltamos à noite, quando resolvemos que iríamos tentar entrar na sala de embarque e passar pela imigração com o cartão emitido no Brasil. Para a nossa sorte, conseguimos passar sem nenhum pagamento extra, apenas tivemos que suportar a agente de imigração chilena mal humorada. Detalhe, eu não achei nada bom o aeroporto de Santiago, havia estado lá há bastante tempo mas não tinha ficado nem uma hora, agora que fiquei um pouco mais pude constatar que o mesmo não é bom.

Santiago – Sydney

Os voos para a Austrália são realizados em um Airbus 340-300, o qual não é um primor de novo mas estava em boas condições. Esse voo Santiago-Sydney é a grande razão de eu escrever algo tão detalhado para o MD, pois procurei muito um relato sobre esse voo e não pude encontrar nenhum, fiquei meio frustrado e prometi que seria detalhista quando o fizesse.

Antes de mais nada, preciso dizer que o voo é MUITO longo! Imaginem ficar mais de 14 horas trancado no avião! Pois é, isso acontece nesse voo. Porém, não é um martírio – o avião não é novo, mas estava em boas condições, conforme mencionei acima, tinha entretenimento individual (o qual chama-se “In”) com muitas opções de música, filmes e seriados. Os assentos já estão meio que para lá da vida útil, alguns bem sujos, mas possuem bom espaço entre as poltronas e também era o que menos importava depois do dia exaustivo que tivemos em Santiago.

Como fizemos um voo em junho e outro em julho conseguimos pegar lançamentos diferentes nos filmes, algo que eu achei bem legal. Também há uma revista de bordo bem interessante, só que ela está em espanhol e inglês apenas, esta também foi diferente nos voos de ida e volta, sendo que no voo de volta a mesma comentava muito sobre a LATAM – há uma reportagem muito parecido na revista de bordo da TAM

desse mês. O voo de ida ocorre praticamente todo à noite, são muitas horas sem ver a luz do sol. Sem contar que tu perde um dia da tua vida devido ao voo ser westbond: saímos daqui dia 5 e chegamos lá dia 7. Durante o voo foi servido três refeições (uma janta que pode ser classificada como almoço devido ao fuso maluco) e dois cafés da manhã. Tudo com talheres de metal e copo de vidro.

Auckland

Explico o porquê de dois cafés da manhã. O voo que sai de Santiago para Sydney faz uma escala em Auckland. Essa escala é um ponto ruim e bom ao mesmo tempo: ruim porque quebra o voo, fazendo com que não seja direto e também porque a Nova Zelândia obriga que os voos que passam em conexão por lá desembarque TODOS os passageiros. Assim, desembarcamos do avião e fomos para uma sala de espera para reembarcarmos (todo o procedimento demora entre 45 minutos e uma hora).

Ai é que a coisa fica boa: o aeroporto de Auckland é ÓTIMO, tem muitas opções e os preços são muito melhores que na Austrália, logo o tempo passa tão rápido que você não sente. Assim, um café da manhã é servido antes de pousarmos na Nova Zelândia e outro depois de decolarmos de lá. Após a refeição principal e antes do primeiro café há no fundo do avião ótimos sanduiches para dar uma enganada na fome, assim como várias opções de bebidas não alcoólicas. Da Nova Zelândia à Austrália são três horas de viagem e depois de tantas horas que se está dentro do avião nem sente-se mais, passa rápido. A chegada ao aeroporto de Sydney é tranquila, o processo de imigração é mais ou menos moroso, porém as filas não chegam perto das dos EUA, eles tem um GRANDE controle com a questão de alimentos levados para lá (DICA: não leve alimentos).

Austrália e retorno

Uma pequeno parênteses sobre a Austrália: é um país maravilhoso! Se você quer viajar e não pensa e gastar grana comprando durante a viagem a Austrália deve estar na sua lista de destinos antes dos Estados Unidos. Viajamos muito dentro da Austrália, usamos as três maiores companhias de lá, Virgin Australia, Qantas e Jetstar (que é a afiliada de baixo custo da Qantas), todas foram boas, porém a Jetstar é a legítima baixo custo europeia, mas a avaliação dessas viagens é para outro comentário.

O Check-in em Sydney é realizado em estandes com a marca da LAN, porém por funcionários da Qantas – como as duas fazem parte da aliança OneWorld acredito que haja essa troca. O processo foi bem tranquilo e rápido, assim como no voo de ida não tínhamos lugares marcados, logo chegamos cedo ao aeroporto para garantir bons lugares. Os voos de volta foram basicamente iguais aos da ida, com conexão na Nova Zelândia. Há três refeições no voo e entre o intervalo entre a segunda refeição (que seria uma janta) e o café da manhã perto de Santiago há lanches no fundo do avião -nesse voo além dos sanduíches havia um bolo de cenoura com gosto de canela, muito estranho mas muito bom também.

Um fato interessante é que o voo saiu da Nova Zelândia às 15 horas do dia 3 de julho de 2012 e pousou em Santiago às 11h30 da manhã do dia 3 de julho –  considerando que o voo decolou de Sydney às 9h30 do mesmo dia 03 de julho “perdemos” apenas duas horas na volta!

Eu tenho uma filha de seis anos, a qual não estava viajando conosco, logo o que vou falar não é culpa das crianças, mas certamente é um problema nesses voos longos: nas duas fileiras de poltronas em frente à nossa no voo Sydney-Santiago havia crianças de colo, as quais nos deram o prazer de uma serenata de choro em forma de revezamento por mais de seis horas. Realmente foi algo complexo de gerir, as mães já não sabiam mais o que fazer, porém não há o que se possa fazer a não ser tentar dormir ou aumentar o volume dos fones, a qual foi minha opção.

O voo de Santiago para São Paulo foi realizado em um Boeing 767 pau velho… ops, meio antigo e bem gasto, mas tinha entretenimento individual que funcionava em algumas poltronas. Acreditem: nem as luzes do corredor funcionavam direito, na hora do serviço de bordo eles ligaram as luzes de leitura de todas as poltronas para servir a refeição, porém como o voo estava relativamente vazio deu para aproveitar. Na chegada a São Paulo ficamos mais de meia hora dentro do avião esperando um gate para o desembarque, claro que isso não é culpa da LAN.

Conclusão

Em resumo, gostei muito do atendimento do staff da LAN, o pessoal é simpático e se esforçou em ajudar dentro das possibilidades da classe econômica. Não houve atrasos consideráveis e nenhum incidente durante os voos, na realidade só uma passageira pedindo atendimento médico durante um dos voos, como havia um médico a bordo a situação foi tranquilamente contornada pela tripulação. O voo é looongo, mas vale apena. Os destinos (Austrália e Nova Zelândia) são lindos, tendo um povo muito hospitaleiro. Agradeço ao Melhores Destinos por permitir-me compartilhar essa experiência!

Agradecemos ao Felipe pelo ótimo relato de sua viagem com a LAN, que certamente será importante para outros leitores que pretendem voar com a empresa. E você? Já viajou com a LAN para a Austrália ou outro destino? Deixe sua impressão nos comentários abaixo! Se fez ou vai fazer uma viagem com alguma empresa aérea que ainda não foi avaliada aqui no Melhores Destinos ficaremos felizes em publicar sua avaliação: entre em contato com a gente pelo e-mail dicas@melhoresdestinos.com.br Você  pode conferir todas as avaliações publicadas neste post.

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