Voo direto entre Brasil e Austrália pode ser realidade nos próximos anos


Voo direto entre Brasil e Austrália pode ser realidade nos próximos anos
O Brasil e Austrália podem ter voo direto nos próximos anos. Este foi um dos assuntos de uma reunião entre o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, e o embaixador da Austrália no Brasil, Timothy Kane, em Brasília. A ideia seria conectar os dois países sem necessidade de uma escala, assim o fluxo de turistas e de negócios pode registrar um grande crescimento, segundo a Embratur.
De acordo com Kane, o estado de Victória, na região sul, teria interesse e recursos financeiros para propor um voo direto entre as cidades de Melbourne e São Paulo.
O voo entre a Austrália e o Brasil pode ser viabilizado pela Qantas, a maior companhia australiana, e que hoje já voa para o Chile. Em 2017, a empresa anunciou o Project Sunrise que tem como objetivo a viabilização dos voos extra longos com duração de mais de 20 horas, incluindo o Brasil – na época a companhia citou o Rio de Janeiro entre os destinos. Para 2023, a Qantas espera operar a primeira rota direta entre a Sydney e Londres, uma viagem de 21 horas operadas por novas configurações de aeronaves de longa distância da Airbus ou da Boeing.
Hoje várias companhias fazem a ligação entre a Austrália e o Brasil, mas todas com conexão. Há voos de mais de 40 horas, com longas escalas, ou de cerca de 20 horas operado pela Latam, via Santiago. Procurada pelo Melhores Destinos, a assessoria da Latam disse que avalia constantemente a demanda de cada região e a futura ampliação de suas operações, mas não confirmou o estudo atual de uma rota direta entre os dois países.
Visto para Austrália
Atualmente, 42 mil australianos desembarcam por ano no Brasil. A Austrália ocupa apenas a 21ª posição no ranking de estrangeiros que visitam o nosso país. A previsão da Embratur é que este número já aumente com a entrada em vigor da isenção de visto brasileiro para australianos. O turista brasileiro ainda precisa de visto para a Austrália, veja como emitir o seu passo a passo.
Voo direto Brasil e Austrália é possível?
O avanço tecnológico proporciona, a cada nova geração aeronáutica, um melhor desempenho das aeronaves. Isto significa: distâncias mais longas com economia de custos. Nas últimas décadas o alcance dos aviões tem aumentado drasticamente. Na década de 70 e 80, longos voos só eram permitidos com diversas escalas. Daqui para o Oriente Médio, o voo parava no nordeste do país e na África. Já da Oceania para Europa havia escalas técnicas no sul da Ásia.
Basta um rápido comparativo, o 747-200 tinha como distância máxima voada 9,3 mil quilômetros. Já o novo A-350 pode voar 15 mil quilômetros. Somente assim, os longos voos são possíveis. Isto já é realidade em muitos lugares e uma grande aposta da indústria aeronáutica, pois os passageiros têm pressa e as escalas custam caro para as companhias.
Está cansado de um voo de cerca de 11 horas para Europa? Imagina voar mais de 18 horas. Este é o tempo que demora o voo mais longo do mundo atualmente. Diariamente o A-350 da Singapore Airlines parte de Singapura rumo a Newark, nos Estados Unidos, para uma jornada de mais de 15 mil quilômetros.
A distância entre Melbourne e São Paulo, em linha reta, é de cerca de 13 mil quilômetros. Claro que as rotas aéreas são mais longas e esta distância será muito maior quando definido o voo entre os dois países, mas, como as novas aeronaves e configurações, esta barreira deve ser ultrapassada tranquilamente
Veja abaixo, os atuais voos mais longos do mundo:
- Newark (EUA) para Singapura: 15,344 km (voo de 18 horas e 25 minutos)
Singapore Airlines – Airbus A350-900 ULR - Auckland (Nova Zelândia) para Doha (Catar): 14,535 km (18h20)
Qatar Airways Boeing 777-200 LR - Perth (Austrália) para Londres (Inglaterra): 14,499 km (17h20)
Qantas Boeing 787-9 Dreamliner - Auckland (Nova Zelândia) para Dubai (Emirados Árabes: 14,200 km (17h20)
Emirates Airbus A380 - Singapura para Los Angeles (EUA): 14,113 km (17h50)
Singapore Airlines – Airbus 350-900/350-900