“Voar ficará cerca de 25% mais caro”, diz CEO da Latam sobre reforma tributária


“Voar ficará cerca de 25% mais caro”, diz CEO da Latam sobre reforma tributária
“Voar ficará cerca de 25% mais caro”, afirmou o CEO da Latam, Jerome Cadier, em uma publicação no próprio LinkedIn, em que discute sobre a reforma tributária no Brasil e os efeitos que ela pode ter sobre a aviação.
O vice-presidente regional para as Américas da IATA, Peter Cerdá, também não está otimista sobre o assunto. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, disse que o Brasil tem criado diversas barreiras para o desenvolvimento da aviação.
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Reforma tributária
A reforma tributária aprovada no ano passado foi considerada um avanço importante para simplificar o complicado sistema de impostos do Brasil. No entanto, setores específicos da economia estão identificando pontos de atenção, e a aviação é um deles.
Segundo Cadier, apesar da reforma ser positiva no geral, as mudanças propostas para o setor aéreo podem causar um aumento significativo no custo das passagens. E quem vai pagar essa conta? Os passageiros! Sim, ele afirma que, no final, quem paga a conta toda são os próprios viajantes.
“Não são as cias. Elas meramente repassam o imposto pago pelos passageiros”, disse.
Hoje, as passagens domésticas têm uma tributação em torno de 9%. Com a nova proposta, essa alíquota pode subir para cerca de 27%. Já as passagens internacionais, que atualmente são isentas, passariam a ser tributadas também, explicou o presidente da aérea.
Segundo projeções da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), isso pode fazer o preço médio das passagens nacionais saltar de US$ 130 para US$ 160, enquanto o bilhete internacional pode subir de US$ 740 para US$ 935.
Esse seria um aumento considerável que pode impactar o bolso do turista e reduzir até 30% da demanda por voos, conforme levantamento da associação.
O que significa para quem viaja?
Se as mudanças forem implementadas como estão, a tendência é que voar fique até 25% mais caro, disse Cadier. Isso pode afetar não apenas os turistas que viajam a lazer, mas também quem depende de voos para trabalho, saúde ou visitas familiares.
Além disso, com passagens mais caras, o setor aéreo pode sofrer uma queda na demanda, prejudicando companhias aéreas que já enfrentam desafios operacionais, como foi caso da Gol, que estava em recuperação judicial nos Estados Unidos, e da Azul, que entrou nesse processo recentemente.
Mudanças possíveis
As novas regras devem levar alguns anos para entrarem em vigor por completo, e ainda há espaço para ajustes.
O que líderes do setor, como Jerome Cadier, estão pedindo é uma revisão que leve em conta as particularidades da aviação, para que o Brasil não vá na “contramão do mundo”, como ele mesmo diz.
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Leia a reportagem completa no jornal Valor Econômico.