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Tel Aviv: tudo o que precisa saber e o que fazer na moderna cidade de Israel

Mari Kateivas
09/10/2022 às 7:13

Tel Aviv: tudo o que precisa saber e o que fazer na moderna cidade de Israel

Tel Aviv, em Israel, é daqueles lugares que te recebem por inteiro. Sem demora, você sente a energia vibrante da jovem metrópole conhecida como “a cidade que não para”.  O destino é um convite para conhecer o que há de mais moderno no país – em todas suas facetas. No Oriente Médio, a cidade aparece no mapa para surpreender todo turista que pensa que Israel ainda vive apenas do passado.

Nesse post separamos o que você precisa saber para planejar e aproveitar ao máximo uma viagem para Tel Aviv: porque visitar, quantos dias ficar, o que fazer, quanto custa, como chegar ao destino e dicas de quem esteve na cidade.

Por que visitar Tel Aviv?

Se estiver aberto para Tel Aviv, é possível que ela te conquiste rapidamente. Me arrisco a dizer que a cidade oferece uma riqueza de contrastes singular – entre o novo e o antigo – para deixar sua viagem ainda mais fascinante, principalmente se ela for a sua primeira parada em Israel.

Localizada no litoral de um país que carrega evidências milenares da história da humanidade, Tel Aviv se apresenta como a cidade mais jovem de Israel. Entretanto, cuidado: não subestime a potência dessa “jovem” às margens do mediterrâneo.

Com belas praias, vida noturna agitada, boa gastronomia e muitos jovens, Tel Aviv te instiga a pensar sobre liberdade e tolerância do modo mais puro, tendo como identidade o respeito ao próximo. Explico: apesar das diferentes religiões e tradições enraizadas na história e cultura milenar de Israel, o lugar na costa mediterrânea se destaca de forma única por ser bem mais liberal em diferentes sentidos.

A menos de 70 quilômetros de Jerusalém, Tel Aviv demonstra na prática como o respeito ao diferente pode tornar um destino acolhedor, com diversidade e atrativo para diversos públicos, inclusive para quem não procura o turismo religioso.

Se desse para comparar Tel Aviv, para você ter uma ideia da atmosfera do destino, diria que ela fica ativa 24 horas na mesma vibe de São Paulo, mas com o clima mais parecido com o do Rio de Janeiro e com a modernidade de cidades europeias, como Barcelona. Mas… essa comparação é arriscada demais, pois só visitando mesmo para realmente entender a singularidade do lugar.

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Quantos dias ficar em Tel Aviv

Se você vai passar por Israel e ainda não decidiu se vai incluir Tel Aviv no roteiro, saiba que em um dia você consegue conhecer os pontos mais visitados da cidade. Portanto, dependendo do seu tipo de viajante, não deixe de aproveitar essa oportunidade.

Agora, se tiver alguns dias sobrando no cronograma e você adora praias, recomendo ficar pelo menos dois dias. No primeiro é possível conhecer os principais atrativos, fazer um ótimo jantar de culinária mediterrânea e curtir a vida noturna. Já no segundo ou mais dias, minha sugestão é curtir as belíssimas praias e caminhar sem pressa pela animadíssima cidade.

Informação extra: Em relação ao fuso horário, Israel está 6 horas à frente do horário de Brasília (DF).

O que fazer em Tel Aviv

1. Praias

Existem praias belíssimas em Israel? Pode acreditar que sim! Infelizmente, muita gente ainda não associa o país ao litoral banhado pelo Mar Mediterrâneo e acaba perdendo a oportunidade de aproveitar praias maravilhosas, como as de Tel Aviv.

Com estrutura, areia fofa e água do mar com temperatura agradável no verão, a costa israelense da cidade oferece 14 quilômetros de faixa de areia para todos os tipos de público. Várias praias ficam na área mais central da cidade, com acesso fácil. Além disso, muita gente aproveita para caminhar ou correr com a bela vista da orla, em um calçadão com 22 quilômetros.

Confesso que não sou do tipo praieira, mas adorei as praias que visitei em Tel Aviv. A água do mediterrâneo quase morna, quiosques na areia para fazer sombra sem nenhum custo, pontos do mar sem ondas (Bugrashov Beach), além de uma vista incrível da cidade – que mistura arranha-céus e prédios antigos – me deram vontade de passar horas por lá só curtindo a brisa e beleza do lugar.

É comum ver esportistas jogando vôlei, beach tennis, andando de bicicleta e patinete elétrico pela orla em qualquer hora do dia. Você também pode alugar patinetes por aplicativo ou bicicletas por meio de totens. Se quiser passar o dia na praia, ainda pode aproveitar a variedade de bares, cafés e restaurantes com clima animadíssimo pelas ruas e avenidas nas proximidades.

Vale destacar que os moradores aproveitam muito a praia no verão, então você vai ver muitos jovens e famílias na orla de Tel Aviv, principalmente no fim de semana. Quando fiquei na Bugrashov Beach, a praia estava cheia de crianças e adolescentes, pois faltavam poucos dias para o término das férias em Israel (31 de agosto) e foi fácil perceber como os moradores se divertem com o Mar Mediterrâneo no quintal de casa.

As praias da cidade estão bem equipadas com vestiários, chuveiros e banheiros. Os serviços de salva-vidas estão disponíveis de maio a outubro, e agentes da polícia turística trabalham na segurança, além de prestarem assistência e informações.

Preços:

  • Pita ou pão com húmus ou salada: 12 NIS
  • Garrafa pequena de água mineral: 7 NIS
  • Picolé: 5 NIS
  • Cadeira de praia para o dia: 6 NIS
  • Guarda-sol para o dia: 6 NIS
  • Mais informações sobre as praias de Tel Aviv: Clique aqui

Curiosidade: Um lanche feito de melancia com queijo feta é muito popular nas praias de Tel Aviv. Picolés com o sabor banana e chocolate também são muito pedidos pelos banhistas.

As praias são separadas?

Em Tel Aviv tem praia para prática de surfe (Gordon Beach e Hilton Beach) e windsurf (Dolphinarium Beach), para os atletas de vôlei (Aviv Beach e Gordon Beach), para o público religioso (Nordau Beach, que fica mais afastada do centro) e para a comunidade LGBTQIA+ (Hilton Beach). Ao todo são treze praias só na costa de Tel Aviv. E, para ser mais clara, elas são para todo mundo!

Apesar dessas “divisões”, na prática, não dá para sentir essa separação dos públicos. É mais para saber que certa região é mais frequentada por tal público, para as pessoas que se identificam ficarem mais à vontade, do que ser de fato algo que te impeça de curtir algum espaço específico da orla. Então fique tranquilo, coloque a roupa de banho que te deixa mais confortável (como biquíni, maiô, sunga ou shorts) e escolha onde quer aproveitar o frescor da bela Tel Aviv.

Há ainda quatro praias acessíveis para pessoas com deficiência: Tzuk, Northern Tzuk, Metzizim e Hilton (todas na parte norte da cidade). Se quiser ter uma noção das localizações das 13 praias da cidade, veja nosso mapa a seguir.

Informação extra: A média da temperatura do inverno em Tel Aviv é de 9°C a 17°C, e no verão varia entre 24°C e 30°C.

2. Old Jaffa

Comecei esse post te apresentando Tel Aviv como a cidade mais jovem de Israel, fundada em 1909. Mas preciso destacar que as raízes da origem desse destino são bem mais antigas e, em parte, continuam presentes nas proximidades do moderno município, graças à antiga cidade de Jaffa. Para ter ideia dessa “proximidade”, a distância entre o antigo porto de Tel Aviv e o porto de Jaffa é de 6,6 quilômetros.

Para ficar mais claro, Tel Aviv teve origem em um pequeno bairro da antiga cidade portuária de Jaffa (conhecida como Old Jaffa), considerada uma das mais antigas do mundo, com mais de 3 mil anos de história. Com o passar do tempo, Tel Aviv cresceu e se desenvolveu de forma independente.

Foi apenas na década de 1950 que as duas cidades se uniram e formaram a metrópole chamada oficialmente de Tel Aviv-Jaffa. Atualmente, a cidade conta com 450 mil habitantes. Já como metrópole, a população é composta por mais de 4 milhões de israelenses.

O interessante dessa história é que você pode ver um pouco dos dois universos em um só dia, passando pelo que há de mais antigo na região, até o mais moderno. Realidades que destoam, mas, ao mesmo tempo, se unem para encantar por completo os visitantes.

No meu caso, por exemplo, o destino agrega muito justamente por ter esses dois lados. Sou do tipo de viajante que prefere lugares mais históricos, característica muito bem atendida por Old Jaffa. Nesse contexto, a liberal Tel Aviv veio como um bônus caprichado, pois não imaginava que ia gostar tanto de uma cidade tão moderna. Logo, não há destino melhor para dizer que é um típico “dois em um”.

Dica: Não estranhe se você encontrar o nome de Jaffa escrito como ‘Yafo’, pois esse é o nome da cidade em hebraíco.

O que ver em Old Jaffa?

Apesar de existir há 30 séculos, hoje o que se vê em Jaffa são as construções do período Otomano. As vielas e casas construídas em pedra dão um clima charmoso à cidade que abriga – entre escavações e descobertas históricas – ateliês de artistas e designers, deliciosos restaurantes e excelentes lojinhas. É lugar para passear com calma, curtindo cada esquina e cantinho escondido.

Logo na entrada da cidade você já se depara com um símbolo do lugar: a Praça da Torre do Relógio. O monumento foi construído em 1903, quando a cidade portuária estava sob controle do Império Otomano. Antigamente, a torre ajudava os moradores a não perderem a hora, mas hoje o lugar é mais uma atração e ponto para os turistas obterem informações.

Já para quem gosta de objetos antigos e lugares movimentos, ao lado da Torre do Relógio fica o Mercado de Pulgas de Jaffa (Shuk HaPishpeshim). No local é possível encontrar antiguidades, artigos de segunda mão e feitos de forma artesanal.

Do alto de Old Jaffa é possível ter uma linda visão de Tel Aviv. Você também pode ir até o Porto de Jaffa, que já foi o maior e mais importante de Israel e é famoso por ser cenário da história bíblica de Jonas e a Baleia.

Inclusive, vale mencionar que Old Jaffa também é importante na tradição cristã. O local teria sido fundado por Jafé, filho de Noé. Além disso, segundo os escritos bíblicos, a cidade teria sido palco da ressurreição de Tabita por Pedro na casa de Simão. No local é possível visitar a Igreja de São Pedro, a Igreja de Santo Antônio, a Casa de Simão e algumas descobertas arqueológicas na Praça Kedumim.

Uma das obras arquitetônicas que chamam atenção em Old Jaffa, principalmente por poder ser vista de diferentes pontos da cidade, é a Mesquita Jama Al Bahr. Ela é a mais antiga de Jaffa, só que não está aberta para visitação.

Além dela, você pode ir até a Mesquita Mahmoudiya. Por ser um templo muçulmano, a entrada no local não é permitida às pessoas de outras religiões. De todo modo, pela a beleza e representatividade histórica do lugar, vale a pena a visita no exterior da mesquita.

Outra atração que os turistas gostam muito é a Ponte dos Desejos, que fica bem pertinho (subindo algumas escadas) da Igreja de São Pedro. Diz a lenda que se você colocar a mão sobre o seu signo astrológico enquanto olha para o mar, seu desejo se realizará (não sei se é funciona, mas não custa tentar, né?).

Para conhecer esses lugares em Old Jaffa você não precisa pagar nada, é só sair andando e aproveitando o que a antiga cidade tem para te oferecer.

3. Boulevard Rothschild

Sua passagem por Tel Aviv não pode ignorar o Boulevard Rothschild, uma das primeiras e principais ruas da cidade. O trecho começa no charmoso Bairro Neve Tzedek (extremo sudoeste) e segue até a Praça Habima (norte).

Mas por que conhecer uma avenida? A visita é sugerida porque o trajeto pelo boulevard tem menos de 2 quilômetros, é belíssimo e conta com lugares históricos. Além disso, abriga diversos edifícios da arquitetura moderna Bauhaus, responsáveis por dar o título de “Cidade Branca” para Tel Aviv, e pelo lugar concentrar importantes entidades financeiras de Israel.

A charmosa alameda faz um ótimo convite para um passeio a pé, de bicicleta ou de patinete pelas ciclovias arborizadas. Em qualquer hora do dia você encontrará movimento por lá, como o de jovens durante a noite – se encontrando para aproveitar os bares e casas noturnas populares.

O Boulevard Rothschild vai muito além de uma avenida, pois também é importante para a história de Israel, já que abriga o Salão da Independência, onde foi declarado oficialmente, em 1958, o Estado de Israel. No momento, o salão está fechado para restauração, mas é possível observar o prédio do lado de fora e o monumento do ex-primeiro-ministro David Ben-Gurion, um dos líderes que esteve à frente da criação do estado.

Se for possível, aproveite também os restaurantes, lojas e bares do boulevard. Uma sugestão é tomar uma bebida no primeiro quiosque da cidade. Mesmo reformado, ele continua uma graça e te proporciona observar por um tempo o ambiente animado e dinâmico da avenida.

4. Arquitetura Bauhaus

Enquanto ia conhecendo Tel Aviv, aos poucos, comecei a perceber como o lugar é único. Uma das características que valorizaram a cidade é a de que o destino tem cerca de 4 mil edifícios com arquitetura da escola Bauhaus, com 2 mil delas protegidas por lei.

Ao andar pelo centro da cidade, no próprio Boulevard Rothschild, você encontrará esses prédios que carregam parte da história do município. Normalmente os edifícios são brancos ou claros (para refletir o sol), feitos de concreto, funcionais e simples externamente (sem decoração).

Cidade Branca

Tel Aviv é a cidade com mais edifícios com influência Bauhaus do mundo, por isso, é chamada de Cidade Branca e recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em 2003. Os edifícios construídos com esse tipo de arquitetura foram projetados por imigrantes judeus europeus que fugiam do nazismo no século XX e, ao encontrarem abrigo em Tel Aviv, usaram seus conhecimentos “levantando a cidade” de um jeito um tanto marcante.

Para saber mais sobre a relação da escola alemã Bauhaus e Tel Aviv, os turistas podem visitar o Centro Bauhaus. Além disso, há passeios guiados gratuitos todos os sábados, a partir 11h, pelos edifícios mais importantes da Cidade Branca.

Confira aqui o mapa com pontos wi-fi gratuitos em Tel Aviv para você se conectar.

old-jaffa-wi-fi

5. Bairro Neve Tzedek

Cafés, bons restaurantes, boutiques, hotéis requintados, galerias de arte, belas casas e, com certeza, muito charme (o vídeo e as fotos a seguir não me deixam negar). Visitar o Bairro Neve Tzedek é prazeroso. Mesmo que você não pare em nenhum dos estabelecimentos, uma caminhada pelo bairro é recomendada.

O lugar é tão chique que famosos têm casas por lá, como a atriz israelense Gal Gadot, que interpreta a Mulher-Maravilha. O escritor ganhador do Prêmio Nobel Shmuel Yosef Agnon também morou por lá. Mas o bairro não foi sempre assim e, por isso, vale mencionar um pouquinho da história dele.

Bairro Neve Tzedek, em Tel Aviv

Neve Tzedek surgiu depois que um grupo de famílias judias decidiu sair de Jaffa, que ficava cada vez mais cheia, e construiu um bairro ao lado da cidade portuária. Na época, no fim do século XIX, a localização não era nem considerada como Tel Aviv.

Com o passar dos anos o bairro foi abandonado e ficou deteriorado. No final do século XX, o lugar foi se transformando e, depois, começou a receber vários estabelecimentos e artistas que ajudaram a mudar o perfil da região, tornando uma das mais caras da cidade.

Prédios de até dois andares (alguns mais renovados e outros menos restaurados), alguns murais coloridos e tranquilas ruas estreitas são características do bairro. Além disso, você encontrará belos estabecimentos, com plantas e flores, e casas com arquitetura diferenciada pelo caminho.

Ao passar pelo bairro fique atento aos prédios históricos, como a antiga Casa dos Escritores, que abrigou importantes pensadores e escritores, e atualmente é o Museu Nahum Gutman.

Outro lugar que facilmente você perceberá que é histórico, por causa da sua arquitetura, é o Centro Suzanne Dellal. O lugar promove a arte da dança contemporânea em Israel. Dependendo da hora, é possível ver e ouvir dançarinos ensaiando no centro.

O centro fica em um dos edifícios originais do século XIX que foi restaurado. Minha sugestão é que, enquanto caminha pelo bairro, tire uns minutinhos para acessar o belo pátio do centro. Por lá você vai encontrar um mural com azulejos que representam a história do Bairro Neve Tzedek, bancos para descansar, alguns estabelecimentos e árvores frutíferas.

6. Porto de Tel Aviv

O antigo Porto de Tel Aviv (Namal), banhado pelo Mar Mediterrâneo, oferece um delicioso e relaxante ambiente para um passeio, especialmente no final de tarde para apreciar o pôr do sol. O grande deck ao longo do mar permite uma caminhada leve com uma bela vista. Além da paisagem atrativa, o lugar oferece bons restaurantes e bares, lojinhas descoladas e lugares para as crianças brincarem.

Para os mais animados, o Porto de Tel Aviv oferece várias atividades, como shows e apresentações artísticas ao livre, especialmente durante o verão. A vida noturna no porto também é agitada e atrai de moradores a turistas.

Antigo Porto de Tel Aviv

7. Mercado Carmel e feira de artesanato

Para conhecer um pouco mais da cultura local dos israelistas, inclua uma passadinha no Mercado Carmel (Shuk HaCarmel em hebraico), o maior e mais famoso mercado ao ar livre de Tel Aviv.

Por lá você vai encontrar desde temperos típicos e vegetais, passando por produtos de beleza de marcas locais, até barraquinhas de roupas – com produtos bem comuns em qualquer canto do mundo.

Para chegar ao mercado você pode usar um transporte gratuito, ofertado pelo município, às quintas e sextas-feiras, de manhã até a noite (veja aqui).

Mercado Carmel, em Tel Aviv

Paralelamente ao Mercado Carmel, você encontra a Feira de Artesanato local, na rua Nahalat Binyamin. Durante a visita você vai poder conhecer e comprar produtos feitos por artistas de Tel Aviv-Jaff. Em algumas bancas você pode acompanhar a produção do artesanato, como é o caso animais feitos com vidros e moldados no fogo.

A feira ganha vida com tantas cores e intenso movimento dos visitantes, que observam objetos únicos por todos os lados, como joias exclusivas, quadros de pintura e louças personalizadas. O passeio é perfeito para fazer com calma e apreciar o trabalho dos artistas.

8. Museu de Arte de Tel Aviv

Turistas amantes de arte não podem perder a oportunidade de conhecer o Museu de Arte de Tel Aviv. Fundado em 1932, ele foi o primeiro museu de arte de Israel e atualmente exibe arte moderna e contemporânea do país e do exterior, como dos artistas Picasso e Monet, além de instalações de fotografia e design.

Para quem gosta de arquitetura, a atração também é interessante por que um dos edifícios do museu tem um desing diferenciado e foi projeto pelo americano Preston Scott Cohen. O ingresso custa 50 NIS, e o lugar funciona de segunda a sábado. Veja aqui os horários.

Museu de Arte de Tel Aviv

Edifício Herta e Paul Amir, inaugurado em 2011 (Foto: Amit Geron)

9. Parque Hayarkon

Chamado de Oásis Verde de Tel Aviv e comparado ao Central Park de Nova York, o Parque Hayarkon é um lugar perfeito para descansar e representa um dos exemplos de ambientes que fazem o morador de Tel Aviv viver tão bem. Nele você pode aproveitar o gramado para um piquenique ou simplesmente respirar ar puro. O destaque da paisagem fica para o rio que atravessa o lugar e dá nome ao parque, onde é possível fazer passeios de barco.

10. Vida noturna em Tel Aviv

De bares mais tranquilos com música ambiente, passando por rooftops com DJ, até casas noturnas alternativas super procuradas. Variedade é o que há na noite de Tel Aviv. Na “cidade que não para”, o que não falta são luzes, cores e música – além de muita disposíção – para você poder buscar sua noite épica.

Talvez fique até difícil escolher o lugar que você vai passar a noite. Nesta página tem várias indicações, se quiser dar uma olhada antes de sair do hotel.

Mas fique atento, apesar de alguns lugares serem muito famosos, pode ser que não seja seu estilo. Então procure por aquele que é mais sua vibe e aproveite a noite!

Agora, se você é daqueles viajantes que não quer perder nenhuma experiência em Tel Aviv e pretende curtiu muito a vida notura, saiba que tem guias específicos para te conduzirem nesse rolê. Um desses serviços inclui a entrada e uma bebida em quatro bares/casas noturnas. O tour é feito em grupo e, se comprar pela internet, custa 80 NIS. Veja as opções aqui.

Com a guia local Avital Levin, conheci três lugares em uma das noites em Tel Aviv. O bar e restaurante Abraxas tem o início da noite bem tranquilo, com músicas que vão do pop ao samba. O lugar é frequentado por maioria jovem e fica cheio em dias de apresentações com artistas locais.

Depois, seguimos para a casa noturna e de eventos Kuli Alma. Uma grande fila se formava do lado de fora por volta das 23h no horário local. Após descer alguns degraus, o visitante é tomado por um ambiente bem marcante, com luzes coloridas, decorações chamativas, como caveiras, murais e uma árvore no meio do edifício. No lugar você vai encontrar ambientes com músicas diferentes e, pode acontecer, de ter apresentações de artistas. O passeio com a guia ainda incluiu um shot. Sem dúvida, o lugar mais agitado dos três que conheci.

O último foi o Hive TLV, um rooftop bem agradável. Com DJ, drinks variados, várias mesinhas e uma iluminação intimista com lanternas japonesas coloridas. Sem dúvida, aproveitar uma bebida ao ar livre e de um ângulo diferente, é um tanto atrativo para passar o tempo por lá. Do alto, dava para ver melhor alguns prédios de Tel Aviv e a movimentação nas avenidas. Achei um tipo de “passeio” interessante, principalmente para ter uma ideia de como é a famosa vida noturna da metrópole.

Uma questão interessante é que Israel é um país muito seguro, por isso, você pode sair do bar e voltar caminhando para o hotel durante a noite, sem maiores preocupações.

Se liga!

Como pode perceber nas sugestões, Tel Aviv é um ótimo destino para quem curte praias, cidades modernas, passeios históricos, boa gastronomia e vida noturna. Apesar dos roteiros serem viáveis para famílias com crianças, talvez não tenha tantas opções de passeios específicos para os pequenos aproveitarem, o leque de atrativos para os viajantes mais aventureiros e de natureza também não se destaca.

Funcionamento no Shabat: O shabat é um dia sagrado para os judeus, que começa no pôr do sol de sexta-feira e termina ao anoitecer do sábado. É o sétimo dia da semana na religião judaica e é dedicado inteiramente ao descanso, por isso, estabelecimentos de judeus religiosos ficam fechados neste período. Mas não se preocupe, apesar dessa questão, você encontrará muitos lugares funcionando normalmente na cidade. A exceção é o transporte público, pois ônibus e trens não operam em Tel Aviv durante o shabat. Se chegar no aeroporto em um sábado, por exemplo, precisará pegar um táxi ou contratar um serviço de transfer.

Como chegar a Tel Aviv

Aeroporto de Israel

Quem deseja visitar Israel deve se preparar para longas horas dentro de um avião e aeroporto. Para chegar ao país, localizado no Oriente Médio, ainda não há nenhuma opção de voo direto saindo do Brasil. As rotas oferecidas por enquanto passam obrigatoriamente ao menos por uma escala. O caminho mais comum é saindo do Brasil para a Europa, de onde há vários voos para Israel.

A principal porta de entrada para voos internacionais é o Aeroporto Internacional de Ben-Gurion (TLV), localizado na cidade de Lida, a apenas 20 km de Tel Aviv.

O mais rápido trajeto entre Brasil e Tel Aviv é com saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, conexão em Zurique, na Suíça, e chegada em Tel Aviv. O tempo total do percurso é de 16h50 e o voo é operado pela Swiss. Outras opções são pela Emirates, via Dubai; Turkish Airlines, via Istambul; KLM, via Amsterdã; TAP, via Lisboa; Lufthansa, via Frankfurt; Air Europa e Iberia, via Madrid. As opções são muitas para quem fará escala na Europa.

Voo para Israel

Minha viagem foi feita pela ITA Airways, com conexão em Roma, na Itália, e destino final Tel Aviv. Na ida, saindo de Londrina, no interior do Paraná, até Tel Aviv, todos trajetos somaram 26 horas. Na volta, entre espera nos aeroportos e voos, foram 34 horas.

Meu voo para Israel: Guarulhos > Roma (11 horas de voo) | Roma > Tel Aviv (3 horas de voo).

Como o trajeto é bem cansativo, minha sugestão (quando for possível e interessante para você) é fazer um stopover. Por exemplo, ficar uns dias em Roma e, depois, seguir para Tel Aviv.

Entrada e saída de Israel

Os brasileiros não precisam de visto para viagens de até 90 dias em Israel. Para entrar no país é bem tranquilo, a exigência é que o turista tenha um passaporte com, pelo menos, seis meses de validade a partir da data de entrada em Israel e seguro saúde para a viagem.

Aeroporto de Tel Aviv

É importante saber que ao chegar em Israel você precisará registrar a sua chegada em um painel eletrônico disponível no aeroporto ou com um funcionário do local, para receber um pequeno cartão em papel que indicará sua entrada e saída prevista no país. Você deverá guardar esse registro até o final da sua estadia em Israel, quando passará por um sistema de segurança com guardas israelenses.

Antes de sair do país, na imigração, a equipe de segurança te fará várias perguntas sobre sua passagem por Israel, como os lugares que visitou e se você recebeu algo de alguém desconhecido. Evite distrair-se, não minta em nenhuma hipótese e responda calmamente a todas as perguntas. Depois, você receberá uma etiqueta na sua bagagem e poderá ir para área de check-in.

Aeroporto de Tel Aviv

Apesar de ser burocrático, o procedimento é tranquilo. O guarda que me atendeu, por exemplo, conversou calmamente e foi muito educado. Nos questionamentos, perguntou até os nomes dos hotéis que fiquei e minha profissão. Algumas perguntas podem parecer invasivas, mas fazem parte do procedimento de segurança. Tudo foi muito rápido, em menos de cinco minutos fui liberada.

Depois desse procedimento, na hora do embarque, meu passaporte não passou de primeira no leitor eletrônico, e o sistema indicou que fosse para o setor de imigração. Fui encaminhada para um funcionário da imigração, que passou meu passaporte em outro leitor e fui liberada na sequência. Caso isso aconteça com você, talvez te façam mais perguntas. Entretanto, não tenha medo, responda os questionamentos e logo será liberado também.

Mais detalhes sobre o processo de imigração você confere no Guia de Destinos de Israel.

Quanto custa?

Há menos de um ano, uma pesquisa da revista The Economist indicou que Tel Aviv era a cidade mais cara do mundo. No top cinco do ranking também estavam, nesta ordem, Paris (França), Singapura, Zurique (Suíça) e Hong Kong (China).

Pois é, de fato, Israel é um país caro para nós, meros mortais brasileiros, que estamos com o real tão desvalorizado. Posso dizer que dá até para comparar os custos nas cidades israelenses com destinos europeus. A moeda do país é o Novo Shekel Israelense (NIS). Para ter ideia da conversão, 1 shekel vale cerca de R$ 1,54, na cotação de setembro de 2022.

Novo Shekel Israelense

Ao chegar em Israel você pode sacar o dinheiro local ou trocar euro e dólar em casas de câmbio, além de usar cartões de débito de contas digitais internacionais, como a Nomad, ou ainda usar seus cartões de crédito. No meu caso, usei o cartão de débito da Nomad. Ele tem a bandeira Mastercard e foi aceito em todos estabelecimentos que usei. Ah, vale destacar que quase todos lugares aceitam cartão.

A recomendação é que você leve pelo menos 170 NIS para gastar por dia apenas com alimentação, o equivalente a R$ 260 (no valor da moeda comercial, sem taxas, na cotação de 15 de setembro).

Café da manhã Almoço Jantar
De 40 a 70 NIS De 60 a 90 NIS A partir de 70 NIS

Alimentação: Os custos indicados acima são das alimentações mais consumidas pelos turistas e mais comuns de encontrar. Claro, pesquisando bem, você verá comidas mais baratas se não considerar a refeição do período. Por exemplo, se não quiser um almoço completo, você pode optar por um lanche e uma bebida na rede Aroma, que custa cerca de 54 NIS. Há ainda restaurantes tradicionais que oferecem humus, salada, falafel e bebida por 40 NIS, os mais econômicos vendem falafel com refrigerente por 20 NIS. Também é possível fazer compras em mercados, alguns funcionam 24 horas.

Para saber mais sobre as comidas típicas que você vai encontrar em Israel, acesse essa página do nosso Guia de Destinos.

  • Sugestões: As opções de restaurantes são enormes em Tel Aviv-Jaffa. Em uma das noites conheci o Pua Restaurante, localizado em Old Jaffa. Decorado com itens antigos (que estão à venda) e execelente atendimento, o lugar tem refeições deliciosas e é super agradável. Os valores dos pratos principais começam em 52 NIS. Há opções com e sem carne, e o menu pode ser conferido aqui.

Na segunda ocasião, meu jantar foi no restaurante Manta Ray. O lugar é privilegiado com a vista da orla e tem muitas opções de pratos com frutos do mar – muito bem apresentados e saborosos. Pelo site do estabelecimento é possível acessar o menu e preços.

Passeios: O interessante de Tel Aviv é que muitos passeios pela cidade podem ser feitos a pé e são de graça. O preço das atrações com ingresso variam muito, por isso, confira o valor quando for programar seu roteiro para se preparar financeiramente.

Bebidas alcoólicas e cigarros: Esses produtos têm uma taxação alta no país, por isso, são mais caros em Israel. Um copo de cerveja, por exemplo, costuma ser a partir de 25 NIS (cerca de R$ 40).

Hotéis: A cidade que oferece mais opções de hospedagem em Israel é Tel Aviv. O centro econômico do país atrai tanto turistas de férias quanto viajantes a negócios. Por isso é fácil encontrar hotéis elegantes, à beira da praia e por preços não tão absurdos. O mesmo vale para a grande quantidade de quartos e apartamentos por temporada.

Para reservar um hotel bem avaliado pelos hóspedes, você vai gastar a partir de 140 dólares a diária, em um quarto para duas pessoas. Me hospedei no BY14 TLV Hotel, que tem custo de 188 dólares a diária. Um hotel simples, porém moderno, a 300 metros da praia e com um café da manhã excelente. Confira aqui outras opções de hotéis em Tel Aviv.

Dica: Dar gorgeta em Israel é bem comum e o valor costuma ser de 10% a 15% do serviço.

Voos para Tel Aviv:

A passagem aérea mais barata para Israel é com saída de Fortaleza, no Ceará, por R$ 3.929. Nesse caso, a viagem seria em março e teria duração de 13 dias.

O valor fica mais caro com voos saindo de Guarulhos, São Paulo. Veja a seguir.

Saindo de São Paulo

9 dias De R$ 4.938 a R$ 8.140
17 dias De R$ 4.352 a R$ 8.254

Para acompanhar o preço das passagens para Israel e não perder as boas oportunidades que surgem, baixe o aplicativo do Melhores Destinos ou assine nossa newsletter. Nós monitoramos os preços 24 horas por dia e avisamos gratuitamente assim que aparece alguma promoção.

Agências de turismo que oferecem pacotes de viagem para Israel podem conseguir preços melhores por serem passagens compradas para grupos e com antecedência. Vale a pena pesquisar.

Caso queira fazer orçamentos com as empresas de Israel, é só acessar o site do Ministério do Turismo do país, que conta com o registro dos operadores de turismo cadastrados.

*Todos os preços deste post têm como base valores de 9/2022.

Transporte

O trânsito de Tel Aviv é bem intenso nos horários de pico e, dependendo do transporte que usar, é preciso considerar o trajeto mais demorado para não se atrasar. Além disso, algumas rotas estão bloqueadas no centro da cidade por causa de obras de infraestrutura, como as do metrô. Uma conferida no Google Maps pode evitar que você perca o voo, por exemplo.

Além de carro, o transporte pela cidade também pode ser feito de ônibus, taxi, sherut (van compartilhada), bicicleta e patinetes.

Táxi: É muito fácil encontrar um táxi em Tel Aviv, mas a minha indicação é que você use o aplicativo Gett para pedir o serviço (dica: se usar o app Moovit, para ser encaminhado ao Gett, aparecerá o valor aproximado da sua corrida). Fique atento se o taxímetro está ligado, ele é a sua “segurança” de que o trajeto será cobrado adequadamente.

O preço médio por quilômetro rodado andando de táxi pode ficar em torno de 10 NIS. Caso queira usar um taxi para viajar entre cidades israelenses, como Eilat, combine o preço antecipadamente com o taxista.

Ônibus: Os ônibus em Tel Aviv oferecem diferentes rotas, com várias estações, que podem ser acessadas facilmente pelo aplicativo Moovit. Para facilitar, você pode fazer um cadastro e incluir seu cartão de crédito para comprar as passagens por aplicativo. Só não esqueça de ativar a tradução para os nomes das paradas e mudar a localição para Israel, já que o app também funciona para o transporte brasileiro.

Um bilhete para um trajeto de ônibus em Tel Aviv custa 5,90 NIS. Só que para andar de ônibus você precisa comprar um cartão chamado “Rav-Kav”, que custa 5 NIS. Outras informações você encontra nesta página.

Carro alugado: Você também poderá alugar um carro para andar por Tel Aviv e Israel, já que a sua carteira de motorista brasileira é válida no país e há placas com indicações em inglês. Entretanto, algumas regras de trânsito são diferentes e as placas indicativas podem não ser compreendidas pelo motorista brasileiro. Se escolher essa opção, pesquise antes sobre as regras do país. Os preços dos aluguéis variam conforme a locadora.

Trem: O uso do trem é opção interessante para você se locomover do Aeroporto Ben-Gurion até o centro de Tel Aviv. O trajeto dura pouco mais de 20 minutos e custa 9 NIS até a região central.

Patinetes em Tel Aviv

Idioma

O idioma oficial de Israel é o Hebraico, mas quase todo mundo também fala inglês por lá. Inclusive, verá placas escritas em hebraico, árabe e inglês.

Acredito que você conseguirá aproveitar bastante de Tel Aviv mesmo sem um guia turístico, diferentemente do recomendado para sua visita em Jerusalém. Entretanto, se você falar apenas português ou espanhol, poderá ter certa dificuldade em alguns lugares. Por isso, se não dominar inglês, confira esse post com dicas para viajar com ajuda do Google Tradutor.

Uma informação importante é que, segundo o Ministério do Turismo, são poucos os guias de Israel que falam em português. Por isso, se tem interesse em contratar um profissional que fale na nossa língua, é importante se antecipar e garantir a reserva previamente. Outra opção é viajar ao destino com agências brasileiras, que normalmente têm um roteiro pré-definido.

Placas em Tel Aviv

Para explorar mais

Você também pode conhecer outros pontos da cidade caso tenha mais tempo e queira aproveitar mais de Tel Aviv. Alguns dos sites indicados abaixo estão em hebraico, mas as páginas podem ser traduzidas automaticamente.

*A repórter viajou a convite do Ministério do Turismo de Israel.

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E aí, sonha conhecer Israel e vai incluir Tel Aviv na cidade? Ou já conhece o destino e tem alguma recomendação aos viajantes? Conta pra gente nos comentários.

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