Latam vai usar robôs para matar vírus e bactérias com luz ultravioleta

A Latam acaba de criar um robô autônomo para fazer a limpeza de suas aeronaves com luz ultravioleta (UV) que, somada a outros procedimentos de higienização, pode eliminar até 99,9% dos vírus e bactérias a bordo.

Toda a tecnologia foi 100% desenvolvida pela companhia aérea. Os estudos começaram em junho, após a conclusão de pesquisas internacionais sobre a aplicação da luz ultravioleta tipo C (UV-C) na higienização de ambientes. Desde então, a Latam reuniu seus próprios engenheiros para construir uma solução adequada à sua realidade, com custo menor do que os equipamentos já disponíveis no mercado. O processo contou com suporte e parceria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Para que funcionários não sejam expostos à luz UVC, o robô irá atuar na limpeza das aeronaves de forma totalmente autônoma, ficando a bordo entre 17 e 35 minutos, dependendo do tamanho dos aviões. Inicialmente, o procedimento será realizado no pernoite das aeronaves no Aeroporto de Guarulhos. Nos próximos meses, o equipamento já deve começar a ser utilizado em outras localidades.

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Segundo a Latam, todos os demais processos de higienização interna das aeronaves serão mantidos normalmente, incluindo a limpeza manual dos pontos de contato frequentes do passageiro (maçanetas, vasos sanitários, apoios de braços, cintos, telas, interruptores de luz e chamada, bolsões dos assentos, janelas e bandejas) em todas as fases do voo, e sanitização proativa de toda a cabine com o uso de desinfetante de quaternário de amônio, álcool 70% e outros materiais indicados pela Anvisa e órgãos internacionais.

Mas os raios UVC funcionam contra o coronavírus?

Recentemente a USP investigou se os raios UVC realmente funcionam contra o coronavírus. Pesquisadores concluíram que mais de 99% das partículas virais de Sars-Cov-2 foram inativas in vitro (em placas de laboratório) após a irradiação de UVC. No entanto, uma nota da Anvisa divulgada em agosto deste ano pondera que pesquisas como estas são realizadas em condições muito específicas e controladas, o que não ocorre na vida real. A radiação não atravessa, por exemplo, superfícies opacas e o resultado da limpeza também pode depender da potência da lâmpada e do tamanho do ambiente em que a luz é aplicada.

O que achou da nova tecnologia da Latam? Se sentirá mais seguro viajando em aeronaves higienizadas com luz ultravioleta? Participe nos comentários!