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Governo português ameaça reestatizar a TAP, após recusa de condições para empréstimo

Leonardo Cassol
30/06/2020 às 9:45

Governo português ameaça reestatizar a TAP, após recusa de condições para empréstimo

O Conselho de Administração da TAP reprovou ontem as condições impostas pelo governo português para concessão de um empréstimo 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 7,2 bilhões) à companhia aérea. A decisão desagradou o governo e desencadeou uma crise. O ministro da Infraestrutura, Pedro Santos, afirmou que o governo não vai ceder e classificou a postura da Atlantic Gateway, empresa controladora da TAP liderada pelo brasileiro David Neeleman, como inaceitável.

De acordo com o jornal português Expresso, o motivo da ruptura seria uma cláusula que permite aos investidores privados recuperarem o dinheiro que emprestaram à TAP através de prestações acessórias no caso do governo reforçar sua participação acionária na empresa. O governo teria exigido que essa cláusula fosse retirada, mas Neeleman não aceitou. Houve uma tentativa de negociar uma redução desse montante, mas a diferença de posições teria inviabilizado o acordo.

Segundo o Expresso, o ministro da infraestrutura afirmou que vai trabalhar para que o governo português retome o controle da TAP e para a saída de Neeleman. O processo de estatização já estaria sendo preparado para apresentação na Presidência do Conselho de Ministros.

“Espero que se encontre uma saída acordada que garanta paz à TAP e evite litígios futuros”, acrescentou, garantindo que “estamos preparados para tudo”. “Não vamos ceder nas nossas condições e estamos preparados para intervencionar e salvar empresa”, disse Pedro Santos ao Expresso.

A TAP teve um prejuízo de 395 milhões de euros (quase R$ 2,4 bilhões) no primeiro trimestre de 2020, já com reflexos da pandemia de coronavírus. A empresa afirmou que pode ter que devolver aeronaves caso não receba ajuda do governo, já tendo programado a entrega de 6 aviões cujos contratos de leasing vencem em 2020, disse no comunicado.

Será que as ameaças são apenas uma estratégia de negociação para que a TAP aceite as condições do empréstimo, ou o governo português está de fato determinado a retomar o controle e estatizar novamente a empresa? Vamos acompanhar os desdobramentos!

É bom lembrar que a Lufthansa também rejeitou incialmente os termos para receber o empréstimo de 9 bilhões de euros. Mas, depois, as duas partes chegaram a um acordo.

Com informações do jornal português Expresso

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