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Turismo controlado! Conheça 12 destinos com novas medidas para reduzir o número de turistas

Rafael Castilho
25/06/2024 às 5:00

Turismo controlado! Conheça 12 destinos com novas medidas para reduzir o número de turistas

O turismo pelo mundo não para de crescer. A perspectiva é que os números superem os registrados antes da pandemia em 2019, quando 1,5 bilhão de pessoas viajaram internacionalmente. Com este fluxo gigantesco há destinos que estão se sentindo sufocados pelo invasão maciça de turistas gerando manifestação de moradores e a adoção de medidas para coibir e controlar o número de viajantes. Entre as normativas mais comuns estão a criação de taxas de conservação e o controle na quantidade de visitantes. Descubra 12 lugares pelo planeta, onde políticas contra o turismo massivo foram adotadas e é bom os viajantes prepararem o bolso.

Veneza, Itália

Desde o final de abril deste ano visitar Veneza ficou mais caro. Agora para conhecer um dos destinos mais românticos da Europa é obrigatório o pagamento de uma taxa de 5€ em determinadas datas do ano (veja aqui detalhes da nova taxa de Veneza). A nova taxa tem o objetivo de preservar e arrecadar fundos para restauração e manutenção, mas também tentar controlar a grande massa de turistas que invadem a cidade, principalmente em dias festivos e feriados. É nestas datas que Veneza chega a receber a quantidade de 110.000 visitantes, mais que o dobro da atual população que é de 50 mil. Outras cidades italianas também adotaram medidas para controlar o fluxo de turistas.

Florença, Itália

O berço do Renascimento é um museu a céu aberto, assim é Florença que atrai milhares de turistas todos os anos. Esta grande massa de visitantes tem gerado reclamações dos moradores e as autoridades locais têm agido para tentar frear o total descontrole. Entre as medidas adotas está a aplicação de multas que podem chegar a € 500 (R$ 2.790) para quem comer na rua em determinados endereços. Está proibido se alimentar sentado em escadarias, nos batentes das portas ou mesmo no chão da cidade, tudo para evitar a desordem e o lixo.

Além disso, também foi restringida a criação de novos imóveis para locação de curta duração, como Airbnb. Para se ter uma ideia o número de apartamentos e casas na plataforma triplicou nos últimos anos chegando a 15 mil. Esta transformação desenfreada das moradias em Airbnb provocou o aumento demasiado do valor médio do aluguel para os habitantes, um problema que se repete em muitas outras cidades europeias.

Amsterdã, Holanda

Com menos de 1 milhão de habitantes, Amsterdã recebeu no ano passado cerca de 20 milhões de turistas. Com tanta gente chegando, a cidade está tomando algumas medidas para minimizar o impacto e controlar o fluxo gigantesco de visitantes. “Queremos tornar e manter a cidade habitável para residentes e visitantes. Isso significa: nada de turismo excessivo…” destacou o governo local em recente comunicado ao anunciar a proibição da construção de novos hotéis em Amsterdã. Além desta medida, a cidade também proibiu a chegada de grandes cruzeiros, restringiu a venda e consumo de cannabis e as visitas guiadas o distrito da luz vermelha, uma das principais atrações de Amsterdã.

Amsterdam, na Holanda

Ilhas Canárias, Espanha

As Ilhas Canárias são um dos principais destinos de praia dos europeus, principalmente ingleses. Entretanto, a região tem vivido a cada ano com uma invasão maciça de turistas. Em 2023, com um crescimento de 13%, foram 14 milhões de visitantes ao arquipélago, onde vivem 2,2 milhões de pessoas. Este gigante número tem incomodado os moradores que protestaram recentemente pedindo que as autoridades locais limitem o número de visitantes para aliviar a pressão sobre o meio ambiente, a infraestrutura e a moradia nas ilhas, além de restringir a compra de propriedades por parte de estrangeiros. O governo local disse que estuda as medidas e isto pode, num futuro breve, atingir o atual turismo nas Ilhas Canárias.

Barcelona, Espanha

A capital da Catalunha é uma das cidades mais visitadas da Europa atraindo turistas por sua bela arquitetura, praias, atividades culturais, gastronomia e muito mais. Entretanto, o turismo gigantesco fez com que o governo local tomasse algumas medidas para frear o número crescente de visitantes tentando inibir as grandes aglomerações e a poluição sonora. Barcelona limitou o tamanho do grupos de turistas e proibiu o uso de megafones nos passeios. Em algumas regiões da cidade as excursões só podem ter ano máximo 15 pessoas. Além destas medidas, recentemente Barcelona excluiu uma rota de ônibus do Google Maps para evitar os turistas e na semana passada anunciou a proibição de apartamentos para aluguel turístico, no estilo Airbnb.

Santorini, Grécia

A estonteante Santorini é um dos destinos mais desejados da Grécia. Erguida nas bordas de um vulcão adormecido, com suas casinhas e igrejas brancas adornadas com um azul cintilante, ladeiras e praias belíssimas, esta ilha grega sofre com a invasão desenfreada de turistas. Você já deve ter visto imagens do “enxame” de pessoas disputando espaço para ver o famoso pôr do sol em Oia! São mais de 2 milhões por ano, lembrando que a população local não passa dos 10 mil.

Para tentar minimizar o impacto desta massa de visitantes, os quais a maioria chega em cruzeiros, o governo local colocou um limite no número de pessoas que podem desembarcar na ilha por dia. Agora, somente 8000 passageiros podem descer em Santorini. Este bloqueio busca minimizar o impacto da “invasão” nas pequenas vilas da região.

Islândia

Repleto de infinitas belezas naturais, entre elas a aurora boreal, a Islândia caiu no gosto mundial dos turistas. Desde 2010 o número de visitantes cresceu mais 400% superando os mais de 2,3 milhões por ano. Para gerar fundos para programas de sustentabilidade e reduzir o impacto ambiental do turismo excessivo, o governo do país retomou a cobrança de taxas. Agora hotéis e pensões agora cobram ISK 600 (R$ 22) por quarto, acampamentos e casas móveis ISK 300 (R$ 11) e navios de cruzeiro que fazem escala em portos islandeses ISK 1.000 (R$ 37) por passageiro. A cobrança de taxas turísticas é algo muito comum pelo mundo e até no Brasil.

Machu Picchu, Peru

Machu Picchu é uma das sete maravilhas do mundo moderno e a principal atração turística do Peru. Por ano milhares de visitantes sobem as montanhas para desvendar os mistérios desta cidade escondida dos Incas. Para tentar frear o fluxo gigantesco de turistas sem controle nenhum, o governo local adotou medidas para proteger e conservar este patrimônio da humanidade. Agora há limite diário no número de visitantes, se quiser viajar para lá é bom planejar. Além disto, foram instaladas diversas câmeras de segurança para prevenir roubos e vandalismo.

Fernando de Noronha

Fernando de Noronha é um dos destinos mais desejados do Brasil, mas viajar para lá não é barato. Além do custo alto com comida, passagens aéreas e hospedagens, para se visitar Noronha é obrigatório o pagamento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA). Por dia cada turista deve desembolsar R$ 97,16, não nem desconto para viajantes nacionais e crianças acima de 5 anos já pagam. Para quem for ficar uma semana na ilha terá que pagar R$ 617,93 (tem um pequeno descontinho para mais dias). Agora imagina uma família de 2 adultos e 2 crianças, o total seria de R$ 2.471,72. Esta taxa serve para regular o turismo e preservar a natureza no arquipélago.

Butão

Falando em altas taxas de visitação chegamos ao Butão, país incrustado na Cordilheira do Himalaia que pode ser definido como um dos países mais caros se visitar no mundo. Cheio de belezas naturais e maravilhosos templos budistas, visitar o Butão custa US$ 200 (R$ 1.024) por dia. É isto mesmo! Todos os visitantes são obrigados a pagar esta Taxa de Desenvolvimento Sustentável. Imagina que se você quiser ficar por lá uma semana terá que desembolsar US$ 1.400 (R$ 7.170), mas não desespere. O governo local lançou recentemente um pacote de descontos para quem quiser ficar longos períodos no país. Entre eles, você paga por 12 dias e pode ficar até 18.

Bali, Indonésia

Um dos destinos mais desejados e famosos do planeta. Esteja você em sua jornada pessoal de “Comer, Rezar e Amar” ou simplesmente em busca de belas férias em praias paradisíacas numa atmosfera cultural secular. Bali, na Indonésia, é incrível e o principal destino do país. É claro, que como outros lugares pelo mundo, a fama traz problemas com a invasão abundante de turistas. Para tentar controlar isto e aumentar as reservas financeiras na preservação da ilha, deste fevereiro deste ano é obrigatório o pagamento de uma taxa turística de 150.000 rúpias (R$ 50). Alem disto, os turistas estão proibidos de alugar motocicletas e subir nas montanhas de Bali.

Phi Phi, Tailândia

A Baía Maya, em Koh Phi Phi, na Tailândia, ficou internacionalmente famosa após o filme a Praia com Leonardo de Caprio (2000). Todos os dias esta baía era invadida por centenas de barcos e sua bela praia inundada por milhares de turistas. Para controlar esta massa de visitantes os governo local adotou diversas medidas. Primeiramente o local ficou fechado de 2018 a 2022 para recuperação do ecossistema danificado pelo turismo desenfreado. Um minipier foi construído para os barcos atracarem, ao banho foi proibido na praia e há uma taxa de 400 baht (R$ 55) por visitante. Estive por lá em 2012 e agora neste ano, as diferenças são perceptíveis e tudo está bem mais organizado e limpo. O local está mais limpo, há guardas florestais, as visitas são mais controladas, etc. As medidas adotadas com certeza ajudarão na preservação desta maravilha natural.

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O que você acha destas medidas adotadas? Acredita que o turismo deve ser controlado? Já este em alguma cidade com altas taxas? Conte para gente logo abaixo.

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