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Vai ficar mais barato? Passagens aéreas vão ter cotas com ‘teto’ de preços

Daniel Akstein Batista
18/12/2023 às 17:44

Vai ficar mais barato? Passagens aéreas vão ter cotas com ‘teto’ de preços

O Ministério de Portos e Aeroportos e as três principais companhias aéreas brasileiras (Azul, Gol e Latam) anunciaram hoje algumas medidas para tentar reduzir os preços das passagens aéreas no país, entre elas a oferta de bilhetes com um teto máximo de até R$ 799. Esse valor, no entanto, é até maior do que a média dos preços cobrados em 2023.

Essa é a primeira etapa do Plano de Universalização do Transporte Aéreo lançado pelo Governo. Em comum acordo, as três companhias aéreas vão oferecer uma cota de passagens com preços (teoricamente) mais acessíveis.

Cada empresa pode estipular o seu próprio limite de valor, sendo que as passagens dessa cota precisam ser compradas pelos passageiros com uma antecedência de ao menos 14 dias antes da data do voo.

A Azul afirmou que em 2024 vai colocar 10 milhões de passagens ao preço de até de R$ 799 por trecho. A Gol avisou que vão ser 15 milhões de assentos com valores de até R$ 699 no próximo ano.

A Latam não divulgou quantas passagens com ‘teto’ máximo serão vendidas nessa nova medida, mas afirmou que a companhia vai lançar um promoção semanal com um destino custando até R$ 199.

Apesar do anúncio, precisamos ver como será o funcionamento do Plano na prática, já que a média dos valores das passagens nesse ano não chega ao teto estipulado pelas companhias.

Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a tarifa média em 2023 por enquanto é de R$ 644,50. Em setembro, o preço médio das passagens aéreas nos voos domésticos foi de R$ 747,66 – esse valor foi o maior já registrado pela agência desde 2010, segundo matéria da Folha de S. Paulo, e mesmo assim está abaixo do teto estipulado pela Azul.

Outros benefícios

Além das cotas com valor máximo das passagens aéreas nos voos nacionais, as companhias anunciaram também outras medidas que podem ajudar a diminuir o valor de uma viagem.

No evento realizado hoje em Brasília, o CEO da Azul, John Rogerson, disse que a companhia vai criar uma nova tarifa flexível para os passageiros que comprarem bilhetes em cima da hora, podendo ter gratuidade no despacho de bagagem e na marcação de assento. Ele não informou, no entanto, como isso vai acontecer.

A Gol afirmou que vai ter a partir de 2024 promoções para as passagens aéreas compradas com antecedência de pelo menos 21 dias e também para quem comprar os bilhetes na semana do voo. Os passageiros que comprarem o bilhete em cima da hora também vão ter alguma vantagem na questão de bagagens ou remarcações, afirmou o presidente da companhia, Celso Ferrer.

Já a Latam se comprometeu com quatro ações para 2024: as passagens semanais por até R$ 199; aumentar a oferta de bilhetes em 10 mil assentos por dia; aumentar as campanhas publicitárias para orientar os passageiros; acabar com a validade de dois anos dos pontos: ao voar com a companhia, os pontos não terão mais prazo de vencimento.

Novos aeroportos no Brasil

Para tentar reduzir o preço das passagens aéreas, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o Governo está atacando em três frentes:

  • Tentar reduzir o valor do combustível. Segundo o ministro, a pasta está conversando a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia para diminuir o valor do querosene da aviação;
  • Diminuir o número de processos judiciais. As companhias reclamam muito dos altos custos que têm ao se defender dos processos aqui no país: elas gastam cerca de R$ 1 bilhão por ano com isso. Elas conversam com o Judiciário para “dar mais segurança contra a enxurrada de judicialização”.
  • Construção de novos aeroportos no Brasil. A ideia da pasta é a construção de 120 aeroportos nos próximos três anos. De acordo com Costa Filho, serão 10 aeroportos na Amazônia e entre 30 e 40 no Nordeste.

Sobre o Programa ‘Voa Brasil’, que vai oferecer passagens de R$ 200 para um público específico (aposentados, estudantes e servidores públicos com salário de até R$ 6,8 mil), o Governo espera que ele seja lançado já no próximo mês, na segunda quinzena de janeiro.


O que você achou dessas medidas, acredita que o valor da passagem aérea vai diminuir em 2024? Participe dos comentários.

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