Infraero adia abertura da lanchonete popular em Congonhas
Infraero adia abertura da lanchonete popular em Congonhas
A lanchonete popular do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não tem mais data para sair do papel. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) prometia a loja para este mês, mas rescindiu na semana passada o contrato com a CD Plan, vencedora da licitação, que não cumpriu as exigências estabelecidas em contrato, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo. A lanchonete popular vende lanches e alimentos com preços tabelados, semelhantes aos cobrados no comércio normal da cidade e geralmente muito abaixo dos valores cobrados nas demais lanchonetes dos aeroportos.
Com a rescisão, a estatal convocou a segunda colocada na concorrência, a RA Catering, dona de outras lanchonetes em diversos aeroportos do país (até em Congonhas) e também responsável por serviço de refeições a bordo de algumas companhias aéreas. Com isso, o processo de apresentação e aprovação recomeçou e o prazo para que a lanchonete seja instalada está indefinido.
Segundo o jornal, a CD Plan alega que a Infraero foi “intransigente” na rescisão e teria entregue uma área menor do que a prometida em contrato. “A área licitada no edital é de 68,57 metros quadrados, mas, quando chegamos lá, vimos que o lugar tem 56,4 metros quadrados. São 12 metros a menos”, reclama o advogado da empresa, Paulo Solano. “Isso impacta toda a operação, a quantidade de equipamentos que vamos conseguir colocar e nossa remuneração. Só que, em vez de tentar renegociar, eles preferiram rescindir.”
A Infraero cobraria da empresa um valor de aluguel mensal de R$ 67 mil pela lanchonete. Segundo Solano, a CD Plan queria uma revisão do valor do aluguel, de acordo com a nova metragem, mas não houve conversa. “Temos total know-how do processo, mas houve uma certa intolerância por parte da Infraero. Vamos recorrer”, diz Solano. A empresa é a mesma que opera a primeira lanchonete popular a entrar em funcionamento, a do Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. Também tem quiosques de comida instalados em estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo.
Os 12 metros de área a menos não foram o único entrave à construção da lanchonete. Dos três projetos elaborados pela CDPlan – arquitetônico, elétrico e hidráulico -, o último foi reprovado pela Infraero. Para a estatal, a inaptidão da empresa nesse quesito foi o principal motivo que levou à rescisão. “A empresa apresentou projetos incompletos, o que comprometia a estimativa de execução da obra”, disse a Infraero.
Sobre a área menor, a estatal admitiu que houve um “equívoco na informação da metragem”, mas todos os esclarecimentos foram dados à empresa. Diz ainda que a CD Plan teve tempo suficiente para, antes da assinatura do contrato, ir até o espaço e fazer uma vistoria em relação à área da futura lanchonete. A Infraero afirma também que quem fixa o preço do aluguel é o concessionário, e o valor é cobrado pelo ponto, não pela metragem da área.
Restaurante
Enquanto São Paulo enfrenta problemas, o Aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, deve receber o primeiro restaurante self-service com preços controlados. De acordo com a Infraero, o estabelecimento terá o peso por quilo e uma lista de produtos com preços diferenciados, determinados por meio de pesquisa no mercado local. Além dos preços, o edital define também as variedades mínimas de opções de comida disponíveis no buffet.
O edital prevê a concessão de uma área de 104,82 metros quadrados no terraço do terminal de passageiros e dois outros espaços no subsolo para o estoque de suprimentos. O prazo máximo previsto em edital para o início do funcionamento do restaurante é de cinco meses, contados a partir da assinatura do contrato. A abertura da licitação está marcada para o dia 22 de abril.
De acordo com a Infraero, o modelo da loja é uma variação do conceito das lanchonetes populares. A intenção é oferecer uma opção mais acessível de alimentação para os usuários de aeroportos e estimular a competição. A Infraero prevê a instalação de estabelecimentos com preços controlados em todos os aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo.
Com informações do Estado de São Paulo e do Terra