Azul fala em consolidação e mercado especula sobre a compra da Latam Brasil
Azul fala em consolidação e mercado especula sobre a compra da Latam Brasil
Se o setor aéreo andava hibernando durante a pandemia, parece que monotonia chegou definitivamente ao fim… Instantes depois da Latam informar sobre o fim do compartilhamentos de voos com a Azul, e que observa uma melhora do mercado de aviação no Brasil, a rival divulgou um comunicado ao mercado sobre “um possível movimento de consolidação do setor”, ressaltando está em “uma posição forte para conduzir um processo nesse sentido”.
Para colocar mais lenha na fogueira, o presidente da Azul, John Rodgerson, foi além, afirmando acreditar que o encerramento repentino do compartilhamento de voos pela Latam seja uma reação ao processo de consolidação liderado pela Azul… É fogo no parquinho, minha gente!!!
Rapidamente surgiram rumores no mercado financeiro de que a Azul estaria negociando com os credores do grupo Latam Airlines, que está em recuperação judicial, para comprar a subsidiária do Brasil…
O que disse exatamente a Azul
Confira o comunicado da Azul na íntegra:
A Azul, a maior companhia aérea do Brasil, informa ao mercado sobre o encerramento de seu codeshare com a LATAM e um possível movimento de consolidação do setor. A companhia acredita que um movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia e a Azul está em uma posição forte para conduzir um processo nesse sentido. A empresa contratou consultores e está estudando ativamente as oportunidades de consolidação da indústria.
“O codeshare com a LATAM foi uma solução única em nossa resposta à pandemia. Também percebemos que a consolidação da indústria seria importante para a recuperação pós-pandemia e a Azul é parte fundamental em iniciativas desse tipo. No fim do primeiro trimestre desse ano, contratamos consultores financeiros e estamos estudando ativamente oportunidades de consolidação. Acreditamos que o encerramento do codeshare pela LATAM seja uma reação ao processo de consolidação”. diz John Rodgerson, CEO da Azul. “A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas. Nossos planos não mudaram e estou confiante de que estamos na melhor posição para buscar alternativas estratégicas neste momento”, afirma Rodgerson.
A Azul manterá o mercado atualizado sobre quaisquer novidades.
O que podemos esperar?
Tudo pode acontecer! Não é a primeira vez que aparecem rumores sobre essa negociação, mas a confirmação de interesse de uma das partes é algo inédito. E isso acontece num momento em que a Azul assumiu a liderança das operações no Brasil, deixando a Latam na terceira posição, atrás da GOL.
O comunicado da Azul é bem objetivo e dá a entender claramente que há, ou pelo menos houve a intenção de comprar a Latam. E foi além, dizendo que a decisão de encerrar o compartilhamento de voos seria uma reação a essa iniciativa. Resta saber se o outro lado toparia vender as suas operações domésticas no Brasil, agora que parece que a relação azedou, e se o negócio seria mesmo viável, já que a Azul precisaria viabilizar financeiramente a operação… Além disso, seria necessário a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade.
Vale destacar que mesmo que uma eventual aquisição venha a se concretizar, o grupo Latam continuaria operando no Chile, Peru, Colômbia, Equador, Paraguai e demais mercados que atua, além de poder manter voos próprios desses países para o Brasil, sem depender da Azul.
Por outro lado, esse movimento reduziria ainda mais a concorrência no Brasil, já que a Azul passaria a ter apenas um grande competidor, a GOL. Mas pode abrir mais espaço para a entrada da Itapemirim, que iniciou na última sexta-feira a venda de passagens para 35 destinos.
Façam suas apostas e apertem os cintos!