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Azul utiliza tapete de realidade aumentada para agilizar embarque e ajudar no distanciamento social

Leonardo Cassol
14/06/2020 às 11:35

Azul utiliza tapete de realidade aumentada para agilizar embarque e ajudar no distanciamento social

Quem viajou com a Azul a partir dos aeroportos de Curitiba, Goiânia ou do Santos Dumont (RJ) nos últimos dias pode ter se deparado com uma grande novidade na hora do embarque. A empresa está utilizando uma tecnologia de realidade aumentada, chamada de “Tapete Azul“, para organizar e orientar os passageiros no processo de entrada na aeronave. O sistema inovador e exclusivo já é responsável por um embarque 25% mais rápido que o modelo tradicional, contribuindo para evitar e reduzir atrasos e cancelamentos de voos.

O objetivo do novo sistema é evitar longas e demoradas filas que se formam nos portões de embarque dos aeroportos, indicando para cada passageiro qual o momento de embarcar no avião. A tecnologia está sendo usada também para ajudar a manter o distanciamento social durante a pandemia, orientando a distância entre cada cliente.

O Tapete Azul é composto por um conjunto de projetores e monitores, que, por meio de realidade aumentada, formam no chão um tapete virtual colorido e móvel, que convida a pessoa a se posicionar na fila de acordo com seu número de assento. A inovação, segundo estima a companhia, vem proporcionando uma diminuição de cerca de 25% no tempo em que uma pessoa leva entre embarcar e sentar dentro do avião, redução que pode ser ampliada ao longo do desenvolvimento do produto.

A tecnologia, que se chama WaveMaker, foi criada e desenvolvida pela empresa paranaense Pacer Tecnologia. Ela usa sistemas de inteligência artificial e projeção sobreposta para criar um efeito de movimento orgânico.

Os testes começaram antes da pandemia, em Curitiba. Mas o sistema foi adaptado para, além de acelerar o embarque, contribuir para o distanciamento social.

Como o Tapete Azul funciona na prática

O embarque é organizado pelo sistema eletrônico, que indica no chão e em monitores instalados no local da fila de embarque o número da poltrona e as letras. A ordem não é sequencial, o que acaba confundindo algumas pessoas. Mas a lógica é evitar gargalos no embarque na aeronave, colocando pequenos grupos sentados nos fundos, centro e dianteira da aeronave por cada vez, sucessivamente, até que o embarque seja concluído. A única exceção é para as prioridades legais (idosos, gestantes, passageiros com crianças de colo ou dificuldade de locomoção) e clientes TudoAzul Diamante, que embarcam logo no começo do processo, antes do tapete de formar.

Se um passageiro parar no meio do processo, dentro to tapete, seja porque se confundiu, ou porque alguém a sua frente também parou, o sistema recebe esses dados e para a projeção, ou paralisa apenas o bloco do passageiro que parou, fazendo com que quem está na frente continue seguindo no fluxo de embarque. De fato, não é um tapete burro, ele tem um sistema de inteligência artificial.

Eu acompanhei dois embarques com o Tapete Azul durante a semana. De fato, é um sistema muito interessante. Mas os passageiros e equipes de embarque ainda precisam se acostumar com o novo processo. Notei que alguns clientes ficaram meio receosos e perdidos, e acabaram não embarcando na hora programada. Quando isso acontece, os funcionários orientam que aguardem a chamada final. Num dos voos que presenciei, uns 40 passageiros ficaram para a última chamada, atrapalhando a eficiência do processo. Mas creio que os agentes de aeroporto poderiam ter explicado melhor a novidade.

Outro desafio é que, durante o sol forte, o tapete ficou claro demais no aeroporto Santos Dumont, dificultando sua visualização pelos clientes que ainda estavam se acostumando com a novidade.

Além de organizar o embarque, o tapete também orienta o processo de desembarque e, nas horas vagas, é utilizado para entreter as crianças, projetando um jogo de amarelinha…

“Quando embarcávamos primeiro os clientes do Espaço Azul, todos juntos, isso criava uma barreira que atrasava o embarque, já que vários clientes precisavam encontrar seus assentos e acomodar suas malas logo ao mesmo tempo, logo na entrada da aeronave. Com o tapete os conflitos são minimizados, intercalados e distribuídos em diferentes espaços dentro da aeronave, economizando muito tempo”, explicou o gerente do projeto na Azul, Guiliano Podalka.

“Estamos só começando! Com o tempo, as coisas vão fluir mais naturalmente. E vamos implementar ajustes e melhorias. Por exemplo, podemos colocar o nome dos passageiros atrasados no tapete, para chamar a atenção deles. Fazer uma segunda chamada! Temos potencial para chegar perto de 50% de economia do tempo de embarque, o que seria fantástico”, destacou Guiliano.

Em quais aeroportos o Tapete Azul vai ser implantado?

Além dos aeroportos Santos Dumont, Santa Genoveva e Afonso Pena, outros 21 aeroportos serão contemplados com o Tapete Azul até o fim do ano. Nas próximas semanas, por exemplo, a novidade será implantada em Belo Horizonte, Campinas, Recife, Salvador e Congonhas. Somadas, essas bases terão 100 portões de embarque com o Tapete Azul, respondendo por cerca de 70% dos embarques de voos domésticos da Azul.

O sistema não será aplicado em embarques remotos com auxílio de ônibus, ou de voos operados com aeronaves ATR-72 e Grand Caravan (Two Flex), que tem menor capacidade.

Veja um vídeo de demonstração do Tapete Azul:


E você, o que achou da ideia? Já testou o tapete Azul? Comente e participe!

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