Azul vai ter nova rota internacional em 2024, para um querido destino de neve

Comemorando 15 anos de história, a Azul planeja novos voos internacionais para os próximos anos, já com uma novidade: no meio de 2024, terá uma rota especial para Bariloche, na Argentina, um destino de neve bastante querido pelos turistas brasileiros.

Em um evento na sede da Azul em Barueri (SP), o CEO da companhia aérea, John Rodgerson, confirmou o novo voo, mas sem dar muitos detalhes. A ideia é ter de duas a três frequências por semana durante a temporada de neve na Argentina, quando a procura por voos para Bariloche pelos brasileiros aumenta.

Segundo o executivo, os voos vão partir do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, principal hub da Azul no Brasil. Antes da pandemia, a companhia já voava para a Argentina, mas para a capital Buenos Aires.

Baixe o app do Melhores Destinos para não perder todas as ofertas de passagens aéreas, incluindo as passagens para Bariloche assim que a Azul começar as vendas.

Durante o evento comemorativo, a Azul anunciou também a compra de outros quatro aviões A330neo (três já haviam sido encomendados à Airbus em junho desse ano), que vão reforçar a malha internacional da companhia a partir de 2026. Com a chegada das novas sete aeronaves, o A350 que faz a rota entre Brasil e Paris vai sair da frota. “A ideia é ter uma frota internacional completa de A330neo”, disse Alexandre Malfitani, CFO da Azul.

Os executivos da companhia afirmaram que a nova aquisição de aviões vai fazer com que a Azul tenha uma expansão de voos internacionais. “Mas ainda não vamos anunciar as novas rotas porque o concorrente pode querer fazer o mesmo antes”, ressaltou Malfitani.

John Rodgerson e Alexandre Malfitani durante evento comemorativo dos 15 anos da Azul

Valores das passagens

Além dos novos A330neo, a Azul vai receber outras 19 aeronaves novas no ano que vem, entre Airbus, Embraer e ATR. “Essas aeronaves mais modernas são também mais econômicas, gastando menos combustível”, apontou Rodgerson.

Apesar dessa economia de combustível durante os voos, o CEO da companhia não consegue cravar que os preços das passagens aéreas vão cair já em 2024, pois depende de muitos fatores externos.

“O preço do combustível dobrou desde 2019”, afirmou. “O custo de capital da nossa indústria (aviação civil) aumentou muito nos últimos anos. Temos o combustível mais caro do mundo, os juros dobraram e o dólar desvalorizou”, acrescentou. Segundo o executivo, já há tratativas com o Governo para tentar melhorar a situação. “Ninguém está satisfeito com essas tarifas altas, nem a gente. Não está acessível para o pobre voar”, afirmou.

Apesar de não afirmar que o valor das passagens pode diminuir, ao menos Rodgerson imagina que não deve subir. “Não temos perspectiva de aumento na tarifa no ano que vem. O que vamos fazer é se esforçar para reduzir nossos custos através da nova tecnologia dos aviões, principalmente com os E2 chegando”.

John Rodgerson reclamou também da falta de apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “Eles estão financiando o país errado, isso é para ficar louco”, disse, lembrando que a instituição privilegiou parcerias com empresas estrangeiras, como a American Airlines e a Fedex, ao invés de apoiar as companhias nacionais. “O BNDES devia financiar a Azul, a Gol, a Latam”.

Apesar das dificuldades financeiras dos últimos anos (principalmente depois da pandemia), Rodgerson vê com bons olhos o crescimento da Azul, que em 15 de dezembro de 2008 realizou seus dois primeiros voos saindo de Campinas, para Salvador e Porto Alegre. Atualmente, a Azul tem quase mil voos diários para 160 destinos, com a expectativa de 35 milhões de passageiros voando com a companhia em 2024.