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Varíola dos macacos em viagens: tudo o que você precisa saber

Mari Kateivas
03/08/2022 às 5:09

Varíola dos macacos em viagens: tudo o que você precisa saber

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recentemente que a varíola dos macacos (monkeypox) é considerada uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”. Diante disso, os viajantes devem se preocupar com o surto da doença no mundo?

Acesso à informação é sempre o caminho mais seguro quando as dúvidas aparecem. Por isso, separamos informações importantes para os leitores do Melhores Destinos saberem se a doença pode afetar as viagens e as precauções necessárias nesse período.

Desde já adianto que, segundo a OMS, o potencial do vírus para interferir em viagens de um país para o outro ainda é considerado baixo. Além disso, nenhuma restrição de viagem está em vigor.

Varíola dos macacos

O Comitê de Emergência da OMS destacou que o vírus da chamada varíola dos macacos tem se espalhado rapidamente por diversos países, aumentando o risco de disseminação internacional. De todo modo, a declaração de emergência serve para tomarmos alguns cuidados, mas sem grandes alarmes.

A organização explica que a transmissão da varíola pode ocorrer por contato físico direto com a pessoa doente ou material contaminado, e sempre que houver exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória.

Por isso, médicos e centros de controle e prevenção de doenças estão alertando para os viajantes evitarem atividades de contato com outras pessoas, devido à forma de transmissão do vírus.

A maior parte dos 25,3 mil casos de varíola dos macacos relatados globalmente, até agora, está na Europa. Para ter ideia das taxas de infecção, os viajantes podem verificar um mapa que indica a contaminação por país, com dados dos órgãos oficiais. Clique aqui.

Como se proteger?

Assim como a prevenção da Covid-19, os cuidados para evitar o contágio da varíola dos macacos ocorrem com o uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Organização Municipal da Saúde também reforça que qualquer pessoa diagnosticada com varíola dos macacos ou que tenha sintomas indicando uma possível infecção pelo vírus deve evitar qualquer viagem até que não seja mais considerada um risco à saúde pública.

O surto em questão está no início, por isso, as orientações sobre a doença podem mudar com o passar do tempo, segundo a OMS.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea (feridas), geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

Não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos, conforme os especialistas. Normalmente, os sinais desaparecem com o tempo, e os remédios receitados pelos médicos são para tratar os sintomas.

Dúvidas dos viajantes

Muita gente com viagem marcada tem andado preocupada por causa da varíola dos macacos. O site The Points Guy selecionou as principais dúvidas dos viajantes e buscou respostas com médicos especialistas. Confira a seguir.

Qual é o impacto da varíola dos macacos nas viagens?

De acordo com os especialistas, para evitar diversas doenças, inclusive a varíola dos macacos, é importante manter as medidas de prevenção que já fomos acostumados durante a pandemia da Covid-19.

Além disso, pesquisar sobre a taxa de infecção da varíola no seu país de destino, a fim de redobrar os cuidados em lugares mais afetados. Eles explicam que não é preciso ter pânico, sendo possível ter uma viagem tranquila.

A recomendação do Melhores Destinos é que você sempre contrate o seguro viagem, independentemente da situação, para ser reembolsado em caso de despesas médicas. A cobertura do seguro depende do que o viajante contratou, por isso, fique atento ao escolher o seu.

O médico Jake Deutsch disse ao site que a maioria dos viajantes não deve se preocupar, “a menos que você esteja se envolvendo em comportamentos de maior risco em países com altas taxas de infecção”.

Lençóis de hotéis podem transmitir varíola dos macacos?

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças informou que o vírus da varíola do macaco pode ser transmitido por itens infectados, como lençóis.

Sobre o assunto, os médicos especialistas disseram que o risco é baixo por contaminação com roupas de cama. Além disso, que a limpeza de hotéis e lavagem dos lençóis são adequadas para prevenir a transmissão por objetos contaminados.

“Desde que as instalações façam a limpeza de rotina com frequência regular, usando práticas padrão de desinfecção, roupas de cama e materiais semelhantes não representam um grande risco de transmissão”, informou o médico Prathit Kulkarni.

Entretanto, se o lençol ou toalha parecerem sujos, é necessário pedir um novo conjunto, pois além da varíola, outras doenças podem ser transmitidas.

Posso pegar varíola dos macacos no assento do avião, ônibus ou trem?

A resposta para essa pergunta é de que existe a possibilidade da infecção, mas é muito improvável de acontecer, pois o risco é muito baixo.

O médico Paul Holtom disse ao site que aconselha os passageiros a usar calças compridas em voos e evitar contato excessivo da pele com superfícies públicas, para prevenção de doenças em geral.

Ele explicou que esfregar um lenço desinfetante em um assento não fará praticamente nada, a não ser que o assento seja de couro ou tiver uma superfície semelhante. Nesse caso, os lenços podem eliminar germes de todos os tipos.

Uma sugestão do médico especialista em doenças infecciosas é para o viajante limpar as mesas e os apoios de braço, como uma forma de prevenção não apenas da varíola dos macacos, mas de diferentes doenças.

O vírus pode ser transmitido em uma piscina ou parque aquático?

Até o momento, não há nenhum dado científico dizendo que a varíola dos macacos pode ser transmitida pela água, por isso, esse é um ambiente de baixo risco.

De acordo com os especialistas, porém, se o viajante estiver com uma ferida aberta, é importante evitar entrar em piscinas públicas e parques aquáticos.

Os demais públicos não precisam ter grandes preocupações, pois nos locais com grande volume de água com cloro as quantidades virais são diluídas e há menos risco de transmissão da varíola dos macacos.

Uma recomendação que fica é para não compartilhar toalhas de banho com outras pessoas.

Embora, no momento, não haja restrições ou requisitos de viagens por causa da varíola, fique atento às atualizações da Organização Mundial da Saúde. Aqui no Melhores Destinos você também confere toda informação nova sobre o tema.

A varíola dos macacos pode chegar a uma pandemia?

Depois de tudo que passamos nos piores momentos da pandemia da Covid-19, pode surgir a dúvida e preocupação se esse surto da varíola dos macacos também ganhará maiores proporções.

Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação de uma doença ao nível mundial. Quando uma epidemia vira uma pandemia, isso indica que a doença se espalhou para dois ou mais continentes com transmissão sustentada, que é aquela que acontece na própria população, entre pessoas que não viajaram para outros lugares com casos dessa doença.

Sobre a varíola dos macacos, não é possível prever o futuro e, portanto, não dá para afirmar se a doença vai ou não chegar a uma pandemia, como a da Covid-19. Entretanto, especialistas apontam que, no momento, não há motivos de preocupação quanto a isso.

A virologista e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Giliane Trindade explica que o surto da varíola dos macacos pode chegar a uma transmissão comunitária, dependendo das medidas de controle adotadas em cada país.

Porém, a análise da especialista aponta que essa transmissão não será como aconteceu com a Covid-19, pois a infecção do coronavírus é diferente. Como a transmissão da varíola do macaco acontece por meio de um contato mais próximo, até mais íntimo, a infecção é mais difícil do que nos casos das doenças respiratórias, como a Covid-19. Por isso, o risco de ocorrer uma pandemia com a nova doença diminui.

Segundo a virologista, as pessoas imunizadas contra a varíola humana podem ter proteção contra a monkeypox. Estudos ainda estão em andamento a respeito.

“Não sabemos quanto de imunidade essas pessoas guardam. Mas elas teriam uma proteção, que não sabemos se evitaria a infecção ou atuaria para o desenvolvimento de uma infecção mais branda”, afirmou.

Outras informações sobre a doença você pode acessar no site do Ministério da Saúde.

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