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Gol estuda entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, diz jornal

Daniel Akstein Batista
15/01/2024 às 14:22

Gol estuda entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, diz jornal

Com dívidas que giram em torno de R$ 20 bilhões e sem caixa suficiente para honrar todos os seus compromissos de curto prazo, a Gol avalia entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos nas próximas semanas.

A notícia foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo e, segundo a matéria, a companhia aérea tenta viabilizar um plano de reestruturação de dívidas entre as partes envolvidas sem precisar acionar a Justiça, mas esse possibilidade pode não ir adiante devido ao grande número de interessados, como credores e lessores (arrendadores de aeronaves).

Ao optar pelo Chapter 11 da lei norte-americana, a Gol deve seguir o mesmo caminho da Latam, que em 2020 também se apresentou ao Tribunal nos EUA e, dois anos depois, se fortaleceu e concluiu seu processo de reestruturação.

Segundo pessoas envolvidas na negociação ouvidas na reportagem, “a estratégia de abrir um processo Tribunal de Falência de Nova York é a melhor saída, especialmente porque lá as regras são previsíveis”.

Agências de risco dizem que a dívida financeira da Gol é de R$ 20 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões devem vencer em até 12 meses. E a empresa, apesar de ter resultados positivos, está sem novas garantias e caixa suficientes para honrar os seus compromissos.

A Gol, por meio de sua assessoria, afirmou ao jornal “que mantém seus esforços para melhorar a lucratividade, fortalecer seu balanço para posicioná-la, no longo prazo, como empresa que democratizou o transporte aéreo no país”. E diz que “está em discussões com seus stakeholders financeiros sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações.”

Caso entre com o pedido de recuperação judicial – e a Justiça americana aceite -, a Gol terá todas as suas dívidas (até o momento da entrada da ação) congeladas, ganhando tempo para se reestruturar financeiramente.

Na manhã desta segunda-feira, as ações da Gol na B3 caíram em mais de 10%, após a repercussão das notícias sobre o seu possível pedido de recuperação judicial.

Vale destacar que mesmo que a empresa siga com a recuperação judicial, não estão previstos grandes impactos em sua operação no Brasil, já que as empresas de leasing, as fabricantes de aeronaves e demais fornecedores teriam que cumprir as regras da legislação norte-americana, que são favoráveis a manutenção do negócio.

Vamos torcer para que a Gol encontre o melhor caminho para se reestruturar, preservando a competição nas principais rotas da aviação nacional.

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