Projeto pretende treinar cães para detectar o coronavírus em aeroportos

A ONG britânica Medical Detection Dogs acredita que o melhor amigo do homem é capaz de farejar o novo coronavírus como já acontece com outras doenças como câncer, mal de Parkinson e infecções bacterianas. O projeto teve inicio no final de março e deve durar seis semanas. Uma vez treinados, os cães podem ser usados em aeroportos ​​para identificar viajantes infectados com o vírus na chegada a um país ou serem implantados em outros espaços públicos.

A pesquisa se baseia na ideia de que cada doença emite um cheiro distinto e que somente o olfato preciso dos cães seria capaz de identificar. O teste seria rápido, não invasivo e identificaria as pessoas que precisam ser isoladas e submetidas a outros testes. Além disso, os cães também são capazes de detectar mudanças na temperatura da pele e podem indicar pessoas que estejam febris.

A associação trabalha em colaboração com a Universidade de Durham e a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM). Recentemente, esta mesma equipe comprovou que cachorros podem ser treinados para detectar a malária.

Durante a pesquisa, os animais sentirão o cheiro de diferentes amostras e serão ensinados a indicar quando identificarem exemplares do vírus.

Claire Guest, diretora e cofundadora da Detection Dogs, está confiante de que os cães sejam capazes de detectar o novo coronavírus, mas explica que o maior desafio será capturar com segurança o cheiro do vírus nos pacientes infectados e expô-los aos animais. Ela disse ainda que o objetivo é que qualquer pessoa, mesmo sem sintomas, possa ser identificada pelos cães.

O projeto é interessante já que facilitará a identificação de passageiros contaminados em aeroportos. Atualmente, a forma mais comum de identificar pessoas contaminadas em aeroportos é através da aferição de temperatura corporal que não é eficiente no caso de portadores assintomáticos.

Com informações do portal de notícias AFP.